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seg001- Instalações de

Equipamentos em Atmosferas
Potencialmente Explosivas
Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes

Lucas Izoton Vieira


Presidente

Senai – Departamento Regional do Espírito Santo

Manoel de Souza Pimenta


Diretor-gestor

Robson Santos Cardoso


Diretor-regional

Alfredo Abel Tessinari


Gerente de Operações e Negócios

Fábio Vassallo Mattos


Gerente de Educação e Tecnologia

Agostinho Miranda Rocha

Equipe técnica

Marcelo Bermudes Gusmão


Coordenação

Alexandre Luis Pereira Pinto


Elaboração

Eduardo Luíz Ferreira da Silva


Revisão técnica

Lygia Bellotti
Adaptação de linguagem

Amanda Freitas
Dayane Freitas
Vanessa Bicas Yee Ramos
Revisão gramatical

Tatyana Ferreira
Revisão pedagógica

Andrelis Scheppa Gurgel

Andrelis Scheppa Gurgel


Leonardo Pedrini
Vanessa Bicas Yee Ramos
Diagramação

Eugênio Santos Goulart


Leonardo Pedrini
Ilustração

Fernanda de Oliveira Brasil


Tatyana Ferreira
Organização
Segurança
Instalações de Equipamentos em Atmosferas
Potencialmente Explosivas
Versão 0

Vitória
2009
© 2009. Senai - Departamento Regional do Espírito Santo
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por
quaisquer meios, sem autorização prévia do Senai-ES.

Senai-ES
Gerência de Educação e Tecnologia - Getec

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Senai-ES - Unidade Vitória

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)

SENAI. Departamento Regional do Espírito Santo.

S492a Atmosfera Explosiva / Serviço Nacional de Aprendizagem In-


dustrial, Departamento Regional do Espírito Santo. - Vitória : SENAI/
ES, 2009.
78 p. : il.
Inclui bibliografia
1. Atmosfera explosiva. 2.Atmosfera de risco. 3. Classificação
das áreas. 4. Segurança intrinseca. 5. Cablagem de equipamentos. I.
Título.
CDU: 621.316

Senai-ES - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional do Espírito Santo


Av. Nossa Senhora da Penha, 2053
Ed. Findes - 6º andar Cep: 29056-913 - Vitória - ES
Tel: (27) 3334-5600 - Fax: (27) 3334-5772 - http://www.es.senai.br
Apresentação

A busca por especialização profissional é constante. Você, assim como a


maioria das pessoas que deseja agregar valor ao currículo, acredita nessa
idéia. Por isso, para apoiá-lo na permanente tarefa de se manter atuali-
zado, o Senai-ES apresenta este material, visando a oferecer as informa-
ções de que você precisa para ser um profissional competitivo.

Todo o conteúdo foi elaborado por especialistas da área e pensado a


partir de critérios que levam em conta textos com linguagem leve, gráfi-
cos e ilustrações que facilitam o entendimento das informações, além de
uma diagramação que privilegia a apresentação agradável ao olhar.

Como instituição parceira da indústria na formação de trabalhadores qua-


lificados, o Senai-ES está atento às demandas do setor. A expectativa é
tornar acessíveis, por meio deste material, conceitos e informações neces-
sárias ao desenvolvimento dos profissionais, cada vez mais conscientes
dos padrões de produtividade e qualidade exigidos pelo mercado.

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Sumário

Introdução.................................................................................................................................. 9
Breve histórico...........................................................................................................................11
Definições.................................................................................................................................. 13
Normas aplicadas.................................................................................................................... 15
Métodos de proteção............................................................................................................ 21
Segurança intrínseca (Exi).................................................................................................... 29
Certificação................................................................................................................................ 43
Cablagem de equipamentos (SI)....................................................................................... 51
Aplicação Típica....................................................................................................................... 57
Anexos . ...................................................................................................................................... 67
Exercícios .................................................................................................................................. 73
Referências bibliográficas.................................................................................................... 77

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Introdução

Bem-vindo aos estudos sobre instalaçoes de equipamentos em atmosfe-


ras potencialmente explosivas. Nesta unidade, você vai entender alguns
conceitos e métodos indispensáveis para o trabalho seguro referente ás
instalaçoes de equipamentos em locais que ofereçam riscos de explosão.

Neste curso, você vai conhecer os princípios das técnicas de proteção,


baseadas no controle da energia presente nos equipamentos com Segu-
rança Intrínseca. Mas, antes de entender este conceito, é preciso enten-
der como são classificadas as áreas de risco, segundo normas técnicas
européias e americanas. Outra questão que você irá aprender são os
princípios das diversas formas de proteção para equipamentos elétricos.
Bons estudos.

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Breve histórico

Após a Segunda Guerra Mundial, o uso de derivados do petróleo esti-


mulou pesquisas que detectaram a utilidade de plantas para extração,
transformação e refino de substâncias químicas essenciais para o desen-
volvimento tecnológico e industrial.

Nos processos industriais foram identificadas áreas consideradas de


risco, devido à presença de substâncias potencialmente explosivas. Isto
porque os instrumentos eletrônicos da época continham válvulas elétri-
cas e resistores de potência que geravam faíscas elétricas e temperaturas
elevadas que aumentavam o risco de incêndio nestes locais.

Somente com a elaboração dos semicondutores (transistores e circui-


tos integrados) foi possível reduzir as potências dissipadas e as tensões
nos circuitos eletrônicos e, também, viabilizar a aplicação de técnicas de
limitação de energia. Estas podem ser implementadas de forma simples
nos equipamentos de instrumentação e dão origem à chamada Segu-
rança Intrínseca.

Para começar efetivamente o curso, entenda alguns conceitos importantes.

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Definições

A seguir, conheça alguns termos usados no processo de identificação e


classificação das áreas de risco que podem ser explosivas. Veja:

Atmosfera explosiva
Atmosfera explosiva é um local em que há gases, vapores ou poeiras
inflamáveis que misturados ao ar em determinadas proporções podem
causar explosões. Isso pode ocorrer, principalmente, em processos indus-
triais de natureza petroquímica e química.

Área classificada
Local aberto ou fechado onde há a possibilidade de formação de atmos-
fera explosiva. Podem ser divididos em zonas de diferentes riscos,
mesmo que não haja nenhuma barreira física.

Explosão
A explosão, a combustão e a oxidação são reações exotérmicas de diferen-
tes velocidades de reação iniciadas por uma detonação ou por ignição.

Ignição
A ignição é um fenômeno causado por uma onde de choque que é origi-
nada por uma faísca, um arco elétrico ou um efeito térmico.

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Normas aplicadas

A classificação das áreas de risco foi desenvolvida com objetivo de agru-


par e definir as características de áreas diferentes e que possuem graus
de riscos semelhantes. Isto possibilita o uso de equipamentos elétricos
projetados de acordo com cada uma delas. Nesta unidade serão apre-
sentadas as principais normas que se referem ao trabalho em áreas de
risco explosivo. Confira.

Normas Européias (IEC)


A classificação européia é baseada no grau de periculosidade da subs-
tância combustível manipulada e na frequência com que se forma a
atmosfera potencialmente explosiva.

Visando a padronizar os procedimentos de classificação das áreas de


risco, cada país adota suas recomendações de Normas Técnicas. No Brasil,
a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é baseada na coletânea
de Normas Técnicas da IEC (Comissão Elétrotecnica Internacional), que
regulamenta a classificação das áreas no volume IEC-79-10 (Série 60079).

A classificação européia pode ser feita em zonas ou em grupos. As carac-


terísticas de cada um destes você conhecerá a seguir.

Zonas
A classificação em zonas é feita de acordo com a frequência e a duração
da atmosfera explosiva. Observe abaixo:
1,5m além
da Zona 1
1,5m além
da Zona 1

ZONA 0

1,5m além
da Zona 1
ZONA 2

ZONA 1

ZONA 0
ZONA 1
Área não classificada (desde que mantida com pressão
Achou importante? positva por ventilação forçada

Faça aqui suas anotações. ZONA 2

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Classificação Descrição
A atmosfera explosiva, formada por gases combustíveis, ocorre
ZONA 0
permanentemente ou por longos períodos.

A atmosfera explosiva - formada por gases combustíveis -


ZONA 1
ocorre durante a operação normal de equipamentos.

Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera


ZONA 2 explosiva - ocasionada por gases combustíveis - em condições
normais de operação. Caso ocorra, será por pouco tempo.

A atmosfera explosiva é formada por poeiras combustíveis e


ZONA 10
ocorre permanentemente ou por longos períodos.

Área onde não é provável o surgimento de atmosfera explosiva


ZONA 11 - formada por poeiras combustíveis - em condições normais de
operação. Se ocorrer, será por um período curto.

A atmosfera explosiva - formada por substâncias


ZONA G analgésicas ou antisépticas em centros cirúrgicos - ocorre
permanentemente ou por longos períodos.

Área em que não é provável o aparecimento da atmosfera


explosiva, que é formada por substâncias analgésicas ou
ZONA M
anticépticas em centros cirúrgicos em condições normais de
operação. Se acontecer, será por curto período.

Grupos
Por meio da classificação por grupos, os materiais usados durante o tra-
balho são agrupados de acordo com o grau de periculosidade que apre-
sentam, conforme a tabela a seguir:

Grupos Descrição

Gases da família do metano (grisou) e poeiras de carvão. Geralmente


GRUPO I
encontrados em minas.

Ocorre em indústrias de superfície (químicas, petroquímicas, farma-


GRUPO II
cêuticas), subdividindo-se em IIA, IIB e IIC.

GRUPO IIA Gases da família do propeno

GRUPO IIB Gases da família do etileno

GRUPO IIC Gases da família do hidrogênio, inclusive o acetileno

Os gases representativos são utilizados em ensaios de equipamentos em


laboratório, pois apresentam mais perigo do que as outras substâncias
que representam.

Normas Americanas (NEC)


A classificação das áreas de risco americana é diferente da usada na
Europa, pois segue as normas da Associação Nacional de Proteção ao
Fogo (NFPA 70, artigo 500 do Código Elétrico Nacional). Ela pode ser feita
em divisão ou em classe. Observe:

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Divisão
A classificação em divisão é feita de acordo com a fequência de forma-
ção da atmosfera. Veja a tabela:

Divisão Descrição

A atmosfera explosiva ocorre durante a operação normal dos equipa-


DIVISÃO 1
mentos.

A atmosfera explosiva ocorre somente em condições anormais de


DIVISÃO 2
operação dos equipamentos.

Classes
Segundo a classificação das atmosferas explosivas em classes, o agrupa-
mento dos materiais depende da natureza das substâncias. Observe:

Classes Descrição

CLASSE I Mistura de gases ou vapores inflamáveis com o ar

CLASSE II Mistura de poeiras combustíveis com o ar

CLASSE III Fibras combustíveis em suspensão no ar

As classes I e II podem ser subdivididas em grupos, como você pode con-


ferir no quadro abaixo:

Classe Grupos Descrição

GRUPO A Atmosfera de gases da família do Acetileno

GRUPO B Atmosfera de gases da família do Hidrogênio


CLASSE I
GRUPO C Atmosfera de gases da família do Etileno

GRUPO D Atmosfera de gases da família do Propano

Atmosfera de Poeiras Metálicas (como Alumínio, Mag-


GRUPO E
nésio, entre outros)

CLASSE II GRUPO F Atmosfera de poeira de carvão

Atmosfera de poeira de grãos (como trigo, farinhas,


GRUPO G
soja, entre outras)

Atmosfera de fibras combustíveis (como fibra de tecido,


CLASSE III -
lã de vidro)

Comparação entre as normas


As normas européia e americana podem ser diferenciadas de acordo com
os materiais e com a periodicidade que se forma a atmosfera explosiva e
com a temperatura. Confira.

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Materiais
A seguir, veja a tabela que ilustra uma comparação entre a classificação dos
elementos representativos de cada família, segundo as normas IEC e NEC.
A energia mínima necessária para provocar a detonação de uma atmosfera
explosiva formada por essas substâncias também é abordada abaixo. Para
checar a equivalência entre elas é preciso recorrer às listagens de gases por
família, de acordo com ambas as normas.

Material Iec/europa Nec/americana Energia de ignição

Metano GRUPO I Não classificado -

Acetileno CLASSE I – GRUPO A


GRUPO IIC > 20 µJoules
Hidrogênio CLASSE I – GRUPO B

Etileno GRUPO IIB CLASSE I – GRUPO C > 60 µJoules

Propano GRUPO IIA CLASSE I – GRUPO D > 180 µJoules

Poeiras de Carvão CLASSE II – GRUPO E

Poeiras Metálicas Em CLASSE II – GRUPO F


-
Poeiras de Grãos elaboração CLASSE II – GRUPO G

Fibras Combustíveis CLASSE III

Periodicidade
Atmosfera Atmosfera intermi- Condições anor-
Frequência
contínua tente mais

IEC / Europa Zona 0 Zona 1 Zona 2

NEC / Americana Divisão 1 Divisão 2

Na tabela, é possível notar que a Zona 2 é praticamente igual à Divisão


2. Outro dado é que a Divisão 1 corresponde à Zona 1 e 0, ou seja um
instrumento projetado para a Zona 1 não pode ser aplicado na Divisão 1.
Já um instrumento projetado para a Zona 0 não possui e nem armazena
energia suficiente para causar a ignição de qualquer mistura explosiva.

Temperatura
A temperatura de ignição de um gás é aquela em que a mistura se auto-
detona, sem que seja preciso adicionar energia. Conhecer esse parâme-
tro é muito importante, pois é ele que estabelece a máxima temperatura
da superfície que pode alcançar um equipamento instalado em uma
atmosfera potencialmente explosiva.

Independente do tipo de proteção, os equipamentos inseridos em áreas


classificadas também precisam ser projetados e certificados por uma
determinada categoria de temperatura de superfície. Esse dado deve
ser analisado em condições normais ou não de operação e não deve ser
menor que a temperatura de ignição espontânea do gás.

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É importante ressaltar que não há correlação entre a energia de ignição
do gás (grau de periculosidade) e a temperatura de ignição espontâ-
nea. Um exemplo pode ser o Hidrogênio, que necessita de 20 μJoule ou
560ºC, enquanto o Acetaldeido requer mais de 180 μJoule, mas deto-
na-se espontaneamente com 140ºC.

É evidente que um equipamento classificado para uma determinada


categoria de temperatura de superfície pode ser usado na presença de
qualquer gás (de qualquer grupo ou classe), desde que tenha a tempera-
tura de ignição espontânea maior que a categoria do instrumento.

Temperatura de superfície Categoria iec / europa Categoria nec / americana

85ºC T6 T6

100ºC T5 T5

120ºC T4A
T4
135ºC T4

160ºC T3C

165ºC T3B
T3
180ºC T3A

200ºC T3

215ºC T2D

230ºC T2C

260ºC T2 T2B

280ºC T2A

300ºC T2

450ºC T1 T1

Após aprender como as áreas são classificadas, você vai ampliar seus
conhecimentos. Na próxima unidade, estude os principais métodos de
proteção usados em atmosferas explosivas.

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Métodos de proteção

Nesta unidade, você vai conhecer algumas características e forma com


que são aplicados os métodos de proteção em situações específicas.
Mas, antes conheça o que é o risco de ignição. Depois de conhecer os
riscos de ignição, conheça os métodos para previni-los.

O risco de ignição de uma atmosfera existe se alguns fatores ocorrerem


simultaneamente. Entre eles a presença de material inflamável, em con-
dições de operação normais ou anormais, e em estado e quantidade
suficiente para formar uma atmosfera explosiva.

A existência de uma fonte de ignição com energia elétrica ou térmica


suficiente para causar a ignição da atmosfera explosiva e a possibilidade
de a atmosfera alcançar a fonte de ignição também são fatores de risco.
Observe a ilustração.

Comburente
Combustível geralmente ar
ou Oxigênio

Fontre de Ignição
Faíscas elétricas ou eletro térmico

Diversos métodos de proteção foram desenvolvidos para impedir a for-


mação de atmosferas potencialmente explosivas. Eles são baseados em
um dos três princípios abaixo:

Confinamento: evita a detonação da atmosfera, confinando a explosão


em um compartimento capaz de resistir à pressão gerada por ela. Esse
método também impede a propagação da explosão para áreas vizinhas.
Alguns exemplos são os equipamentos à prova de explosão.

Segregação: é a técnica que tem o objetivo de separar fisicamente a


atmosfera potencialmente explosiva da fonte de ignição. Alguns exem-
plos podem ser equipamentos pressurizados, imersos e encapsulados.
Achou importante?
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21
Prevenção: este método é caracterizado pelo controle da fonte de igni-
ção para que não apresente energia elétrica e térmica suficiente para
detonar a atmosfera explosiva. Um exemplo são os equipamentos intrin-
secamente seguros.

À prova de explosão (Ex- d)


Este método de proteção é baseado no conceito de confinamento. Caso
seja empregado, é possível que a fonte de ignição permaneça em con-
tato com a atmosfera explosiva, o que pode provocar uma explosão
interna no equipamento.

Esse dispositivo deve conter um invólucro à prova de explosão que


suporte a pressão interna causada pela explosão, o que impede a propa-
gação de chamas, gases quentes ou temperaturas de superfície. Desta
forma, o invólucro precisa ser fabricado a partir de materiais resistentes,
como alumínio e ferro fundido. O elemento deve possuir ainda um inters-
tício estreito e longo para que os gases quentes desenvolvidos durante
uma possível explosão sejam resfriados. Isso garante a integridade da
atmosfera ao redor.

É necessário que os cabos elétricos, que entram e saem do invólucro,


sejam conduzidos por eletrodutos metálicos, pois eles também são
considerados fontes de ignição. Para evitar a propagação de explosão
interna através desses cabos, é preciso instalar unidades seladoras, que
são tubos roscados e servem para unir o eletroduto ao invólucro. As uni-
dades são preenchidas com uma massa especial que impede a passa-
gem das chamas pelos cabos.

Observe a ilustração:

Interstício

Unidade
seladora

Cabo
Eletroduto

Diagrama esquemático de um invólucro à prova de explosão

Os invólucros à prova de explosão não são permitidos em zonas de alto


risco (Zona 0), pois seu grau de proteção depende da correta instalação e
manutenção. Caso isso não seja feito, a instalação apresentará os seguin-
tes problemas:
• Não será possível ajustar ou substituir componentes dos invólucros
à prova de explosão se os equipamentos estiverem energizados. Isso
dificulta os processos de manutenção.
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• A remoção da tampa frontal também será feita com dificuldades,
pois demandará o uso de uma ferramenta especial para retirar e colocar
vários parafusos.
• A umidade atmosférica e a condensação podem causar corrosões nos
invólucros e em seus eletrodutos. Por isso, em casos especiais, a construção
do invólucro precisa ser feita a partir de metais nobres como, por exem-
plo, aço inoxidável e bronze, o que torna os invólucros caros e pesados.

Aplicações
Esse tipo de proteção é indispensável em instalações elétricas de atmos-
feras explosivas, principalmente em equipamentos de potência, como
painéis de controle de motores, luminárias, chaves de comando, entre
outros. Veja alguns exemplos abaixo:

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


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Pressurizado (Ex- p)
A técnica de pressurização é baseada nos conceitos de segregação. O
equipamento deve ser construído de forma a não permitir que a atmos-
fera potencialmente explosiva penetre em dispositivos que contenham
elementos faiscantes ou superfícies quentes que poderiam detoná-la.

Um gás de proteção, que é mantido com uma pressão levemente maior


do que a da atmosfera externa, impede que a atmosfera explosiva pene-
tre no invólucro.

Essa pressão elevada pode ser mantida com ou sem fluxo contínuo, e
não requer nenhuma característica adicional de resistência do invólucro.
Porém, é recomendada a utilização de dispositivos de alarme que detec-
tem anormalidades da pressão interna do invólucro e retirem energia
dos equipamentos imediatamente após a falha ser percebida.

Essa técnica pode ser aplicada em painéis elétricos de modo geral e,


principalmente, como solução para salas de controle que podem ser
montadas próximas a áreas de risco.

P1 P > P1

ar

Em salas pressurizadas em que há produção de misturas explosivas, como


salas cirúrgicas e analisadores de gases, um processo de diluição contínua
deve ser aplicado. Dessa forma, o gás inerte deve ser mantido em quan-
tidade que impeça que a concentração da mistura alcance 25% do limite
inferior da explosividade do gás gerado. Nesse caso, é necessário que o
sistema de alarme seja baseado na quantidade relativa do gás de prote-
ção na atmosfera e atue também na desenergização da alimentação.

Encapsulado (Ex- m)
Este método de proteção também é baseado no princípio da segregação
e prevê que os componentes elétricos dos equipamentos sejam envolvi-
dos por uma resina. O objetivo é que a atmosfera explosiva externa não
seja inflamada durante a operação.

Normalmente, essa proteção é usada como complemento de outros


métodos e evita o curto circuito acidental. Pode ser aplicada em reed
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relé; botoeiras com cúpula do contato encapsulado; sensores de proxi-
midade e, obrigatoriamente, nas barreiras zener.

Imerso em óleo (Ex- o)


A proteção do tipo imerso em óleo evita que a atmosfera potencial-
mente explosiva atinja as partes do equipamento elétrico e provoque
detonação. Também baseada no princípio da segregação, que é obtida
inserindo partes que possam provocar faíscas ou superfícies quentes em
um invólucro com óleo.

Normalmente utilizada em grandes transformadores, disjuntores e simi-


lares com peças móveis, a proteção é aconselhada para equipamentos
que não requerem manutenção frequente.

Enchimento de areia (Ex- q)


A proteção enchimento de areia é similar à citada anteriormente, porém,
sua segregação é obtida com o preenchimento do invólucro com pó,
normalmente o pó do quartz ou da areia. Estes evitam que a chama
inflame em decorrência de temperatura excessiva das paredes do invó-
lucro ou da superfície.

O enchimento de areia, geralmente, é usado como forma de proteção


para leito de cabos no piso. Observe a representação.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


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Segurança intrínseca (Ex- i)
A Segurança Intrínseca é o método que representa o conceito de pre-
venção da ignição por meio da limitação da energia elétrica. O princí-
pio de funcionamento consiste na manipulação e no estoque de baixas
energias elétricas, que devem ser incapazes de provocar a detonação da
atmosfera explosiva, seja por efeito térmico ou por faíscas elétricas.

Esse método pode ser aplicado em vários equipamentos e sistemas de


instrumentação, pois a energia elétrica pode ser controlada a baixos
níveis em instrumentos como transmissores eletrônicos de corrente,
conversores eletropneumáticos, chaves fim-de-curso, sinaleiros lumino-
sos, entre outros.

A Segurança Intrínseca será abordada de forma mais detalhada nas pró-


ximas unidades.

Modelo de segurança dos equipamentos.


Conheça alguns modelos de segurança de equipamentos eletricos para
serem usados em ambientes de atmosfera explosiva.

Segurança aumentada (Ex- e)


Este método de proteção é fundamentado nos conceitos de supressão
da fonte de ignição e é aplicável em condições normais de operação.
Mas, só funciona se não produzir arcos, faíscas ou superfícies quentes
que apresentem riscos de causar a ignição da atmosfera explosiva para
qual foi projetado.

A Segurança Aumentada é aplicada em motores de indução, luminárias,


solenóides, botões de comando, terminais e blocos de conexão e, princi-
palmente, em conjunto com outros tipos de proteção. Porém, quando se
apresentam elevados fatores de segurança, são tomadas outras medidas
de segurança visando à proteção contra sobrecargas previsíveis.

As normas técnicas estabelecidas garantem grande flexibilidade para a


aplicação dos equipamentos de Segurança Aumentada, pois permitem
sua instalação em Zonas 1 e 2. Nelas, os cabos podem ser conectados
aos equipamentos através de pensa-cabos, o que dispensa o uso de ele-
trodutos metálicos e suas unidades seladoras.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


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Nas ilustrações abaixo, você pode conferir alguns tipos de equipamentos
nos quais são aplicados os métodos apresentados.

Não acendível (Ex- n)


Observe o modelo não acendível aplicado em um equipamento.

P
I
P
I

ZONA 1 ZONA 2

Combinação de proteções
O uso de diversos tipos de proteção em um mesmo equipamento é uma
prática comum. Por exemplo: existem motores à prova de explosão com
caixa de terminais que utilizam segurança aumentada e apresentam
também botões de comando com cúpula dos contatos separados por
invólucro encapsulado.

O equipamento pode ter ainda os circuitos intrinsecamente seguros nos


quais a barreira que limita a energia é montada em um painel pressuri-
zado ou em um invólucro à prova de explosão.

Aplicação dos métodos


A aplicação dos métodos de proteção é regulamentada por normas téc-
nicas que definem os diversos métodos de proteção que podem ser uti-
lizados em áreas de risco.
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
27
Na tabela a seguir, você pode conferir os métodos de proteção e seus
respectivos códigos, zonas nas quais são aplicados e os princípios que
fundamentaram sua elaboração.

MÉTODO DE Normas
CÓDIGO ZONAS PRINCÍPIOS
PROTEÇÃO IEC/ABNT
IEC60079-1
À PROVA DE EXPLOSÃO Ex d 1e2 NBR5363 Confinamento

IEC60079-2
PRESSURIZADO Ex p 1e2
NBR5420

ENCAPSULADO Ex m 1e2 IEC60079-18


Segregação
IEC60079-6
IMERSÃO EM ÓLEO Ex o 1e2
NBR8601

IMERSO EM AREIA Ex q 1e2 IEC60079-5

Ex ia 0, 1 e 2 IEC60079-11
NBR8447
INTRINSICAMENTE SEGURO
Ex ib 1e2 IEC60079-11
NBR8447
Supressão
SEGURANÇA AUMENTADA Ex e 1e2 IEC60079-7
NBR9883

NÃO ASCENDÍVEL Ex n 2 IEC60079-15

ESPECIAL Ex s 1e2 Especial

Tabela 2.1 – Aplicação dos Métodos de Proteção


Nota: os equipamentos projetados para a Zona 0 podem ser instalados nas Zonas 1 e
2. Os da Zona 1 também podem ser aplicados na Zona 2.

Os métodos de proteção dos equipamentos contra risco em atmosferas


explosivas foram seu objeto de estudos nesta unidade.

Agora, vá em frente e estude o conceito de segurança intrínseca e como


ele contribui para o desenvolvimento seguro das atividades.

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Segurança intrínseca (Exi)

A segurança intrínseca foi desenvolvida no início do século passado, na


Inglaterra, quando uma explosão em uma mina de carvão mineral pro-
vocou muitas mortes. Após esse fato, uma comissão foi formada para
investigar as causas do acidente. Os membros da equipe passaram a
analisar a possibilidade de a ignição ter sido provocada por uma faísca
elétrica proveniente de um circuito de baixa tensão utilizado na época.

Entre os fatores considerados pela comissão estava um dos procedimen-


tos usados pelos mineiros durante a operação: o acionamento de uma
campainha para avisar aos trabalhadores da superfície que os vagões
estavam carregados com o minério. Esta campainha era ativada por uma
ferramenta metálica que fechava o circuito através de um par de fios dis-
tribuídos pelas galerias.

Como a fonte de energia era composta por uma bateria de seis célu-
las leclanche, com baixa tensão e corrente, o circuito era considerado
seguro.

Sistema de sinalização em minas

Porém, uma pesquisa realizada posteriormente provou que o fator mais


importante para definir que um circuito é seguro é a quantidade de
energia que armazena.

No caso da mina, a energia estava armazenada no indutor da campainha


e nos longos fios de interligação. E, se a circulação da corrente no ponto
de chaveamento não fosse devidamente limitada, poderia gerar níveis
de energia capazes de provocar um arco elétrico com potência suficiente
para detonar uma mistura explosiva. A partir daí, surgiu o conceito de
Segurança Intrínseca.

Desde então, foi criado o primeiro órgão de teste e certificação de sis-


Achou importante? temas de sinalização para minas. Também passou a ser exigido que os
Faça aqui suas anotações. equipamentos elétricos e seus circuitos fossem projetados de modo que
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
29
a produção de arcos capazes de detonar as substâncias potencialmente
explosivas fosse impedida.

Estudos realizados posteriormente e a aplicação de componentes eletrô-


nicos permitiram a utilização dos conceitos em indústrias e superfícies.

Agora, entenda o processo de ignição.

Energia de ignição
Toda mistura de produtos químicos possui um valor de energia mínima
de ignição (MIE - Minimum Ignition Energy). Abaixo desse índice, é impos-
sível que ocorra detonação em função da concentração da mistura, ou
seja, da quantidade de combustível em relação ao volume de ar.

No gráfico abaixo, é representada uma comparação entre a curva do


Hidrogênio e a do Propano, e também é ilustrada a fonte de ignição que
provoca a detonação, de acordo com a concentração da mistura.

Observe:

Propano Hidrogênio
1
Energia de Ignição (mJ)

0,1

0,01
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
LEL MIE UEL

Concentração em Volume (%)

Relação da energia de ignição em função da concentração

O ponto em que a energia para provocar a detonação é a menor possí-


vel, denominado MIE (Minimum Ignition Energie), é também aquele em
que a explosão resulta em mais pressão.

Fora do MIE, é necessária uma quantidade maior de energia para pro-


vocar ignição, por isso, é possível concluir que a energia de ignição é
definida de acordo com a concentração da mistura.

Em concentrações abaixo do limite mínimo de explosividade LEL (Lower


Explosive Limit) não ocorre explosão, pois na mistura há grande quan-
tidade de oxigênio e pouco combustível. Já quando a concentração
aumenta excessivamente e ultrapassa o limite máximo de explosividade

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


30
UEL (Upper Explosive Limit), também não ocorre explosão. Isso porque
há excesso de combustível em relação à concentração de oxigênio.

Os circuitos de Segurança Intrínseca manipulam e armazenam energias,


abaixo do limite mínimo de explosividade dos gases de cada família,
ou seja, trabalham com as concentrações mais perigosas. Os circuitos
de Segurança Intrínseca impedem que ocorra ignição, mesmo que os
equipamentos estejam operando em condições anormais de funciona-
mento, pois eles passam a não ter energia suficiente para isso. Os cir-
cuitos tornam a instalação segura e permitem que as montagens sejam
feitas inclusive na Zona 0.

Princípios
O princípio básico de segurança intrínseca é a manipulação e o armaze-
namento da baixa energia. Isso faz com que o circuito instalado na área
classificada nunca possua energia suficiente para provocar a ignição da
atmosfera potencialmente explosiva.

O esquema abaixo ilustra a operação. Observe:

Fonte de Energia

Área classificada

Limitador de Energia

Energia
Energia Manipulada
Armazenada
Área não classificada
Elemento de Campo

Manipulação e armazenagem de energia controlada

Energia elétrica
De acordo com o princípio da Segurança Intrínseca, a energia total que
o circuito pode conter deve ser menor que a mínima energia de ignição,
MIE. Se a energia foi convertida em potência elétrica, é obtida a curva
que ilustra as tensões máximas versus as correntes máximas de um cir-
cuito Exi.

Para cada grupo existem três curvas diferentes, pois quanto maior for
a periculosidade de uma mistura, menor será a energia necessária para
sua ignição e menor será a potência que pode ser seguramente manipu-
lada. Dessa forma, podemos concluir que um equipamento projetado
para IIC pode também ser utilizado em IIB.
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
31
Analisando a curva, é possível concluir que a segurança intrínseca pode
ser aplicada com sucesso em equipamentos que consomem pouca ener-
gia, tornando-se uma opção para a instrumentação.

I (mA)

IIA

IIB

IIC

v (v)

Máxima Potência Elétrica Manipulável

Limitadores de energia
Para que uma instalação seja executada com a proteção da Segurança
Intrínseca, é preciso relacionar o elemento de campo e o instrumento de
controle sinalização, por meio de um limitador de energia.

Para entender melhor esse conceito, imagine a montagem da figura


abaixo, na qual há um contato mecânico proveniente de uma chave liga-
desliga que deve acionar um relé auxiliar montado no painel de controle
fora da área classificada.

Fonte
24V

Relé

Circuitosem
Circuito sem Limite
limite de
deenergia
Energia

Com isso, pode-se prever que com a abertura ou o fechamento do con-


tato, irá ocorrer uma centelha elétrica com energia suficiente para infla-
mar a atmosfera.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


32
Limite de corrente
No circuito da figura abaixo, acrescentamos um resistor que tem como
função limitar a corrente elétrica, o que ainda não é suficiente para elimi-
nar a centelha, apesar de reduzir sua energia. Veja:

Fonte
24V

Relé

Circuito com Limite de Corrente Elétrica


Circuito com limite de corrente elétrica

Limite da tensão
Visando a limitar a potência, observe o circuito abaixo, que possui um
resistor para limitar a corrente e um diodo zener que limita a tensão no
contato de campo. Dessa forma, é eliminada a possibilidade de igni-
ção pela manipulação de energia elétrica em áreas classificadas. Isso é
feito por meio da escolha dos valores do resistor e do diodo zener, que
mantém a corrente e a tensão no contato de campo, com os fatores de
segurança adequados. Este último será um assunto abordado posterior-
mente.

Fonte
24V

Relé

Circuito com Limite de Corrente e Tensão


Circuito com Limite de Corrente e Tensão

Cálculo parametrizado da potência


Ao analisar o circuito, observe que, com a chave aberta, a tensão máxima
(Uo) que chega ao circuito de campo é a tensão de corte do diodo
zener.

A corrente máxima (Io) do circuito ocorre quando a chave está fechada


e seu valor é limitado pela resistência (R). O valor de Io pode ser obtido
pela divisão de Uo por R.

Quando a tensão é máxima Uo, a corrente é nula, pois a chave está


aberta. Se a corrente foi máxima Io, a tensão será nula, pois a chave está
fechada. Portanto, a máxima transferência de potência ocorre no ponto
médio da curva, conforme demonstra o gráfico a seguir:

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


33
Para calcular as potências, são usadas as seguintes fórmulas:

P=UxI

Po = (Uo)/2 x (Io)/2

Po = (Uo x Io)/4

U
Chave Aberta
Uo
Po
Maior
Transferência
Uo/2 de Potência

Chave Fechada

Io/2 Io I

Curva de Transferência de Potência

Em que:

Uo= Tensão máxima

Po= Potência máxima

Io= Corrente máxima

* a corrente máxima acontece na condição de tensao zero e a tensão


maxima acontece na condição de corrente "Z" zero.

Armazenamento de energia
No circuito anterior, não abordamos a detonação pelo controle de ener-
gia manipulada e deixamos de considerar que: ao invés de um simples
contato poderíamos ter um circuito eletrônico, como de um transmissor
de corrente, o que invalida o estudo, que não previa o armazenamento
de energia.

Este armazenamento ocorre, principalmente, em circuitos eletrônicos


e em cabos de interligação, que se tiverem grandes comprimentos,
passam a apresentar consideráveis níveis de capacitância e indutância
distribuída.

A energia armazenada nos capacitores (E = ½ C.V2 ) é liberada quando


o contato fecha. Isso faz com que prevaleça na alimentação do campo,
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
34
gerando uma faísca que pode causar a ignição. Já no efeito indutivo, o
contato é aberto, pois a energia é proporcional à variação da corrente

E = ½ L.I2.

R
L

C Fonte
24V

Relé

Circuitos Armazenadores
Circuitos dede
Armazenadores Energia
Energia

Elementos armazenadores controlados


Conforme apresentado anteriormente, a energia guardada em elementos
armazenadores de energia é muito significativa, principalmente se forem
considerados os efeitos em conjunto com as capacitâncias e as indutân-
cias. Com isso, é possível concluir que a energia deve ser limitada.

De modo prático, as normas técnicas apresentam a possibilidade de limi-


tar os elementos armazenadores de energia do circuito do campo e do
cabo. Para isso, existem curvas de capacitância em função da tensão e
de indutância em função da corrente do circuito (medidas em condições
de defeito).

Se estes valores forem respeitados, o circuito pode conter capacitores e


indutores e, mesmo assim, manterem a energia total envolvida abaixo
do MIE. ( energia de ignição).

EL= CI2
2

EC= CV2
2

Em que:

EC = Energia acumulada enquanto a chave esta aberta e liberada quando


se fecha a chave.

EL = energia acumulada em L enquanto chave esta fechada e liberada


quando a chave se abre.

R
Lmax

Cmax Fonte
24V

Relé

Circuitos
Circuitos armazenadoresde
Armazenadores deEnergia
energia Controlados
controlados

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


35
À Prova de falhas
Como os circuitos de segurança intrínseca são projetados especial-
mente para operar em áreas de risco, foram elaboradas normas técnicas
para determinar o estudo das falhas que podem ser causadas por erros
humanos. Confira.

220Vca
R
Lmax

Cmax 24Vcc Vca

Relé

CircuitoSujeito
Circuito sujeito aa falhas
Falhas

Neste exemplo, o limitador de energia que possui entrada prevista para


24Vcc é acidentalmente conectado a 220Vca, o que provoca a ignição da
atmosfera potencialmente explosiva.

Visando a eliminar essa possibilidade, foi incluído no circuito um fusível,


conforme ilustra a figura abaixo. O dispositivo tem a função de prote-
ger o diodo zener. Antes que a sobrecorrente danifique este, o fusível se
rompe abrindo o circuito e elimina, portanto, a possibilidade de a tensão
em corrente alternada atingir o contato do campo. Veja:

fusível de proteção
do zener
220Vca
R
Lmax

Cmax 24Vcc Vca

Relé

Circuito comcom
Circuito Proteção de de
Proteção Falha
Falha

Logicamente, a intensão é eliminar a maioria das falhas humanas, mas


não significa que o profissional que irá manusear os equipamentos seja
um leigo completo capaz de conectar o elemento de campo diretamente
à rede da corrente.

À prova de defeitos
As normas técnicas também determinam o estudo de possíveis defeitos
nos componentes do circuito com objetivo de assegurar a integridade e
a confiabilidade dos equipamentos.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


36
A figura abaixo ilustra uma situação em que ocorre um defeito na iso-
lação da transformação, que passa a fornecer uma tensão mais elevada
para o limitador de energia, o que é um defeito.

R
Defeito2
Lmax

Cmax 220V
Defeito1

Relé

Circuito
CircuitoààProva
prova de Defeitos
de defeitos

O diodo zener é um limitador de tensão. Por um problema de fabricação


(defeito 1), como por exemplo na dopagem do material semicondutor,
ele se rompe rapidamente antes do tempo previsto para a abertura do
fusível (defeito 2). Ao analisar o circuito, verifique que existe ainda um
outro diodo, que garante a segurança do elemento instalado na área
classificada.

Categorias
Os equipamentos intrinsecamente seguros são classificados em duas
categorias denominadas “ia” e “ib”:

Categoria “ia”
A categoria “ia” é a mais rigorosa. Prevê que o equipamento possa sofrer
até dois defeitos consecutivos e simultâneos e manter fator de segu-
rança de 1,5. Essa categoria é aplicada a tensões e correntes para que
elas sejam incapazes de provocar a ignição. Por esse motivo, equipamen-
tos com essa classificação podem ser usados até em zonas de risco pro-
longados (Zona 0).

Categoria “ib”
A categoria "ib" é mais flexível e permite que os dispositivos sejam ins-
talados apenas nas Zonas 1 e 2. Estes elementos devem assegurar que,
mesmo se houver um defeito no circuito, não é possível ocorrer detona-
ção da atmosfera e manter, também, fator de segurança 1,5.

A aplicação dos fatores de segurança é objeto de estudo aprofundado


somente para projetistas de circuitos intrinsecamente seguros. Portanto,
não são essenciais para os usuários dos instrumentos, que devem se pre-
ocupar apenas em utilizar os equipamentos nas zonas adequadas.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


37
Aterramento
Para eliminar ainda mais a possibilidade de ignição, o circuito deve ser
montado de forma que permita o desvio das sobretensões perigosas
capazes de provocar uma centelha elétrica na área classificada.

R
Lmax

Cmax Fonte
24V

Relé
Circuito com Falta a Terra
Circuito com Falta a Terra
O único circuito limitador de energia capaz de desviar a corrente - gerada
por uma sobretensão em relação ao potencial da terra - é um sistema de
aterramento, desde que este seja bem elaborado.

Normas técnicas determinam que um sistema de aterramento íntegro


possua impedância menor que 1Ω, para garantir a eficácia do circuito.

Barreira Zener
O limitador de energia da figura abaixo é também conhecido como bar-
reira zener. As características desse elemento podem variar de acordo
com o fabricante e com tipo de sinal, mas normalmente os dispositivos
têm a mesma função. Veja a ilustração que o representa:

R
Lmax

Cmax Fonte
24V

Relé

Circuito com
Circuito Aterramento
com Íntegro
Aterramento Íntegro

Equipotencialidade dos Terras


Conforme já foi explicitado, segundo normas técnicas, o aterramento
íntegro deve ser < 1 Ω. Também é recomendado que o loop de equipa-

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


38
mentos intrinsecamente seguros possua apenas um ponto de conexão
ao terra e que a isolação do elemento de campo seja superior a 500V.

Equipamentos
NSI

Barreira
Zener

Equipamento SI
Terra integro
<1Ω

Circuitos
internos Terra da
isolados Planta 5 Ω

Exemplo dos Sistemas de Terra Protegendo a Instalação SI


Exemplo dos Sistemas de Terra Protegendo a Instalação SI

As normas estabelecem ainda que há necessidade de os terras serem


equipotenciais, ou seja, é preciso igualar a impedância do sistema de
aterramento, que não deve ser superior a 1 Ω, medindo a partir de dois
pontos quaisquer da instalação.

Esse requisito é solicitado, pois a equipotencialidade pode causar sérios


perigos.

Para exemplificar essa afirmação, suponha que o circuito da figura acima,


no qual há um conversor eletropneumático ligado a saída de um contro-
lador através de uma barreira zener. E calcule qual é a sobretensão cau-
sada no elemento de campo, devido à diferença de impedância entre o
terra da barreira e o terra do campo.

Para isso, suponha ainda que ocorra um defeito na conexão do equipamento


de campo, que acidentalmente seja conectado ao terra de equipamentos
eletrônicos (como controladores, fontes de alimentação, conversores, entre
outros) que geram ruídos elevados de, por exemplo, de 10A.

Como calcular a sobretensão:

Barreira Zener Conversor


Eletropneumático
4-20mA Ruído
Torre de
Resistência equipamentos
do Cabo eletrônicos
I=10A
24V
10Ω
Defeito

Área Segura 5Ω
0,10Ω

Circuito com desequilíbrio de aterramento


Circuito com Desequilíbrio de Aterramento
• Instalações
A figura acima mostra de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
um circuito eletrônico afetado pelo ruído elétrico
39
gerado pelos instrumentos eletrônicos. Como a resistência interna do
conversor eletropneumático é muito maior que as resistências da terra e
do cabo, despreze a corrente desviada através de sua bobina.

I=10A
I2 I1
24 V R>>Rterra 10,1 Ω 5Ω
24 V
10 Ω I=0 I=10A
I=10A 57,4 V
I2 I1
I=10A
0,1Ω 33,4 V 3,34 Ω
5Ω 33,4 V 3,34 Ω

Circuito Equivalente Cálculo de Sobretensão


Circuito equivalente e cálculo de sobretensão

Calculando resistência equivalente, você terá o seguinte:

Req = (10Ω + 0,1Ω ) x 5Ω = 3,34 Ω


(10Ω + 0,1Ω ) + 5Ω

Calculando a Tensão no Terra do Campo:

U1 = 3,34 Ω x 10 A = 33,4 V

Calculando a Tensão U no Conversor:

U = 33,4 V + 24 V = 57, 4 V

Desta forma, você pôde verificar que a tensão do instrumento subiu de


24 V para 57,4 V o que põe em risco a instalação que era considerada
segura.

Isolação Galvânica
A barreira zener é eficaz somente se o sistema de aterramento for ínte-
gro, conforme ilustra o desenho abaixo. Porém, sabe-se que, na prática, é
muito difícil construir e manter um aterramento com impedância menor
que 1 Ω.

Defeito 2

Limitador de Energia Defeito 1

R F

Aterramento ruim Regulador


de Tensão
Aterramento Bom

Falha de aterramento na barreira zener

Falha de Aterramento na Barreira Zener


• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
40
Para solucionar este problema, foi desenvolvida a técnica de isolação
galvânica, que possibilita dispensar a conexão do limitador de energia
ao sistema de aterramento seguro.

A figura a seguir representa um circuito seguro básico de isolador gal-


vânico, no qual há uma a rede de corrente alternada conectada a um
transformador redutor de tensão e, em seguida, a uma fonte de corrente
contínua.

Área Defeito 5 Defeito 4 Defeito 3 Defeito 2


Defeito 1
R F
Infálivel

Limitador de Energia Fonte Trafo Osciador Regulador


de Tensão

Acionador de Solenóide com Isolação Galvânica


Acionador de Solenóide com Isolação Galvânica

A tensão em corrente contínua é aplicada ao isolador galvânico, que


oscila o sinal em corrente contínua para enviá-lo a um transformador
isolador, que separa os sinais de entrada e saída da unidade.

Em seguida, esse sinal é reconstituído através de um retificador com fil-


tro, e enviado ao elemento de campo. Com isso, é possível concluir que,
além dos defeitos previstos pelas normas de segurança intrínseca (defei-
tos 3 e 4) seria preciso outras disfunções para que a tensão atingisse o
circuito limitador.

Transformador isolador é normalizado visa a garantir alta isolação, e


confiabilidade total a sua incapacidade de transferir sinais elevados, por
efeitos de saturação. Isto faz com que ele seja um componente extrema-
mente seguro.

Nesta unidade, você estudou os métodos de proteção usados em atmos-


feras explosivas. A seguir será apresentado um novo desafio: entender
os procedimentos de certificação necessários nesta área.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


41
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
42
Certificação

As instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas envol-


vem risco de vidas humanas e de patrimônios. Por isso, é obrigatório que
os países elaborem legislações específicas para regulamentar a fabri-
cação e a utilização destes equipamentos. No Brasil, o órgão que esta-
belece as normas é o Conselho Nacional de Metrologia e Normalização
Industrial (Conmetro), subordinado ao Ministério da Justiça.

A legislação atual determina que todos os equipamentos devem ser cer-


tificados para utilização em áreas classificadas, independente de serem
ou não fabricadas no país.

Processo de certificação
O processo de certificação brasileiro é coordenado pelo Instituto Nacio-
nal de Metrologia e Normalização Industrial (Inmetro) que utiliza as
especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para
elaborar as normas técnicas para os diversos tipos de proteção.

O Inmetro também é responsável pelo credenciamento de laboratórios


que conferem se os equipamentos atendem às normas, e se podem ser
instalados em atmosferas potencialmente explosivas. Esta verificação
é feita com base nas normas técnicas e por meio de ensaios e análises
(norma IMETRO-NIE-DINQP-096).

O único laboratório credenciado no Brasil para atestar a segurança intrín-


seca, até hoje, é o Labex, no centro de laboratórios do Cepel no Rio de
Janeiro, que possui instalações e técnicos especializados para executar
os diversos procedimentos solicitados pelas normas, e até mesmo reali-
zar explosões controladas com os gases representativos de cada família.

Para a realização do processo de certificação, conhecido como Certificado


de Protótipo, é preciso que o fabricante encaminhe uma amostra do equi-
pamento ao laboratório. Lá, o projeto é analisado, são realizados ensaios
e, caso ele seja aprovado, é emitido pelo laboratório um Relatório de Ins-
peção e Ensaios com os resultados obtidos. O relatório é encaminhado ao
Inmetro que emitirá o certificado, ilustrado na próxima página.

Este processo de certificação será aplicado a todos os tipos de proteção,


ou seja, todos os produtos fabricados no Brasil deverão possuir seu Cer-
tificado com inspeção da fabricação.

Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
43
Marcação
A marcação é a identificação do equipamento usada para informar o tipo
de proteção e as condições em que ele deve ser utilizado. Estes dados
devem ser apresentados de forma simples para possibilitar a memoriza-
ção e a identificação dos instrumentos.

Veja um exemplo:

[Br Ex ia] IIC T6


Certificação Temperatura
Indica que a certificação Indica a classe de temperatura
é Brasileira de superfície do instrumento
T1 (450°C), T2 (300°C),
T3 (200°C), T4 (135°C)
T5 (100°C), T6 (85°C)
Proteção
Indica que o produto
possui algum tipo Tipo de Proteção Grupo
Indica o grupo para qual
de proteção para Indica o tipo de proteção que
o equipamento foi construido.
atmosfera potencialmente o equipamento possui:
GRUPO IIC
explosiva.
GRUPO IIB
“d” - À prova de explosão
GRUPO IIA
“p” - Pressurizado
“m” - Encapsulado
“o” - Imerso em Óleo
“q” - Imerso em areia
“e” - Segurança Aumentada
“ia” - Segurança Intrínseca na categoria “a”
“ib” - Segurança Intrínseca na categoria “b”
“n” - Não ascendivel

Análise das marcações


Um limitador de energia pode ser certificado para as duas categorias e
para os três grupos de gases, sendo que quanto menor o grau de risco,
maior serão os elementos armazenadores de energia que poderão ser
conectados, conforme ilustra a tabela a seguir:

Parâmetros e Entidades

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


44
Parâmetros e entidades
Equipamentos de marcadores diferentes podem ser seguramente inter-
conectados, desde a segurança seja garantida, e sejam considerados
alguns fatores:
• Um instrumento de campo “ia” pode ser conectado com um limi-
tador de energia “ib”, desde que a associação seja instalada em uma
Zona 1 ou 2.
• Os dados de armazenamento de energia de um instrumento para o
grupo IIB podem ser utilizados para efetuar cálculos com um limitador
de energia IIC, desde que utilizados apenas em grupo IIB e IIA.
• Também é possível utilizar os dados de um limitador de energia “ib”
IIA para o cálculo com um instrumento de campo “ib” IIC, desde que eles
sejam utilizados apenas nas Zonas 1 e 2 e no grupo IIA.

Classificação dos equipamentos de segurança


intrínseca
A certificação da segurança intrínseca depende do tipo de equipamento
em que é realizada, pois eles podem ser classificados em simples, intrin-
secamente seguros ou intrinsecamente seguros associados. A seguir,
você vai conhecer as características de cada um deles:

Equipamentos simples
Fazem parte deste grupo os equipamentos e componentes simples
que manipulam e armazenam energia abaixo de 20μJoules, ou seja,
não podem exceder nenhuma das seguintes grandezas: 1,2V, 0,1A ou
25mW.

Como estes equipamentos não possuem energia suficiente para provo-


car a ignição da atmosfera, não é necessário que eles sejam certificados.
Entre eles podemos citar os sensores passivos, como termopares, ter-
morresistências, potenciômetros, entre outros.

Equipamentos Intrinsecamente Seguros


São aqueles que possuem todos os equipamentos de campo: transmis-
sores de corrente, posicionadores, válvulas solenóides, sensores de pro-
ximidade, etc. Esses dispositivos devem ser certificados para verificar se
atendem os requisitos das normas, e confirmar a quantidade máxima
de energia que seguramente se pode manipular, além de quantificar o
armazenamento de energia nos circuitos internos, o que permite sua ins-
talação em atmosferas explosivas.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


45
Veja a seguir as siglas relacionadas aos equipamentos intrinsecamente
seguros e seus respectivos significados.

Ui - tensão máxima de entrada

Máxima tensão que pode ser aplicada aos terminais intrinsecamente


seguros, sem afetar o tipo de proteção.

Ii - corrente máxima de entrada

Máxima corrente que pode ser aplicada aos terminais intrinsecamente


seguros, sem afetar o tipo de proteção.

Pi - potência de entrada

Máxima potência de entrada que pode ser seguramente dissipada inter-


namente no equipamento intrinsecamente seguro de entrada.

Ci - capacitância interna máxima

Capacitância interna máxima vista através dos terminais intrinsecamente


seguros de entrada.

Li - indutância interna máxima

Indutância interna máxima vista através dos terminais intrinsecamente


seguros de entrada.

Um - tensão máxima

Máxima tensão RMS ou CC que pode ser aplicada aos terminais não
intrinsecamente seguros de um equipamento associado, sem afetar o
tipo de proteção.

Equipamentos intrinsecamente seguros associados


São os circuitos em que há interface entre os equipamentos SI (Intrinse-
camente Seguros) e os equipamentos comuns NSI (não intrinsecamente
seguros), ou seja, aqueles que contém o circuito limitador de energia.
Entre os exemplos, podemos citar barreiras zener e isoladores galvânicos
com entradas e saídas intrinsecamente seguras.

No processo de certificação destes equipamentos é verificado se o pro-


jeto foi desenvolvido conforme as normas, com o objetivo de determinar
a energia máxima enviada ao equipamento de campo. Isso é feito com
base nos valores máximos em que estas energias podem ser manipula-
das em cada grupo, no qual a fonte deve ser instalada fora da área clas-
sificada.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


46
Veja, a seguir, as siglas usadas para identificar valores nos equipamentos
Intrinsecamente Seguros Associados e seus significados.

Uo - tensão máxima de circuito aberto

Máxima tensão (Pico ou CC) que aparece nos terminais intrinsecamente


seguros de saída, em circuito aberto.

Io - corrente máxima de curto-circuito

Máxima corrente (Pico ou CC) que pode ser obtida nos terminais intrinse-
camente seguros de saída, quando em curto-circuito.

Po - potência máxima de saída

Máxima potência que pode ser obtida nos terminais intrinsecamente


seguros de um equipamentos elétrico.

Co - capacitância externa máxima

Máxima capacitância que pode ser conectada aos terminais intrinseca-


mente seguros, sem afetar o tipo de proteção.

Lo - indutâncica externa máxima

Máxima indutância que pode ser conectada aos terminais intrinseca-


mente seguros, sem afetar o tipo de proteção.

Parametrização
A parametrização é um sistema de certificação desenvolvido especifi-
camente para a Segurança intrínseca. Por meio dele, são informados os
parâmetros necessários para o equipamento intrinsecamente seguro e
os elementos de campo. Para os equipamentos intrinsecamente seguros
associados, também é relacionado o limitador de energia para facilitar a
verificação de compatibilidade entre eles, e eliminar a certificação con-
junta dos equipamentos. Isto permite ao usuário opção livre de escolha
entre os modelos e fabricantes.

Conceito de entidade
O conceito de entidade é o que permite a conexão entre os equipa-
mentos intrinsecamente seguros e seus respectivos equipamentos
associados. Para garantir que as conexões sejam implantadas com total
segurança, independentemente do modelo e do fabricante dos equipa-
mentos, devem ser seguidos os critérios apresentados abaixo. Veja:

• A tensão (ou corrente) que o equipamento intrinsecamente seguro pode


receber e, manter-se intrinsecamente seguro, deve ser maior ou igual a
tensão (ou corrente) máxima fornecida pelo equipamento associado.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


47
• A máxima capacitância (e indutância) do equipamento intrinsecamente
seguro, inclusive os parâmetros dos cabos de conexão, tem que ser maior
ou igual a máxima capacitância (e indutância) que pode ser conectada
com segurança ao equipamento associado.

Uo <
_ Ui
Lo <
_ Li
Po <
_ Pi
Lo >
_ Li+ Lcabo
Co >
_ Ci+ Ccabo

Para exemplificar o conceito da entidade, vamos considerar o exemplo


da figura abaixo, em que há um transmissor de pressão Exi conectado
a um repetidor analógico com entrada Exi. Os dados paramétricos dos
equipamentos foram retirados dos respectivos certificados de conformi-
dade do Inmetro / Cepel. Além disso, o fabricante informou a capacitân-
cia e indutância por unidade de comprimento para o cabo.

Cabo de interligação

Repetidor Analógico Exi


Transmissor Exi
Exemplo de interconexão

Assim temos: Exemplo de Interconexão


Transmissor de Pressão Br Exia IIC T6
Ui = 38 V
Ii = 103 mA
Pi = 0,98 W
Li = 0 mH
Ci = 30 nF

Repetidor Analógico Br Exib IIC


U0 = 28,7 V
Io = 98 mA
Po = 703 mW
Lo = 3mH
Co = 65 nF

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


48
Cabo de Interconexão
Comprimento: 500 m
Indutância: 2 mH/Km
Lcabo = 1 mH
Capacitânica 20 nF/Km
Ccabo = 10 nF

Cálculo da interconexão
Energia Manipulada
Ui = 38 V ≥ Uo = 28,7 V
Ii = 103 mA ≥ Io = 98 mA
Pi = 980 mW ≥ Po = 703 mW
Energia Armazenada
Li + Lcabo = 0 + 1 mH = 1 mH ≤ Lo = 3 mH
Ci + Ccab0 = 30 nF + 10 nF = 40 nF ≤ Co = 65 nF

Como todas as equações foram satisfeitas, podemos concluir que é per-


feitamente segura a interconexão dos instrumentos.

Temperatura de Ignição
Todo equipamento para atmosferas explosivas possui sua própria classi-
ficação da temperatura de superfície que pode ser desenvolvida em si.

A classificação por temperatura é independente da classificação por


grupos e zonas. Por exemplo: o etileno do grupo IIB possui temperatura
de ignição espontânea de 425ºC, que é menor que a do Hidrogênio do
grupo IIC (mais perigoso) que é da ordem de 560ºC.

No anexo I, que apresentaremos posteriormente, você poderá conferir


uma lista com os elementos químicos e substâncias mais comuns encon-
trados na indústria, que estarão classificados por grupo e com suas res-
pectivas temperaturas de ignição espontânea.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


49
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
50
Cablagem de equipamentos (SI)

Cablagem é a instalação de fios e cabos. No caso dos circuitos intrinsecamente


seguros, existem normas que detalham os requisitos suficientemente.

A seguir, você vai conhecer os requisitos de construção e de instalação


dos equipamentos que apresentam circuitos elétricos.

Requisitos para construção


Para serem construídos, os equipamentos precisam apresentar rigidez
elétrica, e devem ser maior que 500 Uef. Já o condutor deve possuir iso-
lante de espessura maior que 0,2 mm. Além disso, quando houver blin-
dagem, ela deve cobrir no mínimo 60% da superfície do aparelho.

Requisitos para instalação


O principal requisito para a instalação dos cabos de segurança intrín-
seca, que passaremos a chamar apenas de cabos SI, é que eles sejam
isolados em relação aos circuitos não intrinsecamente seguros, que
chamaremos de NSI.

A intenção da isolação é de não permitir que, em casos de falhas, o limi-


tador de energia seja eliminado do loop Exi. Isto certamente provocaria
a detonação da atmosfera explosiva.

Para esclarecer melhor como funcionam os procedimentos práticos de


instalações, apresentamos a seguir as configurações mais indicadas para
as fiações intrinsecamente seguras.

Caneletas separadas
Os cabos SI podem ser separados dos cabos NSI através de caneletas
separadas. Este dispositivo é especialmente indicado para as fiações
internas de gabinetes e armários de barreiras.

Achou importante?
Canaletas plásticas separadas
Faça aqui suas anotações. Canaletas Plásticas Separadas
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
51
Caneletas metálicas
As caneletas metálicas podem ser usadas para separar as fiações Si da
NSI, desde que elas sejam devidamente aterradas no mesmo aterra-
mento das estruturas metálicas das áreas classificadas – que precisam
necessariamente, apresentar impedância menor que 1Ω. Estas caneletas
são, geralmente, indicadas nas bandejas e leitos de cabos.

Cabos SI Cabos NSI

Canaletas metálicas separadas

Cabos blindados coaxiais


Quando a separação dos cabos em caneletas distintas não for suficiente,
é possível utilizar cabos blindados com malha de terra. Isso desde que
eles estejam devidamente aterrados no condutor equipotencial e no
mesmo ponto que o circuito SI do qual ele faz parte.

Caso haja necessidade de aterramento por razões funcionais em


outros pontos, devem ser utilizados capacitores cerâmicos inferiores a
1nF/1500V.

Cabos NSI

Cabos SI

Mesma Canaleta, Cabos Blindados


Mesma canaleta, cabos blindados

Amarração dos cabos


Os cabos SI e NSI podem ser montados em uma mesma caneleta, mas é
preciso que eles estejam devidamente amarrados e separados entre si a
uma distância superior a 50 milímetros. Estes dispositivos são, normal-

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


52
mente, aplicados em painéis com circuitos SI, nos quais o encaminha-
mento através de caneletas não é viável.

Cabos NSI

Cabos SI

Mesma canaleta, Cabos Amarrados


Mesma canaleta, cabos amarrados

Separação mecânica
A separação mecânica dos cabos SI dos NSI é uma forma simples e eficaz
usada para a separação dos circuitos. Quando a separação é feita com
caneletas metálicas, é preciso aterrá-las junto às estruturas metálicas.

Cabos NSI

Cabos SI

Canaletas com Separação


Canaletas com separação

Multicabos
Os cabos multivias, que apresentam vários circuitos SI, não devem ser
utilizados em Zona 0, sem que antes seja feito um estudo das combi-
nações de possíveis falhas. Cabos multivias fixos, com proteção externa
adicional contra danos mecânicos, podem ser aplicados somente em cir-
cuitos SI (<60Vp), pois correndo em núcleos adjacentes, podem ser con-
siderados não sujeitos a falhas.

Multicabos Blindados
Multicabos blindados

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


53
Montagem de painéis
Na montagem de painéis em instalações elétricas com circuitos intrinse-
camente seguros, os terminais SI devem ser efetivamente separados dos
terminais NSI, conforme ilustram as figuras a seguir, em que no interior
do painel, as fiações SI possuem canaleta própria.

Cabos SI Cabos SI
Exi Exi Exi Exi

Cabos NSI Cabos NSI

Exemplo de separação por canaletas


Exemplo de Separação por Canaletas
A separação dos circuitos SI e NSI pode também ser realizada por meio
de placas de separação metálicas, ou serem separadas a uma distância
maior que 50 milímetros. Observe a ilustração:

Montagem com entradas separadas e montagem com separador


Montagem com Entradas Separadas Montagem com Separador

Cuidados na montagem
Além de um projeto apropriado, outros cuidados devem ser observados
durante a montagem dos painéis intrinsecamente seguros. Conforme
ilustra a figura abaixo, localizada à direita, a falta de amarração nos cabos
pode causar uma falha. Já na figura da esquerda, a falta da placa de sepa-
ração é que provoca o defeito.

Falta de amarração Falta de separação

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


54
Requisitos gerais
Outras questões para as quais é preciso atentar são os métodos de fiação
que devem ser estudados antes da instalação, para evitar que um cir-
cuito SI entre em contato com o NSI no caso de um fio ser desconectado.
É necessário também que os circuitos SI, como invólucros, terminais e
cabos, sejam identificados claramente com placas ou códigos de cores (a
mais recomendada é o azul).

Efeitos da indução eletromagnética


Nos circuitos intrinsecamente seguros, é preciso evitar os efeitos dos
campos elétricos ou eletromagnéticos provenientes da proximidade
com cabos de alta tensão e corrente. Para isso, deve ser aumentada a
distância de escoamento da fonte de perturbação, além de técnicas de
transposição e blindagem nos cabos dos circuitos SI.

Os métodos aplicados para a cablagem dos equipamentos foi o tema tra-


tado nesta unidade. No próximo capítulo desta apostila, você vai estudar
a aplicação típica dos elementos estudados até agora.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


55
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
56
Aplicação Típica

Nesta unidade, serão abordadas as aplicações típicas dos Equipamen-


tos Intrinsecamente Seguros, a Barreira Zener e os Isoladores Galvânicos,
que vão ser classificados segundo a função que os elementos desempe-
nham no campo. A seguir, apresentaremos as especificidades de cada
um deles.

Barreiras Zener
As barreiras zener são diferenciadas de acordo com a disposição dos
componentes e se adaptam ao tipo de sinal manipulado – contínuo,
positivo, negativo ou alternado. Porém, a função básica deste dispositivo
é a mesma já descrita nas unidades anteriores.

Em seguida, você poderá observar algumas situações em que a barreira


é aplicada.

Contato seco
A figura abaixo representa um circuito com um contato seco em que
atua um relé auxiliar, protegido pela barreira, que possui diodo zener de
28V, acima da tensão da fonte. É importante notar que o circuito acres-
centa uma resistência “end to end” (casador de impedância) de 300 Ω,
que considera a resistência do fusível e do resistor.

Para efeitos operacionais, foi introduzido no circuito uma resistência de


“loop” de 600 Ω, sem considerar a resistência da cablagem, o que pode
influir no funcionamento. Isto porque, se o relé não for devidamente
selecionado, ele pode não operar por causa da baixa corrente.

28V/300R

Exl

24V

Barreira Zener com Contato Seco


Achou importante? Barreira Zener com contato seco

Faça aqui suas anotações.


• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
57
Sensor de proximidade
Na aplicação com sensores de proximidade tipo Namur, própria para
ser instalada em áreas classificadas, a barreira zener deve ser aplicada
entre o sensor e o amplificador. É recomendado que seja realizado um
teste prático para confirmar o adequado funcionamento operacional do
amplificador Namur , após a introdução da barreira zener.

Veja abaixo a ilustração que exemplifica esta situação:

28V/300R

Exl
24V

100R

Barreira Zener
Barreira com
Zener com Sensor Namur
Sensor Namur

Solenóides e sinalizadores
A aplicação das barreiras zener por acionamento, não é muito comum
na prática, pois estes elementos necessitam de potências mais altas, da
ordem de 1W, o que se torna inviável para os limitadores de corrente
resistivos.

28V/300R

+
+
Exl 24V
-
-

Barreira Zener com solenóide


Barreira Zener com Solenóide

28V/300R

+ +
Exl 24V
-
-

Barreira Zener com Sinalizador Luminoso


Barreira Zener com sinalizador luminoso

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


58
Transmissores de corrente
No caso de transmissores de corrente, é necessário escolher a barreira
zener de forma que a resistência “end to end” não seja suficiente para
causar uma queda de tensão capaz de impedir o funcionamento do
transmissor, o que acontece se a tensão de alimentação estiver abaixo
do mínimo.

Analisar a soma das resistências do cabo de conexão com a resistência


“end to end” da barreira também é recomendado, pois ela não deve ser
superior a máxima resistência de loop do transmissor.

Outra medida essencial é assegurar que a barreira permita a passagem


de sinais digitais nas aplicações com transmissores inteligentes.

28V/300R

+ 4-20mA
+
Exl 24V
-
-

Barreira Zener
Barreira com
Zener Transmissor
com transmissor de Corrente
de corrente

Conversor eletropneumático
Nas aplicações com conversor, é preciso assegurar que a barreira zener
não ofereça uma resistência (calculada pela soma da R “end to end” e a R
do cabo) superior à permitida pelo instrumento de campo.

28V/300R
4-20mA
P

Exl
24V

Barreira Zener
Barreira com conversor
Zener eletropneumático
com Conversor Eletropneumático

Termopares
Alguns termopares geram sinais positivos e negativos, por isso, neste
caso, devem ser utilizadas barreiras para sinais alternados. Certificar-se

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


59
de que o indicador ou controlador conectado ao termopar não será afe-
tado pela introdução de resistência “end to end” da barreira zener, tam-
bém é essencial.

8V/10R

Indicador
Exl
de temperatura

BarreiraZener
Barreira Zener com
com termopares
Termopares

Termorresistências
Nas aplicações com termorresistências, é preciso aplicar barreira zener
com configuração própria para elas. Ou seja, a barreira deve ter uma
seção para fornecer alimentação ao termosensor, e outra seção que per-
mita a leitura da resistência com fios de interligação independentes. É
preciso que isto seja feito visando a aumentar a precisão do sistema, pois
é primordial que o circuito de medição de resistência seja livre de corren-
tes de alimentação para diminuir a queda de tensão na cablagem.

8V/10R

+
Exl -

BarreiraBarreira
Zener com Termoresistência
Zener com termorresistência

Isoladores galvânicos
Os isoladores galvânicos são mais complexos em termos de eletrônica
e apresentam, comparativamente, custo mais elevado que as barreiras
zener. Porém, em contrapartida, oferecem vantagens práticas, como não
apresentar necessidade de aterramento íntegro (<1 Ω) e manter as entra-
das isoladas eletricamente das saídas. Além disso, estes equipamentos
apresentam maior rejeição a ruídos de modo comum e possibilitam a
conversão em padrões de engenharia.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


60
Os isoladores galvânicos apresentam ainda funções adicionais de con-
trole e supervisão, encontradas em dispositivos fabricados por algumas
empresas especializados no setor. Entre os benefícios adquiridos estão:

• Possibilidade de programação do estado normal da saída;

• Conversão de sinais tipo: PT-100, TP, mV e V para sinal em corrente


4-20mA;

• Indicação de sinais através de display digital;

• Sinalização de alimentação, saída ou entrada, e de defeitos;

• Monitoração de defeitos no circuito de campo com indicação por relé


e led;

• Programação do estado da saída sob defeitos "bourn out".

Repetidores digitais
As barreiras com esta função (entrada digital Exi) repetem os sinais on/
off do elemento de campo, que podem ser um contato seco dos seguin-
tes dispositivos: botoeiras, chaves fim-de-curso, chaves de nível, conta-
tos auxiliares, termostatos, pressostatos, botões de comando e sensores
de proximidade com configuração elétrica Namur.

Exl + U Defeitos
- Namur
????? 0,1mA

Contato Sensor de U
Proximidade

A Defeitos
Controle L
A
SOCD R Defeitos
CL M
E
Relé Programação Programação Sinal
S
Sob Defeitos de Saída de
Contador I
Saída
N Up Ene Saída
Etc A
L
Down Dee

U
U +
Fonte de
24V Alimentação Alimentação
U
U -

Repetidor Digital Galvanicamente Isolado


Repetidor digital galvanicamente isolado para contato seco ou sensor de proximidade
para Contato Seco ou Sensor de Proximidade

Monitor de velocidade
Unidades específicas podem monitorar a velocidade em máquinas gira-
tórias, como agitadores, motores, redutores, ventiladores, centrifugado-

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


61
res, entre outros. Isto é realizado com o uso de sensores de proximidade
Namur em conjunto com rodas dentadas.

Eixo com Roda dentada e Sensor de Proximidade


Eixo com roda dentada e sensor de proximidade

O instrumento pode fornecer um alarme de rotação ou ainda um sinal


analógico proporcional à rotação do equipamento monitorado. Veja o
esquema:

Exl + U Defeitos
- Namur 3v ????? 0,1mA

Contato Sensor de U
Proximidade

A Defeitos
Controle L
A
SOCD R Defeitos
CL M
E
Relé Programação Programação Sinal
S
Sob Defeitos de Saída de
Contador I
Saída
N Up Ene Saída
Etc A
L
Down Dee

U
U +
Fonte de
24V Alimentação Alimentação
U
U -

Conversor de Frequênica / Corrente


com Entrada
Conversor de frequênica Intrinsecamente
/ corrente Segura
com entrada intrinsecamente segura

Drives analógicos
Os drives analógicos (saída analógica Exi) têm a função de acionar posi-
cionadores e conversores eletropneumáticos e retransmitir, de forma
precisa, o sinal de corrente 4-20mA recebido do controlador.

Exl I U U
U

I 4-20mA 3v
U U I
Transmissor 2 Fios
Defeitos Defeitos
A
Controle L
A
SOCD R Defeitos
CL M
E
Programação
Relé S
Sob Defeitos
Contador I
N Saída Up
Etc A
L
Down

U
U +
Fonte de
24V Alimentação Alimentação
U
U -

Repetidor Analógico Galvanicamente


Isolado
Drive analógico para Transmissores
galvanicamente depara
isolado 4-20conversores
mA de 4-20 mA

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


62
O posicionamento correto da válvula pode ser obtido com a instalação
de um potenciômetro junto a uma válvula de forma em que o cursor
seja movimentado em conjunto com o êmbolo. Desta forma, a resistên-
cia do potenciômetro, será proporcional à abertura da válvula. É preciso
ressaltar que, neste caso, é possível que a medição da resistência seja
implementada por uma unidade intrinsecamente segura para potenciô-
metros, que converte a variação de resistência em um sinal de corrente
em 4-20mA.

Válvula Borboleta
Válvula borboletacom
comPotênciometro deposição
potenciômetro de Posição

Drives digitais
Os drives digitais (saídas Exi) são, na realidade, fontes de alimentação Exi.
Ou seja, eles fornecem tensão em corrente contínua para acionar ele-
mentos instalados em áreas classificadas.

Exl
U
ou ou
3v
U
Luz Som Selenóide
Defeitos Defeitos
A
Controle L ????? 0,1mA
A
SOCD R Defeitos
CL M
E
Relé Sinal
S
entrada de de
Contador I
N Saída
Etc A controle
L

U
U +
Fonte de
24V Alimentação Alimentação
U
U -

Drive Digital Galvanicamente Isolado para


Drive digital galvanicamente isolado
Solenóide, para solenóide,
Sinaleiro Luminoso esinaleiro
Sonoro luminoso e sonoro

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


63
Estes dispositivos são ideais para o acionar sinaleiros luminosos, sonoros
e até pequenas válvulas solenóides.

SinaleiroLuminoso
Sinaleiro luminosoExi
exiSinaleiro
sinaleiroSonoro
sonro exi
Exi

Repetidores analógicos
Estas unidades (entrada analógica Exi) são próprias para operar com
transmissores de corrente intrinsecamente seguras. O instrumento for-
nece alimentação segura ao transmissor dois fios e reconhece o sinal de
corrente 4-20mA, que é precisamente repetido na saída da unidade. Esta
última deve ser totalmente isolada da entrada do transmissor.

Exl I U U
U

I 4-20mA 3v
U U I
Transmissor 2 Fios
Defeitos Defeitos
A
Controle L
A
SOCD R Defeitos
CL M
E
Programação
Relé S
Sob Defeitos
Contador I
N Saída Up
Etc A
L
Down

U
U +
Fonte de
24V Alimentação Alimentação
U
U -

Repetidor Analógico Galvanicamente


Repetidor analógico
Isolado galvanicamente isoladode
para Transmissores para transmissores
4-20 mA de 4-20 ma

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


64
Smart trasmiters
Alguns modelos de repetidores analógicos permitem que o transmissor inte-
ligente seja programado por meio de um programador portátil, que pode
ser ligado aos fios que interligam a unidade a seu respectivo controlador.

Controlador

4-20mA

Repetidor Analógico
Exl

Transmissor Exl Programador


4-20mA

ProgramaçãoRemota
Programação remota de um transmissor
Transmissorinteligente
Inteligente

Termorresistências
A medição de temperatura por meio de termorresistências pode ser
implementada através do Repetidor de PT-100, um conversor de resis-
tência em corrente elétrica 4-20mA. Alguns modelos possuem precisos
ajustes de zero e span, que resultam em grande precisão e flexibilidade
de determinação das faixas de medição.

+
Exl
Pt-100 3x -
Ajuste
Faixas Zero
I Spam 3x

U Zero Spam
A
Controle L

SOCD
A Defeitos Defeitos
R Defeitos
CL M
E
Programação U
Relé S
Sob Defeitos
I
Contador I
Saída Up
Etc
N
A Down U U
L

U
U +
Fonte de
24V Alimentação Alimentação
U
U -

Repetidor analógico galvanicamente isolado para termorresistências Pt-100

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


65
Termopares
Os repetidores de termopares são conversores de mV, que podem ope-
rar com vários tipos de termopares, sempre com compensação de junta
fria e poderosos ajustes de zero e span. Com a isolação galvânica, é pos-
sível utilizar termopares aterrados.

Exl
I
Tipo de Faixas Zero P1 P2
Termopar Spam
OU
Zero Spam
J, K, R, S, T,
U
Defeitos Defeitos
A
Controle L
A
SOCD R Defeitos
CL M
U
Relé
E Programação I
S Sob Defeitos
Contador I
Saída Up
U 3x
N
Down
U
Etc A
L

U U +
Fonte de
24V Alimentação Alimentação
U U -

Repetidor Analógico Galvanicamente


Repetidor analógico galvanicamente
Isolado isolado
para termopares J, K,para
R, S,termopares
T J, K, R, S, T

Outras aplicações
Aplicações mais específicas também podem ser realizadas com isolado-
res galvânicos como, por exemplo, a medição de peso por meio de célu-
las de carga, conforme ilustra a figura abaixo.

Exl
Alimentação 3x

U
350 Retorno 3x U U
P1 P2
U
Sinal 3x

U Zero Spam

Controle 4-20mA I
SOCD
CL
S
I U
N
Relé A U
L Fonte de U +
Contador 24V Alimentação
Alimentação
U U -

Conversor para células de carga

A unidade possui uma saída para alimentar a célula de carga e uma


entrada para medir a efetiva tensão recebida na célula, o que possibilita
compensar a queda da tensão no cabo. Existe ainda uma outra entrada
que permite medir a diferença de tensão na célula, um sinal que é iso-
lado e precisamente convertido em outro de corrente 4-20mA.

O instrumento pode ser ajustado para as faixas de medição desejada, atra-


vés de ajustes zero (tara), do span e dos números de células utilizadas.

Agora que você já aprendeu todos os conceitos que envolvem a atmos-


fera elétrica, faça os exercícios para testar seus conhecimentos.

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


66
Anexos

Anexo 1

Temperatura de ignição espontânea de substâncias


Nas tabelas a seguir, você vai conhecer a temperatura de ignição espon-
tânea de diversos tipos de substâncias. A determinação de classes e de
grupos, segundo as normas européia e americana, também compõem a
relação. Veja:

TEMPERATURA
SUBSTÂNCIA CLASSE (IEC) GRUPO (IEC)
DE IGNIÇÃO

Acetadehyde 140 ºC T4 IIA

Acetic acid 485 ºC T1 IIA

Acetone 535 ºC T1 IIA

Acetylacetone 340 ºC T2 IIA

Acetyl chloride 390 ºC T2 IIA

Acetylene 305 ºC T2 IIC

Acrylonitrite 480 ºC T1 IIB

Allyl Chloride 485 ºC T1 IIA

Allylene - - IIB

Ammonia 630 ºC T1 IIA

Amphetamine - - IIA

Amyl Acetate 375 ºC T2 IIA

Amyl Methyl Ketone - - IIA

Aniline 617 ºC T1 IIA

Benzene 560 ºC T1 IIA

Benzaldehyde 190 ºC T4 IIA

Benzyl Chloride 585 ºC T1 IIA

Blue water gas - T1 IIC

Bromobutane 265 ºC T3 IIA

Bromoethane 510 ºC T1 IIA

Butadiene 430 ºC T2 IIB

Butane 365 ºC T2 IIA

Butanol 340 ºC T2 IIA


Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
67
TEMPERATURA
SUBSTÂNCIA CLASSE (IEC) GRUPO (IEC)
DE IGNIÇÃO

Butene 440 ºC T2 IIB

Butyl Acetate 370 ºC T2 IIA

Butalamine 312 ºC T2 IIA

Butydigol 225 ºC T3 IIA

Butyl Methyl Ketone 530 ºC T1 IIA

Butyraldehyde 230 ºC T3 IIA

Carbon Disulphide 100 ºC T5 *

Carbon Monoxide 605 ºC T1 IIA

Clhlorodimethyl Ether - - IIA

Chlorobenzene 637 ºC T1 IIA

Chlorobutane 460 ºC T1 IIA

Chloroethane 510 ºC T1 IIA

Chloroethanol 425 ºC T2 IIA

Chloroethylene 740 ºC T1 IIA

Chloromethane 625 ºC T1 IIA

Chloropropane 520 ºC T1 IIA

Coal Tar Naphthe 272 ºC T3 IIA

Coke Oven Gas - - I

Crenol 555 ºC T1 IIA

Cyclobutane - - IIA

Cyclohexane 259 ºC T3 IIA

Cyclohexanol 300 ºC T2 IIA

Cyclohexanone 419 ºC T2 IIA

Cyclohexone 310 ºC T2 IIA

Cyclohexylamine 290 ºC T3 IIA

Cyclopropane 495 ºC T1 IIB

Deashydronaphthalene 260 ºC T3 IIA

Diacetone Alcohol 640 ºC T1 IIA

Diaminoethane 385 ºC T2 IIA

Diamyl ether 170 ºC T4 IIA

Dibutyl ether 185 ºC T4 IIB

Dichlorobenzene 640 ºC T1 IIA

Dichloroethane 440 ºC T2 IIA

Dicloroethylene 440 ºC T2 IIA

Dichloropropane 555 ºC T1 IIA

Diethylamine 310 ºC T2 IIA

Diathylaminoethanol - - IIA

Diathyl Ether 170 ºC T4 IIB

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


68
TEMPERATURA
SUBSTÂNCIA CLASSE (IEC) GRUPO (IEC)
DE IGNIÇÃO

Diathyl Oxilate - - IIA

Diethyl Sulphate - - IIA

Dihexyl Ether 185 ºC T4 IIA

Di-isobutylene 305 ºC T2 IIA

Dimathylamine 400 ºC T2 IIA

Dimethylaniline 370 ºC T2 IIA

Dimethyl Ether - - IIB

Dipropyl Ether - - IIB

Dioxane 379 ºC T2 IIB

Dioxolane - - IIB

Epoxypropane 430 ºC T2 IIB

Ethane 515 ºC T1 IIA

Ethanol 425 ºC T2 IIA

Ethananolamine - - IIA

Ethoxyethanol 235 ºC T3 IIB

Ethyl Acetate 460 ºC T1 IIA

Ethyl Acrylate - - IIB

Athylbenaene 431 ºC T2 IIA

Ethyldigol - - IIA

Ethylene 425 ºC T2 IIB

Ethylene Oxide 440 ºC T2 IIB

Ethyl Formate 440 ºC T2 IIA

Ethyl Mercaptan 295 ºC T3 IIA

Ethyl Methyl Ether 190 ºC T4 IIB

Ethyl Methyl Ketone 505 ºC T1 IIA

Formaldahyde 424 ºC T2 IIB

Formalmethyllamide 440 ºC T2 IIA

Hexane 233 ºC T3 IIA

Hexanol - - IIA

Heptane 216 ºC T3 IIA

Hydrogen 550 ºC T1 IIC

Hydrogen Sulfide 270 ºC T3 IIB

Laopeopynitrate 175 ºC T4 IIB

Kerosene 210 ºC T3 IIA

Metaldahyde - - IIA

Methane (firedamp) 596 ºC T1 I

Methane (insdustrial) - T1 IIA

Methanol 466 ºC T1 IIA

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


69
TEMPERATURA
SUBSTÂNCIA CLASSE (IEC) GRUPO (IEC)
DE IGNIÇÃO

Methoxyathanol 286 ºC T3 IIB

Methyl Acetate 476 ºC T1 IIA

Methyl Acetoacetate 280 ºC T3 IIA

Methyl Acrylate - - IIB

Methylamine 430 ºC T2 IIA

Methylcyclohexane 260 ºC T3 IIA

Methylcyclohexanol 295 ºC T3 IIA

Methyl Formate 450 ºC T1 IIA

Naphtha 280 ºC T3 IIA

Naphtalane 528 ºC T1 IIA

Nitrobenzeno 480 ºC T1 IIA

Nitroethene 410 ºC T2 IIB

Nitromethane 410 ºC T2 IIB

Nitropapane 415 ºC T2 IIA

Nonane 420 ºC T2 IIB

Nonanol 205 ºC T3 IIB

Octaldehyde - - IIA

Octanol - - IIB

Parafornaldehyde - - IIA

Paraldehyde 300 ºC T2 IIA

Penatne 236 ºC T3 IIA

Petanol 285 ºC T3 IIA

Potatium 300 ºC T2 IIC

Phanol 605 ºC - IIB

Propane 470 ºC T1 IIB

Propanol 405 ºC T1 IIA

Propylamine 320 ºC T2 IIA

Propyiene 455 ºC T1 I

Propyl Methyl Ketone 606 ºC T1 IIA

Pyrydina 550 ºC T1 IIA

Styrene 490 ºC T1 IIB

Tetrahydrofuran 260 ºC T3 IIA

Tetrahydrofurfuryl 280 ºC T3 IIA

Toluene 535 ºC T1 IIB

Toluidine 480 ºC T1 IIA

Town Gas (Coal Gas) - T1 IIA

Triethylamine - - IIA

Trimethylamine 190 ºC T4 IIA

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TEMPERATURA
SUBSTÂNCIA CLASSE (IEC) GRUPO (IEC)
DE IGNIÇÃO

Trimethylbenzene 470 ºC T1 IIA

Trioxane 410 ºC T2 IIA

Turpentine 254 ºC T3 IIA

Xylene 464 ºC T2 IIB

Anexo 2

Normas técnicas
A tabela abaixo relaciona os assuntos e as normas que os regulamentam.
Observe:

Norma
Assunto Internacional Americana Cenelec
Brasileira
À Prova de Explosão NBR-5363 IEC-79-1 NFPA-496 EN50018

Pressurizados NBR-5420 IEC-79-2 e 13 - EN50016

Imerso em Óleo NBR-8601 IEC -79-6 - EN50015

Segurança Aumentada NBR-9883 IEC-79-7 - EN50019

Enchimento de Areia - IEC-79-5 - EN50017

Encapsulado - - - -

Não Ascendível - IEC-79-15 - -

NFPA-493
Segurança Intrínseca NBR-8446 IEC-79-3 e 11 EN50020
UL-913

Instalação - IEC-79-14 - -

Requisitos NBR-9518 IEC-79-0 NFPA-70 EN50014

Classificação de Áreas PNB-158 IEC-70-10 e 12 NFPA¬ -

Class.por Temperatura - IEC-79-4, 4A e 8 - -

Marcação NBR-8369 IEC-79-9 - -

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Exercícios

1) Associe a primeira coluna com a segunda:

( ) Reações exotérmicas de diferentes velo-


a) Explosão
cidades.
b) Ignição ( ) Causado por uma onda de choque
( ) Locais com misturas de gases, vaporizam
c) Área Classificada
poeiras inflamados.
( ) Locais abertos, ar fechado, com possibili-
d) Atmosfera Explosiva
dade de formação de atmosfera explosiva.

2) O que é temperatura de ignição?

3) O que é temperatura de superfície?

4) Quais são os princípios utilizados para proteção de áreas com risco de


explosão?

5) Quais são as condições necessárias e suficientes para que haja uma


explosão?

6) Explique quais são os métodos utilizados para proteção de equipa-


mentos em atmosferas explosivas. Cite exemplos de cada um deles.

Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
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7) De que forma é possível limitar a energia armazenada em elementos
armazenadores de energia?

8) Defina os circuitos de segurança intrínseca:

a) À prova de falhas

b) À prova de explosão

9) Conceitue e explique as categorias de proteção existentes para equi-


pamentos intrinsecamente seguros.

10) Qual é o valor limite de resistência ôhmica para aterramento de cir-


cuitos intrinsecamente seguros?

11) O que são equipamentos intrinsecamente seguros? Quais são suas


parametrizações?

12) O que significa o conceito de Entidade? Explique os critérios adota-


dos por ele.

13) Temos os seguintes equipamentos e acessórios:

• Transmissor 1: Ui = 38 V; Ii = 103 mA; Pi= 0,98 W; Li = 0 mH; Ci = 30 nF

• Transmissor 2 : Ui = 52 V; Ii = 80 mA; Pi = 1,1 W; Li = 0 mH; Ci = 40 nF

• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas


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• Repetidor 1: Uo = 40 V; Io = 79 mA; Pi = 0,9 W; Lo = 5 mH; Ci = 70 nF

• Repetidor 2: Uo = 37 V; Io = 85 mA ; Pi = 0,8 W; Lo = 6 mH; Ci = 75 nF

• Cabo de interconexão: Icabo = 2 mH/Km; Ccabo = 20 nF/Km

Sabendo que a distância entre repetidor e transmissor é de 500 metros,


quais são as conexões (transmissor/repetidor) intrinsecamente seguras
que podemos ter com os equipamentos listados anteriormente?

14) De que forma um armazenador de energia pode ser certificado?

15) Equipamentos com marcadores diferentes podem ser seguramente


interconectados? Justifique.

16) Quais são os requisitos utilizados na construção de cablagem para


equipamentos intrinsecamente seguros?

17) O que é isolação galvânica? Quais são os isoladores galvânicos que


podemos ter em circuitos intrinsecamente seguros?

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• Instalações de Equipamentos em Atmosferas Potencialmente Explosivas
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Referências bibliográficas

ABNT. IEC 60079-10: Electrical apparatus for explosive atmospheres:


classification of hazardous areas. 1995.

____. NBR 5418: Instalações elétricas em atmosferas explosivas. 1995.

____. NBR 5363: Equipamento elétrico para atmosferas explosivas. Invó-


lucros à prova de explosão - Tipo de proteção “Ex d”

____. NBR 9518: Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas.


Requisitos gerais. Especificação.

____. NBR 5420: Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas -


Invólucros com pressurização ou diluição contínua - Tipo de proteção
“p”;

LEGRAND. Catalogue Eletrical Equipament for Hazard Áreas. 1993.

SENSE. Segurança Intrínseca. [S.L.]: [S.N.], 1994.

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