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Metodologia da Pesquisa

Karl Henkel
Jimnah de Almeida

Belém, agosto de 2008


Sumário

Capitulo I O Processo da Pesquisa


1. A Ciência e a pesquisa
1.1 O processo da pesquisa........................................................................5
1.2 As linhas ou escolas de pensamento científico.....................................7
1.2.1 O positivismo.........................................................................................7
1.2.2 A dialética..............................................................................................8

2. Os termos da pesquisa
2.1 A teoria...................................................................................................9
2.2 A hipótese............................................................................................10

3. Termos e tipos de pesquisa


3.1 A pesquisa empírica............................................................................11
3.2 A pesquisa básica................................................................................11
3.3 A pesquisa teórica...............................................................................11
3.4 A pesquisa bibliográfica.......................................................................12
3.5 O objeto, os indicadores, as variáveis e características da pesquisa.12
3.6 O estudo de caso.................................................................................13
3.7 A pesquisa participativa.......................................................................13
3.8 A pesquisa qualitativa..........................................................................14
3.9 A pesquisa quantitativa........................................................................14
3.10 A pesquisa representativa...................................................................14

4. Planejamento e fases da pesquisa...........................................................15


5. Elaboração de um projerto de pesquisa
5.1 Elaboração de um plano de pesquisa para a Cominidade Europeia. .21
5.2 Elaboração de um plano de pesquisa para FUNTEC.........................22
5.3 Elaboração de um plano de pesquisa para PIBIC..............................23

6. Avaliação de uma pesquisa............................................................................23

2
7. Instrumentos e técnicas da pesquisa
7.1 A técnica de entrevista e o questionário.........................................24
7.2 Amostragem....................................................................................24
7.2.1 Amostragem Probabilística
7.2.1.1 Aleatória simples.............................................................................28
7.2.1.2 Amostragem sistemática.................................................................30
7.2.1.3 Amostragem aleatória de múltiplo estágio......................................30
7.2.1.4 Amostragem por área......................................................................31
7.2.1.5 Amostragem por conglomerado ou concentração..........................31
7.2.2 Amostragem-Não-Probabilística
7.2.2.1 Amostragem Intencional..................................................................32
7.2.2.2 Amostragem Por Quota...................................................................32
7.2.3 O tamanho da amostra....................................................................33
7.3 Medidas e tipos de escala36
7.4 Pesquisa de panel...........................................................................41

Bibliografia......................................................................................................43

3
1. A Ciência e a pesquisa
1.1 A Ciência como processo
Não existe uma definição única sobre o que é ciência. O Dicionário Escolar (SERPA,
1980) define ciência como sabedoria, conhecimento e habilidade. Entre outros,
isso indica, que a ciência tem certa habilidade e esta hábil de obter conhecimento.
Filho Mesquita (1995, p. 75) veja a ciência como a área do conhecimento que se
apoia não num método, mas sim na regra da repetitividade. Ao contrário da
declaração anterior, nesta definição o termo método é definido como menos
importante, enquanto a repetividade é o aspecto fundamental. Esta definição é muito
limitado para a área das ciências humanas, em quais resultados dificilmente se
repetem. Todavia, o método científico envolve técnicas exatas, objetivas e
sistemáticas, implementadas através de regras para a formação de conceitos,
conhecimento e para a validação de hipóteses explicativas.

O objetivo da científica não é somente descobrir fatos da realidade, fato que


exclua a teologia e a metafísica como ciências, mas sim de fornecer um
conhecimento que facilite a interação com o mundo e indicando mecanismos de
controle para que se possa intervir favoravelmente sobre a natureza e sociedade. Na
sociedade moderna, isso causou a criação de organizações da ciência como a Royal
Society na Inglaterra (1661), ou, como no Brasil e mais recente, o Ministério da
Ciência e Tecnologia, Sociedade Brasileiro para o Progresso da Ciência ou,
como no caso de Belém, da Secretaria da Ciência e Tecnologia – SECTAM.

1.2 A história da ciência


àrea de ciência ano descoberta método
astronomia 2772 ª C. calendário de 365 dias observação
matemática aparelhos
matemática 276-196 ª C. circunferência da terra observação
matemática
astronomia 1564-1642 solcentrico observação
matemática
física 1663 – Newton gravitação experimentos
química 1661 – R. Boyle descrição de elementos experimentos
químicos
matemática 1642 – Pascal maquina de calcular experimentos‘
tecnologia
biologia 1748-1836 - classificação das plantas observação
Jussieu
biologia 1809-1882 Darwin teoria da evolução observação
tecnologia 1785 - Watt maquina de vapor experimentação
física
física 1831-1879 - eletromagnetismo observação
Maxwell experimentação
biologia 1931 – Karrer vitamina A experimentos
biologia 1944 - Every DNA experimentos
Fonte: Almanaque ABRIL, 1990.

4
A história da ciência mostra, que um certo descobrimento não dependeu de um certo
nível tecnológico, mas sim de uma concepção lógica e metodológica.
1.3 O processo da pesquisa
A pesquisa pode ser definido como a passagem da situação de desconhecimento
para a situação de conhecimento sobre um fenômeno (gráfico 1).

P r o c e s s o c ie n t ífic o
p ro c e s s o
da
p e s q u is a
C iê n c ia n a tu r a l P e s q u is a
C iê n c ia e x a t a s
C iê n c ia s h u m a n a s m é to d o
C iê n c ia s d e p la n o
e n g e n h a r ia té c n ic a
in s t r u m e n t o
S itu a ç ã o S itu a ç ã o
do do
d e s c o n h e c im e n to c o n h e c im e n to

B la c k
box

Gráfico 1: Processo científico e processo da pesquisa

O processo cientifico conte além da organização de uma pesquisa também


aspectos como instituições científicas, comunidade científica, fontes de pesquisa,
bolsas, etc., que em todo viabilizam uma pesquisa.

O processo da pesquisa é a aplicação de conhecimento científico num objeto da


pesquisa, caracterizado também como black box ou caixa preta, cujo sistema de
funcionamento se pretende descobrir.

Os objetivos de uma pesquisa se pode fixar nas perguntas


Porque é há certa situação ? (princípio da causalidade de Kant)
Como é certa situação ? (descrição)

Para ANDER-EGG (1978, p. 28), a pesquisa é um procedimento reflexivo


sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados,
relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento. Nesta definição falto o
critério de solução e aplicação, isto é, a aplicabilidade dos resultados.

Segundo estas definições, a pesquisa requerer um tratamento sistemático,


investigações especializadas e visa analisar criticamente 1, conhecer a realidade, ou,
segundo Bunge (1972, p. 9) explicar fenômenos que ocorrem no mundo existencial.
Aqui se refere à realidade ou mundo existencial aspectos, que se pode ver, cheirar,

1
Criticamente não se entende como Racionalismo Crítico. Nesta definição, o termo crítico está
usado como não aceitar uma situação como a que está correndo.

5
olhar, sentir ou ouvir, isto os órgãos sensoriais captam informações através de
receptores (olhos, ouvidos, fuzineira, etc.).
Como finalidade de uma pesquisa se pode enumerar
a) criar familiaridade com um fenômeno pesquisa exploratória
b) explicar as causalidades do fenômeno pesquisa analítica
c) descrição caraterísticas de um fenômeno pesquisa descritiva
d) aplicar a pesquisa pesquisa aplicada ou
pesquisa ação

As características de uma pesquisa não são bem definidas, mas existe um


consenso, que

a) o procedimento deve ser sistematizado, isto é, cada etapa da pesquisa


define a próxima;
b) possui uma exploração técnica, isto é, a pesquisa é executada
tecnicamente com instrumento de medição (questionário, aparelho, ficha,
etc.)
c) tem maior exatidão possível

Para Asti Vera (1974, p. 12), o ponto de partida de pesquisa encontra-se no


problema, que se deverá definir, examinar, avaliar, analisar criticamente, para depois
se elabora um plano. Nem sempre pesquisa visa tratar de um problema, apesar
disso não é definido quem decide e define o que é um problema e para quem existe
este problema.

Uma pesquisa começa definir um problema, que pode-ser definido como


a) problema acadêmico (o que agricultura; o que sustentável; etc.)
b) problema de informação (não há informações sobre isso)
c) problema de ação (como e o que fazer)

1.4 As linhas ou escolas de pensamento científico


1.4.1 O mecanicismo
A ciência galilaica lançou as bases para uma nova concepção da natureza que iria
ser largamente aceite e desenvolvida: o mecanicismo. À maneira de uma máquina,
o mundo era composto de peças ligadas entre si que funcionavam de forma regular
e poderiam ser reduzidas às leis da mecânica. Uma vez conhecido o funcionamento
das suas peças, tal conhecimento é absolutamente perfeito, embora limitado.

Um dos grandes defensores do mecanicismo foi o filósofo francês Descartes (1596-


1656), que chegou mesmo a escrever o seguinte:

Eu não sei de nenhuma diferença entre as máquinas que os artesãos fazem


e os diversos corpos que a natureza compõe, a não ser esta: que os efeitos
das máquinas não dependem de mais nada a não ser da disposição de

6
certos tubos, que devendo ter alguma relação com as mãos daqueles que
os fazem [...]. (ALMEIDA, 2005).

Assim, mais tarde, os fenômenos químicos foram tratados como no fundo


fenômenos físicos, e no século XVIII, a ciência física começou ser a ciência
dominante, entre outros, pela mecanização da vida, simbolizada, entre outros, pela
criação da maquina de vapor 1785 por Watt (1736-1819). A descoberta da
circulação de sangue pelo inglês Harvey (1578-1657) foi tratado pela física como um
sistema de bomba e tubos e justificou a dogma, que todo é mecânica.

1.4.2 O positivismo
O positivismo, hoje, é aceite como base da teoria da pesquisa. A expressão
positivismo foi cunhada por Auguste Comte (1798-1857) e tem como inspiração o
avanço das ciências naturais (química, física, biologia) no século 19. O positivismo
pretende integrar o conhecimento humano por meio da metodologia empírica e
exata, raciocínio lógico baseado aos métodos lógico-matemáticos, sem interpre-
tação metafísica e afastando as discussões acerca das essências abstratas.

A idéia central do positivismo é necessário separar os julgamentos de fato dos


julgamentos de valor. A finalidade do pesquisador deve ser atingir neutralidade e
objetiva, o que quer dizer que o pesquisador não pode julgar valores como pobreza,
desigualdade ou qualidade de vida.

Este princípio causa duas conseqüências:


1. Nas declarações se deve usar somente termos, que existem na realidade,
isto é, o aspecto pobreza não se pode analisar, porque não existe na reali-
dade (uma declaração seja interpretação e julgamento do pesquisador).
2. As declarações devem explicar um sistema que verdadeiramente existe,
por. ex. a hipótese „a vida depois da vida é melhor“ ou „em 20 anos a
Agricultura Familiar responsabiliza-se pela metade da criação dos
empregos“ não se pode verificar.

1.4.3 A dialética
A teoria dialética não usa o critério do positivismo de verificar ou negar (rejeição)
uma hipótese na realidade, porque esta realidade não é produto de leis naturais,
mas do processo da socialização, prohibições e leis. A dialética nega a
neutralidade às ciências, e declara posição, sempre com o humano livre no centro
da articulação. Isso necessita, além de um conceito teórico, uma ação para chega-
lá. A dialética supõe a existência de uma ligação universal. Seu ponto de vista, por
isso, é o da totalidade. Além disso, o historismo do Marx analisa como sugeriu
certa situação, que quando não esta representado por certa doutrina (marxismo),
não possuo legitimidade. A posição dialética pode verificar a tese “A sociedade
ganharia benefícios com a adubação androgínica na agricultura”, porque pós-
estabelece um certo modelo ideal da sociedade. Enquanto o positivismo não pode
analisar o trabalho escravo, porque simplesmente fazia um julgamento, isto é,
exploração humana, e somente poderia analisar certos fatos como 20% dos
trabalhadores encontrados não possuem carteira assinada, 30% não recebem

7
salário, etc., a dialética declara a prióri trabalho sem carteira como exploração,
situação que a ciência deve analisar como mudar.
As principais diferenças são:

positivismo dialética
pesquisa empírica fundamental pesquisa empírica e secundário
não declara como deveria ser o sistema explica como deveria ser o sistema
neutro não neutro
visão do reducionismo visão da totalidade
Pesquisa pura ação
Tabela 1: Comparação positivismo e dialética

Na prática, as dois concepções não produzirem resultados, mas soluções diferentes.


Os resultados do positivismo são mais aceitáveis para a ciência, entretanto, que é
criticado pela dialética, que não é representado pela sociedade.

2. Os termos da pesquisa
2.1 Definições
Definições são reduções e compressões de fenômenos. Entretanto, há coisas que
são melhor entendidas sem definições (amor, democracia, vida, matéria, etc.),
chamados ontodefinições, porém isto não avança na investigação. Cada sistema
utiliza termos para identificar claramente os elementos que o constroem, e a
comunidade acadêmica tenta definir estes termos, para excluir divergências na
interpretação. Existem três diferentes momentos na ciência de fazer definições 2:

Fenômenos observáveis
Definição obtida através de uma seleção por meio dos órgãos dos sentidos
(„hoje chove muito“; „o solo é muito amarelo“; „é, esta árvore tem uma folha
grande“; etc.). Nas ciências naturais se usa até classificações, para definir
os fenômenos, como p.ex. Af para classificar o clima, Latosolo Amarelo para
classificar o solo, nomes científicos para classificar famílias botânicas
(theobroma grandifolia), etc..
Fenômenos em função dos interesses
Há fenômenos observáveis, que são definidos segundo o conjunto de
mecanismos ou significado para a humanidade. Fenômenos esses são, entre
outros, a horta, composta por plantas que podem ser observadas, mas é
definida como horta segundo sua função, isto é, produzir alimentos; área
degradada, isto é, uma área sem ou com pouca vegetação; abertura na mata,
etc.
Fenômenos abstratos
Nas ciências humanas trabalha-se freqüentemente com fenômenos não reais
ou não observáveis por meio dos órgãos sensoriais como pobreza, sustentável,

2
Rudio (1999, p. 29) faz uma diferença entre termos denotativos, que pertencem ao mundo real
como sombra, minhoca, ipê, arroz, etc., e termos conotativos, que pertencem da nossa
compreensão, como cadeia produtiva, horta, degradação, etc.

8
cadeia produtiva, polo de desenvolvimento, agricultura familiar, reforma agrária,
etc.
Qualquer termo está sujeito a uma permanente discussão dentro e entre as ciências
diferentes. Weatherall (1970, p. 28) sugeriu fazer uma definição operacional dos
termos, isto é, criar a capacidade de medir o objeto.

b o tâ n ic a e c o n o m ia

o u tra s o u tra s
c iê n c ia s d e fin iç ã o c iê n c ia s

d is c u r s o
d is c u r s o
in t e r d is c ip lin a r
m u l t id is c ip lin a r
b io l o g ia a g r o n o m ia

Gráfico 2: Termo definido pela ciência

Um exemplo pode mostrar como termos semelhantes podem ser discutidos e


explicados.

Ademais, não existe uma definição clara, o que é degradada, devastada,


destruída ou alterada pela ação antrópica. Primeiro termo é mais associado
com áreas de mineração (RUIVO, 1991), pastagens (UHL et al., 1991) e
desmatamento (SHUKLA et al., 1990), porém o termo é mais utilizado
comumente em relação a diminuição da produção biológica, fato que
permite sua medição através da produção da biomassa por área numa
escala de intervalo, como indica Ferraz (1992, p. 185). Entretanto, para
especificar o grau de destruição usa-se uma escala tipo ordinal 1. O termo
devastada é usado para indicar a substituição da floresta primária pela
floresta secundária (SANTOS, 2005). Teixeira (1998) uso o termo para
caracterizar uma região inteira, neste caso Amazônia, mas também para
indicar uma certa situação ambiental e uma área sem floresta. O termo
destruído aponta mais uma situação macro 2, relacionado principalmente ao
desmatamento (CAMPANILI, 1998; VAL, 2005), sem que eles expliquem por
quem e por que. Todavia, Forbrig (1989) não exclui a possibilidade da
restauração, entretanto não necessariamente para uma situação que
precisa alcançar sua forma originária.
1
Ver INPA (Sobre..., 2005).
2
Ver, entre outros, Fearnside (1990).

2.2 Hipótese
Os termos são usados numa frase, que explica uma certa situação. No estritus
sensu, estas declarações ou suposições são hipóteses. Uma hipótese contém pelo
menos dois termos que se pode medir na realidade (“SAF´s são mais vulneráveis
que propriedades tradicionais”.). As hipóteses gerais são as idéias centrais que se
pretende demonstrar.

9
Para o positivismo não importa, como se cria hipóteses, seja pela própria
experiência do dia-a-dia, observações ou informações de terceiros. O importante é,
que se pode verificar ou rejeitar a hipótese. O positivismo nenhuma vez exige
embasamento teórico.

h ip ó te s e

te o r ia
h ip ó te s e

S itu a ç ã o n o v a s h ip ó t e s e s
do b a s e a m e n to t e ó r ic o d o s is te m a
d e s c o n h e c im e n to n o v a s t e o r ia s

h ip ó te s e
h ip ó te s e
te o r ia

h ip ó te s e
h ip ó te s e

Gráfico 3: Hipóteses

Todavia, as interpretações dos resultados são uma acumulação de hipóteses não


pré-estabelecidas. O resultado como, p.ex. “A biomassa aumenta sua produção com
a temperatura, entretanto há uma redução de N e P. Ambos os elementos são
associados com K, que mostra certa redução com aumento da temperatura”, contém
cinco hipóteses.

Ao contrário disso, uma hipótese estatística explica não somente a relação entre
dois termos (ou variáveis), mas também a causalidade (“A produção de biomassa
em ambientes com menos de 25ºC é igual a produção em ambientes com mais de
25ºC de temperatura”; “a renda per capita em SAF´s é igual do que em propriedades
tradicionais”; “a concentração de N em milho é igual a da em arroz”.). Este análise
não é efetivada pelo raciocínio lógico ou simples comparação dos dados empíricos,
mas exige procedimento estatístico, que explicam se os resultados obtidos são
significativos ou por acaso. Uma hipótese dessa é chamada hipótese nula. Depois
da análise pode se rejeitar ou não esta hipótese (”A produção de biomassa em
ambientes com menos de 25ºC é significante maior que a produção em ambientes
com mais de 25ºC de temperatura”; “a renda per capita em SAF´s é significante
maior do que em propriedades tradicionais”; “não há uma diferença significante de
concentração de N em milho e arroz”). Para a análise da hipótese nula existem
vários procedimentos estatísticos, como o teste de Chi-Quadrado.

2.3 Teorias

10
A construção lógica e o raciocínio utilizado no aranjo das hipótese pode acumular
numa teoria, que é um instrumento para organizar o sistema. König (1973, p. 4)
classificou as teorias em quatro tipos:
Teorias de observação empírica freqüente
Teorias de observação empírica freqüente é uma simples observação empírica
de um fenômeno que se repete freqüentemente, mas que não permitam uma
explicação teórica sobre estas regularidades. Fenômenos desses são: fazer
compras freqüentemente nas cidades; a venda da produção agrícola depois da
safra; visita freqüentes dos vizinhos; etc.
Teorias ad-hoc
Teorias ad-hoc permitem uma explicação teórica limitado ao tempo e espaço
onde ocorre o fenómeno, mas o que não permite uma generalização da teoria.
Teorias desses são: agricultores do nordeste preferem plantar arroz;
consumidores femininos preferem frutas regionais; turistas estrangeiros
preferem praias isoladas; etc.
Teorias de alcance médio
Teorias de alcance médio podem explicar a situação em culturas semelhantes.
Teorias desses são: agricultores da mesma classe social se unem em vilas;
agricultores preferem a segurança do que o risco; etc.
Teorias de alta complexidade
Teorias de alta complexidade são teorias universais é aplicável em qualquer
sistema. Exemplo é a teoria sobre a circulação atmosférica, evapotranspiração,
dominância de plantas pioneiras depois da queima, etc.

te o ria s c o m p e s q u is a c o m e m b a s a m e n t o
c o m p le x id a d e g r a n d e e m p ír ic a lim ita d a

p e s q u is a b á s ic a
t e o r ia s d e a lc a n c e m é d ia
p e s q u is a a g r o - p e c u á r ia

a d - h o c te o r ia s
p e s q u is a s o c ia l

p e s q u is a d e m e r c a d o
r e g r a c o m p e r io d ic id a d e
e m p íric a fre q ü e n te p e s q u is a d e o p in iã o

Gráfico 4: Tipos de teorias

Um exemplo, como foram usados teorias, hipóteses, instrumentos e novos


descobertas, é a invenção do raio-x:

11
A radiação electromagnética é uma combinação [hipótese] de um campo elétrico
[teoria] e de um campo magnético [teoria]. A luz é uma forma de radiação
electromagnética [teoria]. O estudo das radiações electromagnéticas designa-se
electrodinâmica [ciência], uma disciplina do electromagnetismo. Os raios-x são uma
forma radiação eletromagnética de alta freqüência [hipótese].
O escocês James Clerk Maxwell, em meados do século 19., previu a existência e a
natureza das ondas eletromagnéticas [descoberta], que incluem até a luz. Em 1887,
Heinrich Hertz [pesquisador] produziu as primeiras ondas eletromagnéticas artificiais – as
ondas de rádio [instrumento, invenção]. O físico Helmoltz indicou o equipamento
adequado para produzir essas ondas: a "ampola de Crookes", onde residiam os "raios
catódicos", ou um feixe de partículas carregadas de carga elétrica negativa [teoria].
Gustavo Röntgen experimentou e descobriu que um tubo emitiu um tipo especial de
onda que tinha a capacidade de atravessar o corpo humano, os raios-x. Durante o
exame radiográfico os raios-X interagem com os tecidos através do efeito fotoelétrico
[teoria]. Um filme radiográfico proporciona um imagem que permite distinguir estruturas e
tecidos com propriedades diferentes, que mostram tonalidades de cor cinza bem
diferenciadas; conforme a densidade da matéria. Hoje, realiza-se exames do crânio em
menos de 10 segundos com a Tomografia Computadorizada.

2.3 Indução e dedução


No processo da pesquisa há dois caminhos de formulação e aplicação de teorias e
hipóteses: o processo indução e dedução (gráfico 5).

p ro ce sso p ro ce sso
d e d u tiv o in d u t iv o

t e o r ia t e o r ia

h ip ó te s e h ip ó t e s e

in d ic a d o r in d ic a d o r

v a r iá v e l v a r iá v e l

m e d iç ã o m e d iç ã o

Gráfico 5: Indução e dedução

Pela carência de uma teoria geral sobre o sistema, se inicia o processo indutivo, isto
é, do particular ou situação empírica para a criação de hipóteses ou teorias. Ao
contrário disso, no processo dedutivo são aceitas princípios ou teorias universais,
através dele se extraia hipóteses, que são analisados no particular.

2.5 O objeto
Cada pesquisa deve-se perguntar, sobre que fenômeno pretende pesquisar. Este
fenômeno, fato ou acontecimento é o objeto da pesquisa, que pode ser abstrato ou

12
concreto. Fenômenos das ciências naturais são objetos concretos, como pastagem,
produtos agrícolas, plantas, etc. No caso da agronomia, idéias, pequena agricultura
ou cadeias produtivas se trata de objetos abstratos.

Esses objetos possuem certas caraterísticas ou atributos de conteúdo físico,


químico, biológicos, econômicos, que são fatos. Estes atributos podem ser a
temperatura, o valor ph, a renda, o valor N, etc. Alguns objetos vivos possuem
também características sociais, como comportamento, ou características mentais,
como opiniões. Estes atributos sociais podem ser o comportamento em grupo, o
empreenderismo, medo, etc. Atributos mentais são opiniões como pensamento
sobre certas culturas agrícolas, pensamento sobre crédito agrícola, etc. Na pesquisa
interessa saber quais são estes características (ocorrência) e como são distribuídos.

Bibliografia:

ALMEIDA, A. Filosofia e ciências da natureza: alguns elementos históricos.


Disponível em: http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/aires.htm. Acesso em: 11 abr. 2005.

EMMENCHE, C.; EL_HANI, C. N. Definindo vida, explicando emergência. Disponível


em: http://www.nbi.dk/~emmeche/coPubl/99.DefVida.CE.EH.html. Acesso em: 19
abr. 2005.
FILHO MESQUITA, A. Sobre Pesquisa e Filosofia da Ciência. Integração, 1, p. 51-
75, 1995. Disponível em: http://www.ecientificocultural.com/ECC2/artigos/metcien1.
htm#Ret07. Acesso em: 11 abr. 2005.
GENRO FILHO, A. Marxismo, filosofia profana. Tchê, Porto Alegre, 1986. p. 29-38.
Disponível em: http://www.adelmo.com.br/bibt/t193-01.htm. Acesso em: 11 abr.
2005.
KÖNIG, R. Praktische Sozialforschung I. Beobachtung und Experiment in der
Sozialforschung. Köln, 1973.
RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Editora
Vozes. 1999.
SERPA, O. F. Dicionário Escolar Inglês-Português-Português-Inglês. Rio de
Janeiro, 1980.
SILVA, A.; BENVENUTTI, A. G.; SAID, F. M. Visões do Positivismo no Brasil.
Disponível em: http://www.geocities.com/positivismonobrasil/. Encontrado em: 11
abr. 2005.
WEATHERALL, M. Método Científico. São Paulo: USP. 1970.

3. Os tipos da pesquisa
3.1.1 A pesquisa empírica

13
A palavra empeirikós é original da língua grega e significa preparação sensorial.
Pesquisa empírica é consequentemente esta parte da ciência, que percebe a
realidade através do ouvir (p.ex. entrevista, ornitologia, etc.), ver (p.ex. observação),
cheirar (p.ex. experimentos alimentícia ou farmacêutica, etc.), tocar (p.ex.
experimento) ou provar (p.ex. experimento alimentícia, etc.). Uma pesquisa
empírica, ou contrário uma pesquisa teórica, analisa o objeto da pesquisa na
realidade. Empirismo se fala, quando a pesquisa levanta dados sem um baseamento
teórica.

3.2 A pesquisa básica


Pesquisa básica se declara pesquisas que se aplica em áreas de conhecimento, que
não avançam sem este conhecimento. O objetivo da pesquisa básica é adquirir mais
conhecimento sobre o objeto, sem aplicar o conhecimento imediatos. Na indústria, a
pesquisa básica é definida como a pesquisa que faz o conhecimento científico
avançar e não tem objetivos comerciais. Um exemplo são os projetos de
seqüenciamento genética, DNA, genética molecular, novos materiais, parasitologia,
imunologia, etc.

3.3 A pesquisa teórica


Uma pesquisa teórica, ao contrário da pesquisa empírica, não pretende aplicar uma
percepção sensorial ou mostrar fatos reais existentes. A pesquisa teórica trata um
aspecto no âmbito abstrato, tese e antítese, argumentação, epistomologicamente,
etc.

3.4 A pesquisa bibliográfica


Pesquisa Bibliográfica consiste no exame de publicações como livro, revista,
jornais, etc, sobre determinado assunto para obter informações / dados secundários
que já se produziu sobre o objeto, com a finalidade de criar um abordagem teórico
do assunto, criação de hipóteses, reelaboração do projeto e completar a pesquisa
com informações. De certa maneira, pesquisa bibliográfica não é uma pesquisa
empírica, porque o conteúdo da publicação se refere ao passado, que não se pode
verificar empiricamente.

3.5 A pesquisa aplicada


A pesquisa aplicada está voltada para transformar o conhecimento em produto,
processo, serviço ou ação. Na indústria, a pesquisa aplicada é praticada para fims
comerciais.

3.6 A pesquisa experimental

14
Na pesquisa experimental se determina as variáveis independes, modifica-os de
forma direta, sistemática qualitativamente e quantitativamente e observa-se o
comportamento dos variáveis dependentes. Este pesquisa permite estabelecer as
relações causais. Segundo Kerlinger (1985, p. 127), as vantagens da pesquisa
experimental são a fácil possibilidade de manipulação das variáveis isoladamente ou
em conjunto, a flexibilidade das situações experimentais e a repetição do processo
do experimento, entre outros. Uma limitação é o fato, que os resultados
evidenciados em uma pesquisa experimental de laboratório (ceteris paribus) nem
sempre são os mesmos obtidos em uma situação de campo onde há uma grande
quantidade de variáveis muitas vezes desconhecidas ou imprevisíveis que podem
intervir nos resultados.

3.7 Estudo de caso


Segundo Tull (1976, p 323), um estudo de caso é uma análise intensiva de uma
situação particular. Se trata de uma análise qualitativa (GOODE, 1969). O
numero pequeno de objetos de pesquisa (no mínimo um (01) caso) e a seleção
desses segundo amostras não-probabilísticas não permite executar uma pesquisa
quantitativa com rigor, isto é, dados levantados não mostram representatividade. O
método é adequado para pesquisas exploratórias e para a geração de hipóteses
(TULL, 1976) no caso de fenômenos complexos (BONOMA, 1985, p. 207). Estudo
de caso permite um exame detalhado do processo organizacional e funcional
(McClintock et al., 1983, p. 150), como surgiram certas características e analisar
questões causais.

Um problema na análise de estudo de caso é que o é somente uma pequena base


para generalizações científicas uma vez que, por estudar um ou alguns casos não
se constitui em amostra da população e, por isto, torna-se sem significado qualquer
tentativa de generalização para populações (YIN, 1989).

3.8 Pesquisa Participante


Uma das primeiras pesquisas participantes (PP) no âmbito social foi realizada no
assentamento El Recurso em Chile por Paulo Freire onde os camponeses de um
assentamento foram convidados a participar de um estudo que possibilitaria uma
programação de atividades educativas de acordo com suas necessidades e
interesses3.

Este fato deveria ter influenciado a definição, entre outros, de Lakatos e Marconi
(1991), que definem PP como um tipo de pesquisa que não possui um planejamento
preestabelecido, mas construído junto aos objetos (participantes) de pesquisa, os
quais auxiliarão na escolha das bases teóricas, hipóteses e na elaboração do
cronograma de atividades. A pesquisa é um processo dialéctico com interação entre
a comunidade e o pesquisador e entre o conhecimento popular e o académico. Também
Gomley (2005) mostra a PP como ação junto aos objetos. Entretanto, estes definições
devem ser interpretado como críticas e alternativa ao pesquisa tradicional com a sua

3
Esta definição fica próxima da pesquisa ação com enfoque em transformação. Ver Pesquisa ...
(2005).

15
concepção concentradora, porque também a pesquisa tradicional permite uma
participação dos objetos da pesquisa.
Na pesquisa participante tradicional, o pesquisador é participante no âmbito do
objeto que ele analisa. A posição do pesquisador pode ser:
– escondida (não declara sua idendidade)
– passiva (declara sua idendidade, mas não intervém)
– ativa (declara a sua identidade e intervém).

O objetivo na posição escondida é não influenciar o âmbito e comportamento dos


elementos do universo pela presença de um pesquisador. Exemplos são uma
reunião dos dirigentes de um conselho; reunião dos sócios de uma cooperativa;
análise de um grupo de animais; negociação entre comprador e vendedor; etc.,

Ao contrário anterior, o pesquisador se identifica como pesquisador, para obter a


aceitação dos elementos do universo, porque a classe não permitiria uma
participação. Exemplos são a participação num grupo, como MST.

Na participação ativa, o pesquisador pretende intervir, modificar e relacionar o


comportamento do grupo. Um Exemplo são os técnicos da EMATER, acompanham
os agricultores, buscam informações, recomendam e orientam.

3.9 Pesquisa Qualitativa


Uma pesquisa qualitativa objetiva levantar informações com profundidade, mostrar
porquê e o que causou certa situação, visando a elaboração de uma explicação
válida para o objeto ou objetos em estudo. Menos importância tem o aspecto da
freqüência das características do objeto.

Um das principais críticas à metodologia qualitativa diz respeito à questão da


representatividade, principalmente quando se trata de um número de objetos
limitados, neste sentido, se encontraria na escolha do caso (s): até que ponto ele
seria representativo do conjunto de casos existentes? A representatividade está
relacionada às possibilidades de generalização e se baseia na noção estatística
de amostra, caso não usado na pesquisa qualitativa.

Outra critica trata o aspecto da subjetividade e falta da objetividade na pesquisa.


Enquanto a pesquisa quantitativa pretende mostrar certa situação com rigor na
execução, a pesquisa qualitativa não nega a subjetividade, isto é, o pesquisador faz
uma avaliação segundo seu entendimento, o que são critérios subjetivos. Isto quer
dizer, que a repetividade dos resultados não é assegurado.

3.10 Pesquisa Quantitativa


A pesquisa quantitativa tem a sua principal característica no número de objetos
pesquisados, os quais não se constituem num único caso ou num único objeto de
um certo universo – o que é característica da pesquisa qualitativa – mas vários
objetos ou unidades que serão analisados. Na pesquisa quantitativa não interessa
saber como surgiram ou foram criadas essas características, o que é um trabalho da
pesquisa qualitativa, mas como são distribuídas entre os objetos de estudo.

16
3.11 Pesquisa Representativa
Ao contrário de uma pesquisa qualitativa, os resultados dos objetos pesquisados
numa pesquisa representativa representam com um certo grau de confiança e erro
amostral a situação de um grupo maior de objetos que não são analisados. De certa
maneira, uma pesquisa representativa se pode fazer somente com o processo de
amostragem, tipo probabilística, e uma técnica padrão, como questionário ou ficha
de levantamento padrão.

3.12 Pesquisa de Panel


Ao contrário de um levantamento convencional, que visa elaborar uma análise da
situação atual, uma pesquisa panel tem como objetivo levantar a situação atual e de
futuros situações dos mesmos objetos, isto é, análise dos mesmos objetos em
tempos diferentes. No caso de panel, se fala da 1ª onda de levantamento, 2ª onde
de levantamento, 3ª onde, etc. Num panel se analisa sempre os mesmos objetos
(estabilidade da população) com os mesmos variáveis (estabilidade do instrumento),
para medir, quais objetos ficaram estável e quais inestável no comportamento,
características, opiniões, mudanças, etc.

1ª onda de 2ª onda de 3ª onda de


le v a n ta m e n t o le v a n ta m e n t o le v a n ta m e n t o

flu tu a ç ã o n a tu r a l

flu tu a ç ã o n a tu r a l
ação /
im p u ls o /
m udança /
a çã o /
im p u l s o /
m udança /

m udança na
o p in iã o / e s t r u t u r a
d a c la s s e

s itu a ç ã o a tu a l t 1 s it u a ç ã o t 2 d e p o is s itu a ç ã o t 3 d e p o is
d o im p a c t o / a ç ã o / d o im p a c to / a ç ã o /
im p u ls o im p u ls o
e s tá v e l in e s tá v e l

Gráfico 6: Organização de um panel

Um problema do panel é a flutuação natural dos objetos da pesquisa na 2ª onde (t 2)


em relação com a 1ª onde (t1) da pesquisa, causado pela migração, mortalidade e
negação de se submeter novamente a pesquisa. Para compensar esta redução, no
calculo do número n da amostra num panel deve-se aumentar por 20 %
antecipadamente o número dos objetos da pesquisa.

17
Na análise mais simples, se compara a distribuição das características no momento
t1, t2, t3, etc. em %.

Tabela 1: Distribuição no tempo t1, t2 e t3

t1 t2 t3
sim 20 30 40
não 50 40 20
mais ou menos 30 30 40

Um exemplo clássico de uma análise de panel é a análise do desenvolvimento dos


índices nas bolsas de valores, por exemplo, o Dow Jones Index, Nasdeq, Banespa,
para medir como uma certa política monetária ou política econômica influenciou a
quotação. Para isso, as ações de umas empresas selecionadas são analisados
periodicamente. Outro exemplo é o panel usado na pesquisa comercial ou pesquisa
de mercado, panel dos consumidores, panel de opinião pública, por exemplo,
avaliação do governo pelo panel mensal, ou IBOPE, que mede as quotas de
televisão.

Referencias Bibliográficas

GORMLEY, K. J. Pesquisa como processo democrático: desenvolvimento


comunitário educacional no brasil através da pesquisa participante. Disponível em:
http://www.paulofreire.org/convergence.pdf#search='pesquisa participante. Acesso
em: 02 maio 2005.

MARTINS, H. H. T. de S. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e


Pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 289-300, maio/ago. 2004. Disponível em:
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/hemeroteca/edp/edp30n2/edp30n2_05.pdf#se
arch='pesquisa qualitativa'. Acesso em: 03 maio 2005.

PESQUISA participante. Disponível em: http://giselacastr.vilabol.uol.com.br/


pesquisapart.htm. Acesso em: 02 maio 2005.

4. Planejamento e fases da pesquisa


A fase que segue à definição do problema, chama-se metodologia, porque a
escolha do tema e a finalidade (ação, pesquisa quantitativa, experimental, etc.) já
define muitas vezes como se deverá elaborar metodologicamente a pesquisa. Da
fase seguinte – à escolha do método (entrevista, observação, pigmentação, especto-
grafia, etc.) – até o levantamento dos informações / dados (ou literatura no caso de
pesquisa bibliográfica) é a fase operacional ou operacionalização da pesquisa.

18
in te r e s s e m is s ã o /
o rd e r

d e f in iç ã o d o p r o b le m a

h ip ó te s e s

m é to d o

d im e n s io n a r

o p e r a c io n a liz a ç ã o m e to d o lo g ia

in d ic a d o r e s / v a r iá v e is

le v a n t a m e n t o d a s
in fo r m a ç õ e s / d a d o s

a n á lis e

in te r p r e t a ç ã o

p u b lic a ç ã o

Gráfico 7: Fases da pesquisa

1. Escolha do tema – Nem sempre o pesquisador escolhe o assunto da pesquisa


de acordo com a sua própria vontade. A escolha do assunto pode ser feita por
outros, enquanto o pesquisador somente executa a pesquisa (missão). Esta
situação ocorre nos grandes centros de pesquisa como IPEA, FGV ou IBGE.

2. Definição do problema – Problema muitas vezes, se entende como falta de


informações sobre um assunto, o que através de uma pesquisa se pretende
melhorar (problema científico). No caso de problemas reais, se deve definir
para quem a situação é um problema (problemas reais). Na vida social, os
problemas são vinculados aos grupos sociais, cuja solução depende de mais do
que um elemento (problemas complexos). Um bom método para caracterizar o
problema é a formulação como pergunta (ver anexo I).
3. Construção de hipóteses e teorias – Teorias e hipóteses são construções
explicativas sobre um problema, situação ou fenômeno, que podem esclarecer a
relação entre os elementos que compõem o problema ou situação. Neste caso ,
o mais importante é o processo lógico da argumentação, como os elementos
interferem no sistema.

4. Dimensionar o objeto – Cada fenômeno está formado por dimensões ou


elementos que o caracterizam. Para dimensionar o objeto é necessário analisar

19
o tema e o assunto. Nesta fase da pesquisa pode-se usar o brain storming
(coleção de idéias), isto é, criar uma lista de todos os aspectos que estão
associados com o assunto. Em segundo se faz um ordenamento destes
aspectos, classificando em dimensões.

tr a n s p o r te - lo g í s tic a m e c a n iz a ç ã o - p r o d u ç ã o c o n s u m id o r - m e r c a d o
s u b s í d io s - p o l í t ic a m e r c a d o in t e r n a c io n a l - m e r c a d o c o n s u m o p e r c a p it a - m e r c a d o
c o n f lit o s d e t e r r a - f u n d iá r ia le i d e b i o s e g u r a n ç a - p o lí ti c a tra to r - p ro d u ç ã o
b o ls a d e fu tu r o s - m e rc a d o a g r o - e c o l ó g ic o - a g r o - e c o lló g ic o c o lh e d e ir a - m e c a n iz a ç ã o
d is t â n c ia - lo g í s tic a F O B - m e rc a d o q u a lid a d e - p r o d u ç ã o
á r e a d e p la n ti o - f u n d iá r ia p la n t i o d ir e to - p r o d u ç ã o a d u b o - p ro d u ç ã o
r e n t a b il id a d e - p r o d u ç ã o f a m í lia - a g r o - e c o ló g ic o p o r t o e x p o r t a d o r - lo g ís t ic a
p r o d u tiv id a d e - p r o d u ç ã o a rm a z e n a m e n to - p ro d u ç ã o

D im e n s ã o p o lít ic o s
- p o lí tic a g o v e r n a m e n ta l
- s u b s íd io s D im e n s ã o f u n d iá r ia
- t r a n s g é n ic o s - á r e a d e p la n t io
D im e n s ã o d e lo g ís t ic a - le i d e b io s e g u r a n ç a - e x p a n s ã o te r r ito r ia l
- tra n s p o rte - e tc . - c o n flito s d a te r r a
- f e r r o v ia / e s t r a d a / n a v io - e tc .
- p e d á g io
- d is tâ n c ia
- p o r to s e x p o r ta d o r e s
- e tc .
D im e n s ã o a g r o - e c o ló g ic o
S o ja - t ip o
- f a m í lia
D im e n s ã o d e p r o d u ç ã o - c o n d iç õ e s fa v o r á v e is
- r e n ta b ilid a d e - e tc .
- q u a n t id a d e / á r e a
- p la n t io d ir e t o
- m e c a n iz a ç ã o
- a rm a z e n a m e n to
- e tc . D im e n s ã o m e r c a d o
- FO B
- m e r c a d o in te r n a c io n a l
- m a io r p a ís c o n s u m id o r
- m a io r e s p a ís e s c o n c o r r e n te s
- c o m o d itie s
- b o ls a d e fu t u r o s
- e tc .

Gráfico 8: brain storming e dimensionamento

5. Escolha dos indicadores – Toda questão de pesquisa define um número de


construções teóricas que o pesquisador quer associar. O grau de
operacionalização destas construções não faz parte de um consenso. O
indicador constitui um primeiro nível de operacionalização de uma construção
teórica e, para cada uma, se deve dar uma descrição operacional. Por essa
razão, as definições dos indicadores deve permitir avaliar as construções

20
teóricas descritas no quadro conceitual. Para alguns indicadores a descrição é
simples, porém, em outros casos, essa definição é mais complexa.

Indicadores são pistas, indícios, trilhas que seguimos em busca da


compreensão dos nexos que relacionam variáveis responsáveis por
fenômenos. [...]. Com o desenvolvimento de indicadores, procura-se reduzir
fenômenos complexos a fórmulas simplificadas e facilmente comunicáveis e
mensuráveis, passíveis de agregações, comparações e extrapolações.
Esses indicadores [...] requer que sejam de fácil compreensão,
numericamente limitados e baseados em dados disponíveis [...] Portanto,
quanto mais claros os conceitos que descrevem uma dada realidade ou
situação, menor a distorção dos instrumentos que visam representá-la e
mensurá-la. (BRISOLLA, 2005, p. 213).

O significado de um indicador só surge a partir de uma evolução cronológica e


de sua comparação com um valor anterior – análise temporal – ou com outros
setores – análise setorial.

Por isso existem indicadores que fazem compreensão da sócio-economia, meio


ambiente, qualidade de vida, economia, solo, etc. Exemplos são:

O indicador taxa de emissão CO pode conter vários variáveis, como: monóxido


de Carbono (CO); dióxido de carbono (CO 2); metano CH4); oxido de nitrogênio
(NOx); etc.

O indicador qualidade do solo, pode conter as variáveis, pontos hidrogênios


(ph); capacidade de troca de ionos, tenor de oxigênio (O 2); fosfato; diversidade
microbiana; etc.4

O indicador qualidade de vida pode conter as variáveis: longevidade;


criminalidade por 1.000 habitantes; renda per capita; anos de escolaridade; etc.

O indicador capacidade político-institucional pode conter as variáveis:


participação nas eleições; reuniões mensais; processos jurídicos; emendas;
etc.

O indicador satisfação do turista pode conter as variáveis satisfação com a


comida, satisfação com a moradia, satisfação com o ambiente, satisfação com
atendimento, etc.

6. Escolha das variáveis – Uma vantagem em se usar um meio para medir um


aspecto do objeto é que ele pode medir valores diferentes. Como este valor
pode variar é chamado de variável, embora uma variável possa assumir
diferentes valores, ela só pode obter um valor. Pense em uma variável como se
fosse um recipiente que contém informações do objeto.

Basicamente existem quatro tipos de variáveis. São elas:

4
Ver Zilli et al. (2005).

21
numéricas = seus valores são números, que posteriormente poderão ser
usadas para cálculos.
alfanumérica = ou qualitativos; seus valores contenham letras; são aquelas
cujos informações podem ser encaixadas em categorias
numa escala nominal, sendo que cada categoria é
independente, sem nenhuma relação com as outras (ex.
agricultor, arrendatário, trabalhador rural, etc.), ou são
aquelas cujas categorias mantém uma relação de ordem
com as outras (escala ordinal), que podem ser regulares
ou não (existe uma ordem natural nas categorias) (ex.
capoeira baixa, capoeira média e capoeira alta); elas
poderem ser utilizada para operações matemáticas só
depois da codificação.
dependentes = são aquelas cujos efeitos são esperados de acordo com as
causas; elas se situam no fim do processo causal e são
sempre definidas na hipótese ou na questão de pesquisa.
independentes = são aquelas a explicar a variável dependente, cujos efeitos
quer-se medir; deve-se ter cuidado, pois mesmo
encontrando relação entre as variáveis isto, não
necessariamente, significa relação causal.

v a riá v e l
v a r iá v e l d e p e n d e n te 2 v a riá v e l
d e p e n d e n te 1 d e p e n d e n te n

v a r iá v e l
v a r iá v e l
in d e p e n d e n te 1
in d e p e n d e n te 3
(e x . c h u v a )
( e x . s o lo )

v a r iá v e l
d e p e n d e n te
( e x . p r o d u tiv id a d e )

v a r iá v e l v a r iá v e l
in d e p e n d e n te 2 in d e p e n d e n te n
( e x . s o l) (e x . n u v e n s )

Gráfico 9: Tipos de variáveis

Os termos variável dependente e independente aplicam-se principalmente à


pesquisa experimental, onde algumas variáveis são manipuladas, e, neste sentido,
são independentes dos padrões de reação inicial, intenções e características.

A relevância das conclusões obtidas por meio de variáveis reside basicamente em


verificar se os valores das informações aumentaram, diminuíram, são menores ou

22
maiores que outros, com qual freqüência aparecem ou como essas informações são
relacionados dentro dos contextos estudados.

É recomendável medir o valor bruto, codificar e depois categorizá-lo, isso da mais


flexibilidade. Para declarar uma variável no caso da computarização dos dados
deve-se primeiramente saber qual será o seu nome e qual será seu valor. Assim:
nome_da_variavel = valor. Sempre é recomendado definir o nome de uma variável
que realmente descreva o seu conteúdo5.

Deve-se perguntar, quais são as diferenças entre indicadores e variáveis?


Indicadores são globalmente difundidos, enquanto variáveis dependem do tempo e
espaço, p.ex. desempenho do ensino superior é um indicador globalmente difundido,
entre tanto a variável produção cientifica do corpo docente universitário só se pode
aplicar em países em quais existem universidades. Um indicador pode ter um
caracter abstrato, não imediatamente mensurável, enquanto uma variável mede um
aspecto real e imediatamente. Um indicador pode conter mais que uma variável.
Uma boa definição descreve Brisolla (2005):

[...] Mais do que estatísticas isolados, os indicadores são variáveis relativas,


organizadas em grupos, e pretendem formar um conjunto coerente que
representa um sistema em suas múltiplas determinações. (BRISOLLA,
2005, p. 213).

7. Delimitação da pesquisa – As vezes é necessário estabelecer limites para a


investigação, isto é, limitar a abrangência da pesquisa no contexto espacial
(p.ex. “somente na região oeste de...x”), temporalmente (p.ex. entre 1995 e
2000”), setorialmente (p.ex. “somente folhas verdes”) ou socialmente (p.ex.
“somente com proprietários”).

Causas desta delimitação podem ser: falta de tempo para abranger todos os
casos possíveis, falta de dinheiro para executar uma pesquisa maior, somente a
delimitação possui as caraterísticas que se pretende analisar. Entretanto, os
resultados da investigação possuem validade somente para o campo de
delimitação e não devem ser generalizados.

8. Amostra – Deve se decidir se a pesquisa terá caráter de censo, isto é, todos os


elementos ou objetos entram na análise e serão pesquisados ou somente uma
parte do universo. Normalmente não se faz uma pesquisa com todos os objetos
que o sistema delimitada ou universo compõe. Isso faz necessário uma seleção
ou amostragem destes objetos para obter uma amostra. Neste caso, trabalha-
se com uma amostra. Deve-se decidir, se este amostra deve Ter caráter
representativo ou não-representativo.

8. Seleção dos métodos – Um método é um conjunto de regras e procedimentos


para levantar os objetivos. O método (ou métodos) será selecionada segundo a
definição do problema, finalidade, eficiência, segurança, viabilidade, exatidão e
como a pesquisa pode ser executada de modo mais simples. Como métodos
pode-se usar: a entrevista para obter informações verbais; biográfica para obter
5
Para o futuro uso das variáveis em programas de informática como SPSS ver Ranikson (2005).

23
informações do passado; espectografia para obter informações sobre a
composição de elementos; etc.

Para testar se a metodologia, método e técnica ou instrumento são adequados e


combinam com a realidade, executa-se um pré-teste, isto é, aplica-se os
somente em alguns casos. No caso deste pré-teste os se mostram ineficiente,
deve-se fazer uma reformulação da metodologia, escolher um outro método ou
calibrar o sistema de instrumentos. As vezes se faz novamente um pré-teste
para testar novamente os novos métodos ou técnicas.

9. Coleta das informações – As informações (ou dados) serão levantados por


meio de técnicas ou instrumentos. Esta fase se chama pesquisa de campo. Às
vezes, as informações necessários para a pesquisa já foram levantados –
dados secundários, ou devem ser levantados pela primeira vez – dados
primários. Nesta fase da pesquisa, cada fonte de dados deve documentado,
p.ex. por meio de ficha de levantamento registrado ou questionário numerado
para facilitar uma futura identificação.

10. Análise dos dados – A análise dos dados (numéricos ou alfanuméricos) deve-
se basear de acordo com as hipóteses e a definição do problema, que foram
formulados anteriormente. Sem esta orientação – hipótese como idéias centrais
– a pesquisa as vezes não responde as perguntas formulados, e
consequentemente não vai resolver o problema. Neste caso de acumulação de
dados sem orientação se fala de empirismo.

11. Interpretação dos dados – Esta fase é a fase mais difícil da pesquisa, porque
necessita do conhecimento dos fatos, como os fatos ocorreram e interpretar as
causalidades. Há dois métodos de interpretação: descritiva e analítica. A
análise descritiva somente interpreta os fatos observados, enquanto a
interpretação analítica investiga as causalidades, as dependências e inter-
relações entre os fatos. A interpretação necessita uma certa objetividade e não
subjetividade, isto é, ele não deve-se envolver emocionalmente com os fatos
levantados. Finalmente o pesquisador pode decidir, por exemplo, se um copo de
água é meio cheio ou meio vazio.

12. Publicação – Os resultados da pesquisa podem ser publicados num TCC,


revista, jornal, livro, disquete, CD, entrevista, palestra ou ciclo de debates, como
no caso do 1º ciclo de debates – Doutorado em Ciências Agrárias.

13. Cronograma – Todas estas fases podem ser organizadas num cronograma, que
mostra detalhadamente que fase da pesquisa está sendo executada e em que
período da pesquisa. Antes de elaborar um cronograma, deve-se estabelecer o
número dos participantes, agrupamento de equipes, destinar as tarefas de
execução a cada grupo, definir as responsabilidades, etc.

Anexo I

24
Perguntas formulados respeito ao problema / fenômeno. Aspectos vinculados:
com a situação atual do problema / fenômeno:
Quem ou o que causou o problema / fenômeno ?
Quem ou o que sofre com certa situação ?
Que situação deve ser alcançado ?
Quais são os elementos que compõem o problema / fenômeno ?
Como é a hierarquia dos elementos que compõem o problema / fenômeno?
Quem quer que o problema / fenômeno esteja resolvida ?

com o processo do problema:


Como apareceu o problema / fenômeno ?
Desde quanto existe o problema / fenômeno ?
Que elemento deve ser mudado para melhorar o problema / fenômeno ?

com o futuro do problema:


Quem sofre quando o problema / fenômeno não seja resolvida ?
Existe uma solução lógica para o problema ?
Qual é o limite do sistema do problema / fenômeno ?

com a ciência:
Existem outros trabalhos que tratam este problema / fenômeno ?
Porque precisa o meu trabalho ?
Porque a ciência quer resolver este problema / fenômeno ?
Que área da ciência trata este problema / fenômeno ?
Quais são as instituições que tratam este problema ?
Porque a ciência ainda não resolveu o problema / fenômeno ?
Há informações sobre o problema / fenômeno ?
Quais são as informações existentes sobre o problema / fenômeno ?
Porque não há informações sobre o problema / fenômeno ?
Existem teorias sobre o problema / fenômeno ?

Referencias Bibliográficas

RANIKSON, R. O que são variáveis? Disponível em: http://www.flashmasters.


com.br/?site=tutoriais&as=mostra&cat=1&id=27. Acesso em: 10 maio 2005.

ZILLI, J. E.; RUMJANEK, N. G.; XAVIER, G. R.; COUTINHO, H. L. da C.; Neves, M.


C. P. Diversidade microbiana como indicador de qualidade do solo. Cadernos de
Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 20, n. 3, p. 391-411, set./dez. 2003. Disponível em:
http://atlas.sct.embrapa.br/pdf/cct/v20/v20n3_01.pdf#search='indicador'. Acesso em:
11 maio 2005.

BRISOLLA, S. N. Resenha. VIOTTI, E. B.; MACEDO, M. de M. Indicadores da


ciência, tecnologia e inovação no Brasil, Campinas: Editora da Unicamp. Revista
Brasileira de Inovação, v. 3. nº1, p. 213-220. Disponível em:
http://www.finep.gov.br/revista_brasileira_inovacao/quinta_edicao/Resenha_

25
Indicadores%20de%20Ci%EAncia%20Tecnologia%20e%20Inova%E7%E3o%20no
%20Brasil.pdf. Acesso em: 11 maio 2005.

5. Elaboração de um projeto de pesquisa


5.1 Elaboração de uma pesquisa para a Comunidade Europeia
O Ministério da Ciência e Tecnologia publicou no 29.9.1998 um edital, que chamou
pesquisadores brasileiros e estrangeiros de participar no Projeto de Pesquisa
Dirigida, financiado pela Comunidade Europeia. Objetivo é o financiamento de
projetos de pesquisa nas áreas de geração de conhecimento voltados à
compreensão da estrutura e funcionamento dos ecossistemas amazônicos e dos
efeitos da ação antrópica sobre os processos ecossistêmicos, geração de
conhecimento cientifico tecnológicos visando o desenvolvimento e adaptação de
tecnologias e geração de conhecimento em nível sócio-cultural que permitem a
melhoria da qualidade de vida na Amazônia. Este projeto de Pesquisa Dirigida
contente quatro tópicos. Para se candidatar, houve um formulário eletrónico para
preencher com os seguintes itens.

1. Dados Cadastreis
1.1 Proponente; pessoa física ou jurídica, endereço
Universidade Federal Rural da Amazônia
1.1 Coordenador
Paula Esforçada
1.2 Endosso Institucional
Professor Visitante, Coordenador do Grupo esforço

2. Dados da proposta
2.1 Dados gerais da proposta
Titulo: SAF´s em assentamentos
Número do tópico: ver edital
Outros financiamentos: não
2.2 Proponente
2.2.1 Proponente, breve histórico sobre a área de atuação, atividades
anteriores
Universidade Federal Rural da Amazônia; a UFRA foi fundada19... Além das
Ciências Agrárias, a UFRA ensina e atua nas áreas de medicina veterinária,
Engenharia Florestal [...]. 19.. foi elaborada uma proposta para iniciar o curso
Doutorado em......
2.2.2 Unidade Executora / endossadora, área de atuação em C & T e
estrutura organizacional
Instituto de Agronomia; Doutorado em Ciências Agrárias; Sistemas Agro-
Florestais; Fluxograma
2.2.3 Descrição da infra-estrutura
Biblioteca com ... publicações; sala de informática com..., Van de transporte .
2.3 Descrição da proposta

26
2.3.1 Objetivos; descrição dos objetivos e específicos
Gerais: A presente pesquisa pretende analisar o mercado de frutas..
Específicos: analisar o potencial no mercado domestica e internacional
2.3.2 Justificativas
Observa-se um consumo crescente de frutas...
2.3.3 Metodologia
Amostragem com 400 consumidores; entrevistas; internet; B2C
2.3.4 Enquadramento no Edital
Agricultura Familiar
2.3.5 Resumo da Proposta
2.4 Indicadores
2.4.1 Indicadores de desempenho; indicadores que servem de base para
acompanhamento das metas do projeto
Quatro publicações no 1º ano, dois publicações em 2º ano; reunião mensal
com....; anualmente dois reuniões com a Associação...
2.4.2 Indicadores de impacto; indicadores que informam sobre os impactos
futuros do projeto
Diferença agricultores antes e depois do projeto que praticam SAF; produção
ano x e produção ano x+n
2.4.3 Outras informações para o julgamento
Pesquisa serve como base para a criação de um novo curos

3. Curriculum Vitae
3.1 Identificação
3.1 Cursos realizados
3.2 Publicações

4. Composição da equipe
Nome, titulação máxima, ano e pais de obtenção do diploma, tarefas no projeto,
instituição de origem
Paula: colheita de dados na comunidade I, codificação dos dados, etc.
Paulo: elaboração do amostra, digitação dos dados, etc.
Alfonso: levantamento bibliográfico, fluxograma da pesquisa, controle, etc.

5. Orçamento
5.1 Diárias; finalidade e total; 1., 2. e 3. parcela
diárias finalidade R$ total 1. 2. 3.
03 Preparação da visita 150,00 150,00 0,00 0,00
Assentamento Arapuã-
Simeira
10 visita do assentamento 500,00 250,00 250,00 0,00
Arapuã-Simeira

27
03 Preparação da visita 150,00 150,00 0,00 0,00
do assentamento
Paragonorte

5.2 Material de consumo, descrição e total, 1., 2. e 3. parcela


descrição quantidade R$ total 1. 2. 3.
Bloco de papel A4 8 120,00 120,00 0,00 0,00
Caneta 60 48,00 48,00 0,00 0,00
Pastas escolares 06 90,00 90,00 0,00 0,00
Caixa de disquetes 10 72,00 72,00 0,00 0,00
Publicação 10 150,00 0,00 0,00 150,00

5.3 Passagens; finalidade e total, 1., 2. e 3. parcela


finalidade quantidade R$ total 1. 2. 3.
Preparação visita
Assentamento Arapuã-
Simeira
Belém-Castanhal-Nova
Esperança do Piriá-
Arapuã-Simeira 1 32,00 0,00 0,00 0,00
Arapuã-Simeira-Nova
Esperança do Piriá-
Castanhal-Belém 1 32,00 0,00 0,00 0,00
Preparação visita...

5.4 Serviços de terceiros


5.4.1 Pessoa física, descrição, 1., 2. e 3. parcela
pessoa física descrição 1. 2. 3.
Ana Paula colaborador local em Nova
Esperança do Piria,
preparação da visita no
assentamento Arapuã-Simeira 100,00 100,00 0,00
Irene colaborador local em
Paragonorte-CAIP,
preparação da visita no
assentamento Arapuã-Simeira 100,00 100,000,00ão
5.4.2 Pessoa jurídica, descrição, 1., 2. e 3. parcela
pessoa jurídica descrição 1. 2. 3.
Editora da UFRA Correção, normatização e
Publicação do livro 0,00 0,00 6.000,00

5.5 Equipamento
5.5.1 Equipamento nacional; especificação, modelo, fabricante, quantidade,
custo por unidade, custos totais, 1., 2. e 3. parcela
especificação modelo fabricante quantidade custo por custo 1.parcela ..
. unidade total

28
computador celeron N.N.
40 GB 01 1.513,00 1.513,00 1.513,00

5.5.2 Equipamento importado; especificação, modelo, fabricante,


quantidade,
custo por unidade, custos totais, 1., 2. e 3. parcela
especificação modelo fabricante quantidade custo por custo 1.parcela.
. unidade total
osmométricor OM 801 Vogel 01 15.850,00 15.850,00 15.850,00

5.6 Material Permanente


5.6.1 Material permanente nacional; especificação, finalidade, quantidade,
custo unidade, custo total, 1., 2. e 3. parcela
especificação finalidade quantidade custo por custo 1. 2. 3...
. unidade total parcela
gravador entrevistas 01 124,00 124,00 124,00
com os
agricultores
5.6.2 Material permanente importado; especificação, finalidade, quantidade,
custo unidade, custo total, 1., 2. e 3. parcela
especificação finalidade quantidade custo por custo 1. 2. 3...
. unidade total parcela
imagens levantamento 01 80,00 80,00 80,00 0,00 0,00
NASA-SPOT áreas plantadas
com cupuaçu

6. Metas; tempo de execução (cronograma)


6.1 Metas técnicas
6.2 Situação atual
6.3 Situação pretendida

Dependendo do órgão financiador, dentro do orçamento há também a especificação


a) Custeio:
– material de consumo, componentes e/ou peças de reposição de
equipamentos, software, instalação, recuperação e manutenção de
equipamentos;
– passagens e diárias (de acordo com a Tabelas de Valores de Diárias para
Auxílios Individuais e Bolsas de Curta Duração);
– serviços de terceiros (pessoa física ou jurídica) – pagamento integral ou
parcial de contratos de manutenção e serviços de terceiros, pessoa física
ou jurídica, de caráter eventual;
– realização de eventos;

b) Capital
– equipamento

29
– material permanente
Alguns editais estão exigindo uma contrapartida do proponente na forma de
recursos, financeiros ou não, tais como: pessoal técnico, bens (de laboratório) e
serviços (análise imagens de satélite), desde que sejam economicamente
mensuráveis e demonstráveis.

5.2 Plano de pesquisa segundo PIBIC


1. Introdução
2. Objetivo
3. Justificativa
4. Metodologia
5. Atividades Programadas

6. Avaliação de uma pesquisa

roteiro estruturado – tem a função de auxiliar ao examinador e permitir uma discussão


objetiva

avaliação – avaliação da qualidade de uma tese

– é consenso de um projeto planejado para gerar resultados verdadeiros

– análise de um conjunto de itens no planejamento e arrojo de uma


pesquisa que reflete a validade de um fenômeno

– escalas de validade de avaliação

A ordem dos itens segue a seqüência de aparecimento na tese e os itens a


serem avaliados:

1. Título
2. Dados gerais
3. Resumo
4. Introdução
5. Revisão da literatura
6. Discussão
7. Métodos
8. Resultados
9. Conclusão
10. Referências
11. Anexos

O Roteiro

1. Título: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


1.1. Reflete o conteúdo?
1.2. As palavras utilizadas são apropriadas?

30
2. Dados gerais: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.
2.1 oi explicitado algum conflito de interesse existente?
2.2 Foram indicadas as fontes de financiamento para a pesquisa?

3. Resumo: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


3.1 O resumo é estruturado, semi-estruturado ou não-estruturado?
3.2. O resumo contém todos os itens necessários e de forma adequada?

4. Introdução: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


4.1 Qual é o problema que está sendo respondido?
4.2 Por que foi necessária a realização da pesquisa?
4.3 Existe uma ou mais revisões sistemáticas do assunto?
4.4 Como serão utilizados os resultados desta pesquisa?
4.5 Quais são as principais perguntas que serão respondidas?
4.6 Existiam hipóteses a serem testadas? As hipóteses foram explicitadas?

5. Revisão da literatura: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


5.1 Foram esquecidos artigos históricos ou clássicos?
5.2 Foi obedecida uma cronologia?
5.3 Qual o estilo adotado?

6. Discussão: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


6.1 Foram enfatizado os principais resultados?
62 Foram discutidas as limitações do estudo?
6.3 Foram discutidos as forças e fraquezas em relação a outros estudos,
discutindo as diferenças entre os estudos?
6.4 Qual o significado do estudo? Possíveis mecanismos e aplicação?
6.5 Quais são as perguntas não respondidas e as pesquisas futuras?
6.6 A discussão não repete meramente os resultados?

7. Métodos: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


7.1 Qual foi o tipo de estudo utilizado?
7.2 Qual foi o local onde foi realizada a pesquisa (Quais os centros envolvidos)?
7.3 Qual a amostra utilizada no estudo?
7.4 Quais foram os critérios de inclusão adotados?
7.5 Quais foram os critérios de exclusão adotados?
7.6 Quais foram os procedimentos utilizados?
7.7 Qual principal procedimento utilizado no estudo (Intervenção, teste
diagnóstico ou exposição) ?
7.8 Quais as variáveis estudadas?
7.9 Qual a definição de cada variável?
7.10 Como foram mensuradas?
7.11 Quem as mensurou?
7.12 Quando foram mensuradas?
7.13 Como foi descrito o método estatístico?
7.14 Foi calculado o tamanho da amostra?
7.15 Foram apresentados os detalhes de como foi realizada a análise estatística?
7.16 Quais são as variáveis analisadas?
7.17 Quais são as hipóteses estatísticas?
7.18 Quais os testes estatísticos utilizados?

31
7.19 Foi planejada alguma análise de subgrupo?
7.20 Qual o programa de computador utilizado?
7.21 Foi realizada análise econômica dos resultados?
7.22 Foi elaborado um manual do pesquisador
7.23 Foi mostrado o modelo de formulário / questionário ?
7.24 São todos os métodos válidos no estudo deste problema?
7.25 Verifique a seqüência das afirmações da metodologia. Podem os métodos
ser subdivididos para maior clareza?

8. Resultados: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


8.1 Quando foi iniciada e terminada a pesquisa?
8.2 Quando tempo demorou o recrutamento?
8.3 Foram descritos desvios do projeto?
8.4 Foi apresentado um organograma, etapas e cronograma da pesquisa ?
8.5 As variáveis estudadas
8.6 As variáveis são apresentadas de forma apropriada?
8.7 As tabelas, gráficos, quadros e figuras são necessários e adequados?
8.8 Os títulos a as legendas descrevem adequadamente o conteúdo?
8.9 São os títulos e subtítulos das colunas precisos?
8.10 Os dados estão organizados para facilitar as comparações a interpretações?
 
9. Conclusões: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.
9.1 Estão adequadas e corretas? (Estão de acordo com os objetivos? Estão de
acordo com os métodos? Estão de acordo com os resultados?)

10. Referências: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


10.1 Qual o estilo adotado?
10.2 O mesmo estilo foi utilizado em toda a tese?

11. Anexos: Ótimo; Bom; Regular; Ruim; Péssimo.


11.1 Foram apresentados os dados individuais?
11.2 Os anexos são relevantes?

Além dos itens acima apresentados existem ao menos cinco itens que são
fundamentais serem respondidos para determinar a qualidade da tese.

a) Os erros ortográficos e de concordância são acidentais?


b) O estilo de redação é direto, claro e objetivo?
c) A seqüência de raciocínio utilizado é lógica e faz sentido?
d) Com que profundidade o tema é abordado?
e) O que dizem as entrelinhas?

7. Amostragem e representatividade
7.1 A representatividade de uma pesquisa
Representatividade é um termo relativo e um critério da qualidade de uma pesquisa
quantitativa. Por que pesquisa quantitativa trabalha com dados levantados,
representatividade é um critério destes dados levantados. Representatividade
descreve a relação matemática entre amostra e o universo definido. Há
representatividade quando as características do universo estão conforme com as

32
características obtidos com a amostra. Na pesquisa qualitativa, p.ex. pesquisa
teórica ou pesquisa ação, tanto na pesquisa exploratória, que pode ter caracter
quantitativo, o critério da representatividade não é o único relevante e além desse
critério se aceita outros critérios de avaliação. Wallis e Roberts (1959, p. 280)
mostram o problema da representatividade do ponto de vista da pesquisa qualitativa:

É impossível garantir uma seleção de um amostra que será representativo


respeito das características do universo quando não se conhece estas
características antes. (trad. WALLIS e ROBERTS, 1959, p. 280).

Uma amostra, que levanta indicadores sócio-econômicos segundo as três variáveis


renda, idade, escolaridade, só pode ser representativo para estas variáveis, mas não
representa o universo em todo 6, que está caracterizado por n variáveis. Isso quer
dizer, que um amostra representativo é um termo metódico-operacional. Esta
representatividade é baseada em critérios de aproximação, definido pelo erro
amostral e grau de confiança. Mas isso significa também, que não se pode definir, a
partir de que ponto ainda se pode falar em representatividade (grau de confiança de
95%, 60%, 40%, etc).

7.1.1 Representatividade nas Ciências Humanas


Nas ciências humanas se fala em vários tipos de representatividade. A
representatividade decretada baseia-se em critérios estabelecidos em leis.
Exemplos são a EMBRAPA na área de pesquisa agropecuária, a SUDAM-na área
de planejamento regional ou a BASA na área de financiamentos para Amazônia.

Nas ciências políticas se fala de representatividade aclamada por meio de voto


popular, baseado em eleições, p.ex. de um deputado, vereador, presidente, etc. Em
sistemas políticos com representações políticos diferentes, p.ex. eleição de partidos,
nem necessariamente o governo representa o voto da população.

A representatividade derivada ocorre por meio de um processo histórico e


evolucionário, em quais se estabelecem centrais por meio de derivação. Exemplo
são a CUT, a FIEPA, a CONTAG, etc.

6
Em todo quer dizer em sua complexidade sistêmica.

33
R e p r e s e n t a tiv id a d e
d e r iv a d a

E le m e n to s (o b je to s )
c e n t r a is (p .e x . e s ta d u a is )

E le m e n to s (o b je to s )
in te rm e d iá rio s
(p .e x . r e g io n a is )

E le m e n to s (o b je to s )
b á s ic o s

Gráfico 9: Representatividade derivada

A representatividade lingüística analisa, entre outros, a representatividade de


palavras usadas na linguagem (freqüência do palavra, posição na frase, etc.).
Entretanto, a representatividade de um palavra numa certa posição dentro de uma
frase não garanta, que na próxima frase este palavra novamente se encontra na
mesmo posição, porque o texto tem um outro contexto.

Na representatividade etnográfica não são os valores das características ou


variáveis (p.ex. renda, área plantada, área da propriedade, etc.) que representam
um grupo, mas o texto escrito (contexto) em que ocorrem estes variáveis
representam um grupo social.

7.1.2 Representatividade nas Ciências Exatas

No sistema abiótica (solo, água, clima) o termo amostra se usa para caracterizar
uma retirada de unidade do objeto. Uma estratégia comum é a coleta de amostras
de diferentes tipos de solo, água, clima, etc. em diferentes ambientes, para
comparação das características apontadas. Entretanto, ou contrário das ciências
humanas com limites estabelecidos a base de decisões humanas como área urbana,
área municipal, território estadual, etc. uma divisão natural do sistema abiótica
quase não tem limites, isto é, tem universo infinito. Além disso, enquanto nas
ciências humanas o portador das características, o humano, é absoluto, as vezes a
ciência natural não consegue vincular as características a uma objeto só, porque é
continuo (solo, água, clima). Isso quer dizer, que não se pode estabelecer, se deve
tirar uma amostra a cada 1m, 2m, 3m, etc. no caso de análise de solo, água ou
clima. Para fugir da necessidade de estabelecer os critérios da seleção das
amostras, se faz pesquisas exploratórias.

No sistema biótica, os seres vivos de um ambiente, se pode vincular as


características quais se pretende medir, á um objeto (minhoca, arvore, ave, bactéria,
etc.). Entretanto, se repete o problema, que os seres vivos são infinitos e não
caracterizados por limites, pelo qual a ciência natural delimita a pesquisa

34
espacialmente (matas de Vizeu, campo experimental de Igarapé-Açú, minhocas na
terra firme, etc.).

No caso de experimentos, se fala de amostras experimentais.

Como exemplo do uso do termo representatividade nas ciências naturais pode-se


citar o problema de regiões representativas, como p.ex. no programa PELD
(Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração), cuja finalidade é consolidar
pesquisas em regiões especiais representativas.

Para identificar representantes de espécies em extensão, Rabinowitz et. al. (1986)


usaram combinações de três variáveis: extensão da distribuição geográfica,
especificidade de hábitat, e tamanho populacional. Isso significa, que o uso de
quatro ou mais variáveis tivesse trazido outra representatividade.

7.2 Amostragem
População ou universo na pesquisa, são todos os casas que se referem algum
conjunto de fenômeno. Desta maneira, podemos definir todos os arvores de uma
mata, todas as casas numa rua ou bairro, todas as propriedades num município,
toda as plantações de muruci ou todos os alunos da escola como universo ou
população da pesquisa. Um membro de uma população ou universo (arvore, casa,
propriedade, plantação, aluno, etc.) é denominado elemento. Dentro do universo,
podemos indicar todos os arvores de maçaranduba, todas as casas com mais de um
andar, todos as propriedades com mais 50 ha, todas as plantações de muruci com
menos de 1 ano de idade ou os alunos do sexo feminino como subpopulação ou
estrato da pesquisa.

Normalmente deseja-se saber como certas características dos elementos (por ex.
altura do arvore, número de salas, população média, idade média, quantidade de
maçarandubas, etc.) estão distribuídas na população ou universo. Um
recenseamento ou censo é uma contagem de todos os elementos segundo esta
característica. Normalmente não se faz um recenseamento total, isto é, um
levantamento de todos os elementos do universo, se usa só um grupo dos
elementos do universo, uma amostra que seja representativa para o universo. A
amostra é obtida por uma técnica específica de amostragem. Há duas divisões no
processo de amostragem: a amostragem probabilística' e a amostragem não-
probabilística.

7.2.1 Amostragem Probabilística


As técnicas de amostragem probabilística, ou aleatórias ou ao acaso,
desenvolveram se a partir da década de trinta e possuem rigor científico. Sua
característica é poder ser submetida a tratamento estatístico, que permite
compensar erros amostrais e aumentar a representatividade e significância da
amostra.

35
7.2.1.1 Aleatória simples
A amostra aleatória simples consiste em que cada membro da população ou
universo, tem a mesma chance ou probabilidade de ser escolhido. Um exemplo:
um pesquisador deseja fazer uma pesquisa sobre a situação sócio-economica das
famílias de uma cidade. Suponha-se que o pesquisador abre a lista telefônica e
escolhe "n" números de famílias que ele vai entrevistar. Neste caso, ele não tomou
como base o universo de todas as casas, mas somente as casas onde há telefone,
isto é, nem todas as casas tinham a probabilidade de serem escolhidas. Uma
técnica de aleatória simples é por exemplo, quando o pesquisador numera todas as
casas da cidade, coloca os números numa urna e escolhe "n" números de casas.
Neste caso, cada casa tem a probabilidade de ser escolhida.
Normalmente, no processo de amostragem aleatória simples, se utiliza uma tabela
de números aleatórios, obtida através de computadores, com complexa
programação, baseando-se em cálculos matemáticos, para que não se consegue
detectar uma regra na seqüência dos números. Estes números são organizados em
linhas e colunas por várias paginas.

Tabela 2: Números aleatórios

10 09 73 25 32 76 52 01 33 36 34 67 35 48 76 80 96 90 91 17
37 54 20 48 05 64 89 47 42 96 24 30 52 40 37 20 63 61 04 02
08 42 26 89 53 19 64 50 93 08 23 20 90 25 60 15 95 33 47 64
99 01 90 25 29 09 37 67 07 15 38 31 13 11 65 88 87 67 43 97
12 80 79 99 70 80 15 73 61 47 64 03 23 66 53 98 95 11 68 77

66 08 57 47 17 34 07 27 68 50 36 69 73 61 70 65 81 33 98 85
31 06 01 08 05 45 57 18 24 06 35 30 34 26 14 86 79 90 74 39
85 29 97 78 02 02 05 16 58 92 68 66 57 48 18 73 05 38 53 47
83 57 33 21 35 05 32 54 70 48 90 55 35 75 48 28 48 82 87 09

73 79 64 57 53 03 52 96 47 78 35 80 83 42 82 60 93 52 03 44
48 52 01 77 67 14 90 58 86 07 22 10 94 05 58 60 97 09 34 33
11 80 30 54 31 30 80 82 77 32 50 72 58 82 48 29 40 52 42 01
63 45 29 96 34 06 28 89 80 83 13 74 67 00 78 18 47 54 06 10
69 68 34 02 00 86 50 75 94 01 36 76 66 79 51 90 36 47 64 93
79 59 46 73 48 87 51 76 49 69 91 82 60 89 28 93 78 56 13 68

68 48 11 76 74 17 46 85 09 50 58 04 77 69 74 73 03 95 71 86
30 12 43 58 35 17 72 70 80 15 45 31 82 23 74 21 11 57 82 53
74 35 09 98 17 77 40 27 72 14 43 23 60 02 10 45 52 16 42 37
69 91 62 68 03 66 25 22 91 48 36 93 68 72 03 76 62 11 39 90
09 39 32 05 05 14 22 56 85 14 46 42 73 67 88 96 29 77 88 22

91 49 91 45 23 68 47 92 77 86 46 16 28 35 54 94 75 08 99 23
80 33 69 45 98 26 94 03 68 58 70 29 73 41 35 53 14 03 33 40
44 10 48 19 49 85 13 74 79 54 32 97 92 65 75 57 60 04 08 81
12 55 07 37 42 11 10 00 20 40 12 88 07 46 97 96 64 48 94 39
62 80 64 93 29 16 50 53 44 84 40 21 95 25 63 43 65 17 70 82

36
0 procedimento que se deve ter é numerar todos os elementos do universo, dando a
cada um deles um número. A seguir, utiliza-se a tabela de números aleatórios, e
seleciona-se os elementos a serem pesquisados. Exemplificando, uma universidade
com 2.000 estudantes pretende entrevistar "n" estudantes com a finalidade de obter
informações sobre a qualidade dos cursos. Depois da numeração de todos os
estudantes (lista da matricula) de 1 a 2.000, escolhe-se um ponto na tabela, que
pode ser qualquer um, a partir de onde começa a seleção. Esta deve conter grupos
de quatro algarismos, em função do número de 2.000 estudantes. No caso, inicia-se
na coluna e indo de cima para baixo (ou à direita). Sem levar em consideração os
números superiores a 2.000, seleciona-se os estudantes com os números de 1009,
842, 1280, 1180, 939, 1255, 1347, 1347, 1964, 937, etc.

Outro exemplo: um pesquisador pretende fazer um levantamento numa vila do


interior, onde ha, segundo a SUCAM, 234 casas, e o pesquisador quer fazer este
levantamento em n casas. Ele numera todas as casas, e de acordo com a tabela,
escolhe as casas com os números 100, 84, 128, 118, 125, 134, etc.

7.2.1.2 Amostragem sistemática

Como na amostra simples, na amostragem sistemática deve se ordenar, de forma


tal que cada elemento seja identificável. É necessário, que o ordenamento dos
elementos ou suas características não dependa não possui relação com a seqüência
da seleção dos elementos por meio de um número, que ser analisado, isto é, o
número fica independente do elemento. Por exemplo, o mês do nascimento de um
funcionário de uma fabrica não esta dependente do salário dele, o objeto da
pesquisa, ou o nome familiar de uma pessoa não depende do número de filhos.

Depois da numeração, por exemplo, numeração das ruas de um bairro ou cidade,


escolhe-se aleatoriamente um número entre 1 e 10, digamos 4, e a seguir, pode-se
escolher cada 4ª. rua do bairro e lá quada 4ª casa para a amostra, ate ser escolhido
o número "n" necessário.

Outro método é a escolha da amostra através da data de nascimento. Supunha-se


que num levantamento queremos analisar 100 pessoas, podemos escolher cada
pessoa, cuja data de nascimento caia no mês de fevereiro, em junho, ou setembro,
até termos um número suficiente de pessoas selecionadas para a amostra.

Outro método e a escolha através do nome, isto é, cada pessoa, cujo nome começa
com B, ou T, ou L entra na amostra.

7.2.1.3 Amostragem aleatória de múltiplo estágio

Numa amostra aleatória de múltiplo estágio deve-se dividir o universo em várias


subpopulações ou sub-universos. De cada subpopulação, escolhe-se a amostra
através da amostragem aleatória simples ou aleatória sistemática. Como na amostra
simples, deve-se conhecer o número total dos elementos do universo ou população.

37
Exemplificando, a prefeitura pretende fazer um levantamento na população, para
saber, se a população esta satisfeita com o serviço básico do município. Têm-se três
etapas no processo da escolha da amostra: a) seleção dos bairros via amostra
slmples, b) seleção das ruas por cada bairro via amostra simples, c) seleção dos
domicílios em cada rua através da amostra simples ou amostra sistemática.

7.2.1.4 Amostragem por área

Amostragem por área se faz, entre outros, quando não se conhece a totalidade dos
componentes do universo. Essa situação se tem em áreas periféricas das cidades
ou áreas rurais.

Para a divisão da área, podem ser utilizados quadrados, limites administrativos,


limites dos distritos, limites dos bairros, zonas eleitorais, etc. As áreas são sorteadas
de forma aleatória, e dentro delas, escolhidas aleatoriamente os elementos do
universo.

1 2 3 4 5 6

1 B R 00x
4 ª a m o s tra

1 ª a m o s tra
2
3 ª a m o s tra

Á r e a ( m u n ic íp io , flo r e s t a ,
4 á r e a d e c o n s e rv a ç ã o , e tc .) 5 ª a m o s tra

2 ª a m o s tra
5

Ri
o Bon
ito
6

Gráfico 10: amostragem por área

7.2.1.5 Amostragem por conglomerado ou concentração


O nome já indica que os elementos que serão pesquisados, se encontram em
grupos ou concentrações. Elementos concentrados encontram-se em escolas
(elemento aluno), empresas (elemento operário), clubes (elemento participante),
assentamento (elemento assentado), comunidade agrícola (elemento agricultor), etc.
O único que se exige é que os elementos pertençam verdadeiramente a um e
apenas um conglomerado ou grupo, isto é, os estudantes de uma escola não podem

38
estar matriculados em duas escolas ao mesmo tempo, assentados não podem estar
assentados em duas assentamentos, etc. Quando se encontra na escola um
elemento, que pertence a um outro grupo, por ex., aluno que visita uma amiga nesta
escola e que é incluído no amostra, a pesquisa não é valido, porque o aluno não
pertence ao este grupo.

7.2.2 Amostragem não-probabilística


A característica principal das técnicas de amostragem não-probabilística é que não
fazem uso de formas aleatórias de seleção, isto é, critérios objetivos, mas usam
critérios subjetivos. Mesmo tratado com procedimentos estatísticos, os dados
levantados com estes tipos não possuem representatividade estatística. Além do
mais, porque não tem representatividade estatística, não se precisa-se calcular um
número de elementos mínimo para a amostra.

7.2.2.1 Amostra Intencional


Como o próprio nome indica, escolhe-se os elementos da pesquisa, segundo uma
intenção, baseado em critério subjetivos. Por exemplo, num levantamento numa vila
do interior, que é escolhida segundo a intenção do pesquisador, assim como os
números dos entrevistados, mesmo que a escolha desses entrevistados se realize
segundo a técnica da amostra aleatória simples, os resultados não são
representativos para outras vilas, porque a vila teria sido escolhida segundo critérios
subjetivos. Os resultados obtidos por meio de uma amostra intencional não se pode
generalizar os resultados, que não são representativos.

7.2.2.2 Amostra por quotas


A técnica náo-probabilistica mais utilizada é a técnica por quotas. A amostragem por
quotas pressupõe três etapas: 1. classificação da população segundo
características, por exemplo sexo, idade, moradia; 2. construção de um cruzamento
da população; 3. fixação de quotas para cada entrevistador.

39
q u o ta - q u o ta - q u o ta - q u o ta -
v a r iá v e l a m o s tra v a r iá v e l a m o s tra v a r iá v e l a m o s tra v a r iá v e l a m o s tra

sexo id a d e zona E s ta d o c iv il
s o lt e ir o 1 %
16 - 25 ru ra l 2 % casado 1 %
7 % u rb a n o s o lt e ir o 4 %
5 %
casado 1 %
s o lte ir o 1 %
25 - 45 19 % ru ra l 9 % casado 8 %
u rb a n o 10 % s o lte ir o 4 %
f e m in in o 52 % casado 6 %
s o lt e ir o 1 %
45 - 65 ru ra l 5 % casado 4 %
15 % u rb a n o 15 % s o lt e ir o 4 %
casado 11 %

ru ra l 5 % s o lt e ir o 1 %
> 65 7 % casado 4 %
u rb a n o 2 % s o lt e ir o 1 %
casado 1 %

s o lt e ir o 1 %
16 - 25 ru ra l 1 % casado 0 %
7 % u rb a n o 6 % s o lt e ir o 4 %
casado 2 %
s o lt e ir o 1 %
25 - 45 ru ra l 11 % casado 10 %
21% s o lt e ir o 4 %
u rb a n o 10 %
m a s c u lin o 4 8 % casado 6 %
s o lt e ir o 0 %
45 - 65 ru ra l 12 % casado 12 %
15 % 3 %
u rb a n o s o lt e ir o 1 %
casado 2 %

ru ra l 4 % s o lt e ir o 0 %
> 65 5 % casado 4 %
u rb a n o 1 % s o lt e ir o 1 %
casado 0 %
Gráfico 11: Amostragem por quotas

Este método exige que o pesquisador possua dados sobre a população, ex. dados
sobre a idade, sexo, relação campo-cidade, classe econômica, etc.

7.3 O tamanho da amostra


A idéia da amostra consiste em que uma pequena parte do universo mostre a
realidade de todo o universo. A idéia se justifica pela lei dos grandes números. Esta
idéia ou teoria consiste em que o valor de uma característica medida pela amostra,
cada vez mais se aproxima do valor real do universo, quanto maior é o universo.
Isso significa para a pesquisa estatística, que um valor calculado através da
amostra, se desvia apenas um pouco do valor real, quando a amostra possui pelo
menos um número mínimo de elementos.

A exatidão dos resultados da amostra depende menos do tamanho do universo, do


que do tamanho da amostra, o que significa dizer que não importa, se o universo
possui 50.000, 100.000 ou 1.000.000 elementos. O valor calculado pela amostra,
digamos, por exemplo, a idade média dos moradores de uma cidade, possui um
desvio do valor real da idade da população total. A exatidão é indicada pelo valor do

40
erro amostral. Como não se sabe o valor verdadeiro do universo, nós queremos
levantar, se pode calcular somente o valor da exatidão da amostra.

Suponhamos que a idade média da população de uma cidade de 1.000.000 de


habitantes é 51 anos (valor não conhecido, que nós queremos levantar). Pela
amostra de um grupo de 300 pessoas, que foram entrevistadas, se obtém o valor
médio da idade de 49 anos, ha um desvio de 2 anos de idade (ou uma tolerância de
2 anos de idade para acima ou baixo) entre o valor da amostra e valor real (que não
se conhece). Quando se realiza novamente uma amostra aleatória simples e se
obtém como valor da idade média 47 anos, pode-se dizer que a idade média dos
1.000.000 de habitantes varia "mais ou menos" entre 47 anos e 49 anos. Ao se fazer
novamente uma amostra, e o valor agora obtido é de 53 anos, pode se dizer, que a
idade média verdadeira varia "mais ou menos" entre 47 anos e 53 anos.

Na estatística há a possibilidade de se calcular quanto por cento (%) pode variar o


valor calculado pela amostra em relação ao valor verdadeiro da população, que não
se sabe, mas que você quer levantar, isto é, você pode definir a tolerância, por
exemplo: o valor calculado pela amostra pode variar de 5%, 2,5% ou só 1,25 % do
valor real. Este valor se chama variância ou desvio padrão. Normalmente não se
sabe, como certas características (idade, renda, opinião) estão distribuídas no
universo. Mas pode-se calcular o caso mais simples, isto é, 50 % dos casos estão
distribuídos acima e 50 % estão distribuídos abaixo do valor real.

Na estatística interessa saber com que grau de segurança você pode dizer, que o
valor obtido pela amostra contém o valor real ou valor verdadeiro da população. A
expressão grau de confiança de 95 % significa que 95 % dos valores não medidas
do universo obtém o mesmo valor como do amostra, dentro de um certo grau de
tolerância (erro). Na amostra você pode definir o grau de confiança e a tolerância.
Para definir quantas pessoas você precisa entrevistar, para saber o valor real da
população total, você usa a seguinte fórmula para universos finitos:

z = grau de confiança
z² * N * p (100 – p) α = erro amostral / tolerança
n= N = número dos elementos
z² * p (100 – P) + α² (n-1) do universo
p = percentagem com a qual a
caraterística / atributo pode
aparecer

Esta fórmula se usa quando os elementos (N) do universo são definidos, isto é,
quando o universo é pequeno. Para um nível de confiança de 95 %, se usa o valor
para z = 1.96 da tabela da distribuição normal. Quando se deseja aumentar o grau
de confiança, digamos para 98 %, o valor é, segundo a tabela igual a z = 2.33. Para
o grau de confiança de 99 % o valor a z = 2.58. Mas estes graus de confiança
aumentam consideravelmente o número "n" da amostra, quer dizer, é necessário
pesquisar muito mais pessoas na entrevista.

41
z2 z2 z1
p o s iç ã o d o
v a lo r m é d ia
n o u n iv e rs o

9 0 % d o s v a lo r e s d a a m o s t r a e s t ã o d is tr ib u í d o s e m t o r n o d o v a lo r m é d ia v e r d a d e ir o z = 1 ,6 4 4 9

9 5 % d o s v a lo r e s d a a m o s t r a e s t ã o d is tr ib u í d o s e m t o r n o d o v a lo r m é d ia v e r d a d e ir o z = 1 ,9 6 0 0

9 8 % d o s v a lo r e s d a a m o s t r a e s t ã o d is tr ib u í d o s e m t o r n o d o v a lo r m é d ia v e r d a d e ir o z = 2 ,2 4 1 4

Gráfico 12: Distribuição normal e grau de confiança

Um exemplo: digamos, uma pesquisa pretende levantar o consumo médio de açai


por morador numa cidade de 100.000 habitantes. Não se conhece o percentual dos
consumidores de açai no total da população, para que se supõe que 50 %
consomem e 50 % não consomem (distribuição das caraterísticas). O grau de
confiança seja 95 % (z = 1,96). O erro amostral é 10 %, ou seja, quando um
consumidor em média consome 0,5 litros de açai por dia (valor que não se sabe), o
valor levantado pelo amostra pode ser 0,55 ou 0,45 litros. Segundo a formula se
calcula

1,962 * 100.000 * 50 (100 - 50) 960.400.000


n= = = 96
1,962 * 50 (100 - 50) + 102 (100.000-1) 9604 + 9.999.900

habitantes, que devem representar a amostra. Quando se aumenta o erro amostral


para 20 %, calcula-se somente n = 24. No caso de um erro amostral de 5 %, o
número de pessoas pesquisadas aumenta para 383. No caso de um erro amostral
de 10 %, mas grau de confiança de 98 %, necessita-se pesquisar 125 pessoas.
Estes exemplos mostram, que é principalmente o erro amostral que aumenta
significante o tamanho da amostra.

42
No primeiro exemplo suponho-se que não se sabe o percentual dos consumidores
de açai. Quando a distribuição das caraterísticas é conhecido, p.ex. 30 % da
população consume e 70 % não, e com um erro amostral de 10 % e grau de
confiança de 95 %, calcula-se

1,962 * 100.000 * 30 (100 - 30) 806736000


n= = = 81
2 2
1,96 * 30 (100 - 30) + 10 (100.000-1) 8067 + 9.999.900

Para um universo infinita, isto é, não se sabe o universo, usa-se a fórmula

z² * p (100 – p)
n=
α²

Caso, se pretende levantar a diâmetro média dos arvores de uma reserva, não se
sabe o número deles, porque é um universo infinito. O erro amostral seja distribuído
2,5 % para acima ou 2,5 % para abaixo do valor verdadeiro (que não se sabe) e o
grau de confiança seja 98 %. Se calcula

2,24² * 50 (100 – p) 12544


n= = = 502
5² 25

Quanto se quer reduzir o grau de confiança para 95 % com z = 1,96, a amostra


diminuo para 384 elementos, que entram na amostra.

Os valores z mostram o valor da tabela distribuição normal. Além disso, há a tabela


da distribuição t-student, cujos valores são mais altos, isto é, o número de elementos
a serem pesquisados aumenta.

Bibliografia

WALLIS, W. A.; ROBERTS, H. V. Methoden der Statistik. Ein neuer Weg zu ihrem
Verständnis. Freiburg, 1959.

RABINOWITZ, D.; CAIRNS, S.; DILLON, T. Seven forms of rarity and their frequency
in the flora of the British Isles. In: SOULÉ, M. E. (editor). Conservation Biology: the
science of scarcity and diversity. Sunderland: Sinauer Associates (Massachussets),
1986. p. 95-114. Disponível em: http://www.unb.br/ib/zoo/docente/rbcav/rb-
artig/repres.pdf#search='representatividade nas ciências naturais'. Acesso em: 24
maio 2005.

43
BRAZ, V. S.; CAVALCANTI, R. B. A representatividade de áreas protegidas do DF
na conservação da avifauna do Cerrado. Disponível em: http://www.unb.br/
ib/zoo/docente/rbcav/rb-artig/repres.pdf#search='representatividade nas ciências
naturais. Acesso em: 24 maio 2005.

8. Elaboração da monografia

Trabalhos científicos podem ser publicados numa monografia, revista cientifica,


revista, cd-rom, anais, jornais, revista electrónica, homepage no Internet,
capitulo num livro ou num livro. Durante a elaboração, o autor faz referências
bibliográficas de outros autores. Desde a fase de sua construção, o trabalho
bibliográfico de uma monográfico necessita operações delicadas e difíceis para o
pesquisador por ter que atentar para normas de documentação, requisitos de
comunicação, de lógica e até de estilo. Vale lembrar, que a apresentação e estilo
bibliográfico é cartão postal de um trabalho, e uns leitores abrem primeiro a
bibliografia antes começam ler o conteudo.

A origem histórica da palavra MONOGRAFIA vem da especificação, ou seja a


redução da abordagem a um só assunto, a um só problema (projeto de pesquisa).
Seu sentido etimológico significa: mónos (um só) e graphein (escrever), o que quer
dizer, que o autor faz disserção (dissertação) a respeito de um assunto único. Não
há uma norma sobre a organização de uma monografia, mas pode ser organizado
em

capa d o rs o capa 1 P a g in a d e d e d ic a t ó r ia

N o m e d a in s t it u iç ã o N o m e d a in s t it u iç ã o P a r a m in h a ...
A u to r
T IT U L O
H á tã o p o u c o c e m
A u to r M o n o g r a f ia N o m e d o c u rs o p o r c e n to v e rd a d e
a p re s e n ta d o
T í t u lo d a m o n o g r a f ia c o m o c e m p o r c e n to
a o c u rs o x
á lc o o l.
N o m e d o o r ie n t a d o r
N om e do S ig m u n d F r e u d
o r ie n ta d o r
N om e banca
e x a m in a d o r a
L u g a r, a n o L u g a r, d a ta

2 . P a rá g ra fo R esum en pag.
S u m á r io R ésum é pag.
2 .1 S u b -P a rá g ra fo pag.
2 .2 S u b -P a rá g ra fo pag. R e fe r ê n c ia s pag.
1 . In tr o d u ç ã o B ib lio g r a fic a s
1 .1 D e f in iç ã o d o pag. 3 . P a rá g ra fo
p ro b le m a Anexo pag.
3 .1 S u b -P a rá g ra fo pag. ( M e d id a s u s a d a s , lis ta
1 .2 O b je tiv o s pag. 3 .2 S u b -P a rá g ra fo pag. d o s n o m e s c ie n t ífic o s ,
1 .3 A s p e c to s pag. q u e s t io n á r io s u s a d o s ,
T a b e la s pag.
T e ó r ic o s
G r á f ic o s pag.
1 . 4 R e v is ã o d a pag. M apas pag. Ín d ic e d o s a u t o r e s p a g .
lit e r a tu r a Ín d ic e d o s a s s u n t o s p a g .
1 . 5 M e to d o lo g ia pag. R e su m o pag. Ín d ic e d o s lu g a r e s p a g .
S u m m a ry pag.
Z u s a m m e n fa s s u n g pag.

44
A Bibliografia

A Referência Bibliográfica é uma lista ordenada dos documentos efetivamente


citados no texto, que que permite a sua clara identificação individual. Uma citação
bibliográfica pode, dependeno da fonte bibliográfica, conter vários especificações. As
referências tem uma ordenação alfabética ascendente.

Quando se refere de várias obras do mesmo autor, substitui-se o nome do autor


das referências subseqüêntes por um traço equivalente a seis espaços, e no caso
de ano de publicação semelhantes, se identifica as obras com uma ordem alfabética
depois do ano da publicação.

ALMEIDA, A. A pecuária em Vizeu. Belém. 2000a. 241 p.


______ O boi. Belém. 2000b. 23 p.
______ A carne bovino. Belém. 2002. 123 p.
Quando se refere da localização, as referências bibliográficas podem vir:
em listas após o texto

N a s u a t o t a lid a d e . E n t r e t a n t o ,
s e g u n d o P a u l o ( 2 0 0 0 , p . 1 2 )1 , a
flo r e s ta é m e n o s re n tá v e l, o q u e
é a o c o n tr á r io d a s le v a n ta m e n to s
r e a l iz a d o s p o r A lf o n s o ( 2 0 0 1 ,
p . 3 5 ) 2.

1
P A U L O , A A p e c u á r ia e m V i z e u .
B e lé m : U F R A . 2 0 0 0 . 1 2 3 p .
2
A lf o n s o . P . A m a t a e m V i z e u .
B e lé m : U F R A . 2 0 0 1 . 1 4 4 p .

no rodapé
N a s u a t o t a li d a d e . E n t r e t a n t o , R e fe rê n c ia s
s e g u n d o P a u lo ( 2 0 0 0 a , p . 1 2 ) , a B ib l i o g r a f i c a s
flo r e s ta é m e n o s r e n tá v e l, o q u e
é a o c o n tr á r io d a s le v a n ta m e n to s A L F O N S O , P . A m a t a e m V iz e u .
r e a l iz a d o s p o r A lf o n s o ( 2 0 0 1 b , B e lé m : U F R A . 2 0 0 1 a . 1 4 4 p .
p . 3 5 .) .
_ _ _ _ _ _ A f lo r e s t a a b e r t a . B e lé m :
U FR A . 2001b. 144 p.

_ _ _ _ _ _ C ip ó . B e lé m U F R A . 2 0 0 1 c .
144 p.

P A U L O , A . A p e c u á r i a e m V iz e u .
B e lé m : U F R A . 2 0 0 0 a . 1 2 3 p .

_ _ _ _ _ _ O b o i. B e lé m : U F R A . 2 0 0 0 b .
23 p.

no fim do capítulo

45
N a s u a t o t a li d a d e . E n t r e t a n t o , R e fe rê n c ia s
s e g u n d o P a u lo ( 2 0 0 0 , p . 1 2 ) , a B ib lio g r a f ic a s
flo r e s ta é m e n o s r e n tá v e l, o q u e
é a o c o n tr á r io d a s le v a n ta m e n to s A L F O N S O , P . A m a t a e m V iz e u .
r e a l iz a d o s p o r A lf o n s o ( 2 0 0 1 , B e lé m : U F R A . 2 0 0 1 . 1 4 4 p .
p . 3 5 ).
P A U L O , A . A p e c u á r ia e m V iz e u .
B e lé m : U F R A . 2 0 0 0 . 1 2 3 p .

Quando se refere a pontuação, usa-se ponto após o nome do autor/autores, após o


título, edição e no final da referência.

ALMEIDA, A. A democracia de hoje. Belém: UFRA, 2000. 133 p.

Os dois pontos são usados antes do subtítulo e antes da editora.

ALMEIDA, B. A política: pesquisa sobre Vizeu. Ciência Hoje, Belém:


UFPA, v.1, n.20, p.12-23, 2000.

A virgula é usada após o sobrenome dos autores, após a editora, entre o volume e
o número, após páginas da revista e após o título da revista.

ALMEIDA, A. A prefeitura em Vizeu. Políticus Aberta, Belém: UFRA, v.


1, n. 3, p. 12-25, 2000.

O ponto e vírgula é usado para separar os autores.

ALMEIDA, A.; ALFONSO, P.; NETO, S. A prefeitura em Vizeu. Belém:


UFRA, 2000. 123 p.

O colchetes é usado para indicar os elementos de referência, que não aparecem na


obra referenciada, porém são conhecidos.

ALMEIDA, A. A prefeitura em Vizeu. Belém: UFRA, [2000]. 123 p.

O parêntese é usado para indicar série, a função e/ou responsabilidade, de forma


abreviada. (Coord., Org., Comp.). Ex: BOSI, Alfredo (Org.).

ALMEIDA, A. (Org.) A prefeitura em Vizeu. Belém: UFRA, 2000. 123 p.

46
ALMEIDA, A. (Coord.) A prefeitura de Vizeu. Belém: UFRA, 2000. 13 p.
ALMEIDA, A. A prefeitura de Vizeu. Belém: UFRA (Coleção Rodrigues
Alves), 2000. 123 p.
ALMEIDA, A..A prefeitura de Vizeu. Belém: UFRA (Série Democracia),
2000. 123 p.

Seguindo estas normas ou recomendações, faz se referência de um


Autor ALMEIDA, A. A prefeitura de Vizeu. Belém: Editora ASA, 2000. 123 p.
ALMEIDA, A. A prefeitura de Vizeu: análise sobre o funcionamento e
recuperação. Belém: UFRA, 2000. 124 p.
ALMEIDA, A. (Org.) A prefeitura em Vizeu. Belém: Editora Dell, 2000.
156 p.
ALMEIDA, A.; ALFONSO, P.; DARWIN, H. A prefeitura de Vizeu. Belém:
UFRA, 2000. 184 p.
ALMEIDA, A. ALAN, S. (Org.) A prefeitura de Vizeu. Belém: CEGUP,
2000. 87 p.
ALMEIDA, A. (Org.) A prefeitura de Vizeu. Belém: UFRA (Coleção
Doutorado), 2000. 103 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA. A prefeitura de
Gurupy. Belém: Editora Liberal, 2000. 451 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL do Pará. Doutorado em Ciências Políticas.
A prefeitura do Gurupy. Belém: UFRA, 2000. 22 p.
BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Agrário. Secretaria de
Desenvolvimento Territorial. As prefeituras. Brasília, 2000. 43 p.
ALMEIDA, S. A prefeitura de Gurupy. Belém: EMBRAPA (Série
Relatório Técnico, 43), 2000. 23 p.

Dicionários ou enciclopédias.
ALMEIDA, B. Dicionário das prefeituras. Belém, 2000. 5 v.
ALMEIDA, B. Enciclopédia das prefeituras. Belém, 2000. 13 v.

Dissertação
ALMEIDA, B. As prefeituras de Gurupy. Belém, 2000. 176 fl.
Mimeografadas. Dissertação no curso de doutorado em Ciências
Políticas, Universidade Federal do Pará, 2000.

Reuniões ou conferencias
REUNIÂO ANUAL DA SOCIEDADE DAS PREFEITURAS. 2000, Belém.
Anais da Reunião Anual da Sociedade das prefeituras, Belém: UFPA,
2000. 127 p.

47
INTERNATIONAL RURAL SOCIETY ASSOCIATION. Living in district
towns. Abstracts of the International Rural Sociology Association, 30.07. –
06.08.2000, Cordoba, 2000.

Capítulos de livros
ALMEIDA, B. As prefeituras de Gurupy. In: BARBOSA, A.; GOODMANN,
P.; RAFAEL, T. (Org.). Pesquisa na mata: ensino e prática. Belém:
UFRA, 2000, p. 23-56.

Congresso, Conferência, workshop


JORNADA NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 18., Iº Reunião
Nacional em Pesquisa de Prefeituras,2000, Belém. Resumos do XVIII
Jornada de Iniciação Científica e I Reunião Nacional em Pesquisa
Prefeituras, 18.11.-22.11. 2000, Belém: UFRA, 2001. 822 p.
CONGRESSO REGIONAL SOBRE PESQUISA INOVADORA, 2000,
Belém. Anais do Congresso Regional sobre Pesquisa Inovadora, 12.03.-
14.03.2000, Belém: UFRA, 2003. 213 p.

Trabalhos apresentados em Congressos, Conferências, Simpósios,


Workshops e Jornadas
ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu. In: Workshop da UFRA, I., Belém,
2000. Resumos do Workshop da UFRA, Belém: UFRA, 2000. p. 455-
468.

Jornais com e sem citação do autor


ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu sofre. O LIBERAL, Belém, 25 nov.
2000. Caderno Regional, p. 10.
PREFEITURA de Vizeu sofre. O Diário do Pará, Belém, 02 jul. 2001.
Painel Regional, p. 8.

Revista
ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu. Revista da UFPA, Belém, v.4, n. 3/4,
p. 13-45, 2000.

Autor desconhecido
A prefeitura de Vizeu. Revista Administração, Belém, v.3, n. 4/5, p. 12-
34, 2000.

Notas de aula
ALMEIDA, B. Introdução na análise de prefeituras, 03.04.-12.07.2000.
123 fl. Notas de aula. Mimeografadas.

Declarações (sem negrito)


ALMEIDA, B. Declaração feita na conferência Prefeituras e Pesquisa,
Belém, UFPA, 25.05.2000.

48
cd-rom
ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu. In: Workshop da UFRA, 1, Belém,
2000. Resumos do Workshop da UFRA, Belém: UFPA, 2000. cd-rom.

Revista eletrónica
ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu. Revista Eletrónica da UFPA, Belém,
v.4, n. 3/4, p. 13-45, 2000. Disponível em: http://www.ufra.br/revista/
prefeitura/novo.htm. Acesso em: 11 fev. 2005.

Revista encontrado no Internet


ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu. Revista da Sociedade das
Prefeituras, Belém, v.4, n. 3/4, p. 13-45, 2000. Disponível em:
http://www.ufra.br/revista/prefeitura/novo.htm. Acesso em: 11 fev. 2005.

Declaração numa conferência


ALMEIDA, B. Declaração feita na conferência Prefeituras e Democracia,
Belém, UFPA, 23 julho de 2000.

Monografia sem especificações no Internet


ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu. Disponível em:
http://www.ufra.br/monografias.htm. Acesso em: 11 fev. 2005.

Monografia com especificações no Internet


ALMEIDA, B. A prefeitura de Vizeu. Porto Alegre: UFRS, Tese de
Doutorado em Ciências Políticas. Disponível em:
http://www.ufrs.br/monografias.htm. Acesso em: 11 fev. 2005.

Mapas
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ. Secretaria de Meio Ambiente. Mapa
geral do Estado do Pará, Belém, 2000. Escala: 1:800:000.

Referencias bibliográficas no bloco de texto

Referencias dentro do bloco de texto sempre se faz, quando uma declaração ou


informação não é do próprio cunho. Não se faz citações, quando a informação e de
conhecimento comum.

Citações de autores
Segundo Almeida (2000, p. 23), a prefeitura de Vizeu pertence do tipo
pequenas prefeituras do interior.

Referencia na rodapé

A prefeitura de Vizeu pertence do tipo pequeno 1. Entretanto, as


prefeituras no sul do.município são mais uniforme.

49
1
Ver ALMEIDA (2000, p. 23).

Referencia dentro de parêntese


Vizeu, caracterizado principalmente pelas oligarquias rurais (ALMEIDA,
2000, p. 23) e parcialmente somente pelas democracias locais (ibid, p.
24)....

Autor com vários trabalhos publicados no mesmo ano


Almeida (2000a, p. 23) cita, entre outras, a prefeitura pequenos,
entretanto faz referencia também as grandes prefeituras (ALMEIDA,
2000b, p. 24) e pesquisas novas mostram que prefeituras médias
(ALMEIDA, 2000c),

Repetição do Autor
Segundo Almeida (2000, p. 23), a prefeitura de Vizeu pertence do tipo
pequeno. Além disso, Almeida (ibid, p. 24) cita grandes e médias.

Citação de publicações de vários autores


As alterações das prefeituras (ALMEIDA et al., 2000, p. 12), são resultado
de ...

Citação de uma frase com mais de 4 linhas 1 ponto a menos que o tamanho do
texto
Avaliação é um instrumento e processo de planejamento e execução.
4 cm
Avalia-se para verificar se os resultados obtidos são compatíveis com
os objetos desejados. Além disso, deve se especificar quem avalia e
como. Isso implica a elaboração de um plano de avaliação
(ALMEIDA, 2000, p. 23).

Citação dentro do texto com menos de 3 linhas


...alterações das matas. “Se pudesse voltar no tempo, eu plantaria logo
mudas florestais para vender no futuro”, declara um agricultor
(Matas...,2000, p. 12).

Na rodapé
...alterações das matas. “Se pudesse voltar no tempo, eu plantaria logo
mudas florestais para vender no futuro”, declara um agricultor 1.

1
Paulo Conte, agricultor em Vizeu, em entrevista ao jornal O Diário do Pará (Matas..., 2000, p. 12, 23 abr.
2000).

Citações não completos com paginação da referencia


[...] é um instrumento e processo de planejamento e execução.
Avalia-se para verificar se os resultados obtidos são
compatíveis com os objetos desejados. Além disso, deve se

50
especificar quem avalia e como. Isso implica a elaboração de e
se deve criar um plano operacional, que explica cada fase [...].
(ALMEIDA, 2000, p. 12).

Citações não completos sem paginação da referencia


[...] é um instrumento e processo de planejamento e execução.
Avalia-se para verificar se os resultados obtidos são
compatíveis com os objetos desejados. Além disso, deve se
especificar quem avalia e como. Isso implica a elaboração de e
se deve criar um plano operacional, que explica cada fase [...].
(ALMEIDA, 2000).
Na bibliografia
ALMEIDA, B. Avaliação continuo. Disponível em:
http://UFRS.br/textos/aulas.htm. Acesso em: 27 abr. 2000.

Citações de texto de jornais


Com autor
Segundo Almeida (2000, p. 12), 20% das prefeituras pertencem do tipo
pequeno, enquanto o restante é do grande e médio.
Na bibliografia
ALMEIDA, B. Prefeituras sofrem alteração. O Diário do Pará, 24 abr.
2000. Painel, p. 12.
Sem autor
A prefeitura sofre várias alterações (PREFEITURA...,2000, p. 12),
causado por uma mudança no sistema produtivo da construção civil e
pecuário.
Na bibliografia
PREFEITURAS sofrem alteração. O Diário do Pará, 24 abr. 2000,
Painel, p. 12.

Citação de referências da fonte Internet


Avaliação necessita um plano operacional (ALMEIDA, 2000).
Na bibliografia
ALMEIDA, B. Avaliação continuo. Encontrado em:
http://UFRS.br/textos/aulas;htm. Acesso em: 27 abr. 2000.
ALMEIDA, B. Avaliação fitosanitário. Revista da Sociedade Florestal,
Belém, v.4, n. 3/4, p. 13-45, 2000. Disponível em:
http://www.ufra.br/revista/matas/novo.htm. Acesso em: 11 fev. 2005.

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