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4º Seminário Filosofia da Educação - Ciências da Educação - Mestrado

Internacional Unigrendal

Professor: Dídimo Matos


Mestrando: Wilson Ribeiro da Silva

Resumo do texto: Como melhorar o ensino de Roberto Mangabeira Unger

O texto “Como melhorar o ensino” de Roberto Mangabeira Unger choca pela contundente
afirmação em que se inicia o primeiro parágrafo: “Educação no Brasil não presta.” Na visão de
Mangabeira, o problema não está na quantidade e sim na qualidade do ensino, fato já
constatado na crise de aprendizagem e falta de pré-requisitos verificados quando o aluno se
insere no Ensino Médio. Outros agravantes citados pelo autor é a falta de domínio por parte
do professor com a disciplina que leciona e o ensino ser factual, enciclopédico, massificado e
autoritário em vez de ser cooperativo, fornecendo as ferramentas para que os talentos e
competências cooperem na transformação da realidade brasileira. Algo sugestivo no texto é “a
organização de um núcleo de reformadores que dirija a reorientação do nosso ensino.” Dessa
forma, a informação colhida nas escolas ajudaria a desenvolver a capacidade de análise
voltada para políticas sociais, educativas, incluindo saúde e segurança. A segunda iniciativa é
voltada para a qualidade da formação e melhores salários dos professores com a participação
dos municípios e estados, ações bancadas pelo governo federal. A terceira iniciativa é voltada
para o investimento no aluno e desempenho das escolas, “um sistema que exige para
funcionar mecanismos de redistribuição de recursos dos Estados e Municípios mais ricos para
os mais pobres.” Essa iniciativa para alcançar sucesso requer acompanhamentos (cito o IDEB
por escola, índice do MEC) e interferências do judiciário quando tais ações não forem
cumpridas de forma eficiente. Num Brasil em que a maioria das famílias de classe média vê o
ensino privado como única opção, teríamos uma mudança na estrutura educacional e a volta
da classe média para a escola pública representativa do país em que se vive, pois no futuro
todos irão conviver e trabalhar juntos. Em países europeus essa modelo de escola é uma
realidade, como era no passado aqui. Outro aspecto presente no texto de Roberto Mangabeira
Unger é um programa maciço de bolsas de custeio para alcançar as crianças mais pobres e
negras, numa integração como verdadeira formação de uma nação justa que valoriza seus
cidadãos e os encaminha através de projetos que atendam às suas vocações educacionais e
profissionais. Uma educação pautada pelo respeito e responsabilidade com seus pares. Um
ensino de aprendizagem que valoriza o percurso educativo do brasileiro, através de medidas
educacionais que de fato funcionem. Uma verdadeira reforma na educação que surte efeito a
longo prazo, fale às cabeças e que levante o país pelo coração, segundo as reflexões do autor
já citado.

Teixeira de Freitas, 05 de agosto de 2017

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