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ÍNDICE

Introdução.........................................................................................................................................2

Objectivos Gerais.............................................................................................................................2

Objectivos Específicos.....................................................................................................................2

As Privatizações...............................................................................................................................3

Conceito........................................................................................................................................3

Fundamentos das privatizações....................................................................................................5

Os Direitos Especiais do Estado nas Empresas Privada...............................................................6

As causas da privatização.................................................................................................................7

Conclusão.........................................................................................................................................9

Referencias Bibliograficas..............................................................................................................10

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Introdução
O presente trabalho visa fazer um estudo do tema Privatizações que de forma mais clara pode se
dizer que Privatização ou Desestatização é o processo de venda de uma empresa ou instituição do
sector público, que integra o património do Estado, para o sector privado, geralmente por meio de
leiloes públicos.

Mais adiante procuramos detalhadamente analisar cada um dos subtemas do tema acima citado de
modo a garantir uma melhor abordagem e entendimento do tema.

Objectivos Gerais:

Fazer um estudo em torno das Privatizações

Objectivos Específicos:

Compreender e saber como funciona as privatizações

Conhecer os fundamentos das privatizações

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As Privatizações
Tiara - Conceito
O Estado produtor nas suas diferentes manifestações institucionais tem sido objecto de
compreensão por efeitos dos processos de privatização. Globalmente a privatização designa uma
técnica pela qual o Estado reduz ou modifica a sua intervenção na economia em factor do sector
privado, as privatizações não tem um sentido jurídico preciso. Numa acepção ampla a
privatização consiste na decisão da Administração de abandonar uma actividade económica em
proveito do sector privado.

De forma mais clara pode se dizer que Privatização ou Desestatizaçãoé o processo de venda de
uma empresa ou instituição do sector público, que integra o património do Estado, para o sector
privado, geralmente por meio de leiloes públicos.

As formas de alcançar este objectivo variam em função das políticaspúblicas económicas:


estendem-se da alienação das propriedades de meio deprodução públicos e da cedência da sua
gestão ate a abertura de sectores anteriormente vedados, áiniciativa privada, passando pela
liberalização dos regimes legais da actividade económica privada e ainda pela colaboração de
entidades privadas na execução de tarefas públicas, já antes referida. Convém, assim, começar
por esclarecer os vários sentidos com que o termo de privatização tem vindo a ser utilizado.

a) Por privatização em sentido estrito, entende-se a transferência total ou parcial da


propriedade de empresa e bens públicos para entidades privadas. A natureza pública
desses bens ou empresas tanto pode ser originária como resultante de nacionalizações
anteriores. Fala-se, neste ultimo caso de reprivatização.
b) Igualmente se emprega aquele termo para designar a concessão a entidades privadas,
mediante contrato, da gestão de empresas públicas ou de serviços públicos (por exemplo,
a distribuição de gás canalizado, a exploração do petróleo ou a gestão dos
estabelecimentos de saúde). No caso da concessão dos serviços públicos, a privatização
da gestão não implica necessariamente, como se vera mas adiante, o desaparecimento do
financiamento público.

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c) Num outro sentido, menos preciso, o termo privatização é utilizado para designar a
contratação de serviços por entidades públicas a entidades privadas (contracting out ou
out soureing ou sub contratação de serviços públicos a privados). Os serviços contratados
podem ser serviços intensivos em mão de obra, como a limpeza, os refeitórios, etc., mas
de natureza intermitente.

Neste caso, é essencialmente da aplicação aos serviços públicos da mesma lógica que justifica a
subcontratação por empresas privadas. Mas pode também tratar-se de serviços tecnologicamente
de serviços mas sofisticado, visando-se então o descongestionamento e a redução das actividades
dos serviços públicos, aliviando-os na execução de certas tarefas susceptíveis de serem
subcontratadas a entidades privadas e exploradas por essas sob a lógica lucrativa.

Isaltina - d) Aparece também, referida no âmbito das privatizações, a abertura a iniciativa


privada de sectores anteriormente explorados pelo sector público em regime de monopólio
(como, por exemplo, as telecomunicações de uso publico, a televisão e a distribuição de
energia), ou em que o sector público detinha privilégios especiais. Trata-se verdadeiramente
de uma abertura ao mercado ou da remoção de restrições a concorrência (liberalização). Não
havendo alienação da titularidade das empresas públicas existentes, há no entanto, alterações
no respectivo sector económico.

e) Privatização é ainda empregue com o significado de desregulação quando as


autoridadespúblicas deixam de regular ou aligeiram a regulação de modo de produção ou
de distribuição de um bem ou serviço (condições de acesso a actividades económicas,
regime de preços, concorrência entre as empresas, entre outros aspectos), permitindo o
livre funcionamento das regras do mercado.

f) Finalmente, o termo privatização aparece a qualificar o processo de submissão dos


serviços ou das empresas públicas das regras de gestão de natureza privada (como por
exemplo aconteceu entre nos, com alguns institutos públicos). Fala-se a este propósito em
privatização formal, que se traduz no mero recurso pelo Estado a forma organizacionais
ou a regime jurídico de direito privado, para a distinguir da privatização material, que
representa a transferência para o sector privado da propriedade ou da gestão de meios de
produção públicos.
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Justifica-se assim, por diversos motivos, o interesse numa explicitação das várias formas, de
“privatizações”. Isto porque, em primeiro lugar, assim se torna claro que a problemática das
privatizações transcendesector empresarial do Estado, atingindo também a
administraçãoEconómica em sentido restrito, ou seja, os organismos públicos.

Referem-se apenas os sentido mas correntes, com efeito, pode ainda, entender-se como
“privatização” o processo pelo qual o Estado deixa de prestar determinados serviços,
designadamente de carácter social, incentivando indirectamente entidades privadas a presta-los,
assim como a redução do financiamento dos determinados serviços estatais, como forma de os
estimular a procurar financiamento junto de fontes privadas.

Em segundo lugar, porque ela deixa de perceber que nem todas as formas de privatização implica
que o Estado abandone o financiamento e o mesmo oplaneamento dos respectivos serviços.
Finalmente, porque deste modo se clarifica que em alguns casos não é tanto de transferência da
propriedade ou gestão públicas que se trata, mas tão-só de forma de ampliação do papel da
actividade privada ao lado da pública, em concorrência ou em conjugação com ela.

A análise que se segue incidirá sobre tudo em alguns aspectos das privatizações entendidas em
sentido estrito, ou seja, como transferência total ou parcial da propriedade de bens ou em
empresas públicas para entidades privadas, na medida em que o seu regime tem assumido maior
importância nos últimos anos.

Dalton-Fundamentos das privatizações


As privatizações são um fenómeno relativamente recente que adquiriu impulso no final dos anos
70 e durante a década do 80, inserido num movimento de redução do papel do Estado na vida
económica e social. No campo ideológico, o movimento das privatizações foi acompanhado e
estimulado pelo reviver das doutrinas neoliberais e neo-individualistas.

No período referido, assistiu-se a uma vaga de privatizações de empresas públicas e praticamente


todos os países ocidentais onde elas existiam. Razoes de várias ordens têm sido aduzidas para
explicar este movimento.

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Em primeiro lugar, a ineficiência das empresas públicas, provocada, em parte, pelo facto da sua
gestão sacrificar os objectivos económico-financeiros e comerciais ao objectivo político e sociais
como contratação de empréstimo, redução de tarifas e preços e manutenção do emprego; no
processo de privatizações foi o Reino Unido onde, de acordo com BISHOP e KAY a privatização
começou a ser pensada como um meio de intervenção no mercado de trabalho destinado a reduzir
o poder dos sindicatos no sector públicosó posteriormente assumindo outra extensão e coerência
como política do Governo.

Liliane- Em segundo lugar, a necessidade de diminuir o desequilíbrio dos orçamentos públicos,


aliviando-os dos défices de algumas empresas publicas e acrescendo-os das receitas provenientes
da venda do respectivo capital e património;

Em terceiro lugar, a redução do peso político dos sindicatos (gra-betania) ou das clientelas
político-partidárias (Itália); em fim, a intenção de promover vantagens sociais sugeridas como
mas adequadas a presente fase do capitalismo, como seja a distribuição popular do capital,
incluindo a participação neste dos trabalhadores das empresas a privatizar. Assim, se uma óptica
microeconómica, a politica de privatizações visaria melhorar o funcionamento das empresas,
numa óptica macroeconómica, teria em vista restaurar em pleno os mecanismos de mercado em
determinados sectores e reduzir o peso do Estado na economia. Razoes de ordem financeira,
económica, política e biológica misturam-se, pois, no leque de justificação nos processos de
privatizações.

O movimento privatizador da economia pública e dos serviços públicos económicos e sociais no


âmbito de economia capitalista, de mercado, veio a ser por ultimo secundando pela dissoluçãodas
economias baseadas na propriedade colectiva dos meios de produção e na planificação,
subsequência, as alteraçõespolíticasocorridas na Europa do Leste nos últimos anos, implicando
política de reprivatizacao maciças de empresas estatais.

Horonzo-Os Direitos Especiais do Estado nas Empresas Privada


A salvaguarda do interesse publico pode conduzir a introdução de excepções as regras comuns
aplicáveis ao funcionamento interno das empresas privadas e que se exprimem na reserva de
direitos dos estados, que não tem por base um Direito de propriedade. As acções privilegiadas, já
referidas, distinguem-se, portanto, destes direitos na medida em que pressupõem a detenção de
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acções da sociedade por parte do Estado. Embora esta possibilidade vaia para a generalidade das
empresas privadas, ela tem hoje especial incidência nas empresas que resultaram de privatização.
É que estas correspondem em muitos casos as empresas dos sectores económicos estratégicos ou
de serviços públicos (razoes que estiveram, direito na base da sua criação ou nacionalização).

Os direitos especiais do estado podem parecer incongruentes com a filosofia de


desregulamentação subjacente a privatização da gestão e propriedades públicas. Note-se, porem,
que eles encontram-se formulados em termos muito restritos: só serão aplicáveis a titulo
excepcional e quando razões de interesses nacional o requeiram.

A necessidade de permitir ao governo o acompanhamento da evolução da estrutura accionista das


empresas privatizadas tendo em vista o reforço da respectiva capacidade e a eficiência do
aparelho produtivo nacional, justificou o outro limite a liberdade de empresa: a submissão a
autorização previa do ministério das finanças da aquisição por uma só entidade de acções
representativas de mas de 10% do capital, subsequentemente a operação de privatização.

Laura -As causas da privatização


A privatização é um fenómeno antigo cujos antecedentes se encontram na passagem de Estado
mercantilista para o Estado liberal.

Como já se disse, as causas da privatização são políticas e económicas.

O fenómeno da reeduca do sector público constituído em quase todos os países europeus desde os
fins da II guerra até a década de 80 deve-se, em primeiro lugar a razão política alicerçadas na
crise do Estado Social. Este não resolveu os problemas que se propôs e gerou uma burocracia
estatal e para-estatal vivendo dos dinheiros públicos, e insustentável manutenção, parasita da
sociedade civil, onde se premia o desperdício e o compadrio partidário, responsável directo pelo
aumento desenfreado das despesas públicas e pela elitização de uma nova classe política de
gestores virtualmente irresponsáveis. A lógica política é alheia à económica. Do ponto de vista
económico, realça-se a insuficiência da gestão pública, provada e mais que provada pelos factos.

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Na verdade a publicitação das actividades económicas é insuficiente do ponto de vista dos
resultados sociais que diz prosseguir e desnecessária pois que a administração pode ter influência
decisiva nos circuitos económicos sem ter de se colocar na posição de titular de um património
empresarial. Basta utilizar adequadamente meios indirectos de intervenção, metendo a
propriedade privada e o mercado, como se verá. Se a estas razões acrescerem as já descritas
razões politicas compreender-se-á o amplo fenómeno da privatização que se generalizou, a toda a
parte e que passou a constituir característica central do actual direito económico.

Mas a redução das empresas públicas de que se fala não impede a presença destas entidades em
sectores de autêntico serviço público, apenas a desaconselhado em sectores em que as empresas
privadas e o mercado, sua consequência, fazem melhor figura. A justificação ideológica para
tanto residia na prestação através do Estado de serviços sociais, a financiar pelos impostos
progressivos ao menos em parte ou até numa alternativa ao capitalismo privado. Urgente seria,
apesar de todos as dificuldades inerentes, consolidar uma ideia clara sobre âmbito do serviço
público, tanto quanto possível alheio a considerados meramente políticos e circunscrever-lhes a
empresa pública.

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Conclusão
Com o presente trabalho pudemos concluir que as privatizações são um fenómeno relativamente
recente que adquiriu impulso no final dos anos 70 e durante a década do 80, inserido num
movimento de redução do papel do Estado na vida económica e social. No campo ideológico, o
movimento das privatizações foi acompanhado e estimulado pelo reviver das doutrinas
neoliberais e neo-individualistas.

Existem três ideias para explicar o surgimento ou fundamento das privatizações e a partir do
mesmo passamos a conhecer os Direitos especiais do Estado nas empresas privadas e bem como
as causas da privatização.

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Referencias Bibliograficas
De Mocada, Luis S. Cabral- Direito economico- 6ª ed, Coimbra

Santos, Antonio Carlos; Goncalves, Maria Eduarda; Marques Maria Manuel Leitao- Direito
Economico- Janeiro,2008

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