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Professor: Alexandre Madureira Análise Matemática I - 2011

Monitor: Raphael Galvão EPGE - FGV

Gabarito - Lista 1
Exercício 1
Sejam os conjuntos A in…nito e B 6= ? …nito. Suponha por contradição que
@b 2 B tal que f 1 (fbg) é …nito. Então, 8b 2 f (A) B, f 1 (fbg) é …nito.
Como B é …nito, f (A) B é …nito e A = f (f (A)) = [b2f (A) f 1 (fbg) é
1

…nito, contradição

Exercício 2
Todos os números do intervalo [0; 1] podem ser escritos na forma 0; a1 a2 a3 ...,
com an 2 f1; :::; 9g. O argumento usado no exemplo para encontrar a con-
tradição e provar que os reais não são enumeráveis falha no caso dos racionais.
Embora esteja no intervalo [0; 1] ; o novo número formado por uma sequência
de 10 s e 00 s não pertence a Q

Exercício 3
a) Sejam A e B conjuntos enumeráveis. Então, o A B é enumerável.
Demonstração:
(i) Temos que N N é enumerável. De fato, seja a aplicação : N N ! N,
com (m; n) = 2m 3n : Pela unicidade da decomposição de um número em fatores
primos, é injetiva. Logo, é uma bijeção de N N sobre um subconjunto S
N, que é enumerável. Portanto, existe uma bijeção : S ! N e a composta
: N N ! N é bijeção de N N sobre N, logo N N é enumerável.
(ii) Como A e B são enumeráveis, existem sobrejeções f : N ! A e g : N !
B, logo ' : N N ! A B, dada por ' (m; n) = (f (m); g(n)) é sobrejetiva.
Então, 8y 2 A B podemos escolher x = h(y) 2 N N, tal que ' (x) = y, o
que de…ne uma aplicação h : A B ! N N, tal que ' (h(y)) = y, 8y 2 A B:
Segue que h é injetiva e, desse modo, é bijeção de A B sobre um subconjunto
de N N, que é enumerável. Usando argumento análogo a (i), temos que A B
é enumerável.

b) Sejam A1 ; ; AN enumeráveis, então A1 AN é enumerável, 8N 2 N:


Demonstração (por indução):
Para N = 2, já foi provado que vale a a…rmação. Suponha que vale para
N 2 N, i:e, A1 AN = A é enumerável. Então, se AN +1 é enumerável,
temos A1 AN AN +1 = A AN +1 , que é enumerável.

Exercício 4
A R é limitado e não vazio, logo admite supremo e ín…mo. Sejam i = inf A
e s = sup A: Então:
s a, 8a 2 A e i a, 8a 2 A ) 8a 2 A, inf A a sup A )
a 2 [inf A; sup A]

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Exercício 5
Se i = inf A; então:
(1) i a; 8a 2 A
(2) Se existe c 2 R, tal que c a, 8a 2 A ) i c

LEMA 2.1.3. (caso do ín…mo) Seja A 6= ? e i cota inferior de A. Então


i = inf A , 8" > 0; 9a" 2 A; i + " > a"
Demonstração:
()) Sejam i = inf A e " > 0: Como i + " > i , então i + " não é cota
inferior de A. Logo, 9a" 2 A tal que a" < i + ":
(() Seja c 6= i , tal que c é cota inferior de A. S.p.c. que c > i =) c = i +",
" > 0 ) 9a" tal que c > a" : Contradição com o fato de c ser cota inferior de A.
Então, toda cota inferior c de A é tal que c < i , logo i é a maior das cotas
inferiores de A, i.e., i = inf A

Exercício 6
V é espaço
p vetorial, com norma k kinduzida por produto interno, logo:
k x k= < x x > =)k x k2 = x x

Aplicando as propriedades do produto interno:


k x+y k2 + k x y k2 = [(x + y) (x + y)]+[(x y) (x y)] = [x x + 2x y + y y] +
[x x 2x y + y y] = 2 (x x + y y) = 2 k x k2 + k y k2

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