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1.

0 - OBJETIVO

O presente caderno estabelece os requisitos para o fornecimento, instalação, testes e colocação


em operação do Sistema de Ar Condicionado para atender as dependências do ED. SEDE DO
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, em SORRISO - MT.

2.0 – RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS

São partes integrantes deste projeto os seguintes documentos:

DESENHO DESCRIÇÃO ARQUIVO/CODIFICAÇÃO

CLIMATIZAÇÃO – Planta Baixa - Térreo


01/05 CLIMATIZAÇÃO_PROJETO_SORRISO

CLIMATIZAÇÃO – Planta Baixa –


02/05 CLIMATIZAÇÃO_PROJETO_SORRISO
pavimento 1
CLIMATIZAÇÃO – Planta Baixa –
03/05 CLIMATIZAÇÃO_PROJETO_SORRISO
pavimento 2
CLIMATIZAÇÃO – Planta Baixa - Cobertura
04/05 CLIMATIZAÇÃO_PROJETO_SORRISO

CLIMATIZAÇÃO – Fluxograma hidráulico


05/05 CLIMATIZAÇÃO_PROJETO_SORRISO

CLIMATIZAÇÃO_MEMORIAL
MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO DESCRITIVO_SORRISO

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA CLIMATIZAÇÃO_ORÇAMENTO_SORRISO

3.0 – GENERALIDADES

3.1 - Embalagens

Todos os materiais e equipamentos serão entregues nas suas embalagens originais ou


adequadas para proteger o conteúdo contra danos durante o transporte, desde a fabrica ate o
local de montagem.

As embalagens serão adequadas para armazenagem por períodos de, no mínimo, 06 (seis)
meses, nas condições citadas anteriormente.

A FISCALIZAÇÃO verificará, ao chegarem os materiais no local de montagem, etiqueta com o


nome do fabricante, nome comercial dos produtos, número dos lotes, conteúdo líquido das
embalagens, condições de manuseio, condições de armazenagem do produto e estado de
conservação dos materiais.

A CONTRATADA adequará, se necessário, seus métodos de embalagem a fim de atender às


condições mínimas estabelecidas acima, independente da inspeção e aprovação das embalagens
pela FISCALIZAÇÃO ou seu representante.

3.2 – Transporte

Todos os materiais a serem fornecidos pela CONTRATADA são considerados postos no local de
execução dos serviços.
A CONTRATADA será responsável pelo transporte horizontal e vertical de todos os materiais e
equipamentos desde o local de armazenagem no Canteiro até o local de sua aplicação definitiva.
Para todas as operações de transporte a CONTRATADA proverá equipamentos, dispositivos e
pessoal necessários às tarefas em questão.

A CONTRATADA deverá providenciar para todas as etapas do transporte todos os seguros


aplicáveis.

3.3 – Canteiro de obra

A CONTRATADA deverá construir as instalações necessárias para o funcionamento e segurança


da obra tais como tapumes, placas, barracões, escritório, almoxarifado, sanitários e vestiários.

Quando o espaço para a implantação do Canteiro for de terceiros ou da CONTRATANTE, a


CONTRATADA deverá zelar integralmente pelo uso do espaço e pelos bens alheios, recompondo
os eventuais estragos ou indenizando os prejuízos.

3.4 – Mão de obra especializada

A CONTRATADA deverá manter na obra, durante o período de montagem, engenheiro(s)


mecânico(s) e técnico(s) especializado(s) para acompanhamento dos serviços. Estes profissionais
deverão fazer também a supervisão técnica da qualidade do serviço.

Toda a mão de obra utilizada na execução dos serviços aqui descritos deverá ser tecnicamente
habilitada para a realização dos mesmos. Deverá estar presente na obra devidamente
uniformizada e identificada, sendo que deverá ser apresentada para a CONTRATANTE uma
listagem com identificação e qualificação de todos os profissionais envolvidos na execução dos
serviços.

A CONTRATADA se responsabilizará pelo fornecimento de todo e qualquer material ou


equipamento necessário para a realização com segurança de todo e qualquer serviço no
ambiente de trabalho.

Caberá à CONTRATADA o recolhimento de todas as taxas, impostos e contribuições sociais


referentes à mão de obra que executará os serviços aqui descritos.

Os serviços que forem realizados fora do horário comercial normal, em finais de semana e
feriados, deverão ser programados com antecedência mínima de 05 (cinco) dias úteis, não
cabendo, em hipótese alguma, a cobrança adicional referente a custeio de mão de obra ou
aluguel de maquinas e equipamentos de montagem utilizados para a realização destes serviços.

3.5 – Cooperação com outras empresas envolvidas na Obra

Caberá à CONTRATADA empreender todos os esforços de cooperação com outras empresas


envolvidas no processo descrito por este caderno, permitindo uma coordenação dos serviços
realizados de tal forma a se obter uma otimização dos recursos aplicados e cumprimento dos
prazos contratuais de todas as empresas envolvidas na obra.

3.6 – Serviços de pré-montagem

Antes do inicio dos serviços de montagem dos sistemas a CONTRATADA deverá realizar os
seguintes serviços:
a) Realizar em campo todos os levantamentos e medições necessários para a verificação
da perfeita instalação dos sistemas que se propõe a instalar, evitando que no decorrer
da execução dos serviços se verifiquem interferências que prejudiquem o
desenvolvimento dos serviços;

b) Realizar a seleção final dos equipamentos e materiais a serem utilizados, sempre


tendo o cuidado de verificar a equivalência técnica dos mesmos conforme o CRITÉRIO
DE EQUIVALÊNCIA TÉCNICA descrito neste memorial;

c) Elaborar um projeto para execução, a ser analisado previamente pela FISCALIZAÇÃO,


em que constem todas os encaminhamentos, posicionamentos, cotas, afastamentos e
dimensões de todos os elementos que irão compor a instalação, detalhes construtivos
específicos dos equipamentos e materiais que se dispõe a fornecer e a instalar, além
de diagramas e lay-out de todos os painéis elétricos de alimentação, comando e
controle do(s) sistema(s);

d) Fornecer cronograma físico financeiro detalhado do desenvolvimento dos serviços,


bem como da colocação dos materiais e equipamentos em obra.

A CONTRATADA assumirá integralmente toda a responsabilidade pelo seu projeto e pelo sistema
por ela fornecido.

3.7 – Serviços de montagem

Para o projeto, fabricação, montagem e ensaios dos equipamentos e seus acessórios principais,
bem como em toda a terminologia adotada, serão seguidas as prescrições das publicações da
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

O desempenho dos filtros de ar atenderá o descrito nas normas ABNT NBR-16401, DIN 24.185 e
todas as normas pertinentes da ASHRAE.

Os ventiladores obedecerão às velocidades limites (na sua descarga) indicadas na norma ABNT
NBR-16401.

Os níveis de emissão sonora das unidades estarão compatíveis com a norma ARI-STANDARD
575.

A estanqueidade dos dutos deverá estar de acordo com as normas DW142 e DW143.

Todos os testes aqui indicados seguirão as normas pertinentes da ABNT. Em caso de não haver
normas da ABNT para quaisquer testes, serão seguidas todas as normas pertinentes da ASHRAE
ou normas por esta indicadas na última versão do seu "HANDBOOK-EQUIPMENTS".

O sistema de ar condicionado obedecerá, no tocante aos níveis de ruídos e vibrações das


máquinas e instalações, as normas da ABNT e, no caso de omissão destas, as normas da ARI e
ASHRAE.

Estas normas serão complementadas por normas emitidas por uma ou mais das seguintes
entidades:
ARI - "Air Conditioning and Refrigerating Institute";
ASHRAE - "American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers";
ASME - "American Society of Mechanical Engineers";
DIN - "Deutsche Industrie Normen";
NEC - "National Electrical Code";
NFPA - "National Fire Protection Association";
SMACNA - "Sheet Metal and Air Conditioning Contractor National Association";

Os serviços de montagem deverão seguir também as recomendações desta especificação e as


informações dos desenhos; em caso de omissão ou divergências com o projeto caberá à
CONTRATADA realizar consulta prévia à FISCALIZAÇÃO antes de executar qualquer
procedimento.

Completam os requerimentos para a montagem dos sistemas as informações dos catálogos


técnicos dos equipamentos e materiais que a CONTRATADA se dispõe a fornecer e a instalar.

Especial cuidado deverá ser tomado na montagem dos sistemas quanto ao nivelamento e prumo
de todos os elementos que compõem a instalação, a menos que haja recomendações específicas
no projeto.

A CONTRATADA não deverá permitir que os serviços executados e sujeitos às inspeções por
parte da CONTRATANTE, sejam ocultados pela construção civil, sem a aprovação ou a liberação
desta.

Os serviços de montagem deverão ser realizados mediante apresentação prévia de cronograma


entregue à FISCALIZAÇÃO com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, e após a
aprovação para a realização dos serviços.

A CONTRATADA deverá prover todos os materiais de consumo e equipamentos de uso


esporádico, que possibilitem perfeita condução dos trabalhos dentro do cronograma estabelecido.

Deverá igualmente tomar todas as providências a fim de que os equipamentos e/ou materiais
instalados ou em fase de instalação, sejam convenientemente protegidos para evitar que se
danifiquem durante as fases dos serviços em que a construção civil ou outras instalações sejam
simultâneas.

Detalhes ou equipamentos que porventura não tenham sido citados ou que não são usualmente
especificados ou mostrados em desenhos, mas que são necessários para que a instalação
trabalhe e opere de maneira satisfatória, deverão ser incluídos no fornecimento e instalados sem
ônus adicional.

3.8 – Pré-operação do sistema

Antes da pré-operação a CONTRATADA deverá deixar a instalação limpa e em condições


adequadas à operação.

A CONTRATADA deverá efetuar, na presença da CONTRATANTE, a pré-operação dos sistemas


que se propõe a fornecer com o propósito de se avaliar o desempenho e a funcionalidade dos
mesmos.

Deverão ser realizados nesta ocasião todos os ajustes, testes e balanceamento dos sistemas,
bem como simular as condições de falha e operação dos sistemas de emergência.
Depois de encerrada a pré-operação, a CONTRATADA deverá corrigir todos os defeitos que
foram detectados durante a mesma.

A CONTRATADA deverá providenciar todos os materiais, equipamentos e acessórios necessários


à condução da pré-operação.

3.9 – Recebimento provisório

Após a montagem, testes e pré-operação da instalação e de todos os equipamentos e


componentes que integram o sistema, e desde que todas as condições de desempenho dos
mesmos sejam satisfatórias, dentro dos parâmetros assumidos, a instalação será considerada
aceita, sendo emitido então o Termo de Recebimento Provisório por parte da CONTRATANTE.

3.10 - Garantias

A CONTRATADA dará garantia total do sistema fornecido e instalado por um período de 12 (doze)
meses a partir da data de recebimento provisório do mesmo, emitindo o CERTIFICADO DE
GARANTIA DOS SERVIÇOS assinado pelo(s) responsável(eis) técnico(s) da obra e pelo
representante legal da empresa CONTRATADA.

Durante o período de garantia a CONTRATADA reparará ou substituirá, às suas expensas, todas


as peças, componentes, equipamentos e materiais necessários aos reparos ou substituições que
venham a ser feitos durante o período de garantia, salvo as peças ou componentes que, por sua
natureza, se desgastaram normalmente antes do término do período de garantia.

A CONTRATADA deverá entregar juntamente com o CERTIFICADO DE GARANTIA DOS


SERVIÇOS, os Certificados de Garantia emitidos pelos fabricantes dos equipamentos que
compõem a instalação, os quais irão compor o MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO
SISTEMA, conforme descrito nesta especificação.

3.11 – Recebimento definitivo

Uma vez decorrido o período de garantia de 12 (doze) meses, e desde que todas as condições de
desempenho do sistema estejam satisfatórias, dentro dos parâmetros assumidos, a instalação
será considerada definitivamente aceita, sendo emitido então o Termo de Recebimento Definitivo
por parte da CONTRATANTE, podendo, a critério da CONTRATANTE a redução parcial ou total
do período acima estipulado, sem que haja perda das condições estabelecidas no CERTIFICADO
DE GARANTIA DOS SERVIÇOS emitido pela CONTRATADA.

3.12 - Critério de equivalência técnica

Todos os materiais e equipamentos especificados com marcas e tipos neste projeto o foram por
serem os que melhor atendem aos requisitos específicos do sistema e de qualidade.

Estes equipamentos e materiais poderão ser substituídos por outros tecnicamente equivalentes,
estando este critério sob responsabilidade exclusiva da CONTRATANTE e do autor do projeto.

Para comprovação da equivalência técnica, será apresentada à CONTRATANTE, por escrito,


justificativa para a substituição das partes especificadas, incluindo, se necessário, a apresentação
de laudos técnicos emitidos por entidades credenciadas e oficiais, cálculos, diagramas e/ou
desenhos, bem como de catálogos com as especificações dos equipamentos e materiais que
podem vir a substituir os apresentados neste projeto.
3.13 – Extensão e limites do fornecimento

A extensão do fornecimento relacionado é geral e a CONTRATADA deve completá-lo, se


necessário, a fim de garantir o perfeito funcionamento e desempenho do sistema como um todo e
dos equipamentos que se propõe a fornecer, instalar, testar e colocar em operação.

Uma eventual complementação do fornecimento, dentro do espírito acima enunciado, não dará à
CONTRATADA direito de pleitear aumento do preço constante da proposta.

Caberá também à CONTRATADA o fornecimento de mão-de-obra, materiais, equipamentos ou


qualquer componente necessário à realização de todo e qualquer serviço complementar
necessário à perfeita instalação do sistema que a CONTRATADA se propõe a fornecer e a
instalar, incluindo a realização de obras civis, demolições, recomposições, adequações de redes
telefônicas, elétricas e hidrossanitárias, ar condicionado, e afins.

Os materiais serão novos, de classe e qualidade adequada e estarão de acordo com as últimas
revisões dos padrões da ABNT e normas citadas. Caberá à CONTRATANTE exclusivamente a
prerrogativa de autorizar o aproveitamento de materiais e equipamentos que eventualmente já
existam no local da obra quando não houver informação especifica a respeito neste projeto.

3.14 – Responsabilidade técnica

A CONTRATADA será responsável pelo bom funcionamento do sistema por ela fornecido e
instalado, sendo que em caso de acidentes deverá arcar com eventuais prejuízos que causar à
CONTRATANTE ou a terceiros em virtude de falhas na execução dos seus serviços.

Caberá à CONTRATADA o registro da obra no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura


(CREA), sendo que (02) duas vias da Anotação de Responsabilidade Técnica deverão ser
entregues à CONTRATANTE.

Caberá também à CONTRATADA o registro da obra junto aos órgãos de administração pública,
sempre atendendo à legislação do local onde está sendo executada a obra, cabendo à mesma o
pagamento de todas as taxas referentes ao registro da obra aos citados órgãos, como CREA,
prefeituras, corpo de bombeiros, ou entidades afins.

3.15 – Normas e regulamentos

Para a montagem e testes dos sistemas deverão ser seguidas às prescrições das publicações da
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Estas normas poderão ser complementadas por normas técnicas e regulamentos de outras
entidades reconhecidamente habilitadas, sejam elas nacionais ou estrangeiras.

4.0 – DEFINIÇÕES, PREMISSAS E CÁLCULOS

4.1 – Introdução

O sistema de ar condicionado visa absorver a dissipação térmica dos equipamentos, iluminação,


insolação e pessoas e assim atender às exigências de higiene e conforto térmico das pessoas e
às condições de operação dos equipamentos instalados nos diversos ambientes.

Os itens seguintes indicam as premissas e condições que foram utilizadas no desenvolvimento do


projeto e que serão seguidas no fornecimento e instalação do sistema.
4.2 – Normas e regulamentos

Para elaboração deste projeto foram seguidas as prescrições das publicações da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas, além das seguintes portarias:

- Ministério da Saúde Portaria 3523 (28/08/1998)

- Agência Nacional de Resolução 176 (24/10/2000)


Vigilância Sanitária

- Agência Nacional de Resolução 009 (16/01/2003)


Vigilância Sanitária

- DIN EN 142/143 Normas DW 142/143 (01/05/2000)

Estas referências são complementadas por normas, códigos e regulamentos emitidos pelas
seguintes entidades:

- ASHRAE “American Society of Heating, Refrigerating


and Air Conditioning Engineers”
- SMACNA “Sheet Metal and Air Conditioning Contractor
National Association”

- ARI “Air Conditioning and Refrigerating Institute”

- GNS “German National Standards”

4.3 – Sistemas e ambientes condicionados

Serão climatizados todos os ambientes do prédio com exceção da copas e sanitários.

4.4 – Premissas básicas de projeto

Para o desenvolvimento do projeto e cálculo da carga térmica dos ambientes condicionados foram
consideradas as seguintes premissas básicas:

Temperatura de bulbo seco 24ºC ± 2,0º C


Umidade Relativa (sem controle) 50% ± 20,0 %
Nível de filtragem conforme ABNT G3
Taxa de renovação de ar externo 27 m3/h/pessoa

4.5 – Resultados de carga térmica

Com base nas premissas adotadas foi estimada uma carga térmica total de 39,3 TR, sendo que o
pico simultâneo para a planta ocorre no mês de janeiro às 16:00 h.

5.0 – DESCRIÇÃO GERAL DO SISTEMA.

5.1 – Geral
Optou-se pelo sistema de VRV (VOLUME DE REFRIGERANTE VARIÁVEL) pois atende às
premissas de projeto apresentadas pelo MPE na reunião de contratação do projeto: Eficiência
energética; ambientalmente correto, versatilidade de uso, baixo custo operacional.

Foram analisadas as diversas alternativas de sistemas existentes e a opção pelo sistema VRV
deveu-se principalmente à sua versatilidade, economicidade e facilidade de instalação e
manutenção para o volume de carga térmica calculado.

O sistema VRV vem se mostrando extremamente eficiente econômico para a faixa de aplicação
entre 50 e 150 TR. Foram estudadas as alternativas de utilização de Mini Splits convencionais,
sistema de água gelada e sistema central com redes de dutos.

O sistema de Mini Splits convencional foi descartado pelo excessivo número de unidades
condensadoras que deveriam ser instaladas na cobertura do prédio, com inviabilização técnica de
instalação de quase metade das unidades pela distância excessiva entre evaporadoras e
condensadoras. O que nos forçaria a instalá-las nas laterais do prédio. Pesou também em seu
descarte a baixa vida útil e o custo de manutenção exagerado.

O sistema de água gelada é comumente aplicado em instalações com carga térmica total a partir
de 100 TR, sendo extremamente econômicos em sistemas com capacidades acima de 200 TR.
Porém, no caso em estudo, o excessivo numero e pequenos ambientes nos levaria a ter que
projetar uma rede de água gelada bastante complexa e com muitos dispositivos de controle,
encarecendo sua aquisição e manutenção.

Por fim, foi descartada a utilização de sistemas com redes de dutos pela dificuldade de controle
individual de conforto nos diversos ambientes e a dificuldade de se desligar sistemas
desocupados.

As dependências da unidade serão atendidas por um conjunto composto por 3 (tres) sistemas
independentes (condensadoras) e 33 unidades internas do tipo Mini Split Cassete de 4 vias e Hi-
Wall..

O sistema escolhido é o de expansão direta, com a utilização de equipamentos que possuam


tecnologia de Volume de Refrigerante Variável (VRV) e condensação a ar, permitindo modulação
individual de capacidade em cada unidade interna pela variação do volume de gás refrigerante,
objetivando atender a carga térmica individual de cada ambiente, proporcionando conforto térmico
com controle individual de temperatura.

As condições de operação de cada unidade interna serão definidas individualmente por meio de
controle remoto sem fio a ser fornecido junto com o equipamento.

Para cada sistema, uma única unidade condensadora (unidade externa) atenderá diversas
unidades evaporadoras (unidades internas), através de um único par de tubulações frigorígena,
composta de linha de líquido e de vapor saturado.

Estas unidades condensadoras serão instaladas na cobertura do prédio, em área ventilada e


deverão ser posicionadas segundo as recomendações do fabricante com relação às distâncias
mínimas entre elas e aos anteparos existentes.

As unidades internas serão do tipo “cassete” de 4 vias ou de parede do tipo Hi-Wall e estarão
ligadas às linhas frigorígenas através de tubulação de cobre, sem costura, com espessura de
1/16” e derivações em “Y”, fornecidas e especificadas pelo Fabricante do equipamento.
A variação do fluxo de refrigerante deverá ser feita através da variação da velocidade de rotação
do compressor comandada por inversor de freqüência, que irá se ajustar à capacidade da unidade
interna.

Os equipamentos proponentes deverão comprovar coeficientes de performance (COP)


maior do que 3.

O refrigerante utilizado será preferencialmente o R-410A, R-407 ou outro de nova geração e


ambientalmente correto não sendo aceito sistemas com refrigerante R-22.

5.1.1 – Descrição dos serviços a serem executados

Deverão ser executados todos os serviços previstos neste memorial, nos desenhos e na planilha
orçamentária, mesmo que não explicitamente descritos, de forma a que se obtenha uma instala-
ção eficiente e operacional, e para tanto deverão ser executados:

1 – Fornecimento de tres unidades condensadoras tipo VRV, descarga vertical, sendo uma com
capacidade de 210.000 BTU/h e duas com capacidade de 222.000 BTU/h;
2 – Fornecimento de quatro unidades evaporadoras VRV, tipo Cassete de 4 vias, capacidade de
36.000 BTU/h;
3 – Fornecimento de onze unidades evaporadoras VRV, tipo Hi-Wall, capacidade de 12.000
BTU/h;
4 - Fornecimento de dezenove unidades evaporadoras VRV, tipo Hi-Wall, capacidade de 18.000
BTU/h;
5 – Fornecimento e instalação de todo o material para as redes frigorígenas dos sistemas VRV,
das unidades fornecidas, incluindo tubulação de cobre e acessórios, isolamentos térmicos, pintu-
ras de proteção contra raios UV, fixações, etc;
6 – Fornecimento de todo o material necessário para interligação e alimentação elétrica;
7 – Fornecimento de bases em perfil metálico para as unidades condensadoras e de amortecedo-
res de vibração;
8 – Instalação de todas as unidades fornecidas;
9 – Recomposição de alvenarias e acabamentos eventualmente danificados para a instalação dos
equipamentos;
10 – Execução de todos os testes de funcionamento e eficiência;
11 – Fornecimento de cento e setenta e três distribuidores em Y, para rede frigorígena;
12 – Fornecimento e instalação de toda a rede de dreno interligada ao sistema de águas pluviais;

Observações importantes:

1 - A modulação dos conjuntos de equipamentos (condensadoras e evaporadoras) poderá ser


alterada pela proponente de modo a atingir os mesmos objetivos do projeto e de modo que
atendam às modulações de seus equipamentos. A proponente deverá apresentar alteração do
projeto executivo com a nova modulação desde que não represente ônus para a
CONTRATANTE. A CONTRATANTE poderá solicitar estudo de eficiência energética para aceitar
a alteração

2 – As capacidades das máquinas (unidades evaporadoras e condensadoras) são nominais.


Para efeito de fornecimento, poderão ser aceitos equipamentos com variações de capacidade
nominal de +/- 10%.

6.0 EQUIPAMENTOS PRINCIPAIS


6.1 Geral

As características descritas a seguir apresentam condições básicas para um perfeito fornecimento,


cabendo à CONTRATADA sua avaliação, adaptação e complementação de forma a garantir a
obediência às normas, às exigências de segurança e à eficiência operacional dos equipamentos.

A fabricação dos equipamentos estará rigorosamente dentro dos padrões de projeto e de acordo
com a presente Especificação. As técnicas de fabricação e a mão-de-obra a ser empregada, serão
compatíveis com as normas mencionadas na sua última edição.

Todos os materiais empregados na fabricação dos equipamentos serão novos e de qualidade,


composição e propriedade adequados aos propósitos a que se destinam e de acordo com os
melhores princípios técnicos e práticos usuais de fabricação, obedecendo às últimas
especificações das normas de referência.

A CONTRATADA comunicará casos de erros e/ou omissões relevantes nesta Especificação


Técnica, solicitando instruções antes de iniciar a fabricação.

Os itens a seguir estabelecem condições para o fornecimento e instalação dos equipamentos.

6.1.1 Instalação dos equipamentos

Os equipamentos serão instalados conforme as prescrições dos fabricantes, em locais adequados


aos mesmos, e respeitando os espaços necessários a uma perfeita manutenção.

Caberá à CONTRATADA o fornecimento e instalação de toda e qualquer infra-estrutura, inclusive


a realização de obras civis, necessárias ao perfeito funcionamento dos equipamentos.

6.1.2 Identificação dos equipamentos

Cada equipamento deverá possuir uma placa contendo todas as informações necessárias à sua
perfeita identificação (fabricante, capacidade, dados do motor, etc.). As placas de identificação
deverão ser feitas de acrílico, com dizeres em línguas portuguesa gravados em baixo relevo. A
CONTRATANTE reserva-se o direito de solicitar a inclusão de informações complementares nas
placas de identificação.

As placas de identificação deverão ser fixadas na parte externa dos equipamentos em local
previamente acertado com a FISCALIZAÇÃO.

Pesos e dimensões deverão ser representados em unidades do Sistema Internacional de


Unidades.

6.2 Sistema VRV – VOLUME DE REFRIGERANTE VARIÁVEL

6.2.1 Unidades condensadoras

6.2.1.1 Dados Técnicos

6.2.1.1.1 Unidades condensadoras VRV capacidades de 210.000 e 222.000 BTU/h


Modelo de Referência

CARACTERÍSTICAS
FLUÍDO REFRIGERANTE: R-410A, R-407
FLUÍDO REFRIGERADO: Ar
MODELO: Descarga vertical
CAPACIDADE: 210.000 e 222.000 BTU/h
QUANTIDADE: 3 (tres)
MARCAS: Hitachi, York, Carrier, Trane, Midea, Daikin, Mitsubishi,
superior ou equivalente aprovado pela fiscalização.

6.2.1.2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS.

6.2.1.2.1 GABINETE:

Será constituído por uma estrutura metálica com painéis de chapa de aço galvanizado, protegido
contra a corrosão por processo de fosfatização com pintura eletrostática em tinta esmalte sobre
“primer” anticorrosivo. Os painéis serão removíveis para permitir fácil acesso ao interior da
máquina. Deverá receber tratamento adequado para instalação ao tempo.

6.2.1.2.2 COMPRESSORES:

Cada ciclo de refrigeração deverá ser equipado com compressores “SCROLL”, sendo pelo menos
um com inversor de freqüência e velocidade variável, e os demais de velocidade constante, um
trocador de calor, válvula de 4vias, válvulas de serviço e válvula de expansão eletrônica, e
operarem com refrigerantes R-410A, R-407. Deverão ter proteção contra inversão de fase,
resistência de cárter, sensores de pressão, e de temperatura de descarga e temporizador de
retardo (anti-reciclagem).

Para todos os tipos de sistemas fornecidos deverão ser comprovados coeficientes de performance
(COP) maior do que 3.

6.2.1.2.3 CONDENSADOR:

O trocador de calor será do tipo corrente cruzada, com aletas de alumínio e tubo de cobre com
ranhura interna, equipado com aletas de alumínio de alta eficiência e mecanicamente unido com
tubos de cobre livre de oxigênio.

6.2.1.2.4 VENTILADORES:

Os ventiladores serão do tipo AXIAL com descarga do ar vertical, com hélice plástica,
balanceados, estática e dinamicamente. Serão acionados diretamente por motores elétricos de
indução monofásico , 4 pólos. Deverão operar sobre mancais de rolamentos auto-alinhantes,
auto-lubrificados e blindados.

6.2.1.2.5 QUADRO ELÉTRICO

Será montado no interior do gabinete do condensador, devendo o acesso a ele ser possível sem
interrupção do funcionamento da máquina. Abrigará todos os elementos de operação e controle
da unidade, sendo dimensionado conforme a NB – 3/90 – Instalações elétricas de baixa tensão
(NBR – 5410).
Todos os painéis e condicionadores deverão ser aterrados a partir de um cabo fornecido para
esse fim. As bitolas dos cabos elétricos deverão ser selecionadas de acordo com a tabela de
bitolas mínimas recomendadas pelo Fabricante, devendo ser previsto, inclusive um ponto de força
individual para cada um dos condensadores.

Não serão aceitas instalações de cabos e fios aparentes.

As tensões elétricas de alimentação dos condensadores serão de 220V/60Hz/3∅ + T.

6.2.2 Unidades evaporadoras

6.2.2.1 Dados Técnicos

6.2.2.1.1 Unidades evaporadoras VRV, tipo Hi-Wall, capac. de 12.000 BTU/h

Modelo de Referência

CARACTERÍSTICAS
FLUÍDO REFRIGERANTE: R-410A, R-407
FLUÍDO REFRIGERADO: Ar
MODELO: Hi-Wall
CAPACIDADE: 12.000 BTU/h
QUANTIDADE: 11 (onze)
MARCAS: Hitachi, York, Carrier, Trane, Midea, Daikin, Mitsubishi,
superior ou equivalente aprovado pela fiscalização.
CONTROLE REMOTO: Sem fio

6.2.2.1.2 Unidades evaporadoras VRV, tipo Hi-Wall, capac. de 18.000 BTU/h

Modelo de Referência

CARACTERÍSTICAS
FLUÍDO REFRIGERANTE: R-410A, R-407
FLUÍDO REFRIGERADO: Ar
MODELO: Hi-Wall
CAPACIDADE: 18.000 BTU/h
QUANTIDADE: 21 (vinte e um)
MARCAS: Hitachi, York, Carrier, Trane, Midea, Daikin, Mitsubishi,
superior ou equivalente aprovado pela fiscalização.
CONTROLE REMOTO: Sem fio

6.2.2.1.2 Unidades evaporadoras VRV, tipo CASSETE 4 vias, capac. de 36.000 BTU/h

Modelo de Referência

CARACTERÍSTICAS
FLUÍDO REFRIGERANTE: R-410A, R-407
FLUÍDO REFRIGERADO: Ar
MODELO: Cassete 4 Vias
CAPACIDADE: 36.000 BTU/h
QUANTIDADE: 4 (quatro)
MARCAS: Hitachi, York, Carrier, Trane, Midea, Daikin, Mitsubishi,
superior ou equivalente aprovado pela fiscalização.
CONTROLE REMOTO: Sem fio

6.2.2.2 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS.

6.2.2.2.1 GABINETE:

O evaporador será instalado no próprio ambiente condicionado, deverá ser constituído por
estrutura moldada em plástico injetável, painel frontal removível para fácil acesso ao interior da
unidade. Deverá ser revestido internamente com isolamento termo acústico. (isolamento não
poderá ser em lã de vidro).

6.2.2.2.2 VENTILADOR E MOTOR DO VENTILADOR

O ventilador será do tipo turbina de pás torcidas (tangencial) ou centrífugo, de dupla aspiração,
com pás voltadas para frente (sirocco), confeccionados com aço galvanizado, com motores
balanceados,estática e dinamicamente. Serão acionados diretamente por motores elétricos de
indução monofásico , 4 pólos. Deverão operar sobre mancais de rolamentos auto-alinhantes,
auto-lubrificados e blindados.

6.2.2.2.3 TROCADOR DE CALOR INTERNO

O trocador de calor será do tipo corrente cruzada, com aletas de alumínio e tubo de cobre com
ranhura interna, equipado com aletas de alumínio de alta eficiência e mecanicamente unido com
tubos de cobre livre de oxigênio , o espaçamento das aletas não deverá ultrapassar 12 aletas por
polegadas.

6.2.2.2.4 BANDEJA

Projetada de forma que não ocorra acúmulo de água, evitando assim a formação de fungos e
bactérias, atendendo às normas da ASHRAE e da Indoor Air Quality.

6.2.2.2.5 FILTROS DE AR

Serão do tipo permanente e lavável, instalados dentro do gabinete e a montante da serpentina


evaporadora. Deverão ter eficiência compatível com a classe G0 (Para unidades com
insuflamento direto) da NBR - 16401 - Instalações centrais de ar condicionado para conforto -
parâmetros básicos de projetos.

6.2.2.2.6 VÁLVULA DE EXPANSÃO TERMOSTÁTICA

O evaporador deverá estar equipado com válvula de expansão termostática, do tipo eletrônica,
permitindo ajuste da capacidade térmica, acionada por motor de passo.

6.2.3 COMANDO DOS EQUIPAMENTOS

6.2.3.1 CONTROLES

6.2.3.1.1 Controle Remoto individual

Para cada unidade interna deverá ser fornecido controle remoto sem fio, com no mínimo as
seguintes funções:
- liga/desliga,
- “timer” para desligamento automático,
- seleção de temperatura do ambiente desejado (“set-point”)
- seleção de velocidade do ventilador do evaporador: alta / média / baixa
- seleção do modo de operação: resfriamento / ventilação / desumidificação.

6.2.3.1.2 Automação e sistema de transmissão

Para cada sistema de climatização, deverá ser executada uma conexão entre as unidades
evaporadoras e a sua respectiva condensadora através de um par de cabos blindados permitindo
o perfeito funcionamento da rede.

Esta ligação será feita através de placas controladoras, entre placas eletrônicas das unidades
externas e internas, e realizada sem polaridade para facilitar o trabalho em campo e evitar danos
ao circuito eletrônico.

As placas controladoras deverão facultar também a interligação entre vários conjuntos de unidade
externas com as respectivas internas, permitindo assim a criação de uma única rede de controle
que poderá englobar até 16 unidades externas ou 128 unidades internas por cada interface.

Para sistemas maiores, com o uso de HUB, desde que o computador central não disponha de
várias portas USB, pode-se conectar até 8 placas de interfaces controladoras, aumentando para
128 unidades externas ou 1024 unidades internas.

Dessa forma deverá permitir a centralização do gerenciamento de toda a instalação a partir de um


ponto.

Este sistema assim instalado, conectará os fios de controle entre as unidades externas e internas
por meio de dois ou mais sistemas de refrigeração. Independentemente da ordem ou número de
unidades a serem conectadas, todas as unidades poderão ser controladas, uma vez conectadas.

7 ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS

7.1 REDE FRIGORÍGENA

Deverá ser constituída de tubos de cobre sem costura, em bitolas e paredes conforme
especificado pelo Fabricante, de modo a garantir a aplicação das velocidades corretas em cada
trecho, bem como a execução do trajeto mais adequado.

O dimensionamento da tubulação deverá ser feito levando em conta a perda de carga, em função
da distância entre os evaporadores e conjunto compressor-condensador, devendo ser analisado e
aprovado pelo fabricante do equipamento especificado.

Deverá ter o máximo rigor na limpeza, desidratação, vácuo e testes de pressão do circuito, antes
da colocação do gás refrigerante.

Deverá obedecer aos seguintes critérios:


- O comprimento máximo total da tubulação entre unidade externa e interna será de até 150m em
comprimento real (comprimento equivalente 175m);
- O desnível máximo entre a unidade externa instalada acima das unidades internas, pode chegar
ate 50m;
- Distância entre a primeira ramificação e a unidades interna mais distante será de até 40 m.
- Comprimento da tubulação a partir de cada distribuidor até a unidade interna será de até 30 m.
- Desnível entre as unidades internas será de até 15 m.

Todas as conexões entre tubos, acessórios e distribuidores deverão ser executadas com solda.
Após a execução da solda, a rede deverá ser testada com nitrogênio à pressão de 450~500 psig.

Todas as tubulações deverão ser devidamente apoiadas ou suspensas em suportes e braçadeiras


apropriadas com pontos de sustentação e apoio espaçados a cada 1,5m.

Para o preenchimento de gás refrigerante, deverá ser feito um vácuo em toda a tubulação até um
nível de pressão negativa de 3 micra.

As linhas de gás refrigerante deverão ser isoladas termicamente utilizando borracha elastomérica,
com espessura mínima de 19 mm.

Toda a rede frigorígena deverá ser efetuada externamente às paredes, acima do forro e quando
possível por shafts de tubulações, fixada rigidamente através de perfis de ferro cantoneira. Na
eventualidade de redes frigorígenas serem externas ao prédio, deverá ser consultada a
fiscalização para definir o encaminhamento.

A montagem dos tubos de cobre deverá ser precedida de uma adequada limpeza e
desengraxamento interno e externo antes da confecção de soldas.

Após a montagem e antes da carga de gás refrigerante, a tubulação deverá ser lavada
internamente com fluído desengraxante, posteriormente desidratada através de vácuo e quebra
com nitrogênio extra seco.

O vácuo do sistema frigorígeno deverá ser executado com bombas especiais de vácuo, com
capacidade adequada para o sistema em questão, de modo a conseguir um nível mínino de 250
mícrons de vácuo.

As tubulações frigorígenas serão em tubos de cobre extrudados e trefilados, sem costura, em


cobre desoxidado recozido, rígido, de acordo com as normas a seguir relacionadas:

EB-224/81 – Tubo de cobre e suas ligas, sem costura, para condensadores, evaporadores e
trocadores de calor (NBR-5029);
EB-273/82 – Tubo de cobre sem costura para refrigeração e ar condicionado (NBR-7541)
EB584/84 – Tubo de cobre e de ligas de cobre, sem costura – requisitos gerais (NBR-5020)

A utilização de tubulação de cobre flexível só será permitida após autorização expressa da


fiscalização no Diário de Obras.

A não observância dos padrões de instalação de tubulação de cobre flexível, quando autorizada
pela fiscalização, acarretará na sua substituição por tubulação rígida.

As conexões serão forjadas, de fabricação industrial, fornecidos de acordo com a norma EB-
366/77 - Conexões Para Unir Tubos de Cobre por Soldagem ou Brasagem Capilar.

As linhas de refrigerante deverão ser montadas com suas inclinações específicas, em torno de 2%
de modo a permitir escoamento e retorno de óleo refrigerante ao compressor.

A linha de gás, proveniente de descarga, deverá apresentar um sifão de coleta de óleo junto ao
compressor e terá inclinação no sentido do condensador, isto é, o óleo será drenado para frente.
A linha de líquido proveniente da condensação terá inclinação no sentido do evaporador, isto é,
óleo drenado de volta ao compressor.

Deverá ser executado isolamento térmico nas linhas de sucção e de líquido. Ambas as linhas
deverão ser revestidas com isolamento térmico de espuma elastomérica. Nos trechos externos,
que possam estar sujeitos a ações de intempéries, ainda deverá ser aplicada proteção mecânica
de tinta de alta resistência, na cor branca. Não será aceito aplicação de fitas aluminizadas ou de
alta resistência tipo Silver Tape.

Todas as emendas de isolamento térmico deverão ser rigorosamente vedadas através de


aplicação de cola de contato especificada pelo fabricante em 100% da área de contato.

O isolamento deve preferencialmente ser instalado antes da instalação da tubulação, de modo a


que se evitem cortes longitudinais no isolamento.

As redes frigorígenas do sistema VRV deverão ser executadas com tubulação de cobre de bitola
com espessura de 1/16”. As demais redes frigorígenas, de sistemas convencionais poderão ser
executadas com tubulação de cobre de espessura de 1/32”

7.2 REDE DE DRENO

As redes de dreno serão executadas em tubos e conexões de PVC rígido, com diâmetro
mínimo de 3/4”, formando um sifão com fecho hídrico. As drenagens deverão ser
executadas individualmente para cada bandeja de condensado.

Tubulações de drenos horizontais deverão ter desnível mínimo de 2%.

O diâmetro de ¾” será aceito para interligação de dreno de até duas unidades. Para quatro
unidades deverá ser utilizado dreno de 40 mm e para conjunto de máquinas acima de quatro
unidades deverá ser utilizada tubulação de 75 mm

Todas as tubulações de drenagem horizontais deverão receber isolamento térmico de espuma


elastomérica de modo a se evitar condensação na tubulação.

Não serão aceitas tubulações de drenos com descarga em áreas de passagem de pessoal, de
estocagem de material ou de rolamento de equipamentos.

Redes de drenos descarregadas em redes de águas pluviais deverão ser montadas com sifão
hídrico logo após a saída do equipamento.

7.3 ALIMENTAÇÃO E INTERLIGAÇÃO ELÉTRICA

A bitola da fiação utilizada deve ser devidamente dimensionada de acordo com a norma NBR5410
(NB-3) assim como os dispositivos de corte de energia elétrica (disjuntor, chave seccionadora...).

O ponto de força deverá ser próximo ao condensador. Unidades pequenas (até 18.000 BTU/h),
que venham de fábrica com alimentação pelo evaporador poderão assim ser executadas após
concordância da fiscalização.

O ponto de força deve ser protegido por disjuntor devidamente dimensionado de modo que atenda
a norma NBR5410 (NB-3).
A energia elétrica de alimentação dos equipamentos deverá ser de boa qualidade, estável e
atender aos seguintes requisitos:

Variação da tensão: não superior a 10%;


Desbalanceamento de tensão entre fases: não superior a 2%;
Desbalanceamento de corrente entre fases a plena carga: não superior a 10%.
Sempre que possível, o encaminhamento das linhas deverá ser através de dutos aéreos metálicos
junto às paredes, de modo a permitir plenas condições de acesso para manutenção ou
movimentação dos equipamentos e demais componentes.

Os eletrodutos deverão ser rígidos, sendo metálico galvanizado nas instalações aparentes e de
PVC roscável quando embutidos em alvenaria ou concreto, com diâmetro mínimo de ¾”.

As ligações finais entre os eletrodutos rígidos e os equipamentos deverão ser executadas em


eletrodutos metálicos Seal Tube, com conectores apropriados de aço galvanizado e box de
alumínio de liga resistente.

Comando e força deverão ser enviados por eletrodutos separados.

Quando não indicado no projeto, a bitola mínima para os cabos elétricos de interligação entre os
sensores deverá ser de 1,5mm², devendo ser utilizados eletrodutos independentes para a
passagem dos cabos. Quando a alimentação for em corrente contínua, deverá ser mantido
distanciamento mínimo de 75mm das linhas em corrente alternada

As caixas de passagem deverão ser em alumínio fundido em liga resistente, à prova de tempo.

Os condutores serão de cobre eletrolítico, sendo que os fios e cabos terão isolamento
termoplástico (cloreto de polivinila) e cores convencionais, tais como:

Fases - vermelho ou preto;


Neutro - azul claro;
Terra - verde ou verde - amarelo.

Deverão ser utilizados como acessórios necessários à montagem, fixação e acabamento das
linhas os seguintes elementos de ligação: luvas, box, terminais, buchas, arruelas, braçadeiras,
isoladores, suportes, parafusos, chumbadores, etc..

Todas as carcaças de máquinas, motores, equipamentos, quadros elétricos e dutos de


distribuição de ar deverão ser perfeitamente aterrados.

8 DISPOSIÇÕES GERAIS

8.1 DA EXECUÇÃO

A execução da instalação deverá atender ao contido nas especificações de projetos e tecnologia


de materiais e equipamentos integrantes deste caderno de especificação, às prescrições dos
fabricantes dos materiais e equipamentos, bem como às especificações e detalhamentos dos
projetos específicos.

Serão fornecidos todos os materiais e equipamentos, mão de obra e supervisão necessárias à


instalação, Start-Up e regulagem dos equipamentos, mesmo que não explícitos neste caderno de
especificações.
A execução dos serviços será feita através de instalador credenciado pelo fabricante dos
equipamentos, e por técnicos habilitados e treinados em fábrica. A proponente deverá apresentar
certificado da fábrica que possui funcionários habilitados para a execução de tais serviços.

A supervisão técnica será habilitada em nível de engenharia.

Fornecimento de todos os detalhes dos serviços que sejam pertinentes à instalação.

8.2 DAS DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

8.2.1 DOS PROJETOS

Efetuar um levantamento minucioso das condições atuais dos edifícios. Baseado neste
levantamento, elaborar um projeto executivo detalhado.

Submeter todos os equipamentos não só de fabricação própria, mas também de fornecimento de


terceiros, a vistoria do engenheiro fiscal.

Fornecer antes de iniciar o serviço, cronograma físico financeiro, que deverá ser aprovado pelo
cliente;

Executar a montagem de todos os equipamentos da instalação, devendo utilizar para isso mão-
de-obra especializada, sob responsabilidade do engenheiro.

Colocar a instalação em operação, efetuando ajustes e regulagens necessárias;

Efetuar testes e medições finais, apresentando um relatório final para apreciação e aprovação do
engenheiro fiscal, para o efeito de entrega da instalação;

Elaborar e entregar ao proprietário um jogo de desenhos atualizados da instalação, contendo


todas as modificações introduzidas durante a execução;

Elaborar e entregar ao proprietário, manuais de operação e manutenção da instalação,


complementares com catálogos e folhetos técnicos dos equipamentos;

8.2.2 DA PREPARAÇÃO E LIMPEZA

Concluídos os serviços de instalação das unidades e respectivas interligações, proceder, antes da


partida inicial, ao especificado nos itens a seguir:

Todas as unidades e linhas de interligações com os respectivos componentes deverão ser


submetidos à cuidadosa e completa limpeza.

As unidades e peças eventualmente danificadas durante a execução da obra deverão ser


perfeitamente reparadas, retocadas ou mesmo substituídas a critério da FISCALIZAÇÃO.

8.2.3 DO RECEBIMENTO

Como condição prévia e indispensável ao recebimento da instalação, a FISCALIZAÇÃO


procederá a uma cuidadosa verificação do equipamento fornecido e realizará rigorosos ensaios de
funcionamento, com o objetivo de constatar se foram efetiva e exatamente fornecidos todos os
itens das especificações. Nesta ocasião, o instalador deverá portar todo o ferramental e
instrumental necessários, devidamente aferidos
8.2.4 OPERAÇÃO

A contratada obriga-se a entregar toda a instalação em perfeito funcionamento e limpa. Todos os


elementos descartáveis deverão ser substituídos antes desta entrega de acordo com os critérios
das Normas Técnicas pertinentes e da portaria 3523/98 do Ministério da Saúde e das Portarias da
Secretaria de Vigilância Sanitária.

A CONTRATADA deverá ainda treinar funcionário da CONTRATANTE ou indicado por ela para
operação do sistema. Este encarregado deverá ser treinado para atendimento aos serviços de
operação de todo o sisema.

Cuiabá, 25 de Agosto de 2011

Carlos Fernando Teixeira e Silva


Engenheiro Mecânico – CONFEA: 200263893-9

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