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UP-Manica. Curso de Química (EaD).

Matemática Básica

Ficha adicional 6 sobre Derivadas e Algumas Aplicações

No cálculo da derivada de funções trigonométricas usando a definição, algumas vezes deve se


recorrer a algumas identidades trigonométricas. Por exemplo,

Calcular derivada de f(x) = senx, usando a definição:

f ( x  x)  f ( x)
A fórmula da definição para a derivada de y = f(x) é y '  f ' ( x)  lim
x  0 x

Para a função f(x) = senx tem-se f ( x  x)  sen ( x  x) e por conseguinte

sen ( x  x)  senx


f’(x) = lim  sabendo que1 sen(a+b) = sen(a).cos(b) + cos(a).sen(b), teremos
x  0 x

sen ( x  x)  senx senx cos x  cos xsen x  senx senx (1  cos x)  cos xsen x
f’(x) = lim  lim  lim
x  0 x  x  0 x  x  0 x

1 x
de sen 2 x  (1  cos 2 x) segue2  2sen 2 x  1  cos 2 x donde se deduz que  1  cos x  2sen 2 ( ) e
2 2
portanto,
senx.(1  cos x)  cos x.sen x senx.(1  cos x) cos x.sen x
f ' ( x)  lim  lim  lim 
x  0 x x  0 x x  0 x

sen x
recordar o limite notável lim 1 donde teremos
x  0 x
x
sen ( )
  senx lim 2 . lim sen ( x )  cos x   senx.1.sen (0)  cos x  0  cos x
x  0 x x  0 2
2

 f ( x)  senx  f ' ( x)  cos x

T1. Usando a definição, e depois confronte o resultado usando regras, calcule a derivada da
função: (a) f(x) = cos(3x) (b) f(x) = 2x sen(-3x)

Algumas aplicações da derivada

(1) A derivada pode ser usada para determinar limites com indeterminações do tipo 0/0
derivando em separado o numerador e o denominador . Se a indeterminação permanecer
pode se derivar de maneira reiterada até desaparecer a indeterminação. Este
procedimento é conhecido como regra de L’Hospital.

x 2  7 x  10
lim 3
Por exemplo, calcular x  2 x 2  4

1
Veja a fórmula 12) na tabela de identidades trigonométricas fornecida
2
Algumas vezes é preciso saber brincar com as fórmulas. Pode se usar, também, directamente a fórmula 19) da tabela de identidades
trigonométricas (fornecida)
3
Exercício 5 da “ficha adicional 3 sobre sucessões e limites de funções” na página 4

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x 2  7 x  10 22  7(2)  10 4  14  10 0
   
x 2  7 x  10

 
'

 
lim lim atenção, não se trata de
x 2 x2  4 22  4 44 0 x 2 x2  4
'

derivada dum quociente, mas sim da derivada do numerador e do denominador

x 2
  lim x   7 x  10  lim 2x  7  0  lim 2x  7  2(2)  7  4  7   3
 7 x  10
' 2 ' ' '

x  4 x   4
lim
x 2 2 ' x 2 2 ' ' 2x  0
x 2 2x x 2 2(2) 4 4

T2. Usando a regra de L’Hospital resolva da “Ficha Adicional 4 sobre Limites e


Continuidade de Funções” na página 2, as tarefas: 1g), 1h), 1j), 1k), 1l), 1m) e 1n).

(2) A derivada pode ser usada para a determinação de extremos duma função. Por exemplo
naquela tarefa nr 6 sobre o quinteiro4, muitos recorreram a aplicação de derivada. Sendo
y = f(x), tem se pontos extremos onde a derivada (primeira derivada) se anula, isto é f’(x)
= 0. Nestes pontos o declive da tangente é zero o que significa que a tangente é paralela
ao eixo das abcissas. Isto só acontece em pontos extremos (que podem ser extremos
locais da função).

Reveja o enunciado da tarefa sobre o quinteiro5: 1200 = 2x+y, A = xy, fazeno a substituição
y = 1200 – 2x tem-se a formula da área do campo rectangular que A(x) = x(1200-2x) = -2x2
+ 1200x. Para o campo ter a maior área (extremo) vamos derivar, igualar a zero e achar as
dimensões. Assim,

A’(x) = - 4x +1200 donde – 4x + 1200 = 0  x = 300 e y = 1200 – 2(300) = 600. Portanto,


as dimensões do campo rectangular são (300m)(600m).

T3. Um carpinteiro possui um sarrafo com 8 metros de comprimento e pretende com este sarrafo
fazer uma moldura rectangular para um quadro. Como ele deve cortar o sarrafo, para que a área
do quadro seja máxima?

Na figura abaixo estão representados os gráficos das funções f(x) = (x - 3)sen(x), linha cheia,
f’(x) = sen(x) + (x – 3)cos(x), linha tracejada. Nos zeros de f’(x) (pontos A, J, I, H, G, E, F,
D, C) temos em f(x) tangentes paralelas ao eixo das abcissas. Veja por exemplo a ligação
ponto I [zero de f’(x)] e B1 [extremo local de f(x)] com a tangente b1 que é paralela ao eixo
das abcissas. Identificam-se neste gráfico vários extremos de f(x) onde f’(x) = 0. Pelo ponto
B foi traçada uma recta tangente b, tomando B como móvel ao longo da curva f(x) nos
pontos extremos teremos a recta b paralela ao eixo das abcissas.

4
Ficha Adicional 4 sobre limites e continuidade de funções.
5
Um quinteiro tem 1200 m de rede e quer vedar um campo rectangular que está na margem de um rio recto. Ele não precisa de vedação ao
longo do rio. Determinar as dimensões do campo que tem maior área.

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(3) Como a derivada num ponto tem sentido de tangente, pode se determinar a equação da
recta tangente a uma curva dada por y=f(x) num ponto y - y0 = f’(x0)(x - x0)

Tomando ainda a figura anterior pode-se determinar o declive da tangente pelo ponto B e a
respectiva equação da tangente.

Aqui B(x0; y0) = B(6; -0,84), f’(x0) = f’(6) = sen(6) + (6 – 3)cos(6) = 0,1 +3(0,9) = 0,1+2,7 = 2,8
e logo teremos a equação: y + 0,84 = 2,8 (x – 6)  y = 2,8x – 17,64 por causa dos
arredondamentos construindo o gráfico desta não encaixa (fica muito próximo) na recta b.

T4. Represente o gráfico da função y = -x2 + 3x – 5 e determine (equação e gráfico) a tangente


no ponto x = 1.

Para postar na plataforma (até 23h59min do dia 21 de Maio de 2018) as resoluções


detalhadas das tarefas: T1. b), T2. 1n), T3 e T4.

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