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Retrospectiva Desporto

2019
Red/ IB
Desporto na província do Huambo manteve-se estacionário em 2019

No ano 2019, conclui-se que, ao longo da época, o desporto na província


do Huambo manteve-se estacionário, a julgar pelas poucas acções que
foram empreendidas para o desenvolvimento das modalidades desportivas
nesta região.

As opiniões dos agentes desportivos locais divergem quanto ao balanço do


ano, que, segundo dizem, esteve muito longe de corresponder às
expectativas dos aficcionados deste fenómeno social que inflama paixões,
arrasta multidões nos recintos em que é praticado e, ao mesmo tempo,
elimina as diferenças sociais e raciais entre as pessoas.

Ao analisar-se de forma objectiva os vários acontecimentos, pode-se


admitir que, como qualquer ano, houve, em 2019, momentos altos e baixos.

A exemplo de outros sectores, também no desporto há muito para fazer na


província do Huambo, que no passado era considerada um dos principais
polos de desenvolvimento do país, fornecendo atletas às selecções
nacionais e para as equipas de topo.

Contudo, a participação das equipas locais nas provas nacionais nas


distintas modalidades, com destaque para a conquista de medalhas de ouro
nos nacionais jovens de ginástica, a ascensão ao gira bola pela primeira vez
do ferrovia do Huambo são, indiscutivelmente, as maiores conquistas do
ano.

Junta-se a estes dois acontecimentos relevantes a notável participação dos


atletas com deficiência nas diversas competições nacionais e internacionais,
onde conquistaram 25 medalhas (quatro das quais ao serviço da selecção
nacional) e conservaram a hegemonia na modalidade de atletismo, nas
especialidades de fundo e corta-mato.

O facto de algumas associações locais não terem realizado, mais uma vez,
os campeonatos provinciais, assim como o não arranque das obras de
construção do novo estádio do Sport Huambo e Benfica marcaram os
momentos baixos do desporto nesta região.

A falta de definição do “tão aguardado” Plano Estratégico de


Desenvolvimento Desportivo que esclareceria as responsabilidades de cada
um dos intervenientes no processo (clubes, associações e governo) também
contribuiu para que o desporto se mantivesse estacionário ao longo destes
365 dias.

O ano 2019 também fica marcado com a pouca aposta que se prestou nas
infra-estruturas desportivas e os poucos apoios prestados pelo empresariado
e o governo na massificação, indispensável para a descoberta de talentos.

Como se sabe, apoiar o desporto, o desporto de formação e a prática


desportiva é apoiar a população. Sendo, por isso, fundamental que o
Huambo recupere o prestígio granjeado no passado no contexo nacional.

O Petro do Huambo, único clube que continua a promover a prática


desportiva para centenas de crianças em recintos com poucas condições
para o efeito nas distintas modalidades, também fez eco ao longo deste ano.

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