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O arrependimento das obras mortas

Hebreus 6.1 diz: “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de
Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do
arrependimento de obras mortas.”
 
1. Arrependimento como prioridade da vida

a. A primeira mensagem de João foi arrependimento (Mateus 3.1-8).


b. A primeira mensagem de Jesus Cristo foi arrependimento (Mateus 4.17).
c. Os doze apóstolos pregaram arrependimento (Marcos 6.7-13).
d. A mensagem no dia de Pentecoste foi “arrependei-vos” (Atos 2.38).
e. A mensagem de Paulo visava o arrependimento (Atos 20.20-21).

Para início de conversa, no relacionamento com Deus é necessário o arrependimento. Se


este fundamento não for devidamente assentado, toda a estrutura da vida estará em
perigo sobre a areia movediça do nosso orgulho. Será incapaz de suportar as provações
e tribulações que hão de vir. Em Atos 17.30 Paulo afirma: “Ora, não levou Deus em
conta os tempos de ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda
parte, se arrependam.”
O autor de Hebreus chama isso de: “…a base do arrependimento de obras mortas...”
(Hebreus 6.1.)

2. Falsos conceitos a respeito do arrependimento

a. Convicção de pecados. Lucas registra em Atos 24.24-25 a convicção de pecados de


Félix sem que, no entanto, tenha ele se arrependido. A convicção precede o
arrependimento, mas nem todos os que estão convictos se arrependem.
b. “Tristeza do mundo” (2 Coríntios 7.10). A “tristeza do mundo” é, simplesmente,
tristeza por ter sido apanhado no pecado, ou remorso, como Judas, mas, não é
arrependimento pelo pecado cometido.
c. Ser religioso. Os fariseus, os saduceus e os sacerdotes nos dias de Cristo eram
extremamente religiosos, no entanto, Jesus os chamou de hipócritas. Não
experimentaram o arrependimento, antes, crucificaram a Jesus (Mateus 5.20; 3.7-12).
O autor de Hebreus, como vimos, nos fala de “arrependimento de obras mortas”. “Obras
mortas” são aquelas que não nasceram em Deus. Jesus, no capítulo 6 de Mateus, versos
de 1 a 8, nos mostra com muita clareza obras que aparentemente são boas, mas que não
nasceram de Deus, por isso são obras mortas, feitas com motivações erradas, de forma
religiosa apenas. Somente os que nasceram de novo estão qualificados para praticarem
boas obras de fato (Efésios 2.10). Para servirmos ao Deus vivo, devemos nos arrepender
das “obras mortas” (Hebreus 9.14).

3. O que significa arrependimento?

A palavra arrependimento é a tradução da palavra grega “metanoia” que    significa


“mudança de mente”, em relação ao pecado, a Deus e ao próximo. Uma expressão que
exemplifica muito bem essa palavra é “dar meia volta”. Quem dá meia volta, irá em
direção oposta à que vinha antes do arrependimento acontecer (Efésios 4.25-29).
A queda produziu no homem uma mente que se rebelou contra Deus. O arrependimento
reverte isso. O arrependimento nos leva de volta para Deus, para a comunhão, para a
renúncia, para a reconciliação. Paulo nos mostra que é Deus quem nos leva ao
arrependimento: “Ou desprezas a riqueza de sua bondade, e tolerância, e longanimidade,
ignorando que a bondade Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2.4.)

3. Frutos do arrependimento

O arrependimento muda nossa raiz, nossa natureza e, conseqüentemente, nosso fruto


(Atos 26.26 e Mateus 3.8). João Batista chamava isto de “fruto digno do
arrependimento”.

Os frutos do arrependimento se evidenciam em:


a. Tristeza segundo Deus pelo pecado (2 Coríntios 7.9-11).
b. Confissão do pecado (Salmo 32.5; João 1.9).
c. Renúncia do pecado (Provérbios 28.13).
d. Ódio ao pecado (Ezequiel 36.31-33).
e. Restituição, quando for possível (Levítico 6.1-7; Lucas 19.8; 16.1-10).
Sem a manifestação destes frutos, não há arrependimento genuíno de acordo com a
Palavra de Deus.

Por:Pr. Paulo Cezar Ferreira


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