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DOCENTE
PROFESSORA MARIA ISABEL REBELO TEIXEIRA SOARES
DISCENTES
ANA CATARINA FERREIRA MOTA – 201307739
ANA ISABEL PIRES MUAS – 201106467
CRISTIANA LOPES RIBEIRO –201202835
INÊS DANIELA GUIMARÃES GOMES – 201107962 I
FICHA TÉCNICA
DESIGNAÇÃO
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL DA ENDESA E DA IBERDROLA DESDE O INÍCIO DOS ANOS 2000 ATÉ À ATUALIDADE E
PERSPETIVAS FUTURAS
DATA DE ENTREGA
27 DE MAIO DE 2018
AUTORES
ANA CATARINA FERREIRA MOTA
ANA ISABEL PIRES MUAS
CRISTIANA LOPES RIBEIRO
INÊS DANIELA GUIMARÃES GOMES
INSTITUIÇÃO DE ENSINO
FACULDADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
CURSO
MESTRADO EM ECONOMIA E GESTÃO DO AMBIENTE
UNIDADE CURRICULAR
MERCADOS DE ENERGIA
ORIENTAÇÃO E COORDENAÇÃO
MARIA ISABEL REBELO TEIXEIRA SOARES
II
RESUMO
III
ÍNDICE
RESUMO.................................................................................................................................... III
PALAVRAS-CHAVE ............................................................................................................... III
ÍNDICE ...................................................................................................................................... IV
Índice de Figuras .................................................................................................................. IV
Índice de Tabelas .................................................................................................................. IV
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
2. DESCRIÇÃO DAS EMPRESAS .............................................................................................. 2
2.1. ENDESA ..................................................................................................................... 2
2.2. IBERDROLA ................................................................................................................ 4
3. ESTRATÉGIAS DA ENDESA E DA IBERDROLA ..................................................................... 8
3.1. Endesa ....................................................................................................................... 8
3.2. IBERDROLA .............................................................................................................. 10
4. DESEMPENHO BOLSISTA DAS EMPRESAS ........................................................................ 15
4.1. IBERDROLA .............................................................................................................. 15
4.2. ENDESA ................................................................................................................... 16
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 18
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 20
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
IV
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, o setor elétrico está sobre uma intensa transformação, o que obriga a rede
elétrica tradicional do século XX a evoluir para a rede elétrica do futuro.
Face a estas novas tendências de mercado, estas empresas têm de adaptar a sua estratégia
empresarial e encontrar soluções para enfrentar os desafios impostos por uma sociedade em
transformação exponencial. O desenvolvimento e difusão de inovações tecnológicas será um
elemento essencial nesta dinâmica. Posto isto, houve um grande investimento por parte destas
empresas em investigação e desenvolvimento relacionado com planeamento do sistema
energético, mudanças operacionais e investimentos em redes inteligentes que assegurem a
manutenção da sua resiliência, confiabilidade e acessibilidade económica, paralelamente com a
transição para um sistema energético com baixas emissões de carbono
(Feldpausch-Parker et al., 2018).
Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular de Mercados de Energia e tem
como objetivo analisar a estratégia empresarial da Endesa e da Iberdrola. Para tal, é apresentada
uma evolução das últimas décadas.
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2. DESCRIÇÃO DAS EMPRESAS
2.1. ENDESA
A Endesa é uma multinacional do setor energético, que possui como principais áreas de
negócio a geração, distribuição e comercialização de energia elétrica e comercialização de gás
natural (Endesa, 2018a).
Até ao ano de 1945 era o Instituto Nacional da Indústria (INI) que atuava no setor elétrico,
por necessidade de fornecimento ou de forma imperativa de integração vertical. A Endesa surgiu,
então, em 1944 como resposta do Estado à industrialização de Espanha, com a missão de
concretizar o "Plano Nacional de Eletrificação" preparado pela CORFU (Brenes et al., 2000).
Nos anos 80, a Endesa converteu-se na primeira produtora de energia elétrica, de onde
nasceu o grupo Endesa. Este foi criado em 1983, através da aquisição por parte da empresa
principal da maior parte do capital da Empresa Nacional Hidroelétrica de Ribagorzana (Enher),
Gás e Eletricidade (Gesa), União Elétrica das Canárias (Unelco), Empresa Nacional Elétrica de
Córdoba (Enelco) e da Empresa Carbonífera do Sul (Encasur) (Marín, 2001).
Em 1988, após a primeira privatização, o grupo adquiriu a empresa Electra del Viesgo,
bem como 40 % das Forças Elétricas da Catalunha (Fecsa), 33 % da Sevillana de Eletricidade e
24 % da empresa Saltos de Nansa. Posteriormente, adquiriu a Carboex, a Hidroelétrica da
Catalunha e, no final de 1996, aumentou para 75 % a sua participação nas empresas Fecsa e
Sevillana (Marín, 2001).
Em 2009, a Endesa foi comprada pelo grupo italiano Enel, sendo que a estratégia desta
passou a centrar-se na consolidação do mercado ibérico e numa procura eficiente de respostas
para as problemáticas do século XXI, ou seja, como gerar maior quantidade de energia sem
provocar agressões no meio ambiente e manter-se líder numa altura em que sociedades e
equipamentos energeticamente mais eficientes implicam a queda do consumo de eletricidade.
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Atualmente, a Endesa é uma entidade completa do ciclo energético: desde a produção de
eletricidade e sua distribuição, até à pesquisa e oferta tecnológica de serviços (Marín, 2001). As
centrais elétricas pertencentes a este grupo são diversificadas: hidrelétricas, eólicas, geotérmicas,
solares, termelétricas, nucleares e outras fontes. Quase metade da energia gerada pela Enel é
produzida sem emissão de dióxido de carbono, fazendo do Grupo um dos líderes na produção de
energia limpa (Enel, 2018).
MISSÃO
A missão da Endesa passa por maximizar o valor dos investimentos dos seus acionistas,
colmatar as necessidades de mercado e exceder as expectativas dos seus clientes e ainda contribuir
para o desenvolvimento dos seus funcionários (Endesa, 2009).
VISÃO
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VALORES
Os valores seguidos pela empresa têm por base a identidade da mesma, e são os
enumerados de seguida (Endesa, 2009):
1. Pessoas; 6. Inovação;
2. Saúde e segurança; 7. Focado em resultados;
3. Trabalho em equipa; 8. Comunidade e meio
4. Conduta ética; ambiente.
5. Foco no cliente;
Estando a empresa ciente da atualidade que vigora na indústria da eletricidade, bem como
as mudanças que têm sido vivenciadas, esta tem apostado numa nova era de energia, sendo esta
mais aberta, participativa e digital. Trata-se de uma aposta estratégica que pode ser resumida no
conceito de Open Power. Este trata-se de uma plataforma de crescimento, sendo uma combinação
da força da organização com as oportunidades de um mundo aberto e conectado e, desta forma,
constitui a missão, visão e valores da Endesa (Endesa, 2016b).
Graças ao conceito de Open Power há uma nova redefinição dos conceitos missão, visão
e valores. Estes passam, então, a ser:
Missão: fazer com que a energia alcance mais pessoas, que a energia seja obtida através
de novas tecnologias, testar a gestão de novas formas de energia para os consumidores e procurar
novos associados.
2.2. IBERDROLA
A 19 de julho de 1901 foi fundada a Hidroelétrica Ibérica, com o fim de atender à procura
de eletricidade das principais regiões espanholas. A primeira região na qual esta atuou foi no
mercado basco, sendo os Saltos de Quintana Martín Galíndez (sobre o rio Ebro) o primeiro
aproveitamento que entrou ao serviço desta empresa. Três anos passados, esta começou a fornecer
energia elétrica a Bilbao (Marín, 2001).
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Após o comissionamento dos três primeiros aproveitamentos nos rios Ebro e Leizarán, a
Hidroelétrica Ibérica dirigiu a sua atividade para o aproveitamento do sistema de Cinca-Ara, no
qual a central de Lafortunda tinha sido a primeira a entrar em funcionamento, em janeiro de 1923
(Marín, 2001).
Nos anos 50 e 60 houve por parte das empresas elétricas um esforço grandioso para
aproveitar ao máximo o potencial hidroelétrico dos rios espanhóis e, neste caso, a Hidroelétrica
Espanhola e a Iberduero desempenharam um papel fundamental. No ano de 1965, a Iberduero
adquiriu a empresa Saltos del Sil (fundada em 1945) para o aproveitamento do rio com o mesmo
nome (Iberdrola, 2018a; Marín, 2001).
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da qual a Iberduero possuía 50 %. Com a crise petrolífera de 1973, o setor elétrico tornou-se um
fator chave para a recuperação, uma vez que obrigou as empresas elétricas espanholas a construir
novas centrais de carvão e nucleares. O processo de privatização iniciou-se, então, no setor
elétrico, que principia o seu caminho para a liberalização definitiva do negócio
(Iberdrola, 2018a; Marín, 2001).
Os principais países onde a Iberdrola opera são Espanha, Reino Unido, Estados Unidos
da América, Brasil e México (Iberdrola, 2018a).
Para além destes programas, a Iberdrola aposta também num vasto programa de
investimentos, os quais, entre outros, são projetos do Complexo Hidroelétrico do Alto Tâmega e
da Central de Ciclo Combinado da Figueira da Foz, bem como três Parques Eólicos em exploração
(Catefica – Torres Vedras – 18 MW, Alto do Monção – nos municípios de Mortágua e Tondela –
32 MW e na Serra do Galvão – em Ribeira de Pena – 42 MW) e no Plano de Restauro do
Românico Atlântico, em curso (Iberdrola, 2018b).
Prevê-se que o Complexo do Alto Tâmega contará com uma potência instalada de 1.200
megawatts (MW), alcançando uma produção anual de 1.800 gigawatts hora (GWh), o que
corresponde a 4% do consumo elétrico do país (Iberdrola, 2018b).
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MISSÃO
VISÃO
A visão do grupo Iberdrola passa por continuar a ser um grupo multinacional líder e uma
referência através dos princípios éticos, compromissos com o meio ambiente e com a inovação.
“Queremos ser um líder global em energia para criar um futuro melhor para as pessoas,
comprometendo-nos com princípios éticos, segurança, qualidade e meio ambiente.”
VALORES
Os valores seguidos pela empresa têm por base a identidade da mesma, sendo eles:
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3. ESTRATÉGIAS DA ENDESA E DA IBERDROLA
3.1. Endesa
A Endesa tem uma projeção elevada, para além da Península Ibérica, em países como
França, Polónia, Itália, Marrocos, Turquia, Colômbia, Brasil, Argentina, Perú e Chile.
A companhia distribui as suas atividades de acordo com as suas operações, sendo que se
divide em 3 grandes áreas: Espanha e Portugal; Europa e América Latina.
A Endesa definiu um plano estratégico para os anos de 2005 a 2009, sendo que as
prioridades definidas pelo mesmo são as seguintes:
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Figura 1 - Compromissos sustentáveis da Endesa (Relatório de Sustentabilidade de 2005).
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A Endesa pretende alcançar o compromisso de zero emissões de carbono em 2015, sendo
que considera os objetivos quanto às energias renováveis do Enel Green Power España
(plataforma de energias renováveis à qual pertence). Assim, a empresa pretende incorporar, de
2017 a 2020, cerca de 300 MW de renováveis na sua rede.
A companhia pretende ainda expandir as smart grids de forma a promover uma melhor
integração das energias renováveis, tudo isto até ao ano corrente de 2018
(Relatório de Atividades de 2016).
3.2. IBERDROLA
A Iberdrola pode ser considerada como uma das líderes mundiais de energia, devido à
sua recente internacionalização. Em Espanha é a maior companhia energética, sendo que no Reino
Unido é a maior empresa na geração de eletricidade proveniente de fontes eólicas, sendo a terceira
maior nos EUA. É líder do setor no Brasil e a maior companhia privada de produção elétrica no
México. Possui uma elevada capacidade instalada em termos de renováveis, sobretudo de
hidroelétrica e de eólica onshore em Espanha.
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da empresa passou pelo contínuo crescimento sustentável, uma vez que se estimou que a sua
produção renovável até à data tinha possibilitado uma redução de 10 milhões de toneladas de CO2
por ano.
A estratégia da empresa passava pelo apoio aos seus profissionais, assegurando que não
houvesse discriminação de qualquer tipo, sendo que a mesma possuía à data um código de conduta
alinhado com o Pacto Global das Nações Unidas. Outro dos pontos relevantes, é o
desenvolvimento tecnológico, sendo este especialmente aplicado a nível ambiental, passando a
sua estratégia por tratados internacionais, aplicação de tecnologias eficientes e utilização eficiente
da energia interna.
A estratégia da companhia entre 2014 e 2016 assenta em alguns pilares, sobretudo a nível
de investimento, no entanto esta delineia estratégias e objetivos ambientais para este período e
por países relevantes.
União Europeia:
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Reino Unido:
Brasil:
Assim, a companhia assume a dimensão ambiental como o ponto chave para o conceito
de sustentabilidade. A Figura 2 mostra a poupança trazida pela utilização de produtos verdes e
serviços.
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Ratien e Lund (2014), estudaram as estratégias de crescimento quanto às utilities de
alguns países, tendo concluído que em Espanha a falta de fontes domésticas de combustíveis, o
aumento exponencial de necessidade de produção de eletricidade e as condições favoráveis para
o desenvolvimento de fontes renováveis de solar e de eólica, levaram a que as empresas do setor
elétrico movessem os seus esforços para o desenvolvimento de tecnologia neste sentido. A
Iberdrola posicionou-se quanto à diversificação, uma vez que possui operações de negócio
bastante diversificadas e uma relação fraca com o Governo. Desenvolveu novas oportunidades de
negócio em volta da energia eólica e internacionalizou a maioria das suas utilities. Em relação à
Iberdrola, a Endesa apresenta um grau de diversificação menor, tendo tentado investir em eólica,
no entanto o seu relatório anual de 2011 mostra que esta retornou à produção elétrica pela via
convencional.
A estratégia atual da Iberdrola passa pela situação atual do setor energético, o qual se
encontra sobre uma profunda transformação, uma vez que a tecnologia e a inovação se encontram
a acelerar a transição energética para uma produção verde.
Pode falar-se do facto da empresa ter sido uma das pioneiras na utilização de smart grids,
sendo que atualmente se encontra empenhada no desenvolvimento de produtos e serviços
inteligentes, tendo em conta a recente digitalização do setor.
Entre 2016 e 2020, a empresa encontra-se numa nova fase de crescimento, a qual acarreta
um enorme investimento, negócios regulados e contratos a longo prazo, os quais têm como
objetivo garantir segurança à companhia. Neste período, a Iberdrola pretendeu manter os seus
compromissos sociais, criar emprego e valor sustentável para os seus acionistas.
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As estratégias da Iberdrola orientam-se segundo os World Energy Outlook, sendo que
atualmente a produção de eletricidade por vias renováveis é uma prioridade.
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4. DESEMPENHO BOLSISTA DAS EMPRESAS
4.1. IBERDROLA
Analisando a Tabela 1 pode perceber-se que o valor de mercado da Iberdrola tem vindo
a aumentar gradualmente ao longo dos últimos 5 anos, em média 9 % ao ano. Tal aumento deveu-
se sobretudo ao aumento do preço das ações cujo preço médio anual passou de € 4,63 para € 6,46
em 5 anos, o que representa uma taxa média de crescimento de 8,7 % ao ano. Embora o aumento
do número de ações existentes também ajude a aumentar o valor de mercado da empresa, o
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impacto deste é pouco significativo sendo que o número de ações teve um crescimento anual de
0,3 % em média desde 2013 até 2017.
Outro indicador importante prende-se com a Dividend Yield. A Dividend Yield consiste
no montante de dividendos pagos (remuneração dos acionistas) pelo preço unitário das ações.
Este é obtido diminuindo o Dividiend per Share (DPS) pelo share price. O DPS consiste no
montante de dividendos pagos por unidade de ação, podendo-se verificar que estes têm tido um
comportamento tímido e não muito constante, aumentando e diminuindo ao longo dos anos, o que
em média se traduziu por um ligeiro aumento de 0,6 % ao longo dos últimos 5 anos.
Sendo que os dividendos pagos por ação e a quantidade total das mesmas, pouco ou nada
se alteraram, é expectável que um aumento do preço das ações (aumento do denominador da
fórmula) leve a uma diminuição da dividende yield. Desta forma, tal como se observa na Tabela
1 a dividend yield diminuiu em média 7,3 % desde 2013 até 2017. Isto significa que, embora o
DPS tenha aumentado ligeiramente ao longo dos últimos 5 anos, o aumento significativo do preço
das ações fez com que ao longo destes 5 anos, os acionistas comprassem ações cujo valor
aumentou em maior proporção do que os dividendos que desta podem advir.
Pode então concluir-se que, embora os dividendos auferidos não revelem grande variação,
os investidores estão dispostos a pagar mais para adquirirem ações da Iberdrola. Tal predisposição
demonstra confiança e expectativas positivas por parte do mercado face às estratégias a que a
Iberdrola se propõe.
4.2. ENDESA
No que diz respeito aos dividendos pagos, pode constatar-se que a Endesa remunera
melhor as suas ações, em média € 3,96 por ação nos últimos 5 anos, em comparação com € 0,30
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da Iberdrola. Todavia, tendo em conta que o número total de ações não é similar, tal rácio não é
um bom indicador sobre a remuneração dos acionistas.
Por forma a comparar-se a remuneração dos acionistas, deve olhar-se à dividend yield,
pois esta, ao ser um rácio que divide os dividendos pela cotização de mercado (número de ações
e preço das mesmas) torna-se passível de comparação. Desta forma, pode concluir-se que os
acionistas da Endesa são melhor remunerados, ou seja, com o mesmo montante de investimento
conseguem obter maior retorno se investirem na Endesa do que na Iberdrola. Contudo, isto não
significa que a Endesa seja preferível aos olhos dos mesmos, pois são variados os fatores que
influenciam as políticas de distribuição de dividendos (maiores investimentos por parte da
Iberdrola podem justificar a diferença de remuneração dos seus acionistas).
Por fim, olhando para o valor unitário das ações pode observar-se uma evolução cuja
tendência não é constante, aumentando e diminuindo de ano para ano. Tal pode significar que
existem anos em que os investidores têm maior confiança e expectativas positivas na organização,
enquanto noutros anos tal não é evidenciado pelo mercado. Todavia, embora este comportamento
inconstante do preço unitário das ações seja comum às duas empresas, os efeitos não são
semelhantes. Atendendo à variação média do preço unitário das ações, pode perceber-se que
enquanto as ações da Iberdrola viram o seu preço aumentar em média 8,7 % por ano, as da Endesa
sofreram um decréscimo de 5 % em média por ano. Esta evolução demonstra um comportamento
de desinvestimento por parte dos agentes económicos na Endesa e, por outro lado, um aumento
do investimento na Iberdrola.
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5. CONCLUSÕES
Existem alguns desafios que estão na base desta transição, o que obriga a que a rede
elétrica tradicional do Século XX a evoluir para a rede elétrica do futuro (rede elétrica do século
XXI). Segundo os planos estratégicos disponibilizados pelas empresas em estudo, os principais
desafios são:
Recuando ao período entre 2005 e 2009, a Endesa começou a apostar na área das fontes
renováveis e do seu desenvolvimento, tendo como um dos seus objetivos a proteção do ambiente,
a eficiência em termos de inovação e o desenvolvimento de um negócio sustentável. No relatório
de sustentabilidade de 2009 a empresa destaca a área da sustentabilidade e inclui também o plano
social e económico.
No ano de 2009, a situação para a Iberdrola era diferente e esta estava já estabelecida
como líder mundial na produção de energia através de fontes renováveis (eólicas). Posto isto, a
estratégia da empresa estava focada na melhoria contínua e no crescimento sustentável.
Até este período, como é percetível pela evolução histórica e estratégica das duas
empresas, a Endesa apresenta um grau de diversificação e desenvolvimento menor.
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Quanto ao plano estratégico atual, tanto a Endesa como a Iberdrola seguem as tendências
de mercado e apontam a eficiência energética e a digitalização como principais desafios. Tendo
em conta estes desafios, estes focam-se, principalmente, em três áreas que correspondem a três
desafios supramencionados:
Quanto a perspetivas futuras existem tendências que prometem ser disruptivas para o
setor. Segundo um estudo da consultora McKinsey, em parceria com o Fórum Económico
Mundial, a proliferação de novas fontes de energia (fusão nuclear, reatores nucleares mais
pequenos e modulares e ainda baterias de hidrogénio) e a mobilidade (crescimento do número de
carros elétricos em circulação) podem alterar a forma com o setor está desenhado
(McKinsey, 2017).
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6. REFERÊNCIAS
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