PHD 2303 – Hidráulica Geral 1

Escoamento
scoa e to e
em Ca
Canais
as
AULA 4

J Rodolfo S Martins & Carlos Lloret Ramos

scarati@usp.br clramos@cth.usp.br

PHD2303/Canais/1
 Objetivos da aula

Rugosidade Mista
Canais com seções compostas

PHD2303/Canais/2
 Rugosidade Mista

• É comum em canalizações maiores,

que as margens tenham rugosidades
ç ao fundo. Como
diferentes em relação
exemplo pode-se citar uma solução
muito comum que são os canais com
margens verticalizadas, constituídas por
muros de contenção em concreto
armado e fundo natural de terra.

PHD2303/Canais/3
 Rugosidade Mista

2/3
1 P
n
= κ = [ (Σ ΔPl/(κl)3/2)
]
Fórmula de Einstein

• P é o perímetro molhado da seção

• Pl é a fração do perímetro molhado com coeficiente l
• Ks é o fator de Strickler médio na seção
• Kl é o fator de Strikler do treco da seção
• n é o fator de atrito de Manning g ((inverso de ks)

PHD2303/Canais/4
 Exemplo 1

• Determinar o fator de atrito de uma seção

retangular,
t l com 33,0
0 metros
t d
de profundidade
f did d e
6,0 metros de largura. As paredes são
constituídas
tit íd de
d gabião
biã e o ffundo
d é natural.
t l
Adotar uma rugosidade equivalente
k 0 03 para o gabião
ks=0,03m biã e ks=0,20m
k 0 20 para o
fundo natural.

PHD2303/Canais/5
 Seções Compostas
No caso d
N de seções
õ mistas,
i t
constituída de leito principal e
leito secundário
secundário, a seguir
seguir,
considera-se a composição
do escoamento como através
dos diversos sub-canais,
cada qual considerando sua
característica
t í ti geométrica
ét i e
de revestimento de parede. Á
interface entre os sub
sub-canais
canais
não é considerada no cálculo
do perímetro molhado..

PHD2303/Canais/6
Cálculo da Seção Composta

• Na seção ilustrada, tem-se três

subcondutos, que produzem as vazões:
Q1,, Q2,, Q3,, ou seja
j a capacidade
p de
vazão da seção é: .

PHD2303/Canais/7
 Exemplo 2

• Determinar a vazão máxima escoada

no canal de seção mista da figura a
g
seguir. A declividade é 0,00035
, m/m.

2,0 m n=0,021
A G F
n=0,021

4,0 m n=0,040
D E
3,0 m n=0,0211
5,0 m

B 4,0 m n=0,029 C

PHD2303/Canais/8
 Coeficiente de Descarga
Q
Q = CA Rh S 0 = K ((h)
S0
h

2
hn
ARh 3 8gRh A2
K (h) = =
Q k(h)
n f
√j

PHD2303/Canais/9
 Exemplo 3
• Uma canaleta de seçãoç triangular,
g , formando ângulo
g
de 90º no vértice, deverá escoar uma vazão de 1,2
m3/s. Esta canaleta será feita em concreto e terá
trechos com declividades de 0,0015 m/m , 0,006 m/m
e 0,02 m/m. Dimensionar as seções da canaleta em
cada trecho
trecho.

2h

h
90º

PHD2303/Canais/10
 Seções Estáveis
• No dimensionamento de condutos artificiais não revestidos
é necessário
á i garantir
ti a estabilidade
t bilid d fface à
às fforças
hidrodinâmicas geradas pelo escoamento.
• Como em condutos forçados
forçados, os cálculos baseiam
baseiam-sese nas
equações de resistência, equações que ligam a perda de
energia em um trecho à velocidade média ou vazão,
através de parâmetros geométricos e a rugosidade do
perímetro molhado

α α
Linha de assoreamento
b Linha de erosão

PHD2303/Canais/11
 Velocidades Admissíveis
V(m/s)
( )
Material das paredes
média máxima
Areia muito fina 0,25 0,30
Areia grossa 0 45
0,45 0 60
0,60
Terreno arenoso comum 0,60 0,75
Terreno argiloso 0,80 0,85
S i
Seixos, pedras
d 1 50
1,50 1 80
1,80
Alvenaria 1,00 2,50
Velocidades mínimas para evitar depósitos (m/s)
Agua com suspensões finas 0,30
Águas de esgoto 0,60
Velocidades p
práticas ((m/s))
Canais sem revestimento 0,50
Coletores de esgoto 1,00

PHD2303/Canais/12
 Inclinação dos Taludes
Natureza dos taludes m=tanα α(0)
Terra sem revestimento 2,5-5 68,2-78,7
S i
Seixos 1
1,75 60 2
60,2
Terra compactada 1,5 56,3
Rocha alvenaria bruta
Rocha, 05
0,5 26 5
26,5
Rocha compacta, concreto 0-0,5 0-26,5
Rocha fissurada, alvenaria de pedra 0,5 26,5
Argila dura 0,75 36,8
Aluvião compacto 1,0 45,0
C
Cascalho
lh grosso 1 50
1,50 56 3
56,3
Enrocamento, terra e areia grossa 2,0 63,4
Reaterro com solo 30
3,0 71 5
71,5

PHD2303/Canais/13
 Equilíbrio Dinâmico
• O equilíbrio
q dinâmico de um conduto livre é
complexo pois depende de vários fatores
intervenientes da: hidrologia,
g , sedimentalogia,
g ,
geologia, ambiente, finalidade, etc.

• A distribuição de tensões ao longo do

perímetro molhado é variável com a forma do
conduto. De maneira simplista, os valores
máximos da tensão de cisalhamento são:
B B
τ máximo = γ ⋅ h ⋅ S 0 → para > 4 τ máximo = 0,7γ ⋅ h ⋅ S 0 → para >2
h h
PHD2303/Canais/14
Tensão
e são ccrítica
ca de início
c o de a
arraste
as e
• A condição crítica de início de
transporte sólido é dada pelo Critério de
Shi ld que para material
Shields, t i l granular
l
grosseiro tem a seguinte expressão
τ crítico = 0,06 * (γ s − γ H2O ) * d 50
2
⎛ tan α ⎞
τ crítico = [0,06 * (γ s − γ H2O ) * d 50 ] * cos φ * 1 − ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ tan ψ ⎠
onde α é o ângulo do talude com a
horizontal e ψ é ângulo de atrito do
τ crítico > FS * τ máximo material.
PHD2303/Canais/15