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Editor Prop: João José da Silva

Os dez Mandamentos ou a
Vida de Moisés

v
Autor Severino Borges Silva

Os 10 Mandamentos ou
a Vida de Moisés
Irei cantar nesta óbra
aos amigos fiéis
uma das belas histórias
sobre Faraó Ransés
e as táboas dos mandamentos
que Deus Pai deu a Moisés
Nêste tempo no Egito
o grande era Faraó
rei perverso e sanguinário
que de ninguém tinha dó
queria ter mais poder
do que o Deus de Jacó
E um deus feito de ouro
era o deus que êle adorava
no seu templo luxuoso
com o mesmo conversava
só fazia qualquer coisa
depois que êle ordenava
Também tinha no Egito
grande número de ebreus
unidos igual ovêlhas
cumprindo os deveres seus
confiando inteiramente
no Santo Poder de Deus
Mas devido o povo hebreu
adorar um Deus Sagrado
Faraó trazia tudo
no seu reino escravizado
botando lágrimas de sangue
pra comer um pão minguado
Pois Faraó tinha um gênio
pior do que Satanaz
castigava os miseráveis
com seus instintos brutais
mas contudo a raça hebreia
crescia de mais a mais
Vendo Faraó que o número
de hebreus era exquesito
falou com seus capatazes
com seu instinto maldito
pra castigar os hebreus
nos trabalhos do Egito
Os capatazes do campo
trataram de os castigar
botando cargas pesadas
pra, cada um carregar
trabalhando noite e dia
sem direito adescansar
Dôr e tormento sofreram
íoi na edificação
da grã cidade do ouro
pois na sua canstrução
sofreram igual boi de carro
nas furadas do ferrão
(3)
Enquanto mais os feitores
com tremenda tirania
maltratavam os hebreus
mais essa raço crescia
dum modo misterioso
que só mesmo Deus sabia
E vendo o rei do Egito
que a multiplicação
dos hebreus era de mais
botou em circulação
um decreto misérável
em todo a sua nação
Avisou êle as parteiras
desde baixa a alta classe
que as crianças que nascessem
qualquer uma que pegasse
menina deixasse viva
sendo menino matasse
Naquele tempo uma hebreia
por nome de Jocabel
deu a luz a um fifhinho
de um coração fiel
que masceu pra ser a glória
do povo de Israel
Vendo a parteira a beleza
do garotinbo formoso
teve pena de matá-lo
que seu coração bondoso
pensou logo nos castigos
do grande Deus Poderoso
4
A mãe combinou com ele
para deixar escondido
o seu filho idolatrado
fez a parteira o pedido
por ser hebreia também
e prima do seu marido
Três mêses ela passou
eom a criança escondida
porem temendo perder
qualquer dia sua vida
tentou procurar salvar
a criancinha querida
Num cestinho betumado
ela o menino botou
nas águas do rio Nilo
em uma manhã jogou
e coberta de tristeza
pra sua casa voltou
Mas uma irmã do menino
de longe ficou olhando
o cêsto descer nas águas
nisto vem se aproximando
a irmã de Fara ó
eom as damas passeando
Chego-a na beira do rio
com as damas a conversar
e vendo o cesto de junco
sobre as águas a flutuar
mandou uma das criadas
ligeiramente o tirar
(5)
A criada foi e touxe
o dito cêsto na mão
vendo a princesa a criança
teve tanta compaixão
que foi forçada a botar
pingos de lágrimas no chão
Nisto a irmã do menino
com certa desconfiança
chegou-se a princeza e disse
de voz amorosa e mansa
—quer que chame uma hebreia
pra criar este esta criança?
A princeza disse: quero
ela ali tomou destino
pra casa da mãe querida
confiando no Deus tirno
e voltou com Jocabel
a própria mãe do menino
Chegando a prínceza disse
—mulher mandei te chamar
pra criáres êste menino
que por êle hei de te dar
um salário com que possas
com todo zêlo o criar
Repassada de alegria
Jocabel logo voltou
trazendo o filho nos braços
e com prazer o criou
depois déle já bem forte
a princesa o entregou
' 6
A princeza recebeu
e por um dever restrito
deu-lhe o nome de Moisés
mas por achá-lo bonito
o registrou como filho
do Faraó do Egito
Mas Moisés quando alcansou
o seu uso de razão
sentia choques tremendos
nas veias do coração
vendo os labores penosos
daquele seu povo irmão
Pois estavam edificando
uma bonita cidade
os egipeios maltratavam
sem ter dó nem piedade
porque não usavnm ter
com ninguém humanidade
Tinha Faraó um filho
de um coração ruim
êsse odiava a Moisés
com seu gênio de Caim
e o seu desejo era
qualquer dia dar-lhe fim
Éle um dia disse ao p a e
todo cheio de maldade
que Moisés havia dito
que obtendo a liberdade
edificaria logo
a magnifica cidade
(7)
Faraó chamou Moisés
e obrigou êle ir
edificar a cidade
sem do limite sair
Moisés sem perda de tempo
foi o trabalho assumir
Chegando amenizou mais
a luta dos sofredores
dava um dia de descanso
a todos trabalhadores
que antes êles não tenham
descanso nos seus labores
Depois começou faltar
pra todo povo alimento
tudo pegou fracassar
pois o esfraquecimento
dos hebreus era tão grande
que nada tinha andamento
Moisés vendo que o povo
sem comer esfraquecia
os cilos do deus do ouro
arrombou no mesmo dia
e tirou de dentro dêles
todos cereais que havia
Forneceu aquela gente
comida em quantidade
Faraó tendo notícia
dessa grande novidade
pra onde esteva Moisés
seguiu com mais brevidade
Pois naqueles cereais ,
vivente nenhum tocava
que era a comida dos deus
que Faraó adorava
e quem tentasse bolir
da fôrca não escapava
Aonde estava Moisés
quando Faraó chegou
foi dizendo a êle assim
quem foi que lhe ordenou
bolir nos cilos dos deuses
Moisés assim lhe falou:
—A ordem foi toda minha
fui eu que mandei tirar
faltou comer para o povo
tudo pegou fracassar
e o povo sem comer
como pode trabalhar?
Faraó vendo a razão
nada teve o que fazer
e Moisés continuou
ao povo favorecer
com tudo que precisava,
para a cidade crescer
De baixo de uma pedra
Moisés defendeu um dis
uma mulher de morrer
a qual trabalhando ia
e era a mãe de Moisés
porem Moisés não sabia
9
Porem depois éle soube
que sua mamãe querida
era aquela que êle tinha
defendido a sua vida
na construção da cidade
na pedra já referida
Sabendo êle que era hebreu
não atendeu mais ninguém
da côrte de Faraó
e sem ter nenhum desdem
foi trabalhar como escravo
ao meio dos outros também
A grã herdeira da côrte
a princesa temultiz
mandou tirá-lo de lá
êle emporrou e não quiz
dizendo: hei de acabar-me
nas terras de outro paiz
Dívido a Moisés amar
um Deus justo e verdadeiro
o filho de Faraó
com seu coroção grosseiro
abrigou Moisés sair
do seu paiz altaneiro
Um buldão de viajante
deu pra êle viajar
por um deserto tremendo
sem ter onde se abrigar
sem ter comer pra comer
nem água para tomar
(10)
Moisés saiu do Egito
botando dos olhos seus
lágrimas tristes copiosas
porem confiando em Deus
de ainda voltar um dia
pra restaurar os hebreus
Entrou êle no deserto
um dia pêla manhã
com três dias de viagem
poude avistar uma chã
já nos campos magníficos
das terras de Midian
Sentou-se junto de um pôço
sofrendo um desgôsto estranho
quando viu sete donzelas
quase todas de um tamanho
trazendo pro dito pôço
um poderoso rebanho
Nisto um grupo de ladões
apareceu contra elas
embusca de apoderar-se
do grande rebanho delas
mas Moisés entrou na luta
e defendeu as donzelas
A lutar contra Moisés
os ladrões não aguentaram
fugiram e as donzelas
em casa quando chegaram
com o rebanho de volta
ao pai tudo contaram
(11)
O velho ouvindo a histéria
logo a elas perguntou
—o homem que em defesa
de vocês muito lutou
foi embora está ferido
o u aqui perto ficou
Uma delas respondeu
—ficou sentado no chão
Getro disse: então vão vê-lo
para nossa habitação
pra beber de nossa água
e comer do nosso pão
Depressa foram buscar
Moisés no citadu pôço
ao chegar o velho Getro
deu-lhe um soboroso almôço
e uma das sete filhas
sem que houvesse alvoroço
Moisés casou se com Séfora
e morando ali ficou
com sua seposa querida
-o velho dêle gostou
porque pêlos seus haveree
Moisés se interessou
Depois que Moisés saiu
Morreu o rei do Egito
o filho mau tomou conta
do trono rico e bonito
a í poz-se a governar
com seu instinto maldito
(12)
Aí foi que aumentou
o sofrer para os hebreus
clamavam de noite a dia
e esses clamores seus
um dia chegou até
aos ouvidos de Deus
Com êstes clamores Deus
Pai de toda geração
lembrou-se da aliança
que já fez com Abraão
com Isaac e com Jacó
e o povo da servidão
Vendo Deus que os hebreus
os filhos de Israel
achavam-se no Egito
bebendo a taça de fel
procurou a defendê-los
do sofrer muito cruel
Um dia Moisés estava
pastoreando um rebanho
de Getro seu sogro amado
ouviu sem haver tamanho
enima do monte hozebe
em rumor bastante extranho
Nisto o anjo do senhor
a Moisés apareceu
envolto nas grandes chamas
de um fôgo eterno desceu
baixou sobre a verde sarça
mas a sarsa não se ordeu
13
Vendo Moisés que a sarça
no fogo não se queimava
ficou muito admirado
devido o que se passava
e a Santa íôrça de Deus
seu espirito encorajava
Para ver o Pai Eterno
Moisés contrito se ergueu
e Deus do meio da sarça
chamou pêlo nome seu
êle ouvindo Deus falar
contente lhe respondeu
Deus proceguiu lhe dizendo
—Moisés de nada te espanta
escuta minhas palavras
minha força é sacrossanta
tira as sandálias dos pés
que a terra que estás e santa
Eu sou o Deus de teu pai
de Isaac e de Abraão"
de Jacó e de José
que governou a nação
do Egito aonde está
o povo da servidão
Exijo que vás buscar
todo meu povo fiel
que se acha no Egito
num sofrimento cruel
trazei-o pra uma terra
onde corra leite e mel
(14)
Tú irás ao Faraó
pede a êle o povo hebreu
trazei meu caro rebanho
pras terras do Cananeu
campo de amôr e paz
onde foi de Febuseu
Moisés respondeu a Deus
com seu coração fiel
—como eu poderei falar
com aquele rei cruel
e tirar mais do Egito
os filhos de Israel?
Deus Pai lhe disse denovo
—mas eu contigo estarei
darte-ei fôrça suprema
pra falares com o rei
êste verá o sinal
que pra lá te enviei
E depois que tú tirares
o meu povo do Egito
haverás de me servir
nêste monte tão bendito
onde verás os segrêdos
das portas do infinito
Disse Moisés: e eu quando
com os santos poderes teus
disser: eu vim liberta-los
trazendo a ordem de Deus
se perguntarem meu nome
o que digo aos hebreus?.
15
—Dirás: o Deus de seus pais
de Jacó e Abraão
de Isaac e de José
deu-me a autorização
de levar todos com pressa
pra terra da promissão
E todos te ouvirão
sem haver menhum atrito
desde o pequenino hebreu
até o rei do Egito
terão de obedecer
o meu poder infinito
Eu já sei que Foraó
não irá te consentir
que tragas o povo hebreu
porem eu farei cair
castigos sobre o Egito
contra quem se intervir
—Mae se o povo disser
—Deus não te apareceu
tú queres ludibriar
com mentira o povo bebreu
caso isto acontecendo
que é que faço eu?
Nisso Deus disse: o que é
que tú tens na tua mão
disse Moisés uma vara,
disse Deus com retidão
—para saberes quem sou
larga esta vara no chão
(16)
Moisés sacodiu no chão
a dita varinha bela
virou-se ela numa cobra
encarnada e amalela
disse Deus: estende a mão
e pegas na cauda dela
Moisés estendeu a mão
e pegou ligeiramente
na cauda da dita cobra
mas ela rapidamende
transformou-se sem demora
na varinha novamente
Disse Deus: agora botas
esta tua mão carnosa
no teu seio êle botou
e tirou bem maneirosa
a qual veio branca e magra
cheia de puz e leprosa
Êle tornou a botar
a mão no seio novamente
quando retirou estava
já bôa completamente
aí Moisés conheceu
que Deus era onipotente
Nisto Deus disse a Moisés
— dai-te uma prova legal
e se ninguém crer em ti
mostrarei outro sinal
de me conhecerem um dia
como Pai Universal
(17)
Se conheceres que o povo
para te atender faz guerra
toca nas águas do rio
que por vale cume e serra
elas se transformarão
em sangue por sobre a terra
Nisso Moisés disse a Deus
de voz lenta e moderada
—Senhor minha lingua é
na conversação pesada
na frente do meu Senhor
eu não sei conversar nada
Deus Pae respondeu: Moisés
não tens que te amedrontar
eu sou o Senhor teu Deus
tudo poderei te dar
estarei em tua bôca
te ensinarei a falar
E pra não ires sozinho
enviarte-ei Arão
tú transmitirás a êle
a minha grande intenção
êle falará por tú
em qualquer repartição
Quando Deus Pai disse assim
Moisés se encorajou
e para a casa do sogro
sem ter demora voltou
chegando contou a Getro
tudo que Deus lhe ordenou
(18)
Disse para o sogro: eu vou
novamente pro Egito
Arão veio ao meu eneontro
por ordem do infinito
Moisés relatou a êle
o que Deus havia dito
E dali seguiu Moisés
pro Egito com Arão
no destino de trazer
o povo da servidão
Confiando no poder
do autor da criação
E chegando no Egito
Arão ao povo falou
e cenas misteriosas
Moisés a todos mostrou
que era ordens de Deus
todo o povo acreditou
Tudo acreditou que era
fôrça de Deus de Jacó
e fôram Arão e Moisés
com paciência de Jó
para a corte do Egito
pra falar com Faraó
Chegando Arão disse ao rei
com seu pensamento certo
—Deus manda pedir-te o povo
faebreu que vive aqui perto
para celebrar com êle
uma festa no deserto
(19)
Faraó lhe respondeu
—êsse Deus eu não conheço
não atendo a sua voz
e nem a êle obedeço
sou um rei faço o que quero
batalho e não esmoreço
Arão lhe disse: o meu Deus
manda fazer-te avisado
que o povo israelita
que vive aqui castigado
ou é devolvido ou
o Egito é castigado
Faraó disse denovo
já sabes que sou um rei
e a voz de um Deus extranho
jamais obedecerei
e o povo israelita
levá-lo não deixarei
Dizendo isto mandou
com seu péssimo coração
açoitar sem piedade
o povo da servidão
o povo foi se queixar
a Moisés e a Arão
Moisés foi orar a Deus
e Deus ouviu o seu brado
disse pra Moisés: te anima
que há de ser resgatado
o povo que me pertence
do poder de um rei malvado
(20)
E saibas que sou o Deus
de Isaac e de Jacó
e vais logo sem demora
novamente a Faraó
pois eu hei de castigá-lo
por certo não terei dó
Moisés chegando na corte
do dito rei imprudente
a varinha que levava
jugou-a rapidamente
no chão ela transformou-se
numa tremenda serpente
Faraó nêsse momento
por fôrça de catimbó
também fez diversas cobras
porém o Deus de Jacó
o brigou a de Moisés
comer as do Faraó
Os magos do Faraó
com isso se indignaram
depois Moisés e Arão
com as varinhas tocaram
nas águas do rio Nilo
e em sangue as transformaram
As águas apodreceram
e o Faraó maldito
não querendo acreditar
no santo Deus infinito
o sangue se alastrou
pêlas as ruas do Egito
(21)
Faraó endurecido
dizendo palavras vãs
Arão apontou pras águas
com suas idéias sãs
fez o Egito cobrir-se
de uma peste de rãs
O que Arão e Moisés
com as forças do além
faziam perante o rei
mostrando a fôrca do bem
os magos do Faraó
com mal faziam também
Mas Faraó vendo as rãs
disse a Moisés e Arão
—afastem esta grande peste
da minha rica nação
que eu garanto entregar-lhe
o povo da servidão
Pêla a ordem de Deus Pai
o tal castigo maldito
ligeiramente acabou-se
dos terrenos do Egito
Faraó se vendo levre
negou o que tinha dito
Mas Arão pediu a Deus
e fez na hora chegar
uma peste de piolhos
que haja a se alastrar
pêlas ruas do Egito
sem ninguém ter geito a dar
(22)
Mas contudo Faraó
nã o deixou o p
Arão por fôrça de Deus
fez o reino se cobrir
de uma praga de moscas
para o rei se consumir
Depois caiu uma praga
de peste nos animais
que quase matava todos
depois surguiu outra mais
de ferida devorando
doda espécie de mortais
Uma chuvada de pedras
como praga inda caiu
e outra de gafanhotos
que no Egito cobriu
tudo que foi de lavoura
sem demora se sumiu
E grande praga de trevas
na côrte caiu também
o Egito escureceu
de perto a mais além
o dia passou ser noite
não se avistava ninguem
E a derradeira praga
que Deus Pai pra lá desceu
foi que até o primogênito
do grande reino morreu
Faraó vendo isto tudo
sem ter geito se rendeu
(23)
Faraó vendo que a força
de Deus estava iníinita
e como não resistiu
de Deus a fôrça bendita
teve de dar a Moisés
todo o povo israelita
Moisés juntou todo povo
cbeio de amôr e carinho
cada família matou
pra viagem um carneirinho
e Deus seguiu os guiando
por um sagrado caminho
Nas praias do mar vermêlho
com tudo Moisés chegou
com a vara dos mistérios
êle nas águas tocou
as águas se afastaram
um caminho se formou
Moisés seguiu no caminho
com seu batalhão de gente
e chegou do outro lado
louvando ao onipotente
que passou com todo o povo
e não morreu um vivente
Faraó enraivecido
vendo de Deus o espêlho
reuniu seu batalhão
e de ninguem quiz consêlho
seguiu atraz de Moisés
nas praias do mar Vermêlho
(24)
Faraó chegou no mar
viu Moisés do outro lado
e viu também o caminho
que Moisés tinha passado
fez seu povo seguir nêle
sem pensar ser castigado
Vendo Deus que o batalhão
estava no meio do mar
disse a Moisés: baixa a vara
e faz o mar se fechar
Moisés baixou a varinha
fez a água se juntar
Moisés baixando a varinha
o mar se alvoroçou
as ondas beijaram as nuvens
o caminho se fechou
e do batalhão do rei
um soldado não ficou
Faraó voltou tristonho
sem nada poder fazer
os seus morreram afogados
para êle conhecer
que quem luta contra Deus
é na certeza perder
E Moisés seguiu cantando
louvoures a Jeová
chegando no pé do monte
Deus o poderoso Alah
para o povo de Moisés
mandou chuvas de maná
(25)
Moisés deixou todo o povo
perto do monte Sinái
e disse a Arão: eu vou
conversar com Adenái
pois preciso ouvir denovo
as palavras de Deus Pae
E logo subiu o monte
de pensamente fiel
e Deus para o povo não
beber a taça de fel
do Céu mandou curdunizes
para os filhos de Israel
Moisés cheganda no monte,
ajoelhou-se e se benzeu
orando ao Pae Eterno
viu que o monte estremeceu
o trovão bradou encima
e o relâmpago desceu
Nisso as trombêtas Divinas
bradaram alí fortemente
o grande monte Sinái
fumegava de tão quente
pois uma nuvem de fôgo
surguiu repentinamente
O monte ficou coberto
duma nuvem de fumaça
e Deus surgiu deutro dela
por fôrça da Santa Graça
dela falou a Moisés
de acôrdo áquela raça
(26)
Disse Deus para Moisés
—o meu poder é sem fim
já tirei-te do Egito
do poder um rei ruim
e não terás outros deuses
que ames diante a mim
E não farás para tú
imagens de escultura
nem com semelhança alguma
de nenhuma criatura
que há no reino dos Céus
nem dentro da terra impura
Não usarás nem faras
culto de adoração
que sou o Senhor teu Deus
de Jacó e de Abraão
combato a iniquedade
até a quarta geração
Eu faço misericórdia
aplaco os sofrimentos
dou o pão a quem tem fome
e amenizo os tormentos
daquêles que obedecem
a lei dos meus mandamentos
Nunca tomarás o nome
do teu Santo Deus em vão
que não terei piedade
e nem darei salvação
a quem ocupar meu nome
em coisas sem precisão
(27)
Lembra-te também na vida
de sempre santificar
o sábado, o sétimo dia
nêle não vais trabalhar
que foi o dia que eu
tive e para descansar
Seis dias trabalharás
farás os deveres teus
porém no sábado descansa
cumpre os mandamentos meus
porque o sábado é o dia
do teu Senhor e teu Deus
A teu pae e tua mãe
honra com todo prazer
que é para o teu espirito
no reino dos Céus viver
e o teu Deus poderoso
com gôsto te proteger
Tambem o teu semelhante
nunca nunca matarás
respeita e tua mulher
e não adulterarás
e as coisas do teu próximo
na vida não furtarás
Também falso testemunho
não digas que pecarás
contra a santa castidade
e nunca cubiçarás
a mulher do teu vizinho
que são pecados mortais
(28)
Assim dizes a teu povo
que te espera lá fòra
deuses de prata e de ouro
não farás nenhuma hora
que é maldito quem faz
e maldito quem adora
Porém um altar de terra
farás para oferecer
sacrificios em holocasto
para o povo conhecer
que sou o Deus poderoso
é infindo o meu poder
Os mandamentos Divinos
quando Moisés recebeu
parecendo um frade velho
do grande mante desceu
o povo que o esperava
correu ao encontro seu
A mulher correu pra êle
com alegria sem fim
disse Moisés: não me toque
pois é Deus quem quer assim
pengunta ela: e quem é Deus
oh! Moisés explique a mim
Moisés querendo atender
de sua mulher o rôgo
e também para que ela
sentisse algum desafogo
disse a ela Deus é Luz
e a sua palavra é fôgo
(29)
Chegando onde estava o povo
Moisés sentiu desadouro
porque êsse povo incrêduto
havia feito em decôro
como deus para adorar
um bezerrinho de ouro
Moisés ficou furioso
e arremeçou fortemente
as pedras da lei por cima
do bezerro e dessa gente
depois subiu para o monte
trouxe outras novamente
Depois poz-se a ensinar
a doutrina aos hebreus
construiu os tabernáculos
com todos esforços seus
e nêles oferecia
seus sacrifícios a Deus
Moisés fez mais uma arca
a qual ficou em decôro
de madeira de acácia
toda coberta de ouro
que foi para Jeová
um verdadeiro tesouro
Tudo que Deus ordenava
Moisés com gôsto fazia
o povo lhe acompaliava
na doutrina noite e dia
dando mil graças a Deus
como verdadeiro guia
(30)
Vendo Deus que êsse povo
O amava com confiança
chamou Moisés e lhe disse
cora verdadeira punjança
—o tempo já é chegado
de cumprir miuha aliança
Irei enviar um anjo
com meu coração fiel
para dirigir com gôsto
os filhos de Israel
pras terras de Canaan
onde correm leite e mel
Lá aumentarei os frutos
de toda face do chão
quem obedecer a mim
terá grande produção
terá de ser bem feliz
na tera da promissão
Mas aquêle que adorar
por lá outro deus estranho
de sua dôr ninguem pode
calcular qual o tamanho
pois terá de ser jogado
fóra do santo rebanho
Moisés voltou novomente
trazendo a ordem Divina
para mandar o povo ir
pras terras da Palestina
ensinar e outros povos
os segrêdos da doutrina
31
Quando a Santa Luz da aurora
despertou pela manhã
o anjo de Deus surgiu
pela magnífica chã
guiando os israelitas
pras terras de Canaan
Como chefe dêsse povo
Moisés enviou Arão
porque não podia entrar
nas terras da promissão
por ser a ordem que tinha
do autor da criação
A sua mulher também
foi obrigada a partir
pra formosa Palestina
mas Moisés não poude ir
porque o Deus Poderoso
assim não quiz consentir
Seguiu todo aquêle povo
cumprindo as orden de Deus
a esposa de Moisés
e também filhos seus
se foram dando ao esposo
seus derradeiros adeus
Moisés também deu os seus
sem dar suspir nem ai
e depois subiu sozinho
pro grande monte Sinai
embusca de outras ordens
do Poderoso Deus Pai
No reino do Pai Eterno
íicou Moisés colocado
da Santa Graça Divina
ficou êle rodeado
se morreu ninguem não sabe
aonde foi sepultado

Enquanto o povo gozava


na formosa palestina
Moisés estava na Graça
da provindência Divina
por ser instrutor fiel
da verdadeira doutrina

Assim leitor já contei


toda a história de Moisés
primeiro escritor da bíblia
um dos profetas fiéis
que tirou o povo hebreu
das amaguras cruéis

Bondoso e bom só há Deus


O autor da criação
Rei Supremo Universal
Grande Senhor da Mansão
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