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GQA Apostila+Gestão+da+Qualidade
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GESTÃO DA QUALIDADE
Multivix-Vitória
Rua José Alves, 301, Goiabeiras, Vitória-ES
Cep 29075-080 – Telefone: (27) 3335-5666
Credenciada pela Portaria MEC nº 259 de 11 de fevereiro de 1999.
Multivix-Nova Venécia
Rua Jacobina, 165, Bairro São Francisco, Nova Venécia-ES
Cep 29830-000 - Telefone: 27 3752-4500
Credenciada pela portaria MEC nº 1.299 de 26 de agosto de 1999
Multivix-São Mateus
Rod. Othovarino Duarte Santos, 844, Resid. Parque Washington, São Mateus-ES
Cep 29938-015 – Telefone (27) 3313.9700
Credenciada pela Portaria MEC nº 1.236 de 09 de outubro de 2008.
Multivix-Serra
R. Barão do Rio Branco, 120, Colina de Laranjeiras, Serra-ES
Cep 29167-172 – Telefone: (27) 3041.7070
Credenciada pela Portaria MEC nº 248 de 07 de julho de 2011.
Multivix-Castelo
Av. Nicanor Marques, 245, Centro - Castelo – ES
Cep 29360-000 – Telefone: (28) 3542-2253
Credenciada pela Portaria MEC nº 236 de 11 de Fevereiro de 1999.
Vitória, 2015
1
61 f. : il. ; 30 cm
Inclui referências.
Gestão da Qualidade
2
Gestão da Qualidade
3
LISTA DE FIGURAS
Gestão da Qualidade
4
LISTA DE TABELAS
Gestão da Qualidade
5
SUMÁRIO
1º BIMESTRE......................................................................................................... 7
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 8
2 QUALIDADE................................................................................................... 10
2.1 CONTROLE DE PROCESSO............................................................................ 15
3 MELHORIA CONTÍNUA.............................................................................. 19
4 CICLO PDCA................................................................................................. 21
5 CERTIFICAÇÃO............................................................................................ 25
5.1 NORMAS ISSO.................................................................................................. 26
2º BIMESTRE......................................................................................................... 37
7 SÉRIE DE NORMAS ISO 14000............................................................... 38
Gestão da Qualidade
6
14 REFERÊNCIAS............................................................................................. 58
Gestão da Qualidade
7
1º Bimestre
Gestão da Qualidade
8
1 INTRODUÇÃO
Após a segunda guerra mundial e, especialmente, após o fim da guerra fria, com o
aumento e desenvolvimento do livre comércio mundial a necessidade de padrões
internacionais de qualidade se tornou central para o número crescente de transações
comerciais internacionais (Campos, 2004).
Gestão da Qualidade
9
Gestão da Qualidade
10
2 QUALIDADE
O Controle de Qualidade Total ou, em inglês, Total Quality Control (TQC), foi
desenvolvido no Japão a partir de ideias americanas. Os japoneses, para evitar
confundir com o sistema TQC pregado pelo Dr. Armand Feigenbaum utilizam algumas
vezes o termo Company Wide Quality Control (CWQC). O TQC, segundo os princípios
japoneses, é praticado em todos os setores da empresa e por todos os empregados no
estudo e condução do controle de qualidade (CAMPOS, 2004). Enquanto alguns
autores utilizam o termo TQC, outros autores utilizam TQM, sigla que resume o termo
em inglês Total Quality Management, que significa Gestão da Qualidade Total (SLACK;
CHAMBERS; JOHNSTON, 2009).
Gestão da Qualidade
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organizações não sabem o quanto gastam em qualidade, seja para consertarem erros
ou produzir corretamente. Sua ênfase está nos custos e benefícios da implementação
de programas de qualidade (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009).
Fraquezas da Abordagem
Autor Forças da Abordagem
(continua)
- Não discrimina os diferentes
- Abordagem ao controle de qualidade.
Armand contextos da qualidade.
- Enfatiza a importância da administração.
- Não faz uma síntese das diferentes
Feigenbaum - Inclui ideias de sistemas sociotécnicos.
teorias da administração em um todo
- Promove a participação de todos.
coerente.
- Lógica sistemática e funcional que - Metodologia e o processo são às
identifica os estágios da melhoria da vezes vagos.
qualidade. - A ênfase na liderança e motivação é
- Enfatiza que a administração antecede a vista com ceticismo por alguns autores.
W. Edwards tecnologia. - Não lida com questões importantes
- Liderança e motivação são relacionadas a política da empresa ou
Deming
reconhecidas como importantes. coerção.
- Enfatiza o papel dos métodos
estatísticos e quantitativos.
- Reconhece as diferenças culturais e
históricas de Japão e dos EUA.
- Enfatiza a necessidade de deixar de - Não faz nenhuma ligação com
lado a euforia exagerada e os slogans da autores relacionados a liderança e
qualidade. motivação.
- Destaca o papel dos consumidores - Crítica de que desconsidera a
Joseph M. externo e interno. contribuição do trabalhador ao rejeitar
Juran - Enfatiza o envolvimento e iniciativas participativas.
comprometimento da administração. - Crítica de que é mais forte em
sistemas de controle do que na
chamada dimensão humana da
organização.
- Enfatiza a importância da participação - Crítica de que parte de seu método
das pessoas no processo de solução de de solução de problemas é simplista.
problemas. - Não consegue estabelecer
Kaoru Ishikawa - Oferece um composto de técnicas claramente a passagem das ideias
estatísticas e de orientação para pessoas. para a ação nos círculos de qualidade.
- Introduz a ideia de círculos de controle
de qualidade.
Gestão da Qualidade
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Fraquezas da Abordagem
Autor Forças da Abordagem
(conclusão)
- Abordagem de qualidade desde o - Grande dificuldade de aplicação em
estágio do projeto. situações nas quais o desempenho é
- A qualidade é assunto de toda a difícil de medir.
Genichi sociedade e não somente das - Controle da qualidade na mão de
organizações. especialistas, ao invés de gerentes e
Taguchi
- Metodologia prática desenvolvida por operários.
engenheiros ao invés de teórica - Criticado no aspecto de motivação e
desenvolvida por estatísticos. gestão de pessoas.
- Excelente controle de processos.
- Métodos claros e fáceis de seguir. - Crítica de que culpa os trabalhadores
- Reconhece a importância da pelos problemas de qualidade.
participação do trabalhador. - Crítica de que enfatiza slogans e
Phillip B. - Boa explicação da realidade da lugares comuns, ao invés de
qualidade e na motivação para iniciar o dificuldades reais.
Crosby
processo de qualidade. - Defeito zero pode ser considerado
algo que evita o risco.
- Não dá a devida importância a
métodos estatísticos.
Fonte: Adaptado de Slack, Chambers e Johnston (2009, p. 664) com base em Flood (1993).
Para Campos (2004, p. 2) “(...) um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende
perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo
certo às necessidades do cliente”.
Gestão da Qualidade
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Requisito
A qualidade total também pode ser compreendida através de tipologias. Campos (2004)
separa a qualidade total em 5 dimensões e as apresenta da seguinte forma:
Gestão da Qualidade
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Por controle total, pode-se compreender o controle exercido por todas as pessoas da
empresa, de forma sistêmica e metódica, fundamentado na ciclo PDCA.
Campos (2004, p. 15), após apresentar os conceitos acima afirma que “TQC é o
controle exercido por todas as pessoas para a satisfação das necessidades de todas as
pessoas”.
Gestão da Qualidade
15
Gestão da Qualidade
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Condições
Locais
Fornecimento Característica
Manutenção Inspeção
Próprio da Qualidade
EFEITO
Item de
Controle
Oficina Físico Informação
Procedimento
PROCESSO
FATORES DE MANUFATURA = 6M
Gestão da Qualidade
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Cada processo normalmente tem um ou mais resultados, que seriam seus efeitos ou
fins. Para gerencia-lo é necessário medir os efeitos de cada processo. Para Campos
(2004, p. 21) “Os itens de controle de um processo são índices numéricos estabelecidos
sobres os efeitos de cada processo para medir a sua qualidade total”.
Campos (2004) ensina que cada processo é gerenciado por meio de itens de controle
que medem qualidade, custo, entrega, moral e a segurança de seus efeitos. Estes itens,
também denominados de itens de controle dos resultados são estabelecidos sobre
pontos de controle. Quando um item de controle mede a qualidade de um produto ou
serviço resultante de um processo ele é denominado característica de qualidade. Cada
efeito de processo é afetado por várias causas, mas apenas algumas poucas causas
afetam a grande parte de um item de controle. A partir destas causas principais se
estabelecem os itens de verificação de um processo, que são índices numéricos. Sendo
assim, um item de controle é verificado a partir do acompanhamento dos índices
numéricos de cada item de verificação.
Gestão da Qualidade
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interligados. Em uma empresa, cada funcionário terá autoridade sobre o(s) processo(s)
no(s) qual(is) estiver envolvida. Com a autoridade, também vem a responsabilidade
sobre os resultados deste processo, e assim advém os itens de controle (CAMPOS,
2004).
Gestão da Qualidade
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3 MELHORIA CONTÍNUA
A ABNT (2000) lista 7 ações voltadas para a melhoria contínua que são apresentadas
na figura a seguir.
Gestão da Qualidade
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Análise e avaliação da
Estabelecimento dos Pesquisa de possíveis
situação existente
objetivos para soluções para atingir
para identificar áreas
melhoria os objetivos
para melhoria
Medição, verificação,
análise e avaliação dos
Avaliação e seleção Implementação da resultados da
implementação para
destas soluções solução escolhida determinar se os
objetivos foram
atendidos
Formalização das
alterações
Gestão da Qualidade
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4 CICLO PDCA
Gestão da Qualidade
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(A) Atuar
(C) Checar
Corretivamente
•Verificar os •Corrigir
resultados de eventuais
acordo com as problemas;
metas.
De acordo com Campos (2004) o termos do ciclo PDCA tem o seguinte significado:
De acordo com Campos (2004) embora todos na empresa possam se utilizar do ciclo
PDCA, este é utilizado mais intensamente pelo pessoal da manutenção. Melhorar
continuamente um processo ou operação implica em melhorar os padrões já
Gestão da Qualidade
23
As operações são
analisadas para
As operações (causa)
determinar as causas
não produzem um
do resultado
resultado (efeito) que
indesejado,
satisfaz ao controle
padronizando e
(problema)
estabelecendo novos
controles
Gestão da Qualidade
24
Gestão da Qualidade
25
5 CERTIFICAÇÃO
Existem diversas instituições públicas e privadas que lidam com certificação no Brasil. A
tabela a seguir mostra algumas destas instituições.
Gestão da Qualidade
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De acordo com a ABNT (2000) as normas da família NBR ISO 9000 foram
desenvolvidas para apoiar organizações de todos os tipos e tamanhos, na
implementação e operação de sistemas de qualidade eficazes. A tabela 1 apresenta as
principais normas, assim como sua função:
Norma Descrição
(continua)
NBR ISO 9000 Lançada em 1997, descreve os fundamentos de
sistemas de gestão da qualidade e estabelece a
terminologia para estes sistemas em empresas de
qualquer porte.
Gestão da Qualidade
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Norma Descrição
(continuação)
NBR ISO 9001 Especifica requisitos para um sistema de gestão
da qualidade, onde uma organização precisa
demonstrar sua capacidade para fornecer
produtos que atendam aos requisitos do cliente e
os requisitos regulamentares aplicáveis e objetiva
aumentar a satisfação do cliente.
NBR ISO 9004 Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia
como a eficiência do sistema de gestão da
qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o
desempenho da organização e a satisfação dos
clientes e das outras partes interessadas.
ISO 10001 Fornece orientações para planejar, projetar,
desenvolver, implementar, manter e melhorar os
códigos de conduta de satisfação dos
consumidores. Não é sujeita a certificação.
ISO 10002 Orienta no processo de lidar com reclamações
dos clientes. Não é sujeita a certificação.
ISO 10003 Fornece orientações para resolução de disputas
no âmbito dos clientes da organização. Não é
sujeita a certificação.
ISO 10004 Fornece orientações sobre processos para
monitorar e mensurar a satisfação dos
consumidores. Não é sujeita a certificação.
ISO 10005 Fornece diretrizes para desenvolver, revisar,
aceitar, aplicar e revisar planos de qualidade. Não
é sujeita a certificação.
ISO 10006 Fornece diretrizes para a aplicação da gestão da
qualidade em projetos. Não é sujeita a
certificação.
ISO 10007 Diretrizes para gestão da qualidade no apoio aos
produtos, do desenvolvimento ao descarte. Não é
sujeita a certificação.
ISO 10013 Fornece diretrizes para o desenvolvimento e
manutenção da documentação necessária para
garantir um sistema de gestão da qualidade
efetivo. Também pode ser aplicada a outras
normas ISO, além da família 9000. Não é sujeita a
certificação.
ISO 10014 Fornece orientações para mensurar os benefícios
financeiros e econômicos da aplicação da ISO
9000. Não é sujeita a certificação.
Gestão da Qualidade
28
Norma Descrição
(conclusão)
ISO 10017 Este relatório técnico fornece orientação para a
aplicação das técnicas estatísticas apropriadas
que podem ser uteis para a organização
desenvolver, implementar, manter e melhorar o
sistema de qualidade conforme a ISO 9001. Não
é sujeita a certificação.
ISO 10019 Fornece orientação para a seleção de consultores
do sistema de gestão da qualidade e para o uso
de seus serviços. Não é sujeita a certificação.
ISO 19011 Fornece diretrizes sobre auditoria de sistemas de
gestão da qualidade e ambiental.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de ABNT (2000, p. 1-2) Eurocert (2014) e ISO (2009a).
A série ISO 10000 age como uma expansão do sistema de gestão de qualidade da
série ISO 9000 sem, no entanto, exigir certificação. Sua abrangência vai desde a
mensuração da satisfação do consumidor a orientações para a escolha de consultores
do sistema de gestão da qualidade e do uso de seus serviços (EUROCERT, 2014).
Gestão da Qualidade
29
ISO 10013
Clientes ISO 10014 Clientes
(e outros grupos (e outros grupos
PLANEJAR Responsabilidade AGIR
de interesse) de interesse)
da Gestão
Entrada Saída
Manufatura
Requisitos Produto
do Produto
ISO 10001
ISO 10002 ISO 10005 ISO
ISO 10003 10007
Gestão da Qualidade
30
As normas ISO não abrangem somente a gestão da qualidade. Como já foi exposto
anteriormente, somente a ISO possui mais de 19.000 certificações. Neste contexto,
algumas outras famílias ISO são merecedoras de uma atenção especial. De acordo
com a ABNT (2000, p. 6) “Os objetivos da qualidade complementam outros objetivos da
organização, tais como os relacionados ao crescimento, captação de recursos
financeiros, lucratividade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional”. A tabela a
seguir apresenta de forma breve algumas destas normas.
TABELA 4 - DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS FAMÍLIAS DE NORMAS ISO, ALÉM DA FAMÍLIA 9000
Família Norma
ISO 14000 Diretrizes para a gestão ambiental.
ISO 26000 Orientação para a responsabilidade social.
ISO 27000 Diretrizes para a segurança da informação.
ISO 31000 Princípios para a gestão de riscos.
ISO 50000 Orientações para a gestão energética.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de ISO (2009b, 2014a, 2014b, 2014c, 2014d).
A ISO 27000 é uma família de padrões que fornece diretrizes para auxiliar as
organizações a manter ativos de informação seguros. Ativos de informação como
informações financeiras, propriedade intelectual, informações pessoais de funcionários
ou informações confiadas por terceiros. As normas da família ISO 27000 abrangem
pessoas, processos e sistemas de tecnologia da informação (ISO, 2014b).
Gestão da Qualidade
31
A ISO 50000 fornece orientações para a empresa melhorar sua gestão energética. Sua
abrangência envolve o desenvolvimento de políticas para o uso eficiente da energia e a
fixação de objetivos para atingir esta meta. Também o uso de dados para análise,
mensuração e acompanhamento do uso de energia. Por fim, a revisão das políticas
energéticas vigentes e a melhoria contínuo da gestão energética (ISO, 2014d).
Além das normas ISO, a norma de origem britânica OHSAS 18001 é referência
internacional para a gestão da saúde e segurança ocupacional, que impactam
diretamente na qualidade de vida no trabalho. Esta norma é complementar a aplicação
das normas ISO da série 9000, pois abrange aspectos importantes ao funcionamento
organizacional que não são contemplados na série ISO 9000 (OHSAS, 2007; BSI,
2014).
A norma ISO 9001 é utilizada para criar um sistema de gestão da qualidade que é
certificado por uma organização externa. O padrão reconhece que o termo produto se
aplica a serviços, material processado, hardware e software comercializados por
diferentes setores da indústria (ISO, 2009).
Gestão da Qualidade
32
Clientes Clientes
(e outros Responsabilidade (e outros
grupos de da Gestão grupos de
interesse) interesse)
Análise das
Gestão de medidas e Satisfação
Recursos aperfeiçoamento
Saída
Requisitos Manufatura Produto
Entrada do Produto
Para a ABNT (2000) a série NBR ISO 9000 pode ser aplicada em vários tipos de
organizações ou situações como ilustra a figura abaixo:
Gestão da Qualidade
33
As aplicações listadas acima podem ser aplicadas a toda a família da série ISO 9000 e
também às normas relacionadas, como as séries 10000 e 19000.
De acordo com a ISO (2009) há cinco sessões na norma que especificam as atividades
que necessitam ser consideradas quando da implantação do sistema de gestão da
qualidade:
Gestão da Qualidade
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Em adição a ISO 9001 a ISO 9004 permite entender as aplicações da norma ao grupos
de interesse como empregados, proprietários, fornecedores, parceiros comerciais e a
Gestão da Qualidade
35
sociedade. A ISO 9001 e a ISO 9004 são compatíveis e podem ser usadas em
conjunto, ou separadamente. A ISO 9004 não requer certificação (ISO, 2009).
Auditorias efetivas garantem que um sistema de gestão da qualidade mantenha o seu
nível de excelência. A norma ISO 19011 aborda a área de auditoria dos sistemas de
gestão da qualidade e sistemas de gestão ambiental, sendo aplicável, portanto, tanto as
normas da série 9000 quanto às normas da série 14000. A ISO 19011 fornece uma
visão geral de como uma auditoria de qualidade deve ser executada (ISO, 2009).
Princípio Descrição
Foco no Cliente O bem de consumo (produto ou serviço) deve, se
possível, exceder as expectativas e necessidades do
cliente.
Liderança Os líderes são fundamentais na manutenção do foco
nos objetivos organizacionais.
Envolvimento de Pessoas O envolvimento dos funcionários garante a
participação de toda a empresa na atividades
relacionadas a gestão da qualidade.
Abordagem de Processo A gestão de processos melhora a eficiência da
utilização de recursos organizacionais com a qual se
alcança resultados.
Abordagem Sistêmica para Gestão Esta abordagem tem influência positiva tanto com a
eficiência quanto a eficácia organizacional.
Melhoria Continua O conceito de melhoria contínua é historicamente
relacionado com a gestão da qualidade.
Abordagem Factual para Tomada de Dados e informações como base para a tomada de
Decisão decisões.
Benefícios Mútuos na Gestão com Considerando que a produção de um bem de
Fornecedores consumo, produto ou serviço, começa nos
fornecedores da empresa, o conceito de benefícios
mútuos busca estabelecer uma relação positiva, de
“ganha / ganha” com os fornecedores organizacionais.
Fonte: Adaptado de ABNT (2000, p. 2).
Tendo o cliente como referencial, para evitar eventuais distorções dos produtos em
relação às necessidades e desejos dos consumidores, os líderes devem manter o foco
Gestão da Qualidade
36
nos objetivos da empresa, envolvendo os funcionários para que, com base em uma
abordagem de processos fundamentada em um abordagem sistêmica da gestão que
busca aumentar a eficiência e eficácia organizacionais, a empresa trilhe o caminho da
melhoria contínua, adotando os princípios da abordagem factual para a tomada de
decisão em relação ao sistema de gestão da qualidade, visando benefícios mútuos não
apenas em nível organizacional, mas também nas relações com os clientes e
fornecedores.
Gestão da Qualidade
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2º Bimestre
Gestão da Qualidade
38
Gupta e Sarkis, citados por Ferreira et al. (2011), afirmam que a expansão da
capacidade industrial da humanidade iniciou o processo de esgotamento de recursos
naturais escassos, a criação de resíduos industriais danosos ao meio ambiente e
também poluição do planeta. A partir de uma série de desastres ambientais ocorridos
nas décadas de 1970 e 1980 parte do setor produtivo passou a se conscientizar da
importância da consciência ambiental no exercício de suas atividades produtivas.
A qualidade ambiental vem recebendo destaque cada vez maior nos últimos anos. Isto
se deve a pressões impostas pelos stakeholders da empresas, como acionistas,
investidores, empregados, fornecedores, consumidores, concorrentes, órgãos
governamentais e ONGs, entre outros, que a cada dia estão mais atentos à relação da
empresa com o meio ambiente e com as implicações de eventuais problemas
ambientais, sejam eles acidentais ou involuntários (ALBERTON; COSTA JR., 2007;
FERREIRA et al., 2011). A questão da redução de eventuais resíduos poluentes ou
nocivos ao meio ambiente agora faz parte da pauta de decisões estratégicas a serem
tomadas pelas empresas, bem como o processos a serem utilizados para minimizar o
impacto do volume e toxicidade de eventuais resíduos ((GAVRONSKI; PAIVA;
FERRER, 1995; FERREIRA et al., 2011).
A série de normas ISO 14000, fundamentada com base na série ISO 9000 e na norma
britânica BS 7750, é a referência mundial para a implantação de Sistemas de Gestão
Ambiental – SGAs, que constituem uma série de processos estruturados e genéricos
com o objetivo da melhoria contínua da interação da empresa com seu meio ambiente
(CICCO, 1994; ALBERTON; COSTA JR., 2007).
Gestão da Qualidade
39
A série ISO 14.000 foi introduzida em 1996 como parâmetros voluntários que as
empresas deveriam seguir para implementar Sistemas de Gestão Ambiental. Três anos
após sua criação já haviam cerca de 10.000 empresas certificadas. Em Dezembro de
2002, seis anos após sua criação, o número de empresas certificadas já representava
cerca de 46.000. Desde a criação da série de normas 14.000 as empresas brasileiras
tem representativa participação na certificação, em termos internacionais
(GAVRONSKI; BALBINOTTI; FERRER, 2005). Adotada em mais de 160 países a ISO
140001 já possuía em 2007, 154.572 empresas certificadas (ISO, 2009b).
De acordo com Balbinotti e Gavronski (2004) e Ferreira et al. (2011) a norma que
certifica o Sistema de Gestão Ambiental é a Norma ISO 14001, editada no Brasil pela
ABNT. Para Alberton e Costa Jr. (2007, p. 153) “Os benefícios econômicos e
estratégicos da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) podem refletir-
se tanto em ganhos de mercado como em redução de custos”.
Acerca da Norma ISO 14001, Alberton e Costa Jr. (2007, p. 154) explicam sua
importância da seguinte forma:
O conjunto ISO 14000, mais especificamente a norma ISO 14001 que trata de
„Especificações para Sistemas de Gestão Ambiental‟, serve de orientação às
empresas para a inserção da variável ambiental em seu sistema de gestão do
negócio, incorporando-a na política, formulações estratégicas, objetivos e
metas, opções tecnológicas e na sua rotina operacional. Embora certificar o
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) não seja imperativo para as organizações,
a qualificação da produção industrial, nos padrões internacionais de controle
ambiental e eficiência energética, as credencia a disputar os mercados europeu
e norte-americano, que seguem à risca tais padrões. Além disso, a necessidade
de demonstrar um desempenho ambiental capaz de atender à legislação
vigente, prevenir impactos ao meio ambiente, fortalecer a imagem institucional
junto à comunidade, reduzir riscos de multas e penalidades e,
conseqüentemente, de aumentar a competitividade são motivos que levam à
busca pela certificação.
Gestão da Qualidade
40
Gestão da Qualidade
41
Norma Descrição
ISO 14.001 Estabelece a norma que regula e orienta a implementação de um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) em empresas.
ISO 14.004 Complementa a ISO 14.001 ao fornecer recomendações e explicações adicionais.
ISO 14.005 Orienta todas as organizações, mas como foco nas pequenas e médias empresas, nas
etapas de desenvolvimento, implementação, manutenção e melhoria de um Sistema
de Gestão Ambiental.
ISO 14.006 Fornece orientações para auxiliar as organizações ao estabelecer, documentar,
implementar, manter e melhorar continuamente sua gestão do ecodesign.
ISO 14.020 Diferentes abordagens para rótulos e declarações, incluindo selos de aprovação
ambiental e informação ambiental quantificada sobre produtos e serviços.
ISO 14.031 Orientações para avaliação do desempenho ambiental, como a seleção de
indicadores adequados de desempenho ambiental, que podem ser usados como base
para a geração de relatórios internos e externos de desempenho ambiental.
ISO 14.033 Apoia a aplicação de padrões e relatórios na gestão ambiental. Fornece orientações
sobre como obter informações e dados ambientais quantitativos e a metodologia de
implementação.
ISO 14.040 Fornece orientações nos princípios de conduta dos estudos sobre a avaliação do ciclo
de vida (Life Cycle Assessment – LCA), que fornece a uma organização informações
em como reduzir o impacto ambiental geral de seus produtos e serviços.
ISO 14.045 Descreve os princípios, requerimentos e orientações para avaliação da eco eficiência.
A eco eficiência relaciona o desempenho ambiental com a criação de valor.
ISO 14.051 Orienta e fornece princípios para a contabilidade do custo do fluxo material (MFCA). A
MFCA é uma ferramenta gerencial que promove o uso efetivo de recursos,
principalmente em processos de distribuição e manufatura, com o objetivo de reduzir o
consumo de recursos e custos de materiais.
ISO 14.063 Normas, orientações e exemplos da comunicação ambiental.
ISO 14.064 Dividido em três partes é o padrão internacional de contabilidade e verificação do gás
do efeito estufa.
ISO 14.065 Complementa a norma ISO 14.064 ao especificar os requerimentos para acreditar e
reconhecer as organizações que validam e verificam os padrões relacionados ao gás
do efeito estufa (GHG).
ISO 14.066 Especifica requisitos de times de validação e verificação de programas de programas
do gás do efeito estufa.
ISO 14.067 Especifica os princípios, requerimentos e orientações para a comunicação e
Gestão da Qualidade
42
Estas normas podem não resumir toda a família ISO 14.000, mas descrevem as
principais normas aplicadas e seu escopo. Para explorar melhor a interação da
empresa com o meio ambiente, é recomendada a visita às seguintes apresentações na
internet:
Gestão da Qualidade
43
De acordo com a BSI (2013) a OHSAS 18001 auxilia a gestão das condições e riscos
aos trabalhadores ao:
Gestão da Qualidade
44
Melhoria
Contínua
Revisão da
Gestão
Controle e Ação
Corretiva
Implementação e
Operação
Planejamento
Política de
Saúde
Ocupacional
e Segurança
Figura 9 - Modelo do Sistema de Gestão de Saúde Ocupacional e Segurança para a norma OHSAS
Fonte: Adaptado e traduzido de OHSAS (2007, p. vi).
Gestão da Qualidade
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Como o PDCA pode ser aplicado tanto a metodologias ISO como a 9001, que promove
o uso da abordagem por processos, a norma OHSAS 18.001 é considerada compatível
com a série ISO (OHSAS, 2007).
Gestão da Qualidade
46
De acordo com a ISO (2014a) a primeira norma acerca da responsabilidade social, ISO
26.000, foi publicada em novembro de 2010. O padrão fornece orientação acerca dos
princípios da responsabilidade social, os temas e questões principais relacionados a
responsabilidade social e formas de integrar o comportamento socialmente responsável
na organização. A orientação da ISO enfatiza o princípio da transparência e o valor de
reportar publicamente o desempenho da responsabilidade social tanto para os
stakeholders internos quanto externos, como empregados, comunidades locais,
investidores e agências reguladoras.
Gestão da Qualidade
47
Prestação de
Contas
Respeito pelos
Transparência
direitos humanos
Princípios da
Responsabilidade
Social
Respeito pelas
normas Comportamento
internacionais de Ético
comportamento
Respeito pelos
Respeito pela
interesses dos
Legislação
stakeholders
Gestão da Qualidade
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Fatores tanto internos quanto externos podem tornar incerta a realização de estratégias
e objetivos organizacionais. A incerteza resultante da interação destes fatores internos
e externos com a estratégia e objetivos organizacionais é o que se denomina “risco”.
Toda atividade organizacional envolve certo grau de incerteza e, portanto, certo grau de
risco. Para minimizar a influência do risco nas estratégias e objetivos, as organizações
procuram gerir os riscos em um esforço de identificação, análise e avaliação. E, neste
processo, elas comunicam e consultam as partes interessadas, monitorando os riscos
por meio de controles previamente estabelecidos (ABNT, 2009).
Se o risco é um efeito nos objetivos e estratégias organizacionais, isto significa que ele
pode ser tanto positivo quanto negativo. O fato de ser positivo nem sempre pode ser
considerado como benéfico como, por exemplo, o efeito de um aumento positivo além
do esperado na taxa de juros nacional pode ter um reflexo ruim para uma empresa
endividada, enquanto um efeito negativo na taxa de juros pode ter um reflexo benéfico.
O risco é caracterizado em relação a eventos potenciais e às consequências que estes
eventos podem ter. A combinação de consequências de um evento e a probabilidade
destas consequências ocorrerem a possibilidade um risco acontecer, de fato (ABNT,
2009).
De acordo com a ABNT (2009, p.2) a gestão de riscos são as “atividades coordenadas
para dirigir e controlar uma organização no que se refere a riscos”. Estas atividades
podem abranger toda uma organização, apenas a certas áreas ou níveis
organizacionais, ou projetos, atividades e funções específicas. As expressões “gestão
de riscos” e “gerenciando riscos” são utilizadas neste contexto. No entanto, “gestão de
riscos” se refere a estrutura, os princípios, estruturas e processos para gerenciar os
riscos de forma eficaz sendo, portanto, abrangente enquanto “gerenciando riscos”
refere-se à aplicação prática destes princípios, estruturas e processos sendo, portanto,
específica. A gestão de riscos traz uma série de benefícios, apresentados na tabela a
seguir.
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Gestão da Qualidade
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A ISO (2011) informa que a ISO 50.001 fornece a organizações do setor público e
privado estratégias gerenciais para aumentar a eficiência energética, reduzir custos e
melhorar o desempenho energético. A norma tem a intenção de:
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Política Energética
Planejamento Energético
Implementação e
Operação
Revisão da Gestão
Monitoramento e análise
das medições
Verificação
De acordo com a BSI (2014) os benefícios da implementação da série ISO 50.000 são:
Redução dos custos operacionais devido a melhor gestão energética;
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No entanto a ISO (2011) também apresenta sua versão dos benefícios da série ISO
50.000:
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Desenvolvimento
de uma politica
para uso mais
eficiente da
energia
Estabelecimento
Melhoria
de metas e
contínua da
objetivos para
gestão
gestão
energética
energética
ISO
50.000
Utilização de
dados na tomada
Revisão e ajuste
de decisão
da política
referente ao
energética
consumo e uso
energético
Medição dos
resultados
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A figura a seguir apresenta alguns tipos de documentos que são normalmente utilizados
na documentação de sistemas de gestão de qualidade.
Informação Documento
Dados agregados Informação e o meio
Documento de
para gerar no qual ela está
Procedimento
conhecimento contida
Documento que especifica
um procedimento
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Gestão da Qualidade
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A norma ISO 19011 fornece diretrizes sobre auditorias de qualidade. De acordo com a
ABNT (2000, p. 5): “Auditorias são usadas para determinar em que grau os requisitos
do sistema de gestão da qualidade foram atendidos. As constatações da auditoria são
usadas para avaliar a eficácia do sistema de gestão da qualidade e para identificar
oportunidades de melhoria”.
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Auditoria Constatações de
Processo sistemático, documentado e Auditoria
independente para avaliar a extensão na qual os Resultados de uma
critérios especificados pela norma são atendidos auditoria
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14 REFERÊNCIAS
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12. JURAN, J.M. A Qualidade desde o Projeto: novos passos para o planejamento
da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2004.
13. ISO. Selection and use of the ISO 9000 family of standards. Geneva:
International Organization for Standardization, 2009a.
15. ISO; GLOBAL REPORT INIATIVE. GRI G4 Guidelines and ISO 26000: 2010
How to use the GRI G4 Guidelines and ISO 26000 in conjunction. Geneve:
International Organization for Standardization, 2014a.
16. ISO. ISO/IEC 27001 - Information security management. Disponível em: <<
http://www.iso.org/iso/home/standards/management-standards/iso27001.htm>>
Acesso em: 26 Ago. 2014b.
18. ISO. Win the energy challenge with ISO 50001. Geneva: International
Organization for Standardization, 2011.
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