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PRÁTICA
Aula 1
12/10/04
Mestrados na Faculdade de Psicologia em Ciências da Educação.
Doutoramentos em didácticas (Ciências da Educação).
1
Caderno de textos na fotocopiadora de baixo:
- tema 1 leitura e
- tema 2 comentário
- etc...7 dos textos
Bibliografia:
Biblioteca da faculdade de ciências da educação (psicologia). Na faculdade de
Psicologia também há biblioteca de ciências da educação (parte da Gulbenkian).
Faculdade de Ciências –
Em Letras há pouca coisa.
2
Texto de Arturo de La Orden
1. Plano de estudos
Teorias formuladas:
- de determinação dos objectivos de aprendizagem;
- de selecção e organização dos conteúdos.
3
4). O currículo de cada curso tem de ter uma justificação
O currículo como plano de estudos tem de ter justificação, por exemplo,
ensina-se o árabe e o chinês nas escolas básicas em França – preocupação dos
especialistas a nível social.
Currículo
4
Aula 2
15/10/04
Tema 1:
CURRÍCULO E DESENVOLVIMENTO CURRICULAR.
Distingue:
currículo formal (plano, programa – escrito, rígido)
currículo informal (processo decorrente da aplicação do plano – flexível,
aberto, contingente, que depende da dinâmica da sala de aula)
TANNER E TANNER
Currículo como projecto educativo e projecto didáctico encerra três
ideias-chave:
- propósito: educativo, planificado no tempo e no espaço.
- processo: de ensino-aprendizagem como referência a conteúdos e
actividades.
5
- contexto: específico (o da escola ou organização formativa).
Evolução da ideia de currículo com definições de vários autores, desde os
primórdios.
6
Para o currículo flexível tem de se “pesquisar”, fazer testes diagnósticos:
- de nível de língua
- de interesses... para conhecer os alunos e adaptar o currículo.
p.18: o currículo depende de outros subsistemas. Cada currículo tem a ver com
história, política, sociedade...
7
CURRÍCULO: Um projecto cujo processo de construção e desenvolvimento e
interactivo, que implica unidade, continuidade e interdependência entre o que se
decide ao nível do plano normativo, ou oficial, e ao nível do plano real, ou do
processo de ensino-aprendizagem.
O currículo tem de ter uma dimensão de partilha de interesses entre os alunos
e os profs.
----------------------------------------------//-------------------------------------------------------
Pegar nas aulas, no programa, significa desenvolver o currículo. Para tal existem
teorias que o justificam. Há aspectos que estão ligados a concepções curriculares e
que entram nessas teorias.
8
Texto 6: Maria do Céu Roldão, “Conceitos, preconceitos e
ambiguidades; a difícil gestão das palavras” in Gestão Curricular
- currículo e PROJECTO
- currículo e PROGRAMA
- currículo e INTERDISCIPLINARIDADE
- currículo e PROFESSOR
- currículo e FORMAÇÃO
- currículo e AVALIAÇÃO
- currículo e DIFERENCIAÇÃO
- currículo e ADEQUAÇÃO
- currículo e FLEXIBILIZAÇÃO
- currículo e ESCOLA
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1) Currículo e programa: é um instrumento embora não único.
Gestor do currículo: pega no programa e faz dele aquilo que quiser. Aponta
também para a formação dos profs. os profs. têm de ser flexíveis.
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7) Currículo e diferenciação: currículo deve ser concebido tendo em
conta o meio em que é aplicado (aluno, escola). Não se deve limitar a esse interesse,
mas partir dele. A aprendizagem deve ser significativa e fazer sentido.
11
Aula 3
26/10/04
Para próxima aula preparar textos do tema 2
Há outra teoria:
- há preocupações sociais e humanas;
- Tem de se resolver os problemas dos alunos.
Para desenvolver currículo tem de haver justificação do currículo:
-matéria / conteúdos dos programas. 3 linhas/teorias de pensamento
-aluno (problemas, interesses, necessidades) marcam a teoria do
-problemas sociais (interesses sociais/culturais) desenvolvimento do currículo
Desenvolvo o currículo dessa ou daquela maneira porque tenho de ter em
conta os três aspectos acima mencionados.
12
DEWEY, p.22: muito preocupado em desenvolver o currículo centrado no aluno.
Também há currículos centrados nos interesses sociais do aluno. Nesta ideia não é
possível desenvolver o currículo sem conhecermos a escola onde vamos leccionar.
Os problemas sociais têm de entrar no desenvolvimento do currículo.
R. TYLER (1949/50)
Fontes do currículo definidas a partir das três linhas de pensamento. Cada
fonte significa um paradigma de desenvolvimento curricular diferente.
p.23, 24:
A justificação do currículo é sempre feita em relação à perspectiva do prof.
que o justifica. Podemos fazer um currículo mais no âmbito teórico do que no âmbito
da prática (ou vice-versa). Um currículo tem sempre uma justificação, uma prática
tem sempre uma justificação. Por exemplo, o currículo numa sala de aula que tenha
um aluno em dificuldades.
13
Texto 5: Tyler ,Ralph “Um modelo conceptual para o
desenvolvimento do currículo” in Currículo e Desenvolvimento
curricular.
TYLER:
I) Que objectivos educacionais deve a escola procurar atingir? Tem de
haver objectivos.
É preciso definir objectivos para o prof., para a escola. Para tal o fundamental
é ler o programa. Ao estudar um programa educacional certificámo-nos de quais são
os objectivos educacionais que queremos atingir.
A observação do prof. tem de ser objectiva, inteligente e racional. Depois
temos de fazer “diagnósticos” com os alunos para podermos desenvolver o currículo,
definir os objectivos. Isso pode demorar 2-3 semanas ou mais, mas tem de ser feito.
(Os autores desde 49/50 dizem que desenvolver currículos não é só pegar num
programa, tem de se descobrir quais são os interesses dos alunos).
O desenvolvimento do currículo até pode ser feito só para um aluno numa
turma inteira.
A falta de motivação e de interesse por parte do aluno tem a ver com o facto
do prof. não se dar ao trabalho de conhecer a turma, os alunos,... (dar atenção aos seus
problemas, falar com eles nos corredores...).
II) Que experiências educativas podem ser proporcionadas para que seja
possível atingir esses objectivos.
Escolha das estratégias e das definições.
As experiências de aprendizagem que vou seleccionar têm que estar de acordo
com os objectivos. As experiências de aprendizagem devem ser diversificadas: o que
o aluno aprende é o que ele faz, não é o que faz o prof. “Só se aprende fazendo” –
máxima de Tyler.
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“Experiência de aprendizagem” refere-se à interacção entre o aluno e as
condições exteriores do ambiente a que pode reagir. A aprendizagem ocorre através
do comportamento activo do estudante: o que ele aprende é o que ele faz, não o que
faz o professor (...).
TYLER:
N.B., escolher experiência de aprendizagem centradas no aluno é escolher
estratégias* para que o aluno aja/realize (é conhecer aquilo que ele gosta). Prof. deve
dar momentos de prática e de motivação.
-*palavra que está do lado do prof.
-para o aluno realizar actividades
Estratégias têm de ser variadas e fazerem com que o aluno trabalhe, e têm de
ser úteis para alcançar objectivos definidos anteriormente.
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TYLER:
- o aluno tem de praticar
- as experiências de aprendizagem têm de ser variadas
- têm de ter interesses para o aluno
inicial
diagnóstica
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Nesta ideia, temos mais do que uma simples ideia de justificação do currículo:
as matérias
os interesses sociais antes de fazer planos tem de se
Justificação a escola considerar todos estes aspectos
(fontes) professores
fundamentos comunidade para poder estabelecer:
pais
os alunos
1. 2. 3. 4.
-Objectivos/ -Selecção das -Aplicação Avaliação
Competências experiências/ -Realização
-Actividade das actividades
“Currículo em
em relação a: tem a ver com: acção”
- resultados
- sucesso
- insucesso
- competências adquiridas
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Texto 3: Gay, G, “Desenvolvimento curricular” in Currículo e
Desenvolvimento Curricular:Problemas e Perspectivas.
18
Aula 4
02/11/04
Tema 2:
PARADIGMAS DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR:
NÍVEIS DE DECISÃO
Importância das fontes do currículo:
-programa
-sociedade
-aluno
Ler textos 4, 5, 6.
Alunos
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Sociedade
Vantagens Desvantagens
-Unidade e utilidade do conteúdo; -indefinição na organização pode levar a
-relevância do conteúdo para o aluno e a superficialidade;
sociedade; -focalização do estudo pode condicionar
-integração das disciplinas; o aluno a servir a “status quo” e não a
-conteúdo funcional para o aluno; melhorar a sociedade;
-motivação intrínseca do aluno; -falta de preparação de profs.
-contributo para melhorar a sociedade. -escassez de recursos disponíveis;
-perigo de rejeição por parte dos pais e
das instituições escolares.
Com o texto 6 vimos que há três fontes primordiais/ entradas que se podem
desmultiplicar em cinco orientações para o currículo:
1. Currículo como desenvolvimento dos processos cognitivos;
2. Currículo como tecnologia;
3. Currículo como auto-realização ou como experiência consumatória;
4. Currículo como reconstrução social;
5. Racionalismo académico.
20
Quando o currículo se centra nos alunos e os seus interesses isso dá satisfação.
O importante é o envolvimento afectivo porque senão o aluno que não quer aprender
não aprende.
-A motivação condiciona progresso na aprendizagem = importância do
processo de auto-realização.
Auto-satisfação.
(ex.: problemas dos gangs: esses jovens não foram motivados, não tiveram auto-
satisfação na escola por isso auto-satisfaz-se fora da escola.)
21
Texto 1: Matos Vilar, “A teorização do currículo” in Currículo e
Ensino: para uma prática teórica.
pág. 33: 3 origens dos dados que uma vez trabalhados constituiriam o terreno dos
fundamentos do currículo:
1)-indivíduo
2)-sociedade
3)-conhecimento
22
Texto 8: Apple, Michaël, “Educar à maneira da direita” in Políticas
Educativas. O Neoliberalismo em Educação
-A escola “nunca é neutra” – o currículo nunca é neutro.
-Neoliberalismo.
-Quanto mais a escola for igual para todos, segundo princípios democráticos,
maior vai ser o insucesso – assim, quem vence, são os filhos da elite: há uma
perversão - se o sistema é democrático acaba por reproduzir elites.
Aula 5
09/11/04
Tema 3:
CURRÍCULO E SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS
23
Características
-Ensino Básico obrigatório de 9 anos (actualmente, estuda-se a lei que prevê
12 anos de ensino obrigatório)
-Organização curricular:
-1.º, 2.º, 3.º ciclos do Ensino Básico
-Ensino Secundário 10.º, 11.º, 12.º anos
Ensino Básico
-enuncia princípios diferentes, não se muda Lei de Bases, nem reforma
educacional
24
-currículo flexível: integração em cada escola das necessidades e
características de cada aluno e dos grupos de alunos (flexibilidade é a questão
fundamental da reorganização curricular)
>transformar currículo nacional de acordo com a realidade da
escola, justificando (é possível)
-currículo nacional baseado em competências e experiências
saber em uso, em acção
Tyler: aluno aprende com o que faz
>competências gerais (para todas as disciplinas)
>competências específicas (de cada uma, antecede
normalmente o programa)
-currículo e avaliação numa perspectiva integrada (avaliação tem que
estar de acordo com a competência a que se destina)
-gestão do currículo numa visão interdisciplinar (visão interdisciplinar
encontra-se ligada às competências gerais)
>Projecto curricular de escola
>Projecto curricular de turma
-currículo centrado nas actividades de aprendizagem.
25
-gestão curricular está relacionada com responsabilização no
26
1)consistência dos procedimentos de avaliação relativamente aos objectivos
curriculares e às formas de trabalho
2)carácter essencialmente formativo de avaliação
3)promover a confiança social na informação que a escola transmite.
27
-pág. 49 “a cada prof....”
-gerir currículo significa analisar cada situação e diversificar as práticas e
metodologias de ensino para que todos aprendam.
Aula 6
16/11/04
Currículo Flexível
Reorganização curricular de 2001
28
A reorganização curricular do Ensino Básico assenta no Currículo Flexível.
Princípios:
29
-Quem somos?
Notas de identidade:
-grupos de alunos
-tipo de professores
-O que pretendemos?
Formulação de objectivos:
-organização de um projecto
-De que meios dispomos?
Inventariação de recursos
-Como fazemos?
Plano de estruturação da acção
-Como avaliaremos?
Previsão de processos e momentos de avaliação
curricular da escola?”
Entrevistas, Questionários
Projectos curriculares de turma, de escola
Novas áreas curriculares, área de projecto, Educação Cívica,
estudo acompanhado.
A inovação curricular
A interdisciplinaridade no currículo
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Adaptação do currículo ao contexto
Recolha de dados:
-Projecto curricular de escola ou de turma:
1.Análise do documento
2.Entrevistas formais à pessoa que nos deu
OU
3.Questionário aos professores sobre o valor que atribuem
ao projecto curricular de escola (diferenciações, …)
4.Questionário aos alunos
Escola:
Primeira vez, para conversar (garantir a confidencialidade) mas tem de se
contextualizar.
Segunda vez, recolher dados (documentos).
Terceira vez, entrevista, questionários.
31
Aula 7
23/11/04
32
-projecto curricular de turma ou de escola e contexto – como é que a
escola se abre ao meio? (exemplo: Amadora)
-projecto curricular de turma e necessidades dos alunos – questionários
para auscultação? Como se definiram actividades?
-Áreas curriculares não disciplinares
Entrevista – análise de conteúdos
Questionário – análise de estatísticas ao nível da interpretação
Entrevista deve ter guião, organizado por blocos temáticos, com objectivos e
orientação das perguntas. A tentar ainda nos objectivos gerais (2/3)
Temática
a)motivar
e confidencialidade
33
b)concepção
d)avaliação/ opinião
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Recolhe-se o tema de interesse e cria-se depois o projecto (note-se que
não há projecto sem acção)
No último passo, há um projecto de intervenção
Adequa-se à área de projecto à idade – os jovens, hoje em dia, não
sabem investigar
Acetato:
Área de Projecto
Área curricular não disciplinar
O papel do prof.:
-ajudar os alunos a converter os seus interesses e desejos em projectos,
no sentido de acções reflectidas e planeadas.
-orientar os alunos na concepção, desenvolvimento e avaliação de
projectos.
-contribuir para que a realização dos projectos numa matriz
interdisciplinar.
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-o trabalho de projecto exige uma comunicação dos resultados e uma
avaliação crítica (comunicação: exposição, debates, conferências/ avaliação: dos
resultados e efeitos através de formas de prosseguimento)
Acetato:
Estudo Acompanhado
Área Curricular não Disciplinar
Visa:
Aquisição de competências que permitam a apropriação pelos alunos
de métodos de estudo e de trabalho.
Desenvolvimento de atitudes e capacidades que favoreçam uma cada
vez maior autonomia na realização das aprendizagens
Fundamentos:
Ensinar o estudante a actuar estrategicamente ao longo do seu processo
de aprendizagem
O estudante deve seguir uma estratégia de aprendizagem:
a)1ª fase: planificação: decide o que vai fazer e como vai fazer
b)2ª fase: realização: das tarefas e controlo do curso de acção
c)3ª fase: avaliação: análise da própria acção para proceder a
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uma auto-regulação
Acetato:
Educação Cívica
Área curricular não disciplinar
Os estudantes:
Aprender aspectos da vida social e cívica em consequência da
discussão e do debate de ideias e da resolução de problemas.
Participar em experiências na escola e fora dela, em iniciativas sociais,
instituições de solidariedade, etc.…
Aula 8
07/12/04
37
Metodologia que pode ser aplicada em qualquer disciplina.
METODOLOGIA DE PROJECTO
ENSINAR INVESTIGANDO
O PROBLEMA DA AVALIAÇÃO
Não é possível fazer um projecto sem pensar na avaliação:
A avaliação do processo de um trabalho realizado em grupo implica
um trabalho de observação quase permanente (deve o professor vigiar,
avaliar e incentivar constantemente de maneira a que seja uma
avaliação formativa – avaliação de cada dia, cada aluno, …)
A avaliação do produto implica a tomada de posição sobre:
-o problema abordado e a clareza dos objectivos;
-as bases teóricas e a documentação mobilizada;
-a metodologia utilizada e a recolha de dados;
-as destrezas demonstradas – redacção, gráficos, etc. …;
-os conteúdos mobilizados para o trabalho;
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-o grau de análise e de interpretação feita sobre os dados recolhidos
-a relevância das conclusões
-a apresentação do trabalho – correcção, qualidade, etc. …
A avaliação da sessão de exposição e de discussão dos resultados
implica o julgamento das capacidades de comunicação: apresentação,
debate, discussão e crítica.
O PAPEL DO PROFESSOR
-Orientador: definir com os alunos o tema, a área e os objectivos;
-Guia: ajudar na formação dos grupos e estabelecer com os alunos o
plano de actividades;
-Professor: ensinar os métodos e as técnicas de investigação;
-Assessor: ajudar a resolver problemas técnicos e apontar soluções;
-Crítico: questionar as decisões adoptadas, discutir as interpretações,
rever os resultados obtidos;
-Assistente: facilitar o acesso a certas instituições e pessoas, apoiar a
realização das actividades, a elaboração de bibliografia, o trabalho estatístico, a
redacção, etc. …
-Apoio: promover o estímulo e a confiança;
-Amigo: ampliar o interesse a aspectos não académicos da vida do
estudante;
-Gestor: orientar o ritmo do trabalho e controlar a sua progressão;
-Examinador: definir e aplicar critérios de avaliação.
VANTAGENS DA METODOLOGIA DE PROJECTOS
-Intelectuais:
A aprendizagem é mais fácil e mais eficaz (quando se estuda através
do interesse)
Possibilita a abordagem de temas mais ambiciosos e diferentes
Permite a divisão do trabalho de acordo com os interesses e as aptidões
Desenvolver atitudes críticas e capacidades de discussão e
argumentação
39
-Sociais: desenvolve a capacidade de conviver e de se organizar
colectivamente
-Morais: fomenta a disciplina, o respeito pelos outros e a responsabilidade
pessoal.
(Se o prof. não vê valor nenhum à área projecto, como é que vai pôr os alunos
a trabalhar nessa área. Tem de haver também motivação por parte dos profs.)
-------------------------------//-------------------------------
O TRABALHO DE CAMPO:
-temos de colocar um problema;
-e depois usar metodologia para tentar responder à pergunta;
-qualquer aula tem de ter uma organização científica.
40
Aula 9
14/12/04
Tema 4:
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR: A
GESTÃO DO CURRÍCULO
41
PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA.
1ª FASE: CONCEPÇÃO.
(abrange muitos aspectos do PEE).
Caracterizar o contexto: escola/professores/alunos/comunidade.
Identificar os processos (educativos, sociais, culturais), estabelecendo as
prioridades de intervenção.
Perspectivar a acção: articular os saberes das áreas disciplinares e não
disciplinares.
Fazer a leitura das competências gerais e específicas.
Definir os objectivos do projecto: trabalhos complexos.
2ª FASE: CONCRETIZAÇÃO.
Elaboração do projecto:
Enquadramento das acções curriculares e não curriculares.
Programação das estratégias e actividades.
Concepção da avaliação: modelos/instrumentos/previsão de resultados.
Realização do projecto (decorre durante a ano lectivo).
3ª FASE: AVALIAÇÃO
42
Desenvolvimento dos mecanismos de avaliação.
Aplicação dos instrumentos de avaliação e tratamento dos dados.
Correcção do projecto (caso os resultados não tenham sido satisfatórios).
Pormenorizadamente…
1ª FASE: PREPARAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO
1. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA:
Análise do problema (prof., escola, alunos, empregados)
Definição dos domínios e áreas de intervenção.
2. NECESSIDADE DO PROJECTO:
Identificação das opções e prioridades curriculares.
Indicação clara dos níveis de concretização do projecto.
43
3ª FASE: DEFINIÇÃO DOS OBJECTIVOS E METAS
1. DEFINIÇÃO A VÁRIOS NÍVEIS:
Ordenamento dos objectivos segundo prioridades.
Utilização de um sistema de classificação.
44
1. CONCEBER OS PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO E OS INSTRUMENTOS
NECESSÁRIOS:
PROGRAMADO:
OBTIDOS:
4. PROSSEGUIMENTO DO PROJECTO:
Perspectivar novas acções a partir dos resultados da avaliação.
Aula 10
04/01/05
45
ALGUNS ASPECTOS SOBRE PROJECTOS CURRICULARES DE
TURMA.
46
Concepção da avaliação: modelos/instrumentos/prevenção de
resultados.
-Realização do projecto
47
O que interessa é ser “competente em”. Nesse sentido, depois então
estabelecem-se estratégias para que os alunos adquiram essas competências.
Essa informação seria muito importante para os outros professores para poder
haver interdisciplinaridade.
Assim podiam-se aproveitar as estratégias para todas as disciplinas e adaptar
materiais usados.
Este exemplo é um exemplo de PCT feito para ser “posto num dossier”
Aula 11
11/01/05
Tema 5:
48
PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR:
CONSTRUÇÃO DE PROJECTOS
CURRICULARES/MARCOS DE REFERÊNCIA
Objectivos
Definir as fases da Revolução Industrial *
Reconhecer/identificar todos os adjectivos de um texto *
NÃO É UM OBJECTIVO.
Confunde o objectivo a atingir com a acção. Deveria figurar na coluna das
actividades/estratégias. Este verbo é de evitar aquando da redacção do objectivo.
49
Domínio cognitivo, mas não é objectivo.
NÃO É UM OBJECTIVO, MAS UMA FINALIDADE. Substituir o verbo definir por
reconhecer (mas continua a ser uma finalidade).
Fazer uma dramatização.
*** Finalidade.
TAXONOMIAS”
50
Texto 7: Birzea, C. “Definição e critérios de operacionalização dos
objectivos pedagógicos” in Operacionalizar os objectivos pedagógicos
Quanto ao domínio:
Objectivos cognitivos
Objectivos comportamentais (atitudes)
Objectivos expressivos (segundo Bloom são afectivos)
51
O critério da performance: objectivos que se referem às aquisições
imediatas, a desenvolver num dado contexto e a breve prazo.
OBJECTIVOS COGNITIVOS
Benjamin Bloom
52
Modelo de Mager/modelo de Gagné-Briggs (autores de linhas
behaviouristas: objectivos de treino)
OBJECTIVOS EXPRESSIVOS
Teorias Humanistas – Eisner (psicólogo de aprendizagem)
53
Aula 12
18/01/05
Tema 5:
PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR:
CONSTRUÇÃO DE PROJECTOS
CURRICULARES/MARCOS DE REFERÊNCIA
PLANIFICAR O CURRÍCULO
Qualquer planificação por competência exige:
1.º MOMENTO – definir a competência que envolve
-saber
-saber fazer
-saber ser
2.º MOMENTO – especificar a(s) experiência(s) pedagógica/didáctica (saber
agir).
(aluno tem que realizar = saber agir)
-prof. tem de promover o treino.
-trabalhar por competências é incentivar o treino.
-é organizar experiências de aprendizagem de modo que os alunos
actuem na sala de aula (preocupação em manter o aluno activo, em treinar o aluno, em
fazer o aluno trabalhar)
-LIGAÇÃO ÀS TEORIAS SOCIOCONSTRUCTIVISTAS que apelam aos
momentos de partilha. O prof. ajuda o aluno a construir as próprias aprendizagens. A
sequência das experiências assim como pensada pelo prof. é fundamental para formar
o aluno no sentido de trabalhar e de adquirir competências.
54
3.º MOMENTO – avaliar as competências adquiridas (não é a mesma coisa que
avaliar saber)
Avaliar uma competência significa avaliar não os saberes mas sim o
saber agir e o saber tornar-se.
Avalia-se a competência numa novas situação.
-As experiências pedagógicas são sempre ligadas ao saber agir, por isso os
alunos adquirem saberes que depois têm de aplicar.
55
É muito difícil de definir as competências, os graus de
competências nas disciplinas de português ou de língua em geral, por
exemplo.
Teoricamente, os autores ainda não conseguiram
estabelecer uma estabilidade para o conceito de competência. As
primeiras linhas de desenvolvimento não eram as socio-cognitivistas mas
as comportamentais, estando estas últimas relacionadas com o saber
fazer. Há, portanto, uma evolução do próprio conceito. Por isso, ainda
não sabemos o que se vai passar com o conceito.
Ministério da Educação define competência como saber
em acção (mas não nos diz em que dimensão).
Existe ainda confusão entre competência e capacidades
para.
56
-noção de competência transversal é questionável (prof. de matemática,
por exemplo, será difícil inserir a formação para a cidadania na sua disciplina)
Pág. 12
“Isto não significa que seja necessário criar reformas curriculares…”
É possível encontrar nas diferentes disciplinas erros de concepção teóricos.
Muitos professores dizem que a competência é contra o saber (outra crítica
apontada pelo autor)
(O que é isto de saber e treinar? É a pergunta que os profs. colocam.)
Pág. 13
“A evolução do Currículo… é ameaçadora”
-A moda da noção de competência nos serviços comerciais traz suspeita
acerca da noção de competência porque é como se estivéssemos a trabalhar num
serviço de recursos humanos constantemente;
-Não é possível pormenorizar os níveis de competência (ou se sabe fazer ou
não se sabe)
Pág. 19
-aponta que há resistências ao currículo por competência
-cada um quer defender as suas disciplinas e não se preconiza a
interdisciplinaridade.
-concepção elitista da escola
Tornar todos os alunos competentes vai contra a concepção de escola
elitista, pois toma todos os alunos sem excepção competentes.
-trabalhar por competências é trabalhar para descer o nível das escolas.
-trata-se de uma visão conservadora da cultura
-outros profs. não dizem que as competências não se ensinam, apenas podem
ser criadas situações em salas de aula.
57
É necessário desenvolver uma pedagogia socio-constructivista e uma
pedagogia diferenciada.
58
Aula 13
25/01/05
Tema 6:
PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR:
ORGANIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS/ACTIVIDADES
Os problemas da motivação
Para fazer qualquer tarefa -ligação às teorias da aprendizagem
-interesse
Tecnicamente, aprendemos:
-10% do que lemos
-20% do que ouvimos
-30% do que vemos
-50% do que ouvimos e vemos
-70% do que dizemos
-90% do que fazemos
59
Aluno só aprende com o que faz. Por isso, a selecção das actividades na sala
de aula é para o aluno fazer.
DESCOBERTA
BRUNER (1966)
Actividades organizadas como um método de descoberta, com o envolvimento
activo do aluno que constrói o saber a partir de problemas que levanta.
SIGNIFICAÇÃO
AUSUBEL (1960, 1976)
Actividades devem ser significativas e estar relacionadas com o que o aluno já
sabe.
AUTONOMIA
ROGERS (1966, 1970)
Actividades centradas no aluno, na liberdade de aprender. O aluno trabalha
por sua própria iniciativa.
COOPERAÇÃO
FREINET (1944), BONDURA (1970, 1980)
Actividades de aprendizagem exigem métodos cooperativos e um ambiente
que favoreça a socialização.
DIFERENCIAÇÃO
LEGRAND (1973)
60
Actividades diferenciadas, exigem adaptação às características individuais e
colectivas.
MODELO PEDAGÓGICO
Constitui a linha orientadora das acções, que interpreta, explica e dirige o
ensino e a aprendizagem.
MÉTODO PEDAGÓGICO
Modo de organizar as práticas de seleccionar os mecanismos da acção
pedagógica.
Um caminho para… adquirir um conhecimento, uma capacidade ou um valor.
TÉCNICA
Conjunto de passos preciosos para pôr o método em acção. É o modo de
conduzir e organizar as actividades.
ESTRATÉGIA
Forma como se organizam e se combinam cronologicamente e conjunto de
métodos, técnicas, materiais e actividades de ensino e aprendizagem.
TECNOLOGIA
Sentido amplo: ordenamento do processo educacional de acordo com as
diversas correntes: desde as científicas, às pedagógico-didácticas, às psicológicas, até
às teorias da comunicação.
Sentido restrito: utilização e adequação dos meios de comunicação e de
informação dos ambientes de aprendizagem.
61
Textos – Roman Perez “Metodologia Didáctica: Métodos y técnicas
metodológicas” 196/7: exemplo de mapas conceptuais (Barrio).
MODELOS DE ENSINO
MODELO DAS PEDAGOGIAS ACTIVAS: centrado no aluno, que tem que trabalhar
para aprender.
PERCUSSORES
-COMÉNIO, Didáctica Magna, 1640
A organização do trabalho escolar em atenção às diferenças
individuais
A partir do concreto para o abstracto
Complexidade crescente dos conteúdos (do simples para o
complexo)
62
Do simples para complexo, do próximo para remoto
Trabalho de grupo para potenciar a socialização
63
“École pour la vie et par la vie”
Formação de centros de interesse
Organização das aprendizagens a partir da observação directa e
da recolha de dados
Conceber formas de experiência da aprendizagem: redacção,
debates, conferências, desenho, fabricação…
IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE
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Avaliação: auto aprendizagem e auto avaliação.
AUTONOMIA (1995)
-MC. LUHAN (1995)
-PIERRE LEVY (1995)
-autonomia ao aluno
-métodos de trabalho pessoais
-aprendizagem em situação: através das novas tecnologias
-Prof.: tutor de ausência de prof.
-auto avaliação.
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