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A MEMÓRIA COMO ELEMENTO CONSTITUIDOR DE IDENTIDADE

Maria Eduarda Pinto Pereira – IFPR1


Paulo Alexandre Gaiotto – IFPR2

Eixo – Sociologia da Educação


Agência Financiadora: CNPQ/IFPR

Resumo

Ao longo dos anos a escola desenvolveu, além de seu papel educacional, um espaço de
reivindicações, no qual movimentos importantes buscavam, em sua grande maioria, a
igualdade para se fortalecerem. Considerando esta visão da escola, de também ser um
ambiente de protestos, que o presente trabalho se desenvolve com foco no empenho dos
alunos, os quais buscam realizar ações confrontando as políticas regentes, que segundo os
estudantes, são contrárias à necessidade de seu ambiente escolar. Em 2016 ocorre nas escolas
públicas estaduais do Paraná, ocupações nas quais alunos coordenam o movimento que se
desenvolveu ao longo de todo estado. Estas ações, quando confrontadas a partir da visão de
teóricos como Pollak (1989), Nora (1993) e Halbwachs (1990), geram comparações que
podem ser utilizadas para defender as atitudes encaminhadas pelos alunos como possíveis
formadoras de memórias, sejam elas individuais, as quais têm como fundamento auxiliar em
sua formação como indivíduos, ou as coletivas, que ajudam a caracterizar o grupo. Faz-se
crucial, partindo do prisma das memórias, caracterizar as atuações dos alunos para que,
quando estas lembranças estiverem fundamentadas e esclarecidas, elas possam servir como
item constituidor de uma memória coletiva e em seguida, como fator de uma identidade
social, na qual apenas estas memórias poderão identificar e descrever os grupos que as
vivenciaram inseridos no movimento. É a partir das ocorrências do que foi presenciado na
cidade de Umuarama- PR que as comparações são geradas, partindo de definições a respeito
da memória individual e coletiva encontradas na literatura, na tentativa de compreender o fato
ocorrido e os acontecimentos que motivaram os alunos a compor uma forma de protesto. É
fundamentado nisso que se pautam as discussões a respeito do tema, em que o aluno passa a
construir uma memória responsável por caracterizar um tipo de grupo, ou seja, uma memória
coletiva.

Palavras-chave: Ocupações. Memória Coletiva. Identidade.

1
Estudante do Curso Técnico Integrado em Química no IFPR, bolsista PIBIC-Jr e membro do Grupo de Estudos
em Educação – EDIFICARE, no Campus Umuarama. E-mail: maria.eduarda.31@hotmail.com
2
Docente do IFPR, pesquisador na área do Texto e do Discurso, Doutor em Letras e membro do Grupo de
Estudos em Educação – EDIFICARE, no Campus Umuarama. E-mail: paulo.gaiotto@ifpr.edu.br

ISSN 2176-1396
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Introdução

O texto que segue reúne informações a respeito do tema identidade e memória coletiva
em decorrência das ocupações ocorridas em 2016, nas escolas públicas do Estado do Paraná.
São reflexões que buscam compreender a posição do estudante partícipe durante o movimento
que atinge as escolas e cria um espaço de reivindicações. É no âmbito da pesquisa que o tema
justifica o projeto de pesquisa PIBIC-Jr desenvolvido no Campus Umuarama.

Para compreender esse contexto, vale ressaltar aspectos que remontam à sociedade
atual, como resultado do avanço vivenciado desde a Segunda Revolução Industrial (meados
do século XIX). Nesse sentido, quando pensamos desde a máquina a vapor ao aço, do
telegrama às formas mais sofisticadas de comunicação, diversas coisas se alteraram, inclusive
as relações que se estabelecem em sociedade. O grande progresso, juntamente com a rapidez
das informações geradas por ele e indivíduos dependentes dele constitui, no século XXI, um
novo tipo de sociedade. Essa nova coletividade, caracterizada pelo movimento intelectual da
pós-modernidade, fundamenta-se primordialmente pela imediaticidade.

Desenvolvimento

É sobre este pensamento pós-moderno, que Sigmund Bauman (2005) considera a


sociedade contemporânea principalmente, pela brevidade com que se estabelecem as relações,
por suas “vidas líquidas”, as quais se formam a partir de uma sucessão ininterrupta, bem
elaborada, de falsas necessidades. A partir disso, o indivíduo pertencente a esta realidade
condiciona-se a uma vivência marcada por experiências efêmeras. Ao traçarmos uma análise
da sociedade deste século, percebemos que além das informações, as relações que se
constituem entre seus indivíduos são também marcadas por uma curta duração, ou seja, na
sociedade pós-moderna, preza-se “velocidade, e não duração” (BAUMAN, 2005, p. 15).
Dessa forma, torna-se perceptível a semelhança estabelecida entre a definição do autor com o
que é vivenciado atualmente.
Se em uma sociedade pós-moderna preza-se, a velocidade e não a duração, uma
problemática nasce sobre a importância do passado e até mesmo do presente, pois neste
contingente há uma constante apresentação precoce do futuro. Como consequência, o presente
e o passado, mesmo quando inconclusivos, são postos de lado, diversas vezes contados apenas
pelas histórias oficiais. Com isso, há dificuldade no estabelecimento de uma identidade, pois a
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incompreensão do passado e do presente dos indivíduos pós-modernos é também efeito da


pós-modernidade.
Partindo destes pressupostos, em função da velocidade das informações e da maneira
como se propagam, outros estudiosos, como Pollak (1989), Nora (1993) e Halbwachs (1990),
propõem caminhos que questionam a celeridade atribuída aos fatos, bem como a forma em
que são retratados na sociedade pós-moderna, ou seja, mais rapidamente que a duração em
que eles ocorrem, a partir de um resgate da memória. Os acontecimentos hoje são analisados
por uma “perspectiva construtivista, não se trata mais de lidar com os fatos sociais como
coisas, mas de analisar como os fatos sociais se tornam coisas, como e por quem eles são
solidificados” (POLLAK, 1989, p. 5). Fundamentado nisso, perde-se o interesse em sociedade
nos questionamentos do porque determinadas situações ocorrem e se as mesmas possuem
significância à maioria. A primeira abordagem realizada quando se analisam certos fatos não
se responsabiliza mais pela compreensão dos acontecimentos e como isso afeta o todo, pelo
contrário, ela apoia sua análise de relevância ao grupo que os realizou questionando-se se o
mesmo é detentor do poder, a partir disso que se considera a importância, ou não de um
determinado fato.
Ao limitar a valorização das ocorrências, considerando a visão de certos grupos e
conforme a influência que exercem, desconsidera-se a coletividade dos acontecimentos, já que
por diversas vezes, despreza-se justificativas pertinentes de como e porque se desenvolveram
os fatos, apenas porque estes confrontam a forma como foi contada a história pelos grupos
que detinham maior poder. Cria-se então um abismo, pautado na transitoriedade do poder,
entre aquilo que possui importância e foi vivenciado muitas vezes pela maioria e aquilo que é
retratado a partir da escolha dos grupos dominantes. Sendo o poder um ato transitório, muitos
grupos são colocados à margem, com suas respectivas versões por apenas não condizer com o
ponto de vista da minoria influente.
Logo, faz-se necessário uma busca por modelos que considerem também os grupos
marginalizados, que confrontem e ofertem diferentes perspectivas frente ao que se encontra na
história oficial, buscando compreender a situação como um todo. Nesse sentido, muito fatos
não são valorizados devido à sua surpreendente ocorrência, ou até mesmo pela sua suposta
ausência de importância. É pautado nisso, que se recorre aos mecanismos da memória. Trata-
se de ferramentas que, ao serem analisadas em grupo, são formadoras de identidade, “pois o
trabalho da memória é indissociável da organização social da vida.” (POLLAK, 1989, p. 14.).
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Portanto, quando as situações são analisadas a partir desta visão, busca-se fornecer diferentes
perspectivas do que se é vivido e do que é relevante a determinados grupos e/ou indivíduos,
não somente em função do “contar uma história”. A memória também desenvolve um caráter
de lugar a se recorrer, a se pautar sobre fato(s) demarcado(s), ainda que o(s) mesmo(s)
tenha(m) ocorrido apenas com o indivíduo detentor da memória, ou se desenvolvido em
coletividade. Tem-se então “uma concepção de memória como o processo, em movimento
constante de construção/desconstrução” (BERND, 2013, p. 25) é por meio desta atividade
eficiente que a memória se permite, que a transforma como meio de gerar comparações do
que é vivido com o que é compartilhado.
É na memória que se pode encontrar o respaldo para as novas perspectivas, é nela que
se armazena tudo aquilo que, primeiramente, tornou-se relevante ao indivíduo e, por
conseguinte, o motivou e o fez realizar determinadas ações significantes para determinado
grupo. O trabalho desenvolvido por ela torna-se fundamental, considerando a transitividade
da informação nas sociedades modernas que são, “por definição, sociedades de mudança
constante, rápida e permanente.” (HALL, 2002, p.15). Dessa maneira, torna-se necessário
gerar ferramentas que confrontem a história oficial, a qual muitas vezes esteve em função do
formato breve da sociedade moderna.
Graças à forma como desenvolve seus mecanismos, é a memória ainda que consegue
propiciar uma duração maior aos acontecimentos, pois “a memória é vida, sempre carregada
por grupos vivos” (NORA, 1993, p. 9), ou seja, a maneira acessível como se desenvolve o
processo de rememorar em função da vivência do indivíduo a faz tão viva quanto o mesmo.
Por ser pertencente a um indivíduo, há uma constante recapitulação dos acontecimentos,
pautado na importância que estes acontecimentos tiveram para aquele que o detém. Logo,
define-se que a memória é primeiramente individual, é no particular que se dá o processo de
vivacidade das lembranças. E é nele que ela “grava, recalca, excluí, relembra, é
evidentemente o resultado de um verdadeiro trabalho de organização.” (POLLAK, 1992, p. 4-
5). Como efeito disso, há a primeira estruturação de uma identidade social, de modo que,
primeiro o indivíduo constrói e guarda aquilo que lhe é significante, para em seguida o
processo ser novamente refeito, agora com relação à memória adquirida em grupo.
Se o que é lembrado tem particularidades, de maneira que está contido na memória,
ela pode estabelecer uma relação cotidiana com a identidade do indivíduo, visto que, as
“preocupações do momento constituem um elemento de estruturação da memória”
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(POLLAK, 1992, p. 4). Isto é, se as preocupações que pertencem a um indivíduo caracterizam


um tipo de memória, as preocupações do todo, fundamentam outro tipo, ou seja, uma
recordação que se refere à coletividade que se estabelece. Essa memória, por sua vez,
pertencente à coletividade, é formada tanto pelo grupo quanto pelo indivíduo ao mesmo
tempo, pois está associada à função de rememoração de uma memória individual, e por
consequência habita o domínio em que a vivência adquirida pelo grupo encontra-se.
Apesar do individualismo a priori da memória, Pollak (1992) afirma que os
acontecimentos não são vividos sozinhos. Episódios, por exemplo, que refletem mais que
atitudes de alguns personagens, são fatos vividos por um grupo. São nestas vivências que uma
diferente forma de memória se constitui, chamada de memória coletiva. Ela pode ser definida
como a lembrança de um grupo compartimentada na mente de cada indivíduo participante da
conjuntura, que a retrata de formas diferentes partindo dos mecanismos da memória de cada
um. Isso tem como base comum o fato vivido por todos. Este processo de constante interação
entre memória individual e coletiva é possível, devido à característica dinâmica da memória.
Além disso, um dos mecanismos da memória é também sua seletividade, pois segundo Pollak
(1992, p.4), a “memória é seletiva. Nem tudo fica gravado. Nem tudo fica registrado”. Deste
modo, a partir da importância agregada a determinado fato vivido pelo indivíduo, é que a
memória guarda lembranças, com isso, pode-se dizer que tudo que fica gravado, variando seu
grau, possu certa importância.
A interação entre memória coletiva e memória individual é pautada em uma constante
troca, sendo “bastante instigante a relação entre a memória individual e a memória coletiva,
pois são os indivíduos que se lembram na medida em que fazem parte de um grupo”
(BERND, 2013, p. 30). Enquanto a primeira cede a segunda seus mecanismos, seus processos
de rememoração agrega ao todo também um caráter individual. A memória coletiva cede o
fato vivenciado pelo grupo e de forma generalizada, à importância que o fato teve para a
coletividade. Assim, os indivíduos se integram ao grupo através do fato comum
compartilhado por todos e ao mesmo tempo o coletivo fundamenta-se na lembrança que cada
um tem do acontecimento. Portanto, por trás de todo processo de seletividade da memória,
Pollak (1989) explica que também há um processo de “negociação” para conciliar memória
coletiva e memórias individuais. Ao citar Halbwachs em seu artigo, Pollak (1989, p. 3-4)
afirma o seguinte: para que
nossa memória se beneficie da dos outros, não basta que eles nos tragam seus
testemunhos: é preciso também que ela não tenha deixado de concordar com suas
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memórias e que haja suficientes pontos de contato entre ela e as outras para que a
lembrança que os outros nos trazem possa ser reconstruída sobre uma base comum.

Antes de estabelecer a confluência nos discursos, para a formação da memória


coletiva, faz-se necessário formular o quão importante determinada situação foi para o
indivíduo. É dessa forma que se compreende o processo de interação das memórias, de modo
que ao ceder suas memórias ao coletivo, o indivíduo afirma a importância daquilo para sua
própria vida e constituição da sua identidade, caso contrário, ele não estaria guardado em sua
memória.
Para excluir as dúvidas de que a memória coletiva não é apenas a narrativa de algo
individual, apenas intitulado como algo da coletividade, há um confronto entre as diversas
memórias individuais, na busca de se construir uma base comum para alicerçar, delimitar a
memória do grupo. De acordo com Halbwachs (1990, p. 16),

tudo se passa como se confrontássemos vários depoimentos. É porque concordam no


essencial, apesar de algumas divergências, que podemos reconstruir um conjunto de
lembranças de modo a reconhecê-lo. Certamente, se nossa impressão pode apoiar-se
não somente sobre nossa lembrança, mas também sobre a dos outros, nossa
confiança na exatidão de nossa evocação será maior, como se uma mesma
experiência fosse recomeçada, não somente pela mesma pessoa, mas por várias.

Define-se, a partir desta concepção, que mesmo considerando as particularidades


ofertadas pela memória individual, há uma unidade no discurso vivenciado de forma ativa
pelo grupo, para que em determinado ponto, o mesmo se difunda em memória coletiva. Com
a base comum estabelecida, mesmo que haja diferentes pontos de relevância a partir da visão
de cada um, não se altera a memória coletiva definida pelo grupo, antes todo o processo se
instituiu mais facilmente fundamentado na memória pertencente a todos, respeitando, ao
mesmo tempo, o que é importante para cada um, pois o acontecimento é a maior memória que
o grupo compartilha e isso não se altera. Portanto, depois de organizar a memória coletiva,
outro processo de confronto deve ser iniciado, agora com a memória histórica/oficial,
comparando se determinado fato ocorrido teve a mesma importância, foi retratado e a maneira
como foi apresentado em comparação com a memória do grupo.
Essa sucessão de comparações e confrontos é indispensável para analisar quais
discursos são valorizados nos dias de hoje e, além disso, entender a razão pela qual
determinadas formas de agir de certos grupos são marginalizadas. Nem sempre o que se
encontra na história oficial foi da vontade da maioria ou teve o mesmo significado ao coletivo
que presenciou o fato. A memória coletiva e a memória histórica/oficial podem também
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estabelecer relação e conformidade, no entanto, “desde que haja rastro, distância, mediação,
não estamos mais dentro da verdadeira memória, mas dentro da história” (NORA, 1993, p. 9).
Ou seja, no contingente de separação da memória do grupo e da história que será contada, é
que nasce a história oficial. Sendo ela diferente da memória coletiva, por não ofertar o autor
da ação de forma tão acessível como a memória o faz, além de que a “memória também sofre
flutuações que são função do momento em que ela é articulada, em que ela está sendo
expressa” (POLLAK, 1992, p. 4). Desse modo ela é viva, reflexo de um indivíduo vivo,
aberto aos questionamentos por estar em constante processo de rememoração.
Como resultado das contínuas relações entre as memórias, a ponto de compor a
memória coletiva, há o desenvolvimento de uma identidade social, muitas vezes não
perceptível na história oficial. Se uma memória é importante a determinado indivíduo e a
mesma compõe uma memória coletiva, pois “o trabalho da memória social viabiliza a
sensação de pertença do indivíduo a uma determinada comunidade” (BERND, 2013, p. 43), é
através da conformidade existente entre a comunicação das memórias, que os fatos auxiliam
na identificação do indivíduo pertencente ao grupo.
Quando este processo se dá considerando o todo, há a caracterização do grupo que
realizou em determinada ocasião, em determinado lugar, um fato. A ocorrência deste
acontecimento considerando suas particularidades que são vividas apenas por este grupo,
nesta situação, auxilia na constituição de uma identidade que os distingue de outros grupos,
que os liga à conjuntura. Como exemplo disso, há os estudantes que participaram das
ocupações nas escolas públicas estaduais em 2016. Acredita-se que fato demarcado em sua
individualidade tenha motivado o aluno a fazer parte da ocupação, o grupo de alunos tem
motivos que apenas sua memória individual reconhece. O acontecimento, mesmo quando
questionado e narrado de diferentes formas, ainda mantém base comum, constituindo
memória coletiva deste grupo.
Dessa maneira, podemos entender que uma identidade social se desenvolve a partir
disso, em que a memória coletiva, com suas particularidades, delimita o acontecimento
vivenciado somente por este grupo, neste determinado período, com, inclusive, um padrão de
locais estabelecidos. Esta padronização nos lugares utilizados também ajuda a acentuar
especificidades vivenciadas somente pelo grupo que representa a memória coletiva, visto que,
o lugar
onde se criam os laços sociais de um determinado grupo tem importância capital na
rememoração das lembranças da família e da comunidade. É na casa, no bairro, na
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escola, no ambiente de trabalho – espaços aos quais pertencemos em determinadas


fases de nossas vidas – que lembranças determinantes de nossa existência foram
geradas. (BERND, 2013, p. 32)

Conclusão

Como partícipes dos movimentos de ocupação que possuía um caráter nacional e


local, a memória desses indivíduos e grupos guarda informações que já foram ressignificadas
pelo antes e depois do movimento e que podem indicar a importância para o aluno em sua
individualidade ao participar deste movimento. Isso auxilia fundamentalmente na construção
dos indivíduos como sujeitos, por meio dos sucessos, ou fracassos em relação a seus
objetivos, e devem apontar, em confronto com a memória histórica/oficial, elementos à
pesquisa que se inicia no Instituto Federal do Paraná, campus Umuarama, a qual busca
investigar o Movimento de Ocupação das Escolas Públicas Estaduais na cidade de
Umuarama-Pr. Ao estabelecer comparação com ideias de poder, dominação, identidade,
memória e consciência do eu coletivo, espera-se caracterizar esses estudantes como atores
sociais em disputa, agindo, e não apenas reagindo, na relação Estado e Educação.
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REFERÊNCIAS

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NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. IN: Projetos História.
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