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Guia de investimento em

Renda
Fixa

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Sumário
Introdução 03

1. O que é e como funciona um investimento de renda fixa 04

1.1 Rentabilidade prefixada e pós-fixada 04

1.2 Riscos 05

2. Como investir? 07

2.1 Perfil de investidor 07

2.2. Escolha o investimento adequado a seus objetivos 08

2.2.1 CDB 08

2.2.2 Tesouro Direto 10

2.2.3 LCI e LCA 12

2.2.4 Debêntures 14

2.2.5 LC 15

2.2.6 Letras Financeiras 17

2.2.7 CRI e CRA 19

2.2.8 Poupança 20

2.2.9 Fundos de Renda Fixa 22

3 Passo a passo para investir 25


Introdução

O que é o
iQ360?
O IQ360 foi criado em 2017 com a missão de tornar a vida do consumidor o mais
fácil e transparente possível. Criamos e-books, comparadores, artigos e ferra-
mentas para ajudar os brasileiros a tomarem a melhor decisão em momentos
importantes de suas vidas. Somos analistas, desenvolvedores web e designers
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O que é e como funciona um investimento de renda fixa?

Capítulo 1

O que é e como funciona


um investimento
de renda fixa?
Os investimentos de renda fixa são todas as aplicações de dinheiro que têm rendimento
com base em um intervalo de tempo definido. Um exemplo simples é a clássica Poupança.
A cada mês, ela rende uma porcentagem sobre o dinheiro lá guardado. Esse rendimento
pode ser constante, ou variável, mas ele sempre existe — por isso, renda “fixa”.

O investimento em renda fixa funciona como um empréstimo de dinheiro. Mas, em vez de


ser uma pessoa quem pega o dinheiro emprestado, quem faz isso são os bancos, as empre-
sas ou, até mesmo, o governo. Para concluir os empréstimos, essas instituições emitem
títulos que são comprados pelos investidores. Os títulos são a garantia de que o emprésti-
mo, além de ser pago, terá juros, e são esses juros que compõem o rendimento da renda
fixa.

A emissão de títulos é interessante para as organizações, pois eles ajudam a captar recursos
e financiar a operação. E a vantagem para os investidores é que, ao contrário do mercado de
ações, por exemplo, o investimento em renda fixa tem maior previsibilidade e estabilidade
— dependendo do título escolhido, é possível saber quanto dinheiro será ganho desde o
início.

Existem vários tipos de títulos diferentes, cada um com seus rendimentos, prazos, riscos e
custos. Na maioria dos casos, os títulos se dividem em duas categorias: rentabilidade
prefixada ou pós-fixada. Entenda mais sobre elas a seguir.

1.1 RENTABILIDADE PREFIXADA E PÓS-FIXADA

Para calcular os rendimentos que as aplicações de renda fixa terão, o mercado financeiro
utiliza uma série de indexadores como referência. O valor desses índices varia com o tempo,
sendo mais comuns os seguintes: a taxa de juros interbancária (CDI),  o índice de preços que

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O que é e como funciona um investimento de renda fixa?

mede a inflação (IPCA) e a taxa básica de juros do país (Selic).

Tanto os investimentos prefixados quanto os pós-fixados utilizam esses indexadores.


A diferença é que, enquanto nos prefixados o valor do indexador usado no cálculo é sempre
o mesmo — como se ele estivesse “congelado” —, nos pós-fixados, o rendimento varia junto
com a flutuação dos índices, podendo subir ou cair.
Resumindo, temos a seguinte comparação:

PREFIXADO PÓS-FIXADA

- Cálculo do rendimento usa valor “con- - Cálculo do rendimento varia de acordo


gelado” de um indexador; com a flutuação de um indexador;

- O ganho final já é conhecido no momen- - O ganho final não é conhecido no


to da aplicação; momento da aplicação, mas existem
estimativas;
- Caso o indexador suba, pode resultar
em perda de oportunidade, pois a - Em geral, têm maior liquidez. Portanto,
aplicação renderá menos em compara- se a taxa de juros cair é possível resgatar
ção com o pós-fixado; o dinheiro

- Ideal para quando há tendência de - Ideal para quando há tendência de alta


queda dos juros, pois isso faz com que a dos juros, pois isso resulta num cresci-
aplicação tenha rendimento maior que mento do rendimento da aplicação;
os títulos pós-fixados;

- Indicado para investidores mais experi- - Indicado para investidores mais conser-
entes, pois o investidor deve tentar vadores, pois o rendimento acompanha
prever os valores que a taxa de juros terá a variação do mercado.
no futuro.

1.2 RISCOS

Existem alguns riscos que precisam ser avaliados por um investidor antes que ele faça sua
primeira aplicação em títulos de renda fixa. O maior deles é relacionado à liquidez.
É possível encontrar títulos de renda fixa com alta liquidez, que podem ser sacados rapida-
mente, e baixa liquidez, que só podem ser sacados no fim de um longo período. Caso um
investidor escolha um investimento de baixa liquidez, ele precisa estar ciente que não

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O que é e como funciona um investimento de renda fixa?

poderá contar com aquele dinheiro por um tempo. Isso não significa que, em caso de
emergências, não seja possível recuperar o investimento, mas a burocracia e as multas
farão com que o investidor tenha perdido tempo e dinheiro.

Em seguida, nós temos dois riscos relacionados ao mercado. São situações extraordinárias
que dificilmente irão acontecer. A primeira delas é para o caso de a inflação ser tão grande
ao longo dos anos, que, ao fim de um investimento prefixado, o preço dos produtos tenha
subido a tal ponto que o rendimento do investidor terá sido relativamente pouco –– afinal,
o preço de tudo terá crescido demais no período, o que reduz o poder de compra.

Já a segunda situação, um pouco mais provável, diz respeito a uma variação grande da taxa
de juros (Selic) do país. Caso a Selic suba muito, um investidor que optou pelo título prefixa-
do verá que outros títulos com rendimentos que acompanham a inflação terão resultados
muito melhores que o seu. Por outro lado, caso a Selic caia muito, outro investidor que
tenha escolhido um título pós-fixado poderá ver uma queda brusca nos seus rendimentos.
Porém, em nenhuma dessas situações há uma perda do dinheiro investido. O risco está
apenas na queda do rendimento.

Por fim, existe o risco de falência da instituição financeira que emitiu o título de renda fixa.
Mesmo que isso ocorra, o dinheiro investido e a rentabilidade acumulada até a data de
falência estarão protegidos até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. A
garantia é dada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que é uma entidade privada e
sem fins lucrativos responsável pela proteção de todos os correntistas, poupadores e
investidores do país.

Assim, caso o investidor pretenda aplicar mais que R$ 250 mil, aconselha-se que ele divida
sua aplicação em mais de uma instituição financeira ou deixe um dos investimentos no CPF
de alguém próximo. Dessa maneira, em caso de falência, o maior risco será apenas do
investidor não receber seu dinheiro na data que esperava.

Alguns exemplos de produtos de renda fixa que contam com a proteção do FGC são investi-
mentos relacionados a letras (ou, títulos) de câmbio (LC), imobiliárias (LI), hipotecárias (LH),
de crédito imobiliário (LCI) e de crédito do agronegócio (LCA). Há também cobertura de
investimento com base no Certificado de Depósito Bancário (CDB) e na tradicional
poupança. Você encontrará mais informações sobre cada um desses investimentos nas
próximas páginas.

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Como investir

Capítulo 2

Como investir
2.1 PERFIL DE INVESTIDOR:

Por serem mais seguros que outras modalidades de investimento, os títulos em renda fixa
têm destaque entre as pessoas que estão dando seus primeiros passos no mercado finan-
ceiro. Ainda assim, dos 68 milhões de brasileiros que têm conta em banco, apenas cinco
milhões investem em renda fixa, enquanto mais de 57 milhões utilizam a poupança.

Como existem aplicações de renda fixa tão seguras quanto a poupança e com rendimentos
superiores, a procura por esse tipo de investimento tem aumentado nos últimos meses. Um
exemplo disso é o crescimento de 73%, no último ano, de pessoas cadastradas no Tesouro
Direto, que é um programa público de investimento em títulos de renda fixa. Mas, antes de
escolher seu tipo de investimento, o investidor precisa primeiro conhecer o seu próprio
perfil.

Para cada tipo de pessoa há um investimento alinhado com seus objetivos. E os dois quesit-
os que mais influenciam na formação do perfil do investidor são: o risco que ele aceita
correr e o tempo que ele está disposto a ficar sem seu dinheiro.

Em relação ao risco, é preciso ressaltar que todos os investimentos em renda fixa apresen-
tam quase nenhum perigo, afinal, a maioria deles é assegurada pela FGC. O verdadeiro risco
está, na verdade, em ganhar mais ou menos dinheiro, mas nunca perdê-lo. Caso o investi-
dor escolha um investimento prefixado, por exemplo, e os indexadores aumentarem nos
anos seguintes, o rendimento será menor se comparado com um título pós-fixado, que tem
rendimentos que variam com os índices.

Já o nível de prazo diz respeito a quanto tempo o investidor está preparado para deixar seus
investimentos “parados” e rendendo. Cabe ao investidor avaliar se ele tem uma boa reserva
financeira de emergência, se há estabilidade no seu trabalho e se ele não pretende gastar
esse dinheiro durante o período do investimento.

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Como investir

2.2 ESCOLHA O INVESTIMENTO ADEQUADO A SEUS OBJETIVOS:

2.2.1 CDB

O que é?

O CDB (certificado de depósito bancário) é um título emitido pelos bancos que é com-
prado pelos investidores. Com a venda desses papéis, os bancos conseguem dinheiro
para financiar suas atividades. Em termos simples, é como se o investidor
emprestasse seu dinheiro para o banco. O pagamento desse empréstimo é a rentabili-
dade do investimento, e pode ser feito diariamente ou após um determinado período.

Tipos

CDB prefixado: o investidor acerta previamente com o banco uma taxa fixa de rendi-
mento. Assim, durante todo o tempo de vigência do título, o investidor será remunera-
do de acordo com a taxa combinada. É indicado quando a taxa de juros está alta e com
tendência de queda. Esse cenário é comum, por exemplo, em tempos pré-recuper-
ação econômica.

CDB pós-fixado: o rendimento é baseado em alguma taxa de referência do mercado.


Esse é o tipo mais comum de CDB e o principal índice utilizado no cálculo é o CDI (Cer-
tificado de Depósito Interbancário), que é muito próximo à taxa básica de juros do país
(Selic). É indicado quando a tendência da taxa é subir ou, pelo menos, permanecer
alta.

CDB com taxa de juros prefixada indexado a um índice de inflação: esse é um


título misto, em que o investidor tem, ao mesmo tempo, um rendimento constante a
partir de uma taxa prefixada, e conta também com um rendimento variável, que
acompanha um índice de inflação (normalmente, o IPCA). É a melhor opção para
quem quer proteger seu poder de compra, pois ele acompanha a variação dos preços,
e ainda assim obter um ganho real.

Risco:

Aplicação garantida pelo FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição
financeira.

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Como investir

Aplicações mínimas:

O CDB tem valor mínimo para aplicação, que pode variar, de acordo com a instituição
financeira, entre R$ 1.000 e R$ 50.000 — ou até mesmo mais que isso.

Liquidez:

Existem CDBs com liquidez diária e outros com vencimentos para prazos maiores,
como quatro anos ou mais, por exemplo. Isso significa que o investidor tem como
opção tanto um título que pode ser resgatado diariamente, sem nenhuma perda,
quanto uma aplicação com prazo mais longo, que apresenta maior rendimento.

Vantagens Desvantagens

- Assim como outros investimentos de - Para aplicações com menos de 30 dias, o


renda fixa, CDBs não têm taxas de investidor tem de pagar o Imposto sobre
aplicação; Operações Financeiras (IOF) – o mesmo se
aplica em quase todas as aplicações em
- Rentabilidade próxima à Selic, no CDB renda fixa;
pós-fixado.
- O Imposto de Renda é obrigatório para
– Possibilidade de liquidez diária todos os investimentos em CDB. A alíquota
varia de acordo com o prazo do título, e o
– Pode ser usado como garantia para oper- imposto incide apenas sobre a rentabili-
ações mais avançadas, quando o investidor dade da aplicação, não pelo montante total
tem interesse em diversificar seus investi- investido.
mentos entre renda fixa e renda variável.

Dica:
Não é preciso comprar o CDB no banco em que se tem conta. O investimento pode ser feito
em corretoras que aplicam o dinheiro em vários bancos, o que facilita para o investidor ter
acesso a uma grande variedade de taxas de rendimento. Além disso, nem toda instituição
bancária paga 100% do CDI, então é preciso pesquisar antes de investir. Algumas pagam
apenas 80% do CDI, mas há outras que até mesmo passam dos 100%. Bancos menores e
corretoras, normalmente, oferecem melhores porcentagens de rendimento do CDI. E se o
banco quiser pagar menos de 95% do CDI, outros títulos se tornam mais interessantes,
como o Tesouro Direto.

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Como investir

2.2.2 TESOURO DIRETO

O que é?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional criado para estimular pessoas


a comprarem títulos públicos federais pela internet. Esses títulos são aplicações de
renda fixa que são pagos com recursos do Governo Federal. Quando um investidor
compra um desses títulos, é como se ele emprestasse dinheiro diretamente ao gover-
no para, em troca, receber uma remuneração pelo empréstimo.
Os recursos do Tesouro Direto são utilizados pelo governo para financiar projetos em
pastas públicas, como saúde, educação, infraestrutura. E como nenhum país no
mundo quer ser considerado caloteiro, pois isso afastaria investimentos internaciona-
is, o investidor não tem o que se preocupar quanto à garantia do seu pagamento.

Tipos
Tesouro Selic: Título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica do país
(Selic). O resgate do dinheiro pode ser feito a qualquer momento, ou no vencimento do
título. Essa aplicação é Indicada para investidores que visam o curto prazo e têm perfil
mais conservador.
Tesouro Prefixado: Título com rendimentos definidos no momento da aplicação. Vale
a pena caso o investidor acredite que a taxa prefixada será maior que a inflação duran-
te o período da aplicação.
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: Esta aplicação tem rentabilidade prefixa-
da, sendo a única diferença que seus juros são pagos a cada semestre. Como todos os
títulos do Tesouro Direto, o valor pode ser resgatado a qualquer momento, mas fazer
isso pode resultar em perdas na rentabilidade da aplicação.
Tesouro IPCA+: Aplicação com rentabilidade diretamente ligada à variação do índice
oficial que mede a inflação do país (IPCA). O resgate do dinheiro pode ser feito antes do
fim do prazo estipulado, mas isso pode resultar em perdas da rentabilidade do título.
É indicado para investidores que querem garantir rendimentos reais maiores, pois a
variação acima da inflação já está garantida.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais: Este título também tem seus rendimentos
ligados à variação da inflação, somados a um valor fixo definido no momento da
aplicação. A diferença é que o pagamento dos juros é semestral. É indicado para inves-
tidores que querem ter um fluxo de rendimentos periódicos durante o tempo de vigên-
cia da aplicação.

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Como investir

Risco:

Os títulos públicos contam com garantia de 100% pelo Tesouro Nacional. E a proteção
existe tanto para o montante investido, quanto para a rentabilidade, independente do
valor.

Aplicações mínimas:

Como o programa público tem intenção de incentivar as pessoas a investirem no


Tesouro Direto, os valores mínimos das aplicações começam em R$ 30, ou 1% do valor
do título escolhido.

Liquidez:

Todos os títulos do Tesouro Direto podem ser resgatado a qualquer momento. Isso
pode trazer perdas ou ganhos para rentabilidade da aplicação, pois o título é compra-
do a valor de mercado.

Vantagens Desvantagens

- É o investimento de menor risco do Brasil - Não é isento de Imposto de Renda

- Possibilidade de resgate do dinheiro diari- - Possui uma taxa de custódia obrigatória


amente. de 0,3% ao ano sobre o valor total investido,
cobrada pela B3 (antiga BM&FBovespa, a
bolsa brasileira).

Dica:
Os títulos do Tesouro Direto podem ser vendidos antes do prazo, mas, para que o investi-
dor não perca dinheiro, é preciso que ele tenha experiência na área e saiba quando o
preço oferecido pelo mercado está vantajoso. Para investidores iniciantes, o
recomendável é que o dinheiro seja recolhido apenas no vencimento da aplicação, assim
não há riscos de perda do capital investido.

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2.2.3 LCI E LCA

O que é?

LCI e LCA são letras de crédito emitidos por instituições financeiras para bancar as ativi-
dades de empresas do setor imobiliário (LCI) e agrícola (LCA). Em épocas de colheita,
por exemplo, é comum empresas rurais solicitarem crédito aos bancos. E quando uma
pessoa compra um desses títulos, é como se o banco estivesse usando o dinheiro do
investidor para fazer o empréstimo às empresas.
Conforme as empresas pagam o empréstimo que fizeram ao banco, a instituição finan-
ceira lucra e ainda paga os rendimentos das letras compradas pelo investidor. Esse
tipo de aplicação é considerada de baixo risco, pois, em relação a outros setores da
economia, os mercados imobiliário e agrícola são mais estáveis.

Tipos

LCI/LCA prefixado: O investidor acerta previamente com o banco uma taxa fixa de
rendimento. Assim, durante todo o tempo de vigência do título, o investidor será remu-
nerado de acordo com a taxa combinada. É indicado quando a taxa de juros está alta
e com tendência de queda. Esse cenário é comum, por exemplo, em tempos pré-recu-
peração econômica.

LCI/LCA pós-fixado: O rendimento é baseado na flutuação da taxa básica de juros do


país (Selic), pois parte do cálculo dos rendimentos utiliza o CDI (Certificado de Depósito
Interbancário), que é muito próximo da Selic.

Risco:

Aplicação garantida pelo FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição finan-
ceira.

Aplicações mínimas:

As aplicações mínimas têm início, geralmente, em R$ 5 mil, mas existem, inclusive,


títulos em instituições financeiras com valores iniciais de R$100 mil.

Liquidez:

Os prazos dos títulos de LCI/LCA começam em, no mínimo, três meses, e podem chegar
a mais de 2 anos.

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Vantagens Desvantagens

- Isenção de Imposto de Renda (Pessoa - Baixa liquidez, pois os recursos apenas


Física), o que aumenta o rendimento final podem ser resgatados na data de venci-
da aplicação. mento do ativo.

Dica:

As LCI/LCA prefixadas são mais difíceis de encontrar no mercado e valem a pena se os


juros caírem ao longo do período de aplicação. Como isso é muito difícil de prever, geral-
mente os papéis pós-fixados são mais interessantes. Quanto à baixa liquidez, esses
títulos podem ser vendidos no mercado secundário, que é quando um investidor vende
seus títulos para outro investidor. Isso aumenta a liquidez do investimento e, inclusive,
cria possibilidade para resgate diário do dinheiro. Só que, com exceção do Tesouro
Direto, esse tipo de operação não é tão simples e é recomendada para investidores mais
experientes.

Ferramentas IQ

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de Renda
Fixa
Simular

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2.2.4 DEBÊNTURES

O que é?

Debêntures são títulos de dívidas emitidos por empresas que são colocados à venda.
Assim como outros títulos de renda fixa, a debênture funciona como um empréstimo,
e com ela as empresas são capazes de captar dinheiro mais rapidamente. Como esse
título é emitido por uma empresa, e não pelo governo ou por uma uma instituição
financeira, as aplicações em debêntures costumam ter porcentagens de rendimento
maiores, pois são mais arriscadas.

Tipos

As debêntures podem ser prefixadas, pós-fixadas ou híbridas. Essas categorias já


foram apresentadas em outras aplicações, mas, além de serem divididos de acordo
com o rendimento que terão, as debêntures também se organizam em: aplicação
simples e permutável.

Debêntures simples: Título comum, que não pode ser convertido em ações da
empresa após o prazo de vencimento das aplicações.

Debêntures permutáveis (ou conversíveis): Estes títulos podem ser transforma-


das em ações da empresa que os emitiu ao fim do período negociado. Dessa maneira,
o investidor se torna sócio da empresa e passa a ter os devidos benefícios, direitos,
deveres, referentes à posição.

Risco:

Não tem a garantia do FGC. Além disso, a rentabilidade e os riscos das debêntures são
detalhados pela empresa no ato da emissão dos títulos. É considerada o título de
renda fixa mais arriscado que existe.

Aplicações mínimas:

As aplicações mínimas iniciam, normalmente, a partir de R$1 mil. Mas como esses
valores são determinados pelas empresas, algumas podem dificultar o acesso apenas
para grandes investidores, com valores iniciais de R$ 100 mil, R$ 300 mil ou até mais.

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Como investir

Liquidez:

Cada empresa determina como será sua liquidez, então é preciso que o investidor
esteja atento antes de concluir a aplicação. Normalmente, os títulos são de médio a
longo prazo, com mínimo de dois anos e máximo de cinco anos. E para aumentar a
liquidez, assim como as LCI/LCA, as debêntures podem ser vendidas no mercado
secundário.

Vantagens Desvantagens

- Taxas de rendimento acima da média dos - Não possuem garantia pelo FGC;
títulos de renda fixa;
- Por ser emitida por empresas, as debên-
- Debêntures feitas com empresas do setor tures têm risco maior, em comparação com
de infra-estrutura são isentos de Imposto outros títulos de renda fixa.
de Renda;

Dica:
Pesquise quais debêntures estão disponíveis no mercado secundário — ou seja, quais
estão sendo revendidas por investidores que as compraram diretamente com as empre-
sas. Caso não encontre nenhuma interessante, busque então por novos títulos emitidos
no mercado primário.

2.2.5 LC

O que é?

Quando uma pessoa ou uma empresa faz um financiamento com um banco, é feito um
empréstimo com a instituição bancária. Em troca de receber todo o dinheiro que preci-
sa de uma vez, a pessoa ou empresa aceita pagar durante anos dezenas de parcelas
referentes a esse dinheiro. Só que, para fechar o acordo e entregar o dinheiro à pessoa
ou empresa, o banco precisa captar esse recurso, e isso é feito com as letras de câmbio
(LC). Portanto, quando um investidor compra esse título, ele está ajudando um banco
a emprestar dinheiro para alguém.

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Como investir

Tipos

LC pós-fixada: Esta modalidade tem sua remuneração ligada a uma porcentagem do


CDI, que tem oscilação de acordo com o mercado financeiro. Por isso, é o tipo de letra
de câmbio mais seguro.

LC prefixada: Com este título, o investidor saberá desde o início qual será a rentabili-
dade que ele terá quando for resgatar seu investimento. Isso porque o indexador
usado para cálculo é congelado, o que pode ser bom ou ruim, dependendo dos valores
que a taxa de juros tiver durante o período da aplicação. Afinal, se a taxa de juros subir,
a remuneração estará congelada e o investidor deixará de ganhar mais dinheiro.

LC híbrida: Esta terceira aplicação possui rentabilidade vinculada tanto à taxa de juros
quanto a outro indexador congelado do mercado, que pode ser o CDI ou o IPCA. Dessa
maneira, parte de seu rendimento varia com o mercado e a outra parte vem de uma
taxa fixa, definida no momento da aplicação.

Risco:

Aplicação garantida pelo FGC até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição finan-
ceira.

Aplicações mínimas:
As aplicações mínimas em letras de câmbio começam a partir de R$5 mil.

Liquidez:

Existem letras de câmbio que são comercializadas com vencimentos a partir de um ano
ou até mesmo com rentabilidade diária, mas o mais comum é encontrar prazos e
carências entre dois e três anos.

Vantagens Desvantagens

- Investimento de baixo risco; - Sofre tributação do Imposto de Renda;

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Como investir

- Rentabilidade maior que de outros - Títulos com prazos extensos de aplicação;


títulos de renda fixa.
- Carência no prazo de resgate — ou seja,
não é permitida a retirada do dinheiro
antes do fim do prazo. Caso o investidor
precise fazer isso, ele terá que vender sua
aplicação para outro investidor, o que pode
causar perda de todo o rendimento.

Dica:
A rentabilidade deste tipo de investimento costuma ser mais alta, em comparação com outros
títulos de renda fixa que existem.

2.2.6 LETRAS FINANCEIRAS

O que é?

A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras
com a finalidade de captar recursos de longo prazo. Ela oferece aos investidores
melhor rentabilidade do que outras aplicações financeiras com liquidez diária ou com
prazo inferior a dois anos. Assim, a LF beneficia tanto as instituições financeiras, que
garantem recursos para si nos próximos anos, quanto aos investidores, que conseg-
uem bom rendimento para aplicações de longo prazo.

Tipos

LF pós-fixada: É a mais comum, com rendimento, normalmente, vinculado ao CDI.


LF prefixada: Esse tipo de título remunera o investidor de forma fixa, com base em
uma taxa de juros anual especificada antes da aplicação.
LF híbrida: Existem ainda letras financeiras atreladas a um índice, como o IPCA, que
mede a inflação do país. Esse tipo de aplicação ajuda a blindar o investidor contra a
inflação e, normalmente, tem rendimento associado com um outro indexador fixo.

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Como investir

Risco:
Não possuem garantia pelo FGC.

Aplicações mínimas:

Normalmente, o investimento mínimo é a partir de R$300 mil.

Liquidez:

O prazo mínimo é de dois anos e não há como fazer nenhum resgate, seja total ou
parcial, antes do vencimento.

Vantagens Desvantagens

- Por serem negociadas na bolsa, as letras - Não possui garantia pelo FGC;
financeiras podem ser resgatáveis antes,
através do mercado secundária (venda de - Investimento mínimo muito elevado
títulos entre investidores);
- Prazo mínimo de 24 meses para retirada
- Rentabilidade maior que de outros títulos do dinheiro.
de renda fixa.

Dica:

As letras financeiras são um dos títulos de renda fixa mais rígidos em


relação ao prazo dos investimentos. Portanto, apenas faça essa aplicação
se estiver certo de que não precisará do dinheiro pelos próximos dois
anos.

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Como investir

2.2.7 CRI E CRA

O que é?
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e de Recebíveis Agrícolas (CRA) são
títulos de renda fixa, emitidos exclusivamente por companhias securitizadoras de
crédito. Eles têm como objetivo financiar empresas dos setores imobiliário e agrícola.
Basicamente, o investidor que aplica nesses títulos irá receber como rendimento uma
parte dos pagamentos que as empresas desses dois setores fazem por conta de finan-
ciamentos que tomaram.

Tipos

CRI/CRA híbrido: Este título oferece a remuneração mais comum dos títulos CRI/CRA.
E além de garantir o rendimento da inflação, essa modalidade também é vinculada à
taxa de rendimento prefixada.

CRI/CRA pós-fixado: Neste título, o rendimento tem como base um percentual do


CDI, que tem variação próxima da taxa de juros básica do país (Selic). É preferível
quando há tendência de aumento dos juros e é o tipo mais seguro.

CRI/CRA  prefixado: O rendimento deste título é constante durante todo o período


da aplicação. Apresenta mais riscos, pois, caso a taxa de juros suba muito, o investidor
ganhará menos dinheiro, em comparação a outros títulos.

Risco:

CRI e CRA não têm cobertura do FGC. O risco desses títulos está na possibilidade dos
tomadores de empréstimo não pagarem suas dívidas. Portanto, é um risco maior que
o de outros títulos de renda fixa, como Tesouro Direto e CDB.

Aplicações mínimas:
As aplicações mínimas caíram nos últimos anos para esse tipo de título, pois tem
ficado mais difícil para as empresas agrícolas e imobiliárias conseguirem empréstimos
nos bancos (atividade ligada aos títulos LCI e LCA). Dessa maneiras, as empresas agora
buscam recursos nas companhias securitizadoras, o que fez com que o investimento
mínimo caísse para a partir de R$1 mil.

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Como investir

Liquidez:
Os prazos variam de acordo com a emissão dos títulos, mas, em geral, eles são mais
longos que os aplicados em títulos LCI e LCA.

Vantagens Desvantagens

- Há a isenção de Imposto de Renda para - Não possuem garantia do FGC;


pessoas físicas;
- Baixa liquidez, com recomendação de que
- Maior potencial de rendimento, em com- seja feito o resgate apenas na data de
paração com os títulos LCI e LCA. vencimento da aplicação.

Dica:
Como os títulos de CRI/CRA não possuem garantia do FGC, recomenda-se que o investi-
dor, antes de fazer sua aplicação, avalie os motivos pelos quais foram emitidos aqueles
títulos. Isso pode ajudar a conhecer os riscos da aplicação e, se ainda houve dúvida, o
investidor pode avaliar a qualidade do investimento através de uma agência de classifi-
cação de risco.

6.2 POUPANÇA

O que é?

A Poupança é a aplicação financeira mais tradicional que existe. Ela é composta da


seguinte maneira: Primeiro é feita a remuneração básica, com base na Taxa Referen-
cial, calculada a partir do valores pagos diariamente pelos CDBs prefixados dos
maiores bancos do país. Em seguida, é feito um pagamento adicional calculado a partir
da taxa básica de juros (Selic). Se a Selic estiver superior a 8,5%, o pagamento adicional
será de 0,5% ao mês. Agora, se ela estiver igual ou inferior a 8,5%, o pagamento será de
70% da meta da taxa Selic do ano.

Guia de investimentos em Renda Fixa 20


Como investir

Risco:

Assim como em outros investimentos de renda fixa, o risco é o da instituição financei-


ra. A poupança no entanto possui garantia do FGC. Portanto, apenas se o banco falir e
o investidor tiver mais de R$ 250 mil na Poupança, é que ele perderá uma parte do
dinheiro –– o que é extremamente improvável.

Aplicações mínimas:

Não há valor mínimo de investimento.

Liquidez:

A liquidez é diária e não existe prazo para o investimento.

Vantagens Desvantagens

- Facilidade na aplicação; - Possui um dos menores rendimentos


entre todos os tipos de investimento em
- Liquidez diária; renda fixa.

- Investimento com garantia do FGC.

Dica:
Todos os bancos do país devem oferecer aplicações em poupança sem custo.   Fique
atento se não há cobrança de taxas por serviços adicionais desnecessários.

Guia de investimentos em Renda Fixa 21


Como investir

6.2 FUNDOS DE RENDA FIXA

O que é

Os fundos de investimento são organizações que reúnem o dinheiro de vários investi-


dores para fazer aplicações mais arrojadas e com melhores rendimentos. Eles funcio-
nam como um grande pacote que reúne vários tipos diferentes de investimentos ao
mesmo tempo.

O gestor do fundo pode montar a carteira de investimentos com ações, títulos de


renda fixa, derivativos, moeda e muito mais. Se considerarmos um fundo de investi-
mento voltado apenas para títulos de renda fixa, saberemos que o gestor irá distribuir
os recursos nas várias aplicações que citamos neste ebook.

Tipos

Fundo de Curto Prazo: Em um fundo com esse perfil provavelmente irá aplicar o
recurso dos seus clientes em títulos públicos federais prefixados ou indexados à taxa
de juros do país. Outra opção também são os títulos indexados à inflação. Assim a
liquidez permanece alta e os riscos são baixos.

Fundo Referenciado: O objetivo desse fundo é reproduzir um índice de referência. O


tipo mais comum de Fundo Referenciado é o Fundo DI e neste tipo de fundo, o gestor
investe quase todos os recursos dos clientes em títulos públicos atrelados à Selic, para
tentar reproduzir o CDI. É indicado para investidores que não tenham problemas em
aceitar prazos mais longos.

Fundo de Renda Fixa: Este tipo de fundo tem mais liberdade para diversificar seus
ativos. Ele pode investir em títulos vinculados a crédito (como debêntures e CDBs), à
inflação e títulos do Tesouro Direito, pré ou pós-fixado. O único requisito é que, no
mínimo, 80% da sua carteira seja de títulos do Tesouro, ou ativos com baixo risco de
crédito, ou aplicações vinculadas a um indexador fixo. A rentabilidade destes tipo de
fundo costuma variar entre 90% e 110% do CDI.

Fundo de Renda Fixa Índice: Neste tipo de fundo o gestor tem como objetivo investir
em aplicações que superem as variações dos títulos públicos que são atrelados à

Guia de investimentos em Renda Fixa 22


Como investir

inflação. Não são permitidos título de Renda Variável (que são os pós-fixados), nem a
compra de aplicações vinculadas à Selic ou ao CDI. São permitidos apenas investimen-
tos a longo prazo com base em indexadores congelados. Dessa maneira, quando as
taxas de juros estão em queda, estes fundos têm rentabilidades elevadas, que podem
chegar a 200% do CDI. Mas, quando os juros estão em alta, a rentabilidade cai drastica-
mente.

Fundo de Renda Fixa Crédito Privado: Em um fundo com este perfil é preciso que,
no mínimo, mais da metade dos ativos investido em títulos de renda fixa emitidos por
emissores privados. O principal risco para um fundo desse tipo é o do calote, mas isso
pode ser reduzido com a diversificação das aplicações em vários emissores e da
análise de crédito feita pelo gestor antes de concluir o investimento.

Risco:

Fundos não têm garantia do FGC, mas isso não significa que eles tenham mais risco.
Isso porque, o dinheiro investido em um fundo não fica em posse do gestor. Ele fica
aplicado e, mesmo que o gestor venha à falência, os recursos dos investidores não se
misturam e podem ser transferidos para outro administrador.

Aplicações mínimas:

Os valores mínimos de investimento entre eles variam muito entre os fundos, mas é
possível encontrar corretoras que exigem aplicação inicial mínima de R$ 100,00.

Liquidez:

Existem fundos onde é possível fazer resgates diariamente, assim como há fundos que
só permitem resgates a partir de prazos maiores – alguns, por exemplo, trabalham
com resgates a partir de 60 dias. É importante que o investidor saiba quais são os
prazos do fundo antes de fazer sua aplicação.

Guia de investimentos em Renda Fixa 23


Como investir

Vantagens Desvantagens

- Possibilidade de acesso a aplicações mais - Grande parte dos fundos de investimen-


restritas, se comparadas com as opções que tos cobra o Imposto de Renda não apenas
o investidor tem quando investe sozinho; no resgate, mas também a cada semestre.
Dessa forma, duas vezes por ano o governo
- Todas as taxas são divididas proporcional- retira parte dos rendimentos do investidor.
mente entre os investidores do fundo; O valor recolhido deixa de fazer parte da
aplicação e o rendimento diminui. Esse
- Diversificação dos investimentos processo é conhecido como “come-cotas”.

Dica:
Existem fundos que cobram uma taxa de administração anual, quase sempre acompan-
hada por uma outra taxa de performance. Esses custos são calculados sobre os valores
das aplicações e dos rendimentos que o investidor fez, portanto, é preciso ter muita
atenção com o quanto se paga para o fundo. Busque fundos com taxas de adminis-
tração mais baixas.

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Guia de investimentos em Renda Fixa 24


Como investir

Capítulo 3

Passo a passo
para investir
Agora que você já sabe o que são investimentos de renda fixa e conhece o seu perfil de
investidor, chegou a hora de fazer sua primeira aplicação!
Para ajudar na escolha final, confira abaixo um resumo dos títulos de renda fixa citados
anteriormente. Demos destaque às principais vantagens que cada um deles tem para
ajudar na sua decisão.

Produtos com Produtos sem Produtos Produtos Produtos


opção de incidência de adequados adequados adequados
liquidez diária: Imposto de quando há quando há para alta de
Renda: alta de juros: baixa de juros: inflação:

CDB, Tesouro LCI,LCA, Pós-fixados Prefixados Produtos


Selic, Fundos Debêntures, indexados aos
Poupança índices que
medem a
inflação (IPCA
e IGP-M)

Para ilustrar melhor o processo de escolha, vamos considerar o seguinte exemplo:

Digamos que um investidor queira investir R$ 5 mil com prazo de um ano e está em
dúvida entre CDB e LCI. Qual será o investimento e a influência do Imposto de Renda
nesse caso?

Para fazer os cálculos, vamos considerar um título CDB pós-fixado, com rendimento de
108% do CDI, e outro título LCI também pós-fixado, com rendimento de 94,5% do CDI. Con-
siderando o CDI a 9,14% ao ano, vamos às contas:

Guia de investimentos em Renda Fixa 25


Como investir

Rentabilidade, seguido pela subtração do Imposto de Renda.


Nesse caso, a conta será a seguinte:

Valor inicial Rentabilidade Imposto de renda


R$ 5.000 R$ 5000 x 108% x CDI R$ 5000 x 108% x CDI x IR

Se adicionarmos o CDI de 9,14% e um Imposto de Renda de um ano de 17,5%, teremos:

Retorno CDB
Valor inicial + Rentabilidade - IR

Retorno CDB
R$ 5000 + R$ 5000 x 108% x 9,14% - R$ 5000 x 108% x 9,15% x 17,5%

Retorno CDB = R$ 5407,19

Rentabilidade. Nesse caso não há cobrança de Imposto de Renda.


A conta será a seguinte:

Valor inicial Rentabilidade


R$ 5.000 R$ 5000 x 94,5% x CDI

Se adicionarmos o CDI de 9,14%, teremos:

Retorno LCI
Valor inicial + Rentabilidade

Retorno LCI
R$ 5000 + R$ 5000 x 94,5% x 9,14%

Retorno LCI = R$ 5431,87

Nesse exemplo, a LCI é mais vantajosa, mas a diferença entre os dois títulos não foi tão
expressiva. A grande lição é que ambos os investimentos apresentaram ganho de capital
com risco praticamente zero. Por isso, as aplicações em renda fixa são um excelente
primeiro passo para quem quer aprender mais sobre investimentos, afinal, praticamente
não há erro entre escolher um título ou outro.

Todos os bancos e corretoras oferecem plataformas digitais para seus clientes investirem
em renda fixa. O problema é que, muitas vezes, esses portais são confusos para os inici-
antes. Para quem ainda é novo no mercado financeiro, o ideal são as plataformas de
aplicação automática, em que o investidor transfere seu dinheiro para uma conta da institu-
ição financeira e seu capital é distribuído entre diferentes títulos de renda fixa. Nessa hora,

Guia de investimentos em Renda Fixa 26


a dica é procurar pelas empresas que oferecem as soluções mais completas e simples de
serem utilizadas.

Para serem mais competitivas que os bancos, as corretoras oferecem melhores taxas de
juros e menores custos de operação. E como os investimentos de renda fixa são mais
seguros, não há porque ter medo em investir — desde que a corretora esteja devidamente
autorizada e regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão vinculado ao
Ministério da Fazenda que e fiscaliza as empresas do mercado financeiro. Comece agora seu
investimento!

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