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21/2/2018

Aulaministrada pelo professo BrunoBuback |


zirlandagodoi@gmail.com

ZIRLAND
A
MARIAN DIREITO PROCESSUAL CIVIL
O DE
GODOI
CADERNO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EXECUÇÕES

MATERIAL USADO

Resumo da Profª Évelyn Cintra Araújo

PARTE HISTÓRICA NO LIVRO DO HUMBERTO TEODORO! A MELHOR!

Aula do dia 22/02

EXISTEM DOIS MOMENTOS IMPORTANTES PARA O PROCESSO CIVIL BRASILEIRO

 Até 1998 – a execução funcionava da seguinte forma: acontecia o processo de


conhecimento, vinha a sentença declarando que a parte tinha o direito de
receber determinado valor/direito (sentença condenatória). E para iniciar a
execução teria que iniciar um novo processo (petição inicial, citação etc.).
Processo era autônomo.

A partir de 1988 as sentenças já vinham com conteúdo de título executivo, nas


obrigações de fazer e não fazer com a alteração do art. 461 do CPC 73, e assim era
só executar dentro do mesmo processo, em 2002 essa situação também passou a
reger as obrigações de entregar através do art. 461-a, na própria sentença o juiz dizia
que teria que entregar a coisa (sentença mandamental), e não precisava entrar com
uma nova ação. Logo depois veio com a lei nº 11.232, de 22.12.2005, que foi uma
grande reforma (O PROF, FALOU 2006, ELE ERROU), entrou em vigor em 2006, que
modificou também essa situação para as obrigações de pagar, ou seja, a partir de
2006, a execução passou a ser consequência do processo, ou seja a sentença não
põe fim ao processo (põe fim a fase de conhecimento), sendo assim quando o juiz
prolatar a sentença pode-se iniciar o cumprimento dessa sentença, através a
execução que termina com outra sentença (que põe fim a fase de execução), isso
dentro do mesmo processo (PROCESSO SINCRÉTICO). 1
Técnicas de execução – são formas de se realizar a obrigação.

1
Que é o proce/sso que reúne a fase de conhecimento e a fase de execução á um só processo.
As leis 11.187/05 , 11.232/05 , 11.276/05 , 11.277/06  e 11.280/06  provocaram a mais recente reforma no
processo civil, visando o cumprimento da celeridade processual, sobretudo no que se refere à
execução da sentença e a simplificação desta. Neste estudo serão expostas algumas alterações
trazidas, sobretudo pela lei 11.232/05, que determinou que a fase de execução – cumprimento da
sentença – se daria após a sentença no processo cognitivo, e revogou disposições sobre a execução
autônoma; e uma visão geral sobre o sincretismo processual.
Na obrigação de pagar  Penhora-Expropriação (significa retirar um bem do
devedor para que este dê quitação da dívida- penhora).

Nas ações de alimentos, tem um diferencial, pois além da técnica de penhora, há a


prisão, ou seja, se o devedor não paga a pensão pode ir preso.

A penhora expropriação não depende do devedor, o juiz irá agir de forma a penhorar
os bens do devedor temos ai à técnica de execução direta, que é quando o próprio
Estado-juiz vai e cumpre, ou seja, decreta a penhora judicial dos bens, ou valores
bancários.

Obrigação de fazer- o juiz de determinar que se cumpra a obrigação sob pena de


multa execução indireta, o Estado-juiz força o devedor a realizar a obrigação (menos
na obrigação de fazer personalíssima)- há uma sub-rogação, o Estado-juiz se coloca
no lugar do devedor fazendo cumprir com a obrigação.

Livro é melhor do que a aula. Mas só peguei a parte do Brasil (Humberto Theodoro
vol. 3- AVA).

Processo de execuções

Após o processo de conhecimento, vem à ação de execução da qual um titular de um


direito de posse de um título (judicial ou extrajudicial) vai até o judiciário a fim de ter
satisfeito o seu direito.

Conceito de execução

Ação de execução, portanto, é aquela em que o autor pretende a satisfação de um


direito reconhecido, em regra, em um título extrajudicial, e, excepcionalmente, em
um título judicial. É “satisfazer uma prestação devida” (DIDIER JR, 2009, p. 28), seja
ela espontânea, quando o devedor voluntariamente a satisfaz, ou forçada, quando a
satisfação se dá pela coerção estatal.

Estado Juiz – minhas próprias palavras – a partir da aula dada dia 22/02

Havendo conflito entre partes o Estado é quem tem competência para solucionar a lide,
nesse caso o Estado representado pelo Judiciário (Juiz). No processe de execução ou o
Estado já solucionou a lide e determinou que uma das partes tem determinado direito a
receber, por meio de uma sentença (título executivo judicial), ou por força de contrato ou
outro título executivo, as partes de comum acordo emite o documento que garante a uma
delas o recebimento de um direito (título extrajudicial), sendo assim, cabe quem tem o
direito garantido ou por meio judicial ou extrajudicial recorrer ao judiciário para ter a
satisfeito esse direito, e não simplesmente exercer a autotutela (ex. “A” deve “B”, mas não
quer pagar, “B” entra na sua casa armado e pega algo de valor para compensar o valor da
dívida), sendo assim faz se necessário ir até o Estado-Juiz, ou seja, até o judiciário para
garantir o recebimento desse direito, dando início ao processo de execução. O processo
de execução não é algo simples, pois, quando a parte vai até o juiz para solicitar que ele
adentre no patrimônio do devedor para que assim a outra parte tenha o seu direito
satisfeito, não pode ser feito de qualquer forma, e a parte dever ter meios que prove de
fato ter esse direito a receber, ou seja, um título executivo válido para dar um grau de
certeza ao juiz.

Para fins de formação do processo executivo, aplica-se, via de regra, o determinado no art.
2º, segundo o qual “o processo começa com a iniciativa da parte, mas se desenvolve pelo
impulso do juiz”.

Iniciada pela parte, mediante o exercício da ação de execução, surge a chamada demanda
executiva, que se materializa através da petição inicial.

Vale lembrar que a petição inicial, como peça vestibular do processo executivo autônomo,
só tem existência em execução de títulos extrajudiciais e, excepcionalmente, de títulos
judiciais (art. 515).

Quanto à satisfação ou execução de direitos reconhecidos em títulos judiciais fundados em


obrigação de dar quantia (que não se enquadram nas exceções retro mencionadas), basta
o credor inaugurar a fase do cumprimento de sentença por mera petição simples
(requerimento).

Todavia, num ou noutro caso, os requisitos dos arts. 319 e 320 deverão ser observados,
guardadas as devidas peculiaridades de cada procedimento.
Aula dia 28/02 Possibilidade jurídica da parte

Condições da ação Legitimidade das Partes

Interesse de agir Necessidade

Adequação

Os requisitos da ação devem estar presentes no processo de execução visto que só posso
pedir ao juiz que penhore os bens de alguém mediante a apresentação de um título
(judicial ou extrajudicial) válido.

O objeto deve ser licito, ou seja, não tenho como exigir que alguém me entregue 500 kg de
cocaína, mesmo que eu peça ao juiz que execute um título que consta que alguém deve
me entregar a droga, esse objeto é ilícito.

As partes devem ser legitima (credor e devedor), vez que não pode figurar como parte em
um processo executivo alguém que não tenha nada a ver com a relação jurídica firmada.

O interesse de agir consiste em saber se o procedimento é adequado e os meios


adequados a serem usados para ser executar.

Ex: ação de alimentos deve ser proposta na vara de família, e deve haver a necessidade
desse processo, só posso entrar com ação de execução (cumprimento de sentença)
quando o alimentado deixa de pagar a pensão.

Títulos Executivos judiciais

Em regra decorre de decisões judiciais;

Exeção: Sentença arbitral- A arbitragem é um método de resolução de conflitos,


no qual as partes definem que uma pessoa ou uma entidade privada de
sua confiança (ambas as partes) irá solucionar a controvérsia
apresentada pelas partes, sem a participação do Poder Judiciário.

Decorrem da Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo
atividade jurisdicional com os artigos previstos neste Título:
REGRA
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de
obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
A maioria das decisões irá
determinar que seja feito.

 o pagamento;

 a entrega;

 o fazer ou,

 não fazer.
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; Ex. acordo extrajudicial de
alimentos que envolvem
menores deve ser levado ao
judiciário.

A lei exige que seja homologada. Processos em que o MP deve ser ouvido.

OBS: Ex. Josiane bate no carro de bruno, e houve uma demanda judicial, durante o tramite do processo há
um acordo, esse acordo pode haver coisas além do processo, e pessoas além do processo.

Juiz Com ação tramitando, caso as partes


resolvam fazer um acordo, elas poderiam,
Ação por dando
por exemplo, colocar o dano moral,
material causado na
batida. poderia também incluir a seguradora
Bruno Josian (pessoa estranha ao processo). §2° do
e art. 515, isso a qualquer momento do
processo.

Os próprios advogados fazem isso.

III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

IV - o formal2 e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao


inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;

EX. após inventário de bens de Flavia fica determinando que ela vá ficar com uma joia da família, contudo
essa joia está com a prima dela. O que ela pode fazer. Executar essa decisão. Ela pega o documento final
dessa partilha, ou seja, a certidão de partilha que tem força de título judicial e executa, pede ao juiz que
obrigue a sua prima a lhe entregar a joia.

V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou


honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;

Interprete perito
etc.
2
Formal de partilha é o documento formado pelo processo de inventário, documento final que faz a partilha da herança.
Art. 516 CPC. Competência para processar e julgar (inciso I ao V) Nos casos
dos artigos acima os títulos judiciais terá o processo sincrético 3.

Dentro dos mesmos autos


PI Sentenç inicia-se a execução
a

EX: Processo de conhecimento se dando na esfera civil (1º vara civil de vitória) a execução se dará na mesma
vara dentro do mesmo processo.

Sendo assim a obrigação de fazer ou não fazer será executada perante ao mesmo juiz que
tramitou o processo (no mesmo processo).

O juiz competente nesses casos será o juízo de piso, ou seja, o juízo que prolatou a
sentença (independente de ter havido recurso e o processo ter sido decido em instâncias
superiores).

Títulos executivos judiciais  procedimento de execução próprio.

OBS: ao PÙ do art. 516 Parágrafo único.  Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá
optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde
se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde
Fórum
Fórum alternativo
alternativo deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que
a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.

 Trata-se de uma inovação do novo CPC;

Ex. O processo da Josiane tramita perante o juízo da vara de vitória, contudo os bens
do devedor estão localizados no município de Aracruz. Ela pode pedir para que o
processo saia de vitória e vá pra Aracruz.

 Pode ser feito o requerimento para que se inicie a execução ou requerer que o juiz
remeta os autos para Aracruz.
 Trata se de fórum alternativo do próprio credor, ou seja, é ele que escolhe.

Caso o professor pergunte qual o fórum principal?

È o fórum da primeira vara, o fórum que prolatou a sentença.


3
Processo sincrético é aquele que une as funções cognitiva e executiva, para declarar e satisfazer o direito em um processo
apenas, contribuindo para a economia, celeridade e instrumentalidade processuais, tendências do direito moderno para atender a
efetividade alcançando, finalmente, o verdadeiro sentido do acesso à justiça.
E o fórum alternativo? Ou o domicílio do devedor ou o local onde se encontra os bens
onde deva ser executada a obrigação de fazer ou não fazer.

A exceção do fórum alternativo é as ações de competência originária do tribunal.

Ação contra o prefeito começa do tribunal. Será executada no próprio tribunal art. 516, I
(TRF, STJ, STF).

VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;

É titulo executivo judicial cível.

Ex. João vai até o carro de Bruna e o arranha com a chave de fenda.
Não se aplica fórum
Qual crime praticado? Dano alternativo as
competências
Sentença penal. Juiz mais rigoroso para a apuração. originárias dos
tribunais.
Na esfera cível quem pratica o ato de dano tem o dever de indenizar.

Exceção da atividade
VII - a sentença arbitral;
jurisdicional-não
A execução se da no judiciário – por força de lei é
precisa ser
um título judicial- e será executado como tal, para
homologada
da mais força aos meios de solução de conflito
extrajudiciais.

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;

Ex: juiz da Itália fala que Ana tem que pagar R$ 100,00 a Bruno, o STJ homologa e tem validade judicial para
poder executar no território brasileiro.

IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta


rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;

NessesIncincisos a execução, não há um juízo anterior, não há um


processo sincrético. Como iremos proceder? §1º do art. 515, haverá
VII um processo autônomo para isso. Não fase de conhecimento
VIII anterior. Sendo assim o processo já inicia na execução.

IX A competência será do juízo cível competente- ex. art. 42 e ss, do


cpc, está descrito as competência de cada juízo. Ex. acidente de
transito. Domicilio do autor ou local do fato.
Aula dia 01-03

Títulos executivos extrajudiciais

 Não há que se falar em processo sincrético. Aqui já se inicia a ação de execução.

Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:


Obs: de posse do título
executivo o credor não vai I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
até ao judiciário discutir
se há ou não a divida, Para cada título desses tem uma lei diferente que
mas sim exigir que ela regulamenta que explica a sua força executiva.
seja cumprida.

II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;


Obs2: a lei de cheque diz que
ele tem validade executiva por
Feito em cartório. seis meses. Passou esse
prazo o credor deverá entrar
Não precisa de duas testemunhas para valer como título executivo. com uma ação de
cobrança/monitória.

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

 A lei não exige tipo de papel (pode ser qualquer tipo);

 Que as testemunhas estejam presentes;

OBS: nos contratos é comum ter a observação de que o documento irá em duas vias de igual teor, é
importante observar que as assinatura das testemunhas esteja nas duas vias e que seja as mesmas
testemunhas.

Tem que observar a regra dos impedimentos para as testemunhas do CC art. 228.

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela


Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por
conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

Inovação do novo CPC

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de


garantia e aquele garantido por caução;

VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;


VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

Para os contratos de enfiteuse.

VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem


como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
Inovação do código

A lei não fala especificamente em contrato de locação, mas sim em documentos que comprove
(e-mail, conversas por watsapp etc.).

E importante observar que as dividas de encargos acessórios (ex. Escelsa) e a divida está em
nome do lactário, o credor é a Escelsa e não o locador, e para cobrar a divida do locatário o
locador terá assumir a divida para poder executar o locatário.

IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

Ex: Carol está devendo o Imposto de Renda (IRPF). Como funciona-


CDA- é o certificado de que (se declara e não paga não é crime, se recebe e não declara é sonegação).
existe uma dívida – que pode
ser de natureza: No caso aqui ela declarou e não pagou.
 Tributária ou;
O estado instaura um processo administrativo- ela vai ser notificada.
 Não tributária
Ela pode recorrer- imagine que mesmo com recurso seja constatado
Nem toda cobrança da fazenda que ela deva. Ela vai se inscrita em dívida ativa, e logo após de emite um
pública é dívida ativa.
documento (certidão de divida ativa). Compete à receita federal entrar com
Ex. se eu bato em uma viatura, o processo de execução.
Estado não irá poder colocar meu
nome em divida ativa, ele tem que
entrar com um processo, contra
Pulei os detalhes da história de como funciona os procedimento interno
mim não um processo na receita.. rsrs
administrativo, mas, um processo
judicial

X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de


condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia
geral, desde que documentalmente comprovadas;

XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de


emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas
tabelas estabelecidas em lei;

Trata-se serviços prestados pelos serviços notariais e de registro, que poderão ser objeto de certidões
com eficácia executiva.
Cumpre enfatizar que "existem, no Brasil, cinco tipos de cartórios: (i) Tabelionato de Notas; (ii)
Tabelionato de Protesto de Títulos; (iii) Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas; (iv)
Registro de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas; e (v) Registro de Imóveis. Todos
eles prestam uma série de serviços, destinados à formalização e conservação de diversos atos e
negócios jurídicos, como por exemplo: os registros de nascimento, casamento e óbito; a lavratura de
escrituras, procurações, testamentos, divórcios e inventários; as autenticações de cópias e
reconhecimento de firmas; os registros de imóveis; as notificações e registro de documentos e de
pessoas jurídicas; os protestos de títulos e documentos de dívida, dentre outros. Alguns desses
serviços são gratuitos e outros são cobrados, cujos preços são promulgados por lei. Tais valores,
portanto, poderão ser objeto de certidão que tem, para os fins legais, força executiva.

Aula dia 07-03


OBS: Título executivo extrajudicial Estrangeiro

Para os títulos extrajudiciais não precisa homologar, desde que siga as regras do
parágrafo 784, §§ 2º e 3ºdo CPC (as regras do local onde este título está sendo firmado).

§ 2o Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não


dependem de homologação para serem executados.

§ 3o O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos


de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado
como o lugar de cumprimento da obrigação.

Ex: um contrato executivo assinado na argentina, deve seguir as regras contratuais da lei
da argentina.

Se lá precisa de 04 testemunhas você terá que colocar as 04 testemunhas.

Requisitos do título executivos estrangeiro

 Seguir as regras do local onde foi firmado – Requisitos cumulativos


 E colocar que será executado no Brasil

A competência dos títulos extrajudiciais

Observar a matéria tratada no contrato (civil ou família).

Continuação da aula do dia 07-03

Art. 803.  É nula a execução se:

I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e


exigível;
II - o executado não for regularmente citado;

III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.

Parágrafo único.  A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo
juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à
execução.

Obrigação do título

Ter certeza de que se trata de um título judicial-- IMPORTANTE

 Certa- sabe o que é de onde veio (ex: contrato de coisa certa – a entrega de café).
 Liquida- pagar quanto? – a liquidez é importante para que o juiz saiba determinar o
que o devedor deve pagar/entregar etc.

EX: Um advogado coloca em um contrato, que ao prestar serviços advocatícios o cliente


terá que pagar “uma quantia qualquer”. Não tem o valor determinado.

Como o juiz iria penhorar o valor certo?

Não tem como. Por isso é necessário que seja liquido o título, pois a execução deve ser o
necessário para cumprir a dívida – não se discute valor.

Ex. Contrato firmado com advogado fica que o cliente para um valor qualquer (com essas
palavras), a cliente não paga. Vai para a execução e juiz sai penhorando todos os bens do
devedor. Faz sentido o juiz penhorar 5 milhões de bens se ele nem sabe o valor certo a ser
penhorado ? Não. Por isso o juiz precisa saber valor da divida para dar inicio a execução.
Pois no processo de execução não se discute valor, não há que se falar em liquidação no
processo de execução. A liquidação acontece antes do processo de exeução.

Título executivo extrajudicial- se não for liquido perde a força executiva.


Ex. o banco que faz o cliente assinar uma nota promissória em branco, e mais tarde vem e
executa o devedor.
A jurisprudência entende que esta nota promissória não é liquida.
Pode haver contrato em que a liquidez será definida posteriormente, mas desde que não
seja de forma unilateralmente, deve ser acordado por ambas as partes ou que aja um
índice oficial- ex. Carol vou comprar o seu carro e no final do ano te pago o preço da
tabela FIPE mais 10%.
Ou seja, o valor é definível.

Art. 798.  Ao propor a execução, incumbe ao exequente:

I - instruir a petição inicial com:

a) o título executivo extrajudicial;

b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se


tratar de execução por quantia certa;

Art. 803.  É nula a execução se:

I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;

Título Judicial ilíquido- por si só não inexecutável- OBS: existe um procedimento de


liquidação de sentença (“quantum debeatur””). Eles podem ser ilíquidos.

Liquidação – é o pré-procedimento pra saber o “quantum debeatur”- a quantia exigível (só


cabe em título judicial).

 Inadimplemento- a dívida deve estar


vencida (pode ser cumprido?)
 Exigível-  Atualidade- se estar dentro do prazo
para a cobrança da dívida (prescrição).

Partes na execução

Quem são as partes?

1- Credor ou devedor (778, caput, 779, I);


2- Espólio4, herdeiros, sucessores (778, §1º, II, 779, II);
3- Cessionário5, sub-rogado6. (778, III e IV);
4- Novo devedor (assunção da dívida 7); (779 III);
5- Fiador (779, V);
4
O patrimônio de alguém que já morreu (bens e dívidas)- Inventário. Herança é o conjunto de bens,
direitos e deveres que alguém deixa ao falecer. 
Já espólio é a reunião de bens deixados, que farão parte do processo de sucessão que oficializa a
passagem de bens para os herdeiros. E inventário é a lista dos bens deixados.
5
É aquele que recebe o crédito- pode haver a venda de um crédito para um terceiro.
6
É o novo credor- aquele que paga a dívida alheia se sub-roga no direito do credor. OBS: o credor que
paga a divida prescrita- pode não receber)- o terceiro tem que ser interessado.
7
Precisa da anuência do credor.
O devedor pode ser demandado sem o fiador? Se tiver um título executivo, pode.
Se não houver título executivo, não poderá ajuizar a ação execução. Terá que ajuizar uma
ação de conhecimento para que por meio de decisão se tenha um título judicial.
O devedor pode ser demandado sozinho em ação de conhecimento para o
reconhecimento da dívida ainda que aja um fiador? Sim.
Pode ser demandado o devedor e fiador juntos (litisconsórcio passivo) na ação de
conhecimento? Sim.
E na ação de execução? Tendo um título executivo sim.
Posso demandar somente fiador na ação de conhecimento? Sim.
O fiador tem o beneficio de ordem, primeiro são executados os bens do devedor e depois
do fiador- direito do beneficio de ordem.
Se o fiador é demandado sozinho em uma ação de conhecimento, como ele irá exercer o
beneficio de ordem?
O fiador pode exigir até a contestação, que primeiro seja discutido os bens do devedor.
A lei processual complementa o art. 827 do CCB/02, dizendo que nesses casos o fiador
poderá chamar o devedor ao processo (chamamento ao processo) ampliando o polo
passivo da demanda, nesse caso a sentença irá reconhecer os dois.
Se a ação tramita em ação de conhecimento até o final, tendo como réu somente o fiador,
a sentença (título executivo) estará em nome somente do fiador. Quem vai ser executado?
Só o fiador.

Até a contestação o fiador


deve fazer o chamamento Art. 827 CCB. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem
ao processo- assim a direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os
sentença sairá em nomes bens do devedor.
do devedor e do fiador,
sendo assim ele irá poder Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se
exercer o seu direito refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município,
beneficio de ordem. livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.

Se há um título executivo e demando ao fiador sozinho?


Não cabe intervenção de terceiros na ação de execução, chamamento ao processo, nem
assistência, denunciação da lide etc.
Como o fiador exerce o benefício de ordem?
Via de regra, o fiador tem o benefício de ordem, mas, se por disposição expressa do
título ele fizer a renuncia ao beneficio de ordem, significa que ele poderá ser
demandado sozinho. Ele terá que pagar e depois cobrar do devedor.
E se tem o beneficio de ordem: nesse caso não é correto ajuizar a ação em face
somente fiador, ajuíza a ação colocando devedor e fiador no polo passivo, para que o
fiador possa exercer o seu beneficio de ordem.
Se demandar o fiador sozinho, e ele exercer o seu direito de ordem, o juiz poderá:
1. Extinguir o processo por falta de legitimidade/ necessidade;
2. Para não extinguir o processo ele poderá intimar o exequente para que ele inclua o
devedor;

6- Responsável Tributário (779, VI)- alguém complementar ao devedor


Isso faz diferença,
se seu cliente está tributário, alguém que responde igualmente ao devedor. Pode ser uma PJ,
sendo executado
é o responsável um administrador.
tributário e o
nome dele não
estar na sentença.
O responsável tributário que está na certidão de divida ativa é parte.
Você como
advogado informa O problema é quando o nome do responsável tributário não desta na CDA
ao juiz que os e
cliente não faz (certidão de divida ativa).
parte daquele
título CDA.

A jurisprudência majoritária fala que precisa constar o nome na CDA, a


minoritária é de que não precisa.

7. Direito Real
O próprio código estabelece que aquele devedor que está vinculado por direito real a
uma divida de um imóvel, será demandado pela divida.
8. Ministério Público
O MP é um órgão do executivo, órgão próprio, e não ajuíza ação de execução em nome
dele.
Se for o MPES, vai esta o Estado do ES, se for o MPF estará a União que irá buscar o
direito.
Em algumas ações principalmente ação de direitos coletivos.
Ex. ação civil pública ou ação popular, que tem leis próprias. A legislação autoriza o MP
buscar em nome próprio o direito, trata-se de legitimidade extraordinária.
Ex. a comunidade de moradores de regência, sofreram com o rompimento das barragens
de Mariana.
A Associação de Moradores move a ação civil pública em face da Samarco. Por danos
ambientais, materiais e morais dos pescadores. Move a ação em favor dos associados.
Suponhamos que a Samarco tenha sido condenada em pagar 5 milhões para os pescador.
Como será feita a execução? Coletivamente, ou seja, eu posso executar no coletivo.
Penhorar bens da Samarco de 5 milhões (tudo junto) e depois só rateia para os
pescadores.
Imaginamos que a Samarco perde a ação e é condenada a pagar 5 milhões de reais ação
para de andar. O que fazer?
A lei de ação civil pública e de ação popular autoriza o MP a agir nesse processo, pois, não
estará tutelando direito próprio, mas direito alheio em nome próprio.

OBS1: habeas corpus, tem legitimidade universal.

OBS2: Cumulação de execuções-é possível cumular duas ações de execução em um


mesmo processo?

Sim. Desde que seja as mesmas partes e o procedimento para executar sejam os mesmos
(art. 780 do CPC).

Responsabilidade Patrimonial

Muito das vezes a pessoa que é responsável pela dívida, tem bens para pagar, em outras
eventualidades, o código estabelece que algumas pessoas que necessariamente não são
os devedores, respondam com algum patrimônio específico pela divida, o patrimônio já não
será mais do devedor.

Quais os bens respondem pela dívida?

Responsabilidade patrimonial primária.


Qual o patrimônio ou de quem será o patrimônio que será o primeiro a responder pela
obrigação?

O devedor – art. 789- em regra é o próprio devedor que responde pelas obrigações
patrimoniais primárias.

Art. 789.  O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros
para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas
em lei.

Quando a pessoa não é o devedor, mas por algum motivo, que a lei estabelece, responde
pela a obrigação- tem se a Responsabilidade Patrimonial Secundária.

Art. 790.  São sujeitos à execução os bens:

I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou


obrigação reipersecutória; Trata-se de obrigação propter rem.

Ex. Se eu recebo uma herança que é um imóvel, e que esteja devendo o IPTU, terei que
pagar por se tratar de obrigação reipersecutória.

Art. 795.  Os bens particulares dos sócios


II - do sócio, nos termos da lei; c/c não respondem pelas dívidas da
sociedade, senão nos casos previstos em
Beneficio de ordem lei.

Numa sociedade limitada a própria lei civil vai explicar quando e como ou em que
IIImedida
- do devedor,
os sóciosainda que empelas
responderão poder de terceiros-
obrigações de uma Qual tipo de
empresa. Ex.responsabilidade?
respondem pela
Responsabilidade Patrimonial Primária, pois embora o bem não esteja com o devedor, o
divida atée100
patrimônio dele.mil, sociedade LTDA. O direito societário irá explicar quando e como os
sócios será respnsavél.
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua
meação respondem pela dívida; Vai depender do regime de bens.

Se for:

 Comunhão total- se comunica; Se a dívida foi contraída


em favor da família, o
regime de bens não
 Parcial- após o comunica; importa.
 Separação total- em regra não se comunica.

Tem que ser analisado caso a caso;

Se foi em benefício da família, e ser sim – quais bens.

Ex. esposo compra um anel de brilhante para a esposa. Eles são casados em separação
total, penhora ou não? Não, pois não houve aproveitamento da família.

Quem prova se houve ou não aproveitamento da família? O cônjuge. Cabe a ele


demonstrar o porquê, provar dentro do processo.

O herdeiro pode responder pela divida do


Art. 796.  O espólio responde pelas dívidas falecido?
do falecido, mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas dentro das forças
da herança e na proporção da parte que lhe
coube.
Antes da morte o individuo é dono dos seus
bens, ele e seu patrimônio respondem pela
dívida.
Depois da partilha não existe mais herança, o que vai
existir é o patrimônio de cada herdeiro. Morreu, abre o processo de inventário-
Pode se cobrada a divida do de cujus, desde que- Espólio- Cita o espólio para que pague a
Responsabilidade Patrimonial Secundária: divida.
1- Só pode ser cobrada de cada herdeiro o Alguém ficará responsável por este espólio.
proporcional o que cada um recebeu.

Ex. divida de 10 mil, dois herdeiros, posso de cobrar Se o credor não entrar com a execução
de cada 50% desse valor. depois do inventário- segue a regra.

VII2- - Ele
do só irá pagar dentro
responsável, do limite
nos casos do de
que desconsideração
foi Se executar após e os herdeiros
da personalidade jurídica; -
recebido. Ex. o devedor deve a União uma estiver gasto a herança... irá ficar sem
RESPONSABILIDADE
divida de 50 mil, masSECUNDÁRIA.
cada herdeiro recebeu receber.
20 mil. Só irá cobrar os 10 de cada um, e o
credor vai ficar no prejuízo.
Outra pessoa que não seja o sócio, mas pratica atos como se sócio fosse.
Poderá ser responsabilizado na desconsideração da personalidade jurídica, mesmo não
sendo sócio.

Ex. Confusão patrimonial, quando os sócios ou responsáveis começa a confundir os


patrimoniais da PJ com o seu próprio.
Quando o sócio tira dinheiro do caixa da empresa para pagar a faculdade do filho,
comprar bens com o dinheiro da empresa etc.

Desconsideração da PJ é um incidente processual- resolvido por uma decisão


interlocutória (recurso agravo)- pode ser feito com o processo tramitando- que gera autos
apartados, ou na petição inicial (inovação do CPC de 2015), se houver motivos- regra-
pra desconsiderar a PJ.

Até o CPC 2015 não existia o incidente de desconsideração da PJ, o que foi bom por
que o incidente da desconsideração da personalidade jurídica é aquele que busca levantar
os fatos que gera a responsabilidade do sócio, ou responsável.

Art. 50CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa
jurídica.

Pode haver a desconsideração inversa da PJ- é quando o CPF do sócio já está cheio
da dívida e ele começa a colocar os bens em nome da empresa. Nesse caso pode se pedir
que desconsidere os bens da PJ para pagar as dividas do sócio.

Regra Personalidade Jurídica

Desconsideração da PJ
Aula do diaExceção
15-03- se atentar porque trata de coisas diferentes.

Tanto em um tipo de fraude quanto na outra o credor é prejudicado, contudo são


institutos diferentes.

Art. 790.  São sujeitos à execução os bens:


V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
Princípio da boa- VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em
razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra
fé processual credores;

Veja:
Quais os tipos de atos o devedor pode fazer para que o patrimônio não fique em seu
nome, e assim prejudiquem o credor?

 Alienação

 Doação

 Compra e venda

 Onerar/ gravar – direito real – ex. hipoteca

 Remissão de dívida/ perdão

EX: Bruno é devedor de João, crédito de 1 milhão. Bruno tem 01 milhão para receber de
Leticia. De forma documental faz um perdão da dívida de Leticia

Impõe o dever às partes de não se comportar de forma desleal, abusiva ou fraudulenta. Na


execução é muito comum a violação desse princípio, com excessos e fraudes de ambas as
partes. Mas Bruno deve a João.

Na verdade, o que Bruno pode está fazendo por trás é acordando com Leticia para que ela
o pague 500 mil e liberando ela de pagar os outros 500, pra devedora de Bruno isso é
bom, mas e o credor de Bruno?

No momento em que Bruno faz isso, a fim de prejudicar o credo, poder ser considerado
fraude á execução.

Pode # de deve.

Pois há necessidade de se saber algumas informações/ elementos e assim identifica, se é


fraude na execução/fraude contra credores.

Há necessidade de se provar a existência de elementos objetivos e subjetivos só assim


poder identificar se é fraude na execução.

É exatamente por essas circunstâncias que a legislação regula dois institutos que
representam a ruptura da parte com a figura da boa-fé processual. Trata-se da fraude
contra credores e da fraude à execução.

O que difere ambos é o momento da fraude!!


No primeiro caso, ocorre no curso do processo de conhecimento a fim de dilapidar o
patrimônio e aumentar o estado de insolvência do devedor. Possui o pressuposto objetivo
de redução patrimonial (evento damni) e o pressuposto subjetivo da ciência do devedor de
causar do dano (consilium fraudis). É um defeito social do negócio jurídico e a ação
destinada à invalidade do negócio feito em fraude contra credores denomina-se ação
pauliana. Trata-se de instituto de direito material, previsto nos arts. 158 a 165, do
Código Civil brasileiro.

Já a fraude à execução é uma espécie de fraude contra credores qualificada e ocorre no


curso da execução, sendo um instituto de direito processual (art. 792, NCPC).

Vejamos o quatro a seguir !!

O RESUMO QUE POSTEI NO Driv TEM UMA EXPLICAÇÃO SIMPLES PAGIANA 34

Fraude à execução Fraude contra credores

Com ação (com a ação Não há processo/ devedor


de execução ou sem o pleno conhecimento
Momento da fraude execução) em curso
*citação

Ato atentatório
Instituto de direito à Vício do negóciodejurídico
Instituto direito
processual civil
dignidade da justiça processual civil
Natureza jurídica

790, V, 792 ,774,I 790, VI, 158 s, 165, CC


Base legal
É oque Concilium Fraudis- é a Concilium Fraudis- é a
define!
conciliação do devedor conciliação do devedor com o
com o terceiro para terceiro para fraudar o credor
Elementos Subjetivo
fraudar o credor (conluio)
(conluio)- art. 782§2º e
828 C

Eventos damini- Eventos damini-


Elemento Objetivo
insolvência/prejuízo insolvência/prejuízo

Forma de requerimento Por meio de petição nos Ação própria- ação Pauliana
(descrição) próprios autos ou “revocatória”

Consequência das INEFICÁCIA PERANTE ANULAÇÃO DO NEGOCIO

Fraude Reconhecida O PROCESSO VICIADO


Requisitos

***Natureza jurídica – GENERO-


Vicio do negócio jurídico- fraude contra credores.
Ex: Devedor tem um bem que será objeto de pagamento de uma divida.
O devedor faz uma doação para um terceiro, com o objetivo de tirar esse patrimônio da
sua esfera jurídica, com isso e quando o credor for buscar o bem em pagamento, não
haverá mais bem, pois está em nome de terceiro.
Essa doação não é licita – pois está viciada. Vício do negócio jurídico, sujeito a
anulabilidade.
***Efeitos decorrentes da propositura da execução e da citação do
executado.
Existem efeitos decorrentes da propositura da execução e efeitos
decorrentes da citação do executado:
- Efeitos decorrentes da propositura da execução: direito de averbação nos
registros de bens da certidão da admissão da execução (art. 828, NCPC –
uma das consequências é a presunção absoluta de fraude à execução das
alienações efetuadas após tal averbação); litispendência; litigiosidade do
objeto.
- Efeitos decorrentes do despacho que ordena a citação do executado:
interrupção da prescrição (art. 802, NCPC), retroagindo à data de propositura
da ação; prevenção; indisponibilidade patrimonial relativa do devedor;
constituição em mora; direito potestativo do executado ao parcelamento da
dívida no prazo para os embargos (art. 916, NCPC).
**Concilium Fraudis –

Ex: o terceiro recebe o bem doado em conluio com o devedor.

Se não tendo o processo em curso eu o terceiro compra um bem do devedor e paga o


valor. Houve fraude contra credores/execução?

Em regra não.

A regra é a licitude doo negócio- a é quem vai dizer em quais situações esse negócio não
será licito.

EX.

Bruno entra com processo de execução contra Rodrigue. Bruno faz a averbação de uma
penhora num imóvel do Rodrigo. Jessica vai e compra esse imóvel, pagando avista. Nesse
caso Jessica, será evicta, pois nos autos do processo será reconhecida a fraude na
Mesmo Jessica de boa fé, essa boa fé é avaliada
execução.
Havia um processo em curso e Rodrigo vendeu
de forma objetiva e precisa ser avaliada em atos. E
o ato de boa fé que a Jessica deveria ter feito era
(Fraude Caracterizada)
ir até o cartório verificar a certidão de ônus do
Outra situação é quando não nenhuma averbação de penhora no imóvel. E acontece a venda,
imóvel. e passou para
o nome ela ou mesmo só comprou e fez um contrato, nesse caso à Jessica estará de boa fé. E sendo assim
não há o que fazer.

EX. 2

Paulo com o intuito de fraudar o credor, passa uma lancha para o nome de Alessandra, que malandra que
só, vende a lancha.

O negócio entre Paulo e Alessandra padece de vício. Mas... quem ficará com um problema ainda maior é o
credor.

Ex. 3 João atropela o Bruno. Bruno fica impossibilidade de trabalhar e fica invalido.

Provavelmente João terá que indenizar a Bruno. Mas João já sabendo disso começa a dilapidar o patrimônio.

Vende pra terceiro de boa fé, como o Bruno irá receber? Não recebe.

Porque o terceiro não estava de má fé, e sem a má fé do terceiro, não há Concilium em fraudis.

E ai caso você seja o advogado do credor, deve ficar esperto com a atitude do devedor. Porque quando o
devedor começa a dilapidar o patrimônio, o advogado pega as informações e vai para o judiciário, para pedir
o bloqueio de bens.

Pois em situações onde não há um titulo executivo (proteção contratual), e não será possível para averbar
nenhum tipo de proteção aos bens imóveis. Existem medidas que podem ser tomadas antes mesmo de ser
iniciada a ação para proteger o credor, que é a cautelar de Arresto, que serve para gerar a indisponibilidade
de bens, quando houver urgência, quando o credor começa a desfazer do patrimônio.

Exemplo – art. 828 CPC – inovação do NCPC

Bruno entra com a ação de execução –


Prepara a petição... paga as custa- Bruno X Gabriel

Bruno poderá pegar uma certidão no fórum, dizendo que Bruno ajuizou uma ação contra Gabriel, com valor
etc.

Vai até o cartório e pede para que seja averbada essa certidão no registro do imóvel de Gabriel para que
todos saibam que Gabriel está sendo executado- erga omnes – agora quem comprar esse imóvel estará
agindo de má fé. Pode ser feito isso nos móveis ex. carro, ou qualquer bem sujeito a registo.

Gabriel não precisa nem ter sido citado ainda.

Art. 792, §2º- inovação do CPC- trata dos bens não sujeitos o registro, coloca a responsabilidade no terceiro.

Eventos damini- tem que haver dano. Se o devedor deve 100mil, tem 500 mil em patrimônio e vende um
imóvel no valor de 15º mil ao um terceiro. Não há dano, pois, mesmo de má fé, ainda há patrimônio para que
o credor execute e receba.

**Forma de requerimento –

Ação própria ou ação revocatória art. 790, VI- pois não há processo em curso, é um vicio do negócio jurídico
então ajuíza uma ação pra reconhecer esse vício, provando o Concilium em fraudis e que o terceiro estava
de má fé e também que houve um prejuízo a insolvência do devedor que irá dificultar para que o credor
receba.

OBS: na época da fraude tem que ter o dano, a pessoa é milionário e vende um imóvel em conluio, anos
depois foi à falência, não vai adiantar o credor alegar mais essa fraude, pois na época desse fato ele não foi
prejudicado.

Consequência da ação Pauliana- anulação do negócio viciado. Isso significa que o bem volta a integrar o
patrimônio do devedor.

Na fraude à execução o negócio não é anulado, no processo em que foi detectada a


fraude, a doação não interessa. O bem irá continuar a ser de terceiro, significando que o
terceiro responderá com aquele patrimônio que foi adquirido em fraude- Reponsabilidade
secundária.

Aula 21-03

O professor fez uma revisão geral no início da aula.

Inadimplemento

 Liquida certa
 Certa
1. Obrigação  exigível

(...) Exigibilidade
Relativo
2. Efeitos do Impedimento
Absoluto

 O inadimplemento relativo – é conhecido como mora, se for possível cumprir a


obrigação embora ocorra o atraso.
O processo de execução visa realizar a obrigação do título. Se o título fala em
entregar coisa certa (ex.vade mecum), e esse vade mecum que deve ser entregue.
 Tutela específica da obrigação- O processo de execução em regra é dar ao
credor a tutela específica da obrigação, é realizado através do Estado, por meio
da solução de conflito.
Dar ao credor exatamente aquilo que ele teria direito se a obrigação tivesse
cumprido.
Obrigação de pagar quantia certa- quantia pecuniária- receber com juros e
correção monetária.
Ex. Bruno deve ao Gabriel R$ 1.000, 00 que deveria ter sido pago até dia 20-03,
e no dia 21 o Bruno vai e paga. Gabriel teve prejuízo, pois recebeu o valor com
atraso e sem a devida correção monetária.

Obrigação de fazer- exemplo: João faz o contrato para instalar o ar


condicionado. Ele terá que cumprir a obrigação/ se não cumprir pode ser
obrigado por meio de execução. Se for obrigação de fazer personalíssima só o
João poderá cumprir.
 Resultado Prático Equivalente- o que pode ser feito para seja cumprido essa
obrigação de forma diferente, desde que o conflito seja solucionado. E fazer com
que o terceiro vá lá e cumpra a obrigação no lugar de João, não foi ele, mas na
prática é como se tivesse sido.
Perdas e Danos – converter a obrigação de fazer e não fazer em obrigação
pecuniária – por meio de liquidação.
Obrigação de entregar coisa certa- João tem que entregar ao Bruno um celular.
Mas se o João não entrega a coisa, pode se buscar outra forma para que seja
feito a entrega, pode fazer uma busca e apreensão, se a parte não recebe o bem
específico- pode se entregar outro igual, ou melhor.

 Inadimplemento absoluto – acontece quando há a perda do objeto/ a


imprestabilidade do fornecedor.
- ex: Perdas e danos. Carol tinha que entrar a maquete do bolo para casamento de
fulano, atrasou passou o dia. Essa obrigação não pode mais ser cumprida, ocorreu o
inadimplemento absoluto, porque essa obrigação se tornou imprestável para o credor.

 Obrigação de fazer e não fazer, pode ser convertido em perdas e danos .

3. Momento e prova do Inadimplemento


Próprio

Termo – evento futuros e certos.


Temo
Condição-evento futuro e incerto- condição
depende de prova. Impróprio

 Próprio- quando se tem um dia determinado não depende de prova.

EX. a obrigação irá vencer em uma data certa - não depende de prova- vence dia 15- o dia
do mês- Pois sabemos que existe uma lei que estabelece o calendário.

Impróprio – vai acontecer mais não se sabe quando- ex. morte- vai acontecer, embora
não se saiba quando. Depende de prova, executar o seguro de vida em caso de morte, se
quiser executar tem que anexar junto do contrato à prova do inadimplemento.

Na condição- termo impróprio –além da ocorrência do fato que gera o direito, tem um
elemento adicional:

Exemplo: A FAESA diz a Jessica que quando ela passar no concurso pra juiz federal, ela
irá ganhar um bônus de 50 mil.
Jessica passa no concurso no Rio Grande do Norte, tem como a FAESA saber que ela
passou? A FAESA está inadimplente?

Antes da ciência do fato a FAESA não estará ciente, consequentemente não estará
inadimplente, precisará que Jessica notifique a FAESA.

Não basta só acontecer o fato, o devedor deve estar ciente de que aconteceu o fato. A
ciência do devedor configura o inadimplemento.

Se o devedor não for notificado estará inadimplente? È necessário uma ação judicial? Não
é necessária a ação judicial, mas basta uma notificação de que o fato que o constitui em
mora ocorreu.

Pode haver casos em que o contrato atribua que o próprio devedor seja obrigado a estar
ciente quando o fato ocorrer.

Ex. cursinhos que divulgam a melhor aprovação de seus alunos em universidade, acaba
sendo seu interesse saber qual o aluno passou, então se ele condiciona que aluno que
passar com maior pontuação em uma universidade de peso, ele deve estar atento aos
resultados e assim que verificar que o aluno cumpriu o requisito estabelecido no contrato
este estará em mora. Até mesmo que a foto desse aluno estará estampada em outdoor por
todo o canto.

E se a obrigação de notificar o devedor fosse do credor, e este não o faz? E ainda ajuíza
uma ação de execução? Quando o devedor recebe a citação, gera efeito 8, de constituir em
mora o devedor.

8
São efeitos processuais da citação:
1. Prevenção: o juízo que primeiro ordenou a citação, torna-se prevento, isto é: prevenido para todas as
outras ações que forem conexas ou continentes àquela.
2. Litispendência: a citação pode induzir à litispendência, pois ao trazer o réu ao processo, podem-se
analisar os elementos identificadores da ação, de modo a poder constatar a litispendência (pressuposto
processual negativo, consiste na existência de duas ações idênticas).
3. Tornar a coisa litigiosa: a citação vincula o objeto discutido no processo ao seu resultado. Qualquer
alteração na titularidade da coisa, em regra, não se opõe ao processo após a citação.
São efeitos materiais da citação:
1. Constituir o devedor em mora: o ato de citação é evento capaz de constituir o réu em mora, ou seja:
tornar o devedor inadimplente para todas as consequências legais daí decorrentes.
Mas, tal disposição tem natureza geral, de modo que se houver qualquer norma especial que determine a
necessidade de constituição em mora do devedor por um meio específico (locação, por exemplo), a
mera citação não supre tal necessidade.
2. Interromper a prescrição: a prescrição é interrompida pela citação e o efeito retroage à data da
distribuição da ação, desde que o autor promova a citação nos prazos previstos em lei.
Se a parte não estava inadimplente com a citação ela passa a ficar inadimplente.

 Inadimplemento nas obrigações Bilaterais- obrigações sinalagmáticos- ambas as


partes tem obrigações é imprescindível que o credor prove que cumpriu a parte
dele, art. 787 CPC.
Quando uma das partes for demandada, e outra não houver cumprido com o
estipulado no contrato pode alegar a Exceção de contrato não cumprido- exceptio
non adimpleti contractus.

Aula 22-03

Princípios

1. Princípio do contraditório
Havia uma discursão doutrinária/jurisprudencial, pra averiguar se havia ou não a incidência
do contraditório na execução. Porque a execução serve para realizar a obrigação do
credor.

A execução Oportunidade Se não cumprir de forma


inicia com o de voluntária, iniciam-se os
requerimento cumprimento procedimentos para a
do credor. voluntário. execução.

O contraditório vai estar limitado ao procedimento da execução.


Ex. João e pedreiro me deve 500 reais, entro com processo de execução e peço para
penhorar uma ferramenta que custa o equivalente aos 500 reais.
Ele pode se defender mostrando que não o dinheiro pra me pagar e que a ferramenta que
pedi pra penhorar é uma ferramenta de trabalho. Por isso não pode ser penhorada.
Então há a necessidade de que o devedor seja ouvido no processo. Mas não se defendem
relação à plenitude da divida, mas para que o devedor tenha também os seus direitos
respeitados;

2. Princípio da Patrimonialidade
No Brasil em se tratando de dívida civil, somente o patrimônio responde pela divida
do devedor.
Havendo somente uma exceção: Divida por pensão alimentícia, onde o devedor
poderá responder tendo o seu direito a liberdade restringida é uma técnica de
execução onde o indivíduo responde com a próprio corpo.

Princípio do exato adimplemento (788 e 797 CPC)

O credor tem direito de exigir do Estado aquilo que teria se a obrigação tivesse sido
devidamente cumprida.
E cumprir exatamente aquilo que estar no título.
Art. 788.  O credor não poderá iniciar a execução ou nela prosseguir
se o devedor cumprir a obrigação, mas poderá recusar o
recebimento da prestação se ela não corresponder ao direito ou
A execução se move em à obrigação estabelecidos no título executivo, caso em que
realizar o interesse de poderá requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito
satisfazer o direito do de embargá-la.
credor.
Art. 797.  Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem
lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do
exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre
os bens penhorados.

3. Princípio do Título - NULLA EXECUTIO SINE TITULO


Não há execução sem o título executivo.

4. Princípio da disponibilidade (775 CPC )


O credor pode desistir da ação ou de alguma medida executiva- Na ação de alimentos
onde a mãe não queira que o devedor seja preso. Mas permanecer as outras medidas,
como a penhora.

O exequente pode desistir da execução? Precisa da anuência do devedor?


No processo de execução não precisa da anuência do devedor para haver a desistência.
Pois o executado não tem interesse no processo, se tiver a lógica é que ele pague.
Desistir a ação não é desistir do direito. Ele pode entrar quantas vezes quiser desde que
arque com as custa do processo.
A renúncia equivale ao perdão da divida.

No processo sincrético, há uma petição inicial – processo de conhecimento- termina com


uma sentença- transito em julgado- poderá entrar com o requerimento do cumprimento de
sentença- inicia os procedimentos para a execução- se haverá outra sentença.
A sentença é o ato do juiz que encerra o módulo de conhecimento/ da execução.

No processo sincrético há somente uma relação jurídica processual, com duas fases.
Na fase de execução do processo sincrético o devedor terá, momento para se manifestar,
apenas em relação ao procedimento da execução, mas, não em relação ao processo de
conhecimento.
Nos títulos executivos extrajudiciais não há processo sincrético. O processo se inicia com a
execução.

Petição inicial Inicia o procedimento para SENTENÇA


da ação de cumprimento da obrigação
execução.
No processo de execução para cumprimento de título executivo extrajudicial, não houve
processo de conhecimento.
Por isso na execução de título extrajudicial o devedor poderá ajuizar uma ação que é
chamada de embargos à execução, para discutir o mérito daquele título. Essa é uma
ação de conhecimento, para discutir a validade do título. Serão duas ações, dois autos de
ação.
A petição inicial inicia um processo judicial, e ao longo do processo há várias impugnações
a petição inicial, e essas impugnações têm nomes próprios/termos próprio ex. embargos à
execução, que é ação de defesa de devedor de título extrajudicial.
Ex. Bruno inicia uma ação de execução em face da Jéssica, que apresenta embargos á
execução- dizendo que houve coação para que ela assinasse o cheque- quem interesse
na ação de execução? O exequente.
E a Jessica tem interesse nos embargos? Sim.
E se o credor (Bruno) desiste da execução a ação Continua? Sim. Os embargos serão
extintos? Não, pois é um processo de conhecimento é interesse da Jessica que esses
embargos cheguem até o final. Assim aquele título será nulo.
Imagine que nos embargos a Jessica apenas alegue fatos relacionados ao processo de
execução- citação invalida, por exemplo- e nada de direito material- o vício de coação-
Quando bruno desistir a ação de execução, a ação de embargos também será extinta por
que os embargos versam apenas sobres questões processuais.

Art. 775.  O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou


de apenas alguma medida executiva.

Parágrafo único.  Na desistência da execução, observar-se-á o


seguinte:
Se o embargante houver
interesse na ação, depende da
sua anuência para a extinção.
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas
sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e
Se não a ação será extinta os honorários advocatícios;
junto com a ação de
execução.
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do
impugnante ou do embargante.

 Obs.:

 Desistência: da ação. Pode ajuizar novamente. Na ação de conhecimento, se já citado o


réu, a desistência dependerá de sua anuência. Como a ação de execução se move no
interesse do credor, ele pode desistir. E se o executado ajuizou embargo à execução?
Serão extintos? Não, a menos se versarem apenas sobre questões processuais.
 Renúncia: ao direito

5. Princípio da menor onerosidade- art. 805


Quando por mais de um meio, puder se realizar a obrigação, ela será realizada pelo modo
menos gravoso para o devedor.

Ex. Bruno pede para penhorar os bens do


João. Tem um carro e um monte de arame Art. 805.  Quando por vários meios o
farpado enferrujado. Qual o modo menos exequente puder promover a execução, o
gravoso para o devedor? O arame. Mas a juiz mandará que se faça pelo modo
menos gravoso para o executado.
execução se move no interesse do credor.
Parágrafo único.  Ao executado que alegar
Ex.2 Rodrigo tem dois bens imóveis, um terreno ser a medida executiva mais gravosa
baldio que paga a divida, e outro umas lojas incumbe indicar outros meios mais
comerciais na Av. Vitória que também são eficazes e menos onerosos, sob pena de
suficientes para pagar a divida. manutenção dos atos executivos já
determinados.
È interesse do exequente, penhorar o que for
melhor para ele. Logicamente as lojas na Av.
Vitória.
Por mais que haja dois meios de
Rodrigo então para se defender poderá peticionar realizar a obrigação, e um deles seja
nos autos e requerer a substituição do bem,
dizendo, que pelo princípio da menor onerosidade
bem menos gravoso para o devedor,
pede que se retire a penhora das lojas e recaia não se pode deixar em prejuízo o
sobre o lote vazio, indicando todas as razões para credor.
isso.
Aula dia 28-03

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – 509 á 512

Judicial - líquido
Título executivo Extrajudicial- líquido

I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes


ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;

II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato


novo.

Titulo judicial Ilíquido

Para executar, a obrigação deve ser líquida, certa e exigível.

O juiz necessita saber o quantum debeatur, pra que assim ele possa executar, e quando
não tem o quantum devido, falta à liquidez e sem liquidez não há execução.

Liquidação Quantum debeatur (conceito de liquidação)- procedimento pré-executivo para


apurar o quantum debeatur – conceito de liquidação – não é possível executar uma obrigação
sem que ela seja líquida.

Quando falta a liquidez, existe um procedimento chamado liquidação de sentença previsto no


art. 509 a 512 do CPC, que estão no titulo I do código, que diz a respeito o processo de
conhecimento, ou seja, teoricamente seria uma fase do processo de conhecimento. Pode se
falar que é uma fase, pré-executiva, porque já existe um título executivo. Tem natureza de
conhecimento.

Processo de Liquidação de SentençaNatureza de conhecimentoBusca Conhecer o valor


devido.
EX. Francisco sofreu um acidente de transito, atropelamento deve danos estéticos e por tanto precisa realizar
procedimentos para corrigir esse dano estético.
Poderá ajuizar uma ação para reconhecer esse dano, consequentemente haverá uma sentença reconhecendo esse
dano, condenando o réu a indenizar esses danos.
Se no momento da propositura da ação Francisco já saiba todos os danos que sofreu. Ótimo, porque assim ele irá
fazer um pedido certo e determinado líquido- 10 mil reais em relação aos danos estéticos e 10 mil em relação às
despesas hospitalares- total 20 mil.
Ocorre que para corrigir os danos estéticos que Francisco sofreu, não é uma cirurgia que irá resolver, e sim vários
procedimentos cirúrgicos, inclusive após a propositura da ação.
Nesse caso o pedido será incerto. Por causa das despesas hospitalares.
A sentença nesse caso será ilíquida, condenando o réu a indenizar o dano estético-10 mil- mais as demais
despesas hospitalares para a reparação desses danos materiais, que virão a ocorrer após a propositura da ação.
Não há liquidez nesse caso- não há como o Francisco executar de imediato essa sentença.
E por isso deve se fazer a liquidação da sentença- quanto às despesas hospitalares.
Ex. 2 Jéssica e Rodrigo, no início da faculdade resolve comprar uma sala empresarial, onde irá funcionar seu
escritório de advocacia.
Rodrigo que devia na praça, e não queria que o bem fosse executado, coloca a sala somente em nome de Jessica.
Assim eles entram em acordo, e cada um dá 50 mil- mas o imóvel sairá em nome da Jessica.
No final da faculdade Rodrigo passa em um concurso, e não quer mais executar as atividades de advogados.
E pede a Jessica que lhe pague os 50 mil correspondente ao valor que ele pagou. Jessica malandra, avisa a ele
que a sala é só dela, pois, está em seu nome.
Rodrigo ajuíza uma ação. O juiz ao reconhecer seu direito, vai dar uma sentença condenando a Jessica que lhe
pague a quantia equivalente a metade do valor do imóvel, valor este atual de acordo com o mercado de hoje.
Como Rodrigo vai executar essa sentença?
Terá que fazer uma liquidação de sentença, por se tratar de sentença ilíquida.

Ex 3.: João foi atropelado e ficou incapaz, e teve despesas médicas. O causador do dano tem que indenizar o
João. A vítima ajuíza ação requerendo o ressarcimento das despesas hospitalares. Pode requerer o pagamento
daquilo que já foi gasto e que ainda será, em função de novas cirurgias, por exemplo. Ou seja, não se sabe ao certo
quanto será a indenização. Trata-se de uma sentença ilíquida. Antes de iniciar a execução, será necessária a
liquidação da sentença. Uma vez líquida, aí sim poderá iniciar o cumprimento de sentença. Art. 509 a 512.

 Extrajudicial ilíquido: não é possível a liquidação- regra


É necessário ajuizar ação de conhecimento (Ação de cobrança ou monitória)
Liquidação incidental- exceção
Não é um procedimento propriamente pré-executivo. Serve para apurar o quantum
debeatur em caso de conversão, em perdas e dano.
**lembrar-se de resultado prático equivalente- em que se não é possível à realização da
obrigação, na tutela específica ou resultado prático só resta a perdas e danos.
Nessa hipótese de perdas e danos, precisa apurar o quantum debeatur.
Ex. Faço um contrato com o João em que ele é obrigado a me entregar determinado
objeto.
Obrigação de entrega de coisa título executivo extrajudicial.
Quando eu inicio a execução e descubro ao longo do processo que o João não tem mais
a coisa. Converto em perdas e danos.
Como irá ocorre? Por meio da liquidação incidental.
Não é no início do processo, e sim na conversão em perdas e danos, que eu poderei
usar liquidação incidental- durante a ação de execução de título extrajudicial.

Natureza jurídica - cognitiva (conhecer o valor)

OBS. No código de 73 havia a previsão de 03 espécies de liquidação; o que não


ocorre com o CPC de 2015.

 Liquidação por cálculos do contador- era um procedimento- atualmente esse


calculo não é um procedimento.

Cálculos aritméticos (cálculos do contador)- quando depende apenas de se


calcular, não há que se falar em iliquidez, já que basta fazer os cálculos. NÃO É
UMA ESPÉCIE DE LIQUIDAÇÃO.

O exequente faz o cálculo e o executado, no momento do contraditório, pode


questionar o cálculo apresentado. O juiz pode, em alguns casos, utilizar um
contador do juízo (servidor do juízo mesmo, não é um perito, já que se trata de
mero cálculo aritmético).

Espécies de liquidação

Por arbitramento (509, I e 510): é cabível quando para avaliar o quantum debeatur eu só
dependa de uma avaliação.
Ex. da Jessica e do Rodrigo- o que é preciso pra saber o quantum debeatur? Saber o valor
da sala.
Se um corretor de imóveis avalias a sala e diz que a sala vale 300 mil- significa que a
Jessica deve o Rodrigo 150 mil –
O juiz intima as partes para que digam quanto acham que vale a coisa que se quer liquidar.
Não sendo possível decidir de plano, nomeia perito.

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia


ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do
credor ou do devedor:

I - por arbitramento, quando determinado pela sentença,


convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto
da liquidação;

Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes


para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos,
no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará
perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova
pericial.

Pelo procedimento comum (509, II e 511) – depende instrução processual com novas
provas, e de um contraditório mais amplo.
Na situação do ex. do Francisco que sofreu dano estético e precisa fazer cirurgia ao
longo do processo, como se prova o custo da cirurgia? O que ele tem que provar?
1º que aquela nova cirurgia era necessária para aquele dano estético;
2º que ela foi feita;
3º o preço;

Pois não é mera avaliação, é valor certo. Tem que da ao exequente para apresentar o
quantum debeatur e oportunizar o executado que ele possa impugnar os valores.
Ação de conhecimento:

Petição inicial dano Sentença Execução- requerimento de


estético + dano liquidação será feito por
material (despesas Dano estéticos+ meio do procedimento
médicas) despesas médicas comum onde o réu poderá
para ocorridas contestar as provas
para corrigir o apresentada - se for o caso
dano haverá produção de provas-
decisão interlocutória
-fixando o quantum
debeatur.
Houve procedimento cirúrgico até após a sentença- Francisco
terá que dizer – Se foi necessário;
Francisco pode se aproveitar que ta na mesa de cirurgia e pedir pra fazer uma cirurgia com
Se foi feito;
outra finalidade- ex. diminuir o nariz.
Qual o valor?
Se ele faz isso o executado terá que pegar a Nota da cirurgia- e dizer que aquela cirurgia que
não era pra corrigir o dano, se sim plástica.
Terá que levantar provas e vai ocorrer o procedimento comum de INSTRUÇÃO PROBATÓRIA.
O PROCEDIMENTO SERÁ COMUM-

Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a


intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de
advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação
no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o
disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.

Aula do dia 03-04

OBSERVAÇÕES:

Essas liquidações não são por meio de um processo autônomo, é um incidente processual.

O que significa? Que não haverá citação da parte, só mera intimação.

Esse processo irá fazer parte do procedimento, dando continuidade ao processo.

Pré-procedimento a execução.

Quem pode liquidar?

O credor pode requerer a liquidação, mas também o devedor pode requerer a liquidação.

Lembrar-se do Ex. Rodrigo X Jessica.

Onde eu dependa da avaliação para saber o valor de um imóvel, para saber o quantum
debeatur.

O devedor também tem interesse em saber o valor que terá que pagar.

E o julgamento final, por não ser uma ação autônoma, será uma decisão interlocutória- o
recurso cabível seria o agravo de instrumento.

Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões


Pois não encerra módulo nenhum interlocutórias que versarem sobre:
do processo.
[...]
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra
decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de
sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário.

Mas, pode haver uma sentença9- se apurada a liquidação, o juiz verificar que o valor = 0 (zero).

O código ainda trás uma possibilidade interessante.

Pode ser que a sentença tenha uma parte que é liquida e uma parte que é ilíquida;

Ex. No ex. do procedimento cirúrgico.

Antes de ajuizar a ação: Danos estéticos e materiais- 20 mil reais-valor líquido.

Na mesma sentença o juiz fala assim: condeno o réu a pagar as despesas hospitalares para a
correção da cicatriz que ficou em decorrência do acidente.

Será apurado em liquidação- pelo procedimento comum- porque depende de provas.

Uma mesma sentença que tem uma parte liquida e uma parte ilíquida que depende de um
procedimento para que seja apurado o valor.

Seria sensato se pudesse executar a parte liquida depois de executar a outra? Não.

Também não seria sensato executar a parte ilíquida para depois executar a liquida.

O CPC fala que quando tiver uma sentença que tenha uma parte liquida e outra ilíquida, eu
posso simultaneamente executar a parte liquida (que tem um valor certo), e providenciar a
liquidação da parte que eu não sei o quantum debeatur.

Como vai funcionar:

A execução será nos autos do processo e a liquidação em autos apartados- porque há dois
procedimentos distintos.

------------------------------------------------######------------------------------------------------------------
Vamos imaginar uma ação de procedimento comum.
Inicio o processo de execução- ocorre o processo- sentença:
Depois da sentença temos dois possíveis recursos:

9
O que tem que entender é que sentença do juiz é o ato que põe fim ao modulo de conhecimento ou de
execução do processo.
Embargos e apelação.
Suponhamos que a sentença não apresenta requisitos para os embargos.
Mas o réu está insatisfeito e faz a apelação.
Apelação e contra razões são apresentados em primeira instância. Depois vai para o tribunal de justiça.
Acordão- se não tiver satisfeito- RO/RE- pra poder subir até o STJ/ STF – e ai 12 anos depois sai um acordão.
No processo civil quando se fala em executar.
Posso executar uma sentença que condena um réu.
Posso executar após o transito em julgado?
Sentença civil- após o transito em julgado é o melhor momento, pois não existe nenhum risco dessa sentença ser
alterada.
E se for ação rescisória- são casos extraordinários- não vai precisar aguardar dois anos.
Embora tenha havidos recurso executa-se no juiz de piso- juiz de primeiro grau.
Cumprimento de Sentença – Definitiva / execução definitiva.
---------essa hitória só tomou meu tempo rsrs-------------------------------------------------------------------------------------------

Liquidação Provisória – é a possibilidade de antes do transito em julgado, na pendência do


recurso, pode ser realizado antecipando a liquidação para que no momento da execução o título
já encontre liquido.

Poupa tempo, para que quando ocorra o trânsito em julgado o processo já esteja pronto para
ser executado.

È feito em autos apartados porque o caderno do processo que está discutindo se há ou não o
direito, está no TJ ou STJ ou STJ.

A execução ocorre no juiz de piso. Por isso, para se fazer esse procedimento de liquidação será
um incidente de liquidação, se faz uma petição solicitando ao juízo de piso de inicie o
procedimento para liquidar a sentença ilíquida.

OBS: faz a petição, junta a sentença, mais os recursos que estiver tramitando etc. – art, 512
CPC.

 Execução Provisória-

Conceito: Geralmente tem quatro fases:

Toda execução segue


essa lógica.
 Requerimento do credor;

 Intima-se o devedor para pagar voluntariamente;

 Não pagando, inicia-se as técnicas de execução ex. penhora, ou


expropriação=leilão;

A execução demanda tempo- a execução provisória serve exatamente para economizar tempo.

A execução provisória visa antecipar os atos executivos antes do transito em julgado.

Cabimento-Diferente da liquidação, não se pode iniciar a execução provisória em


qualquer momento. Então se os efeitos em decurso da apelação estiverem suspensos, não
pode executar provisoriamente, pois a sentença não pode produzir resultados.

RE/ RO- em regra não possui efeitos suspensivos- o que indica que a partir daqui a sentença
pode ocorre resultados;

Entretanto a sentença ainda está pendente de recursos- e é possível que essa sentença seja
reformada ou até mesmo anulada. E por tanto eu posso executar, mas não de maneira
definitiva. Mas sofrerá os atos da execução-

Art. 1012- em regra a apelação suspende os efeitos- só que há exceções:

Pode cair na prova!!

Sentença condenando a pagar alimentos: não há efeitos suspensivos.

Os procedimentos são idênticos ao da execução definitiva. Pode haver penhora leilão etc.

Após o procedimento da execução provisória- ou exequente aguarda sair à sentença definitiva-

Ex. já tem um bem penhorado- saiu à sentença transitou em julgado- faz o leilão.

Assim não prejudica o patrimônio do devedor.

Só que pode ocorrer o leilão antes do transito em julgado. Vai precisar garantir que se perder a
ação vai conseguir indenizado o executado; Caução. Art. 520, IV

O credor exequente se responsabiliza por indenizar o executado, caso perca ação.


Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso
desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento
definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:

I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a


sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;

II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença


objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se
eventuais prejuízos nos mesmos autos;

III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada


apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;

IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem


transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos
quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e
idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.

Art. 521.  A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada


nos casos em que:

I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;

II - o credor demonstrar situação de necessidade;

III – pender o agravo do art. 1.042- acordão em segunda instância- pode negar
a subida do recurso.

IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com


súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos
repetitivos.

Parágrafo único.  A exigência de caução será mantida quando da dispensa


possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.

Aula dia 12-04

Aula de Introdução à obrigação de pagar

Execução de pagar quantia certa


Art. 824.  A execução por quantia certa
1- Técnica de Execução- Expropriaçãoart. 824 realiza-se pela expropriação de bens do
executado, ressalvadas as execuções
especiais.
Quando se fala em receber dinheiro, a técnica adequada é a expropriação. Quando fala-se em
expropriação, significa que o credor de maneira forçada irá buscar os bens do devedor, de
alguma forma e vai atingir esse patrimônio da forma em que o código de processo civil
estabelece, depois de atingir esse patrimônio, irá tira-lo da propriedade do devedor (dai o termo
expropriação), para então ofertar ao pagamento.

Art. 825.  A expropriação consiste em:

I - adjudicação;
Adjudicação Particular
2- Expropriação II - alienação;

(art. 825)
III - apropriação de frutos e rendimentos
Alienação Leilão Público de empresa ou de estabelecimentos e de outros
bens.

O artigo 825 prevê três formas de expropriação- formas de tirar a propriedade do devedor;

 Adjudicação: o credor passa a ser dono da própria coisa (observar que estamos falando
de obrigação de pagar quantia):

EX: A Josi me deve $ 1.000 reais, eu posso adjudicar o celular dela e ai eu passo a ser o novo
dono do celular dela, que vale $ 1.00 reais e a divida estará quitada.

A adjudicação (pegar para si) 10  é o meio de expropriação em que o devedor, perde a


propriedade da coisa, que passa ser o novo dono o credor.

 Alienação: o art. 825, não diferencia a alienação particular e do leilão público. Mas na
alienação acontece o leilão- oferta do melhor preço, e desde 2007, há alienação por
iniciativa do particular. Alienar é vender. O próprio credor pode pegar a coisa, mas não
pra si, e sim pra vender.

10
Esse termo adjudicação é usado na lei processual em outros momentos; ex. no processo de inventário
quando se tem um único herdeiro, fala-se em adjudicar os bens. Ou seja juntar os bens do falecido, para
aquele único herdeiro.
 Apropriação dos Frutos- (antigo código chamava de usufruto). Ex. Josi $1.000 me deve, e
tem uma caca alugada e pelo aluguel recebe $ 500 reais, ao invés de pedir que ela
vendesse o imóvel e me pague, peço a expropriação dos alugueis até que ela quite a
divida comigo.

O código traz várias opções de expropriação, desde que não seja bens que esteja no rol de bens
impenhoráveis eu posso expropriar.

Título Judicial (520 a 527)

3- Título Extrajudicial (827 a 830)


Procedimentos
Fazenda pública (534, 535, 910)
Espécie EXECUÇÕES
s ESPECIAIS
Alimentos (528 a 535) (911 a 913)

Os artigos para os procedimentos de título judicial, não dão conta de resolver tudo para se
expropriar o bem do devedor, e por isso a partir de um determinado momento, devemos analisar
as regras dos procedimentos extrajudiciais, art. 831 para frente até o art. 909, pois não faria
sentido o legislador ter que repetir esses mesmos artigos.

Lógica, tanto para título Judicial quanto para título Extrajudicial;


Título judicial art. 523
a 527- Cumprimento Aplicam-se os art. 827 a 830
Penhora (ato
de sentença. Prazo para pré-
cumprimento expropriação
Requerimento Despacho Citação ou voluntário )
831 a 868
de execução inicial Intimação

Título extrajudicial-
Petição inicial de
execução.

Pagamento-
Pagamento- art.
art. 904
904 aa
Expropriação- Avaliação
909
909 870 a 875
Para chegar ao ponto de adjudicar, alienar, leilão- precisa haver antes a Penhora e a
Avaliação- são atos que devem ser feitos antes.
Ex. Leandro me deve 30 mil reais, como vou fazer, para receber essa dívida, se ele só tem
um carro.
1ª- vou penhorar o carro;
2º avaliar o carro.
E depois expropriar o carro.

Penhora11
1. Conceito: é um ato pré-expropriatório- ATO DE PREPARAÇÃO DA EXPROPRIAÇÃO-
ESSENCIAL PARA EXPROPRIAR- NÃO TEM PULAR A PENHORA.
È um ato processual preparatório para a expropriação- ato processual executivo.

3. Efeitos:
 Individualiza os bens a serem expropriados;
Ex. não pode falar de forma genérica. Leandro considere que você tenha 30 mil reais em
carros penhorados. Não. Eu tenho que individualizar qual (is) carros, placa, ano, chassi
etc.
 Gera o direito de preferencia; O Leandro tem um carro, mas Eu, Mateus, Flavia
todos somos credores exequente do Leandro. Todos estão tentando penhorar o
carro. Todos de fato conseguem penhorar o carro. E agora? Quem tem direito ao
carro? Quem penhorou primeiro. Na situação em que o mesmo bem é penhorado
por mais de uma pessoa terá direito de preferencia quem primeiro penhorar o bem.
OBS: Na insolvência (processo de falência) existe o concurso de credores- é outro caso,
diferente do caso aqui tratado.
 Deflagra o procedimento expropriatório;
 Reorganização da Posso – art. 839- não deixo o bem na posse do devedor porque
se não ele pode vender o bem.

Art. 839.  Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o


depósito dos bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas
no mesmo dia.

Parágrafo único.  Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos


individuais.

11
DIFERENTE DE PENHOR!!!
Ex. Josi me deve e vou pedir a penhora do celular dela, eu peço também que essa bem
saia da posse dela, se não ela vai poder vender o bem, e ai não adiantou nada.
Quando se pede que esse bem, saia da posse do devedor aparece à figura do depositário-
e o dono da coisa perde o direito de fruição do bem.

Art. 840.  Serão preferencialmente depositados:

I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais


preciosos, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do qual o
Estado ou o Distrito Federal possua mais da metade do capital social integralizado,
ou, na falta desses estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada
pelo juiz;

II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos


sobre imóveis urbanos, em poder do depositário judicial12;

III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas,


os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, mediante
caução idônea, em poder do executado.

§ 1o No caso do inciso II do caput, se não houver depositário judicial, os


bens ficarão em poder do exequente.

§ 2o Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de


difícil remoção ou quando anuir o exequente.

§ 3o As joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com


registro do valor estimado de resgate.

 Indisponibilidade- o devedor que tiver o bem penhorado não pode dispor do bem,
não pode vender, não pode doar etc.

4. Ordem (art. 835)-


Art. 834.  Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e
os rendimentos dos bens inalienáveis.

5. Impenhorabilidade (832 a 833)-

Art. 832.  Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera
impenhoráveis ou inalienáveis.

Art. 833.  São impenhoráveis:

12
Quase em lugar nenhum existe depositário judicial.
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos
à execução;

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem


a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem
as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do


executado, salvo se de elevado valor;

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as


remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os
montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e
destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o §
2o;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os


instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da
profissão do executado;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se


essas forem penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que


trabalhada pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para


aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40


(quarenta) salários-mínimos;

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido


político, nos termos da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob


regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa


ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.

§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de


penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de
sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-
mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o,
e no art. 529, § 3o.

§ 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os


equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a
pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais
bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia
a negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar,
trabalhista ou previdenciária. 

Aula dia 18/04

Cumprimento de Sentença

Obrigação de Pagar Quantia


Realiza o pagamento FIM!!
Em regra Intima a
pessoa do advogado
Ou Receber a dívida – 916 e 916 §7º
Intimação
§4º, 513- 1 ano do
Executad Ou não realiza o
Juiz pagamento.
Requerimento de o para 15 dias
cumprimento de Pagar
sentença- art. 523

Inicia –se o prazo para


Segue e
Impugnação ao
execução:
Cumprimento de
15 dias
Sentença- art. 525 Ar. 523, §1ª,

*Penhora § 3º,
523;

* avaliação

*Expropriação

O processo transitou em julgado, volta para o cartório de origem. Ele pode ficar um ano
sem o cumprimento da sentença. O juiz não inicia a execução sem que a parte peça.

Quem tem interesse em solicitar é o credor.

O cumprimento de sentença é o ato que inicia a execução. È uma simples petição que o
exequente começa a execução.

Art. 523.  No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e


no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença
far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o
débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.

§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será


acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por
cento.

§ 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os


honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante.
§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido,
desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de
expropriação.

O professo ensinou atualizar o débito pelo sit. do tribunal de justiça. Atualização monetária
avulsa.

Se a sentença não condenar em honorário- tem que entrar com embargos de declaração.

OBS 1: se se trata de processo sincrético eu estou diante de uma simples petição nos
autos do processo.

Por outro lado se não se tratar de um processo sincrético que são aquelas situações do
inciso VI ao inciso IX do art. 515 (sentença penal condenatória transitado em julgado,
decisão estrangeira homologada pelo STJ, sentença arbitral, decisão estrangeira
homologada pelo STJ) nesses quatro casos, há necessidade de uma petição inicial, pois
não há processo antes.

Ao invés de ser intimação será citação.

A intimação em regra, é feita na pessoa do advogado.

Antes de 2006, tinha ação de conhecimento e quando acabava a ação eu ajuizava a ação
de execução. Com o processo sincrético não existe mais isso.

Hoje tenho um processo só com duas fases. A primeira fase o juiz da uma sentença
extinguindo o modo de conhecimento, e depois faço um requerimento a o cumprimento de
sentença por meio de petição, e a parte é intimada.

O advogado é intimado pelo diário oficial- atualmente vai direto pro em email.

Porque do prazo de 01 ano?

Posso requerer o cumprimento de sentença após o prazo de um ano? Sim!! Entre


tanto se for o prazo superior a 01 ano, a intimação do devedor será pessoal.

Art. 513.  O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título,
observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da
Parte Especial deste Código.

§ 4o Se o requerimento a que alude o § 1 o for formulado após 1 (um) ano do trânsito em
julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta
com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado
o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3o deste artigo.

E a prescrição?

Esse prazo de 01 ano não tem nada a ver com o prazo prescricional.

A prescrição vai depender do assunto.

Transitou em julgado, terei um prazo prescricional conforme for o assunto. Se não tiver
prazo nenhum definido nos artigos 200 e seguinte do código civil, vai ser o prazo
prescricional geral- 10 anos.

OBS2: no cumprimento de sentença provisório, haverá uma simples petição nos próprios
autos?

Não. Serão em autos apartados. Pois o processo estará em recurso. Abrirá um incidente
de cumprimento de sentença provisório, e segue os mesmo procedimentos que o
cumprimento definitivo.

Depois de intimado o advogado, este deverá informar a parte, de que terá que pagar em
15 dias a obrigação.

Em 15 dias o devedor poderá solicitar o parcelamento ou efetuar o pagamento. Se efetuar


o pagamento, haverá a extinção do processo. O juiz dará uma sentença encerrando o
módulo de execução- extinguindo o processo.

Qual a consequência para o não pagamento? Automaticamente incidirá uma multa d 10%
sobre o valor da obrigação e incide honorários advocatícios de 10%, art. 523, § 1º.

(Não se confunde honorários da fase de conhecimento com honorários da fase de


execução).

Se a parte faz o pagamento parcial- pagou metade- a multa incidirá sobre a metade. E se
pagou no 16º dia. Sinto muito, vai pagar a multa do mesmo jeito. Se cair no domingo o 15º,
paga-se no próximo dia útil sem problema nenhum.

OBS3: No cumprimento provisório de sentença, incide as consequências do §1º do art.


523.
Ex. Existe um processo que já houve o transito em julgado. Tem um ano para requerer o
cumprimento de sentença.

A parte vai requerer o cumprimento de sentença, apresenta o demonstrativo do débito,


determina a intimação do advogado. Certifica-se de que foi publicado no diário. E começa
o prazo para o pagamento.

Se não cumpri o que acontece- já haverá a expedição do mandado de penhora.

Como funciona no cumprimento provisório?

Há a sentença- não transitada em julgado- apelação, intimação da parte contrária- contra


razões. O processo vai para o tribunal.

Faço outra petição e inicio o cumprimento na vara de origem. Nessa petição eu tenho que
colocar todos os documentos que comprove de fato a divida- sentença, documento que
comprove que não houve a suspenção da execução etc.- esse processo vai ganhar um
novo número de controle- nº do processo- e inicia-se o cumprimento provisório de
sentença, no juiz de piso.

O juiz vai intimar o advogado para se iniciar o prazo para o pagamento. Mesmo no
cumprimento provisório? Sim. E o advogado terá que informar o seu cliente que terá que
pagar a divida se não ela irá aumentar de preço. Se não paga a divida é acrescida de
multa e honorários e vai seguir a execução (penhora e avaliação).

Vai expropriar? Não. Só se expropria se o credor prestar caução.

Se há um recurso, dizendo que não devo. E ao mesmo tempo vou e pago a divida. O
recurso continua? Não, acontece a preclusão lógica- que é a pratica de dois atos, sendo
um incompatível com o outro.

Como se livre dessa multa no cumprimento provisório de sentença?

Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido


de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo,
sujeitando-se ao seguinte regime:
§ 2o A multa e os honorários a que se refere o § 1o do art. 523 são devidos no
cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
§ 3o Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a
finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o
recurso por ele interposto.

Deposita em juízo o valor correspondente assim, haverá a suspensão da multa. O credor


poderá fazer o levantamento desse dinheiro?

Regra: Não.

Exceção: desde que preste caução sim.

OBS4: o art. 465-J do CPC de 73 foi quem criou essa multa.

Aula do dia 19/04 – praticamente falou a mesma coisa Do dia 18. AFFF

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – é o ato que deflagra a fase executiva

Execução definitiva – após a decisão transição em julgado.

Transitou em julgado o processo volta para o cartório de origem, pode ficar um ano ou
mais, arquivado, sem nenhuma diligencia. A não ser que a parte requeira.

Juiz não inicia a execução sem que a parte peça.

Quem tem interesse em solicitar o cumprimento de sentença é o credor, se o devedor


quiser solicitar tem uma alternativa:

Art. 526.  É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da


sentença, comparecer em juízo e oferecer em pagamento o valor que
entender devido, apresentando memória discriminada do cálculo.

O cumprimento de sentença inicia por meio de uma simples petição.

Anexa o Demonstrativo atualizado do débito. Fazer no site do TJ- sistema de atualização monetária.

Procedimentos:

Anexa ao requerimento doOBS: Se a sentença


cumprimento denão condenar(simples
execução em honorários o que você
petição). Isso tem
no processo
que faze? Embargos de Declaração
sincrético.

Caso não seja, será feito por meio de um processo autônomo. O processo se inicia por
meio de uma P.I, cita o réu para o pagamento.

A parte será intimada para fazer o pagamento em 15 dias. Em regra essa intimação é feita
por meio de seu advogado. O advogado é intimado por meio
do diário oficial.

Significa que este terá que se


atentar sempre para o DOU
Ao invés de intimar a parte, intima-se o advogado da parte.

Prazo de um ano: Se a intimação for feita em um período superior a um ano, deverá ser
feito a citação pessoal da parte, art. 513, §4º. Não é prescrição. O prazo prescricional
é aquele lá do código civil.

No cumprimento de sentença provisório: abre-se o processo de execução em autos


apartados, e segue a mesma regra do cumprimento definitivo, a diferença é que não pode
fazer a penhora e levantar dinheiro sem antes prestar a caução. OBS: incide as regras do
§1º dos 523? Sim.

Como se livrar dessa multa no cumprimento provisório?

Art. 520, §§ 2º e 3º, resolve isso:

DEPOSITA EM § 2o A multa e os honorários a que se refere o § 1o do art. 523 são devidos no
JUIZO cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.

Pode haver o § 3o Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a


levantamento desde finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o
que o credor forneça recurso por ele interposto.
na caução.

O advogado deve informa à parte que está sendo executado, e terá 15 dias para realizar o
pagamento. Caso o devedor pague, se extingue o processo por meio de sentença.

A consequência para o não pagamento: Multa de 10%, mais 10% de honorários advocatícios- ope legis-
decorre de lei.
Se a parte pagou e metade a multa será aplicada na metade.
Se pagar n 16º dia, terá que pagar a multa do mesmo jeito.
Cumprimento provisório da sentença. Incide as consequências do art. 523, §1º? Sim.
OBS (multas): art. 475-J CPC de 73, artigo que criou essa multa.

No cumprimento definitivo, após o transito em julgado, o advogado por meio de uma


petição simples requerer o cumprimento de sentença.

Aula dia 25-04


Contador do juiz- É um servidor da justiça que o juiz pode usar de apoio. Não significa
que o juiz está sendo imparcial.

Na execução a parte apresenta um calculo muito fora da realidade, o juiz pode pedir para
que o contador do juízo faça esses cálculos. No prazo de 15 dias o
devedor pode pedir o
parcelamento em 6x,
OBS: Os 15 dias para o pagamento são contados em dias corridos.
pagando 30% do valor da
divida .

Não pagou no primeiro dia já começa o prazo para que se faça a impugnação (são
contados em dias úteis). Qual a lógica?

Antes esse prazo de impugnação vinha depois da penhora e avaliação. Porque na hora em
que o devedor apresentava a impugnação de discutia, a penhora, o erro de calculo etc.
todas as discursões. Porque quando acaba o prazo de pagamento, também perde o prazo
para se fazer a impugnação. Por isso o legislador separou esses dois prazos.

Atualmente:

Primeiro dou a oportunidade do devedor de pagar a divida, depois ele poderá impugnar
caso não pague.

Quando o credor apresentar um cálculo maior do que a divida. O devedor deve pagar a
quantia que deve. Haverá a incidência da multa na parte que ficou sem pagar, mas o
devedor na impugnação poderá comprovar que não deve, onde está o erro.

Não pagou refaz o cálculo com a multa. E segue a execução.

Na execução não há discursão da matéria discutida na fase do conhecimento. Principio da


coisa julgada.

A impugnação ao cumprimento de sentença será protocolada em uma simples petição.

A impugnação visa buscar evitar os efeitos do não pagamento do título. Ex. o devedor não
foi citado e o processo transita em julgado, mesmo sendo no processo de conhecimento, é
um vício. No prazo de impugnação ele vai pode alegar o erro de falta de intimação.

Art. 525- rol de matérias que podem ser alegados no processo de execução.

I- Vícios de citação- a parte não foi devidamente citada;


II- Ilegitimidade- cita outra pessoa ao invés do devedor;
III- Inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação- §§ 12 a 15, inexigibilidade por
inconstitucionalidade;

Quando um título pode ser considerado inexequível/inexigivél? Quando ele está


vinculado a um termo de obrigação recíproca, por exemplo, ele é inexequível, pois
só poderá ser executado quando a outra parte cumprir o acordado.

IV- Penhora incorreta ou avaliação errônea;


Excesso na
execução §§ 4º e
V- Excesso de execução ou cumulação indevida de execuções -
5º.

VI- a parte que impugna tem que apresentar o valor correto;

Na impugnação a parte deve demonstrar o porquê, do valor está incorreto. Se for


erro de calculo deve-se se demonstrar exatamente o erro.
Faz-se a impugnação e declara o valor correto. Sob pena, de rejeição liminar - §4 e
5º.

VII- Incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;

VIII- Qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,


compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.

OBS: §§12 a 15. Exemplo: O presidente cria para o beneficio de seguridade social o 13º e
14º. O beneficiário entra na justiça e o juiz da uma sentença obrigando o pagamento
desses valores.

Toda via o STF decide que esse ato normativo é inconstitucional- o titulo será inexigível
porque o seu fundamento é inconstitucional.

Essa declaração de inconstitucionalidade deve ocorrer até o transito em julgado. Após o


transito em julgado somente por meio de ação rescisório.

§§ 10 a 6- Efeito suspensivo da impugnação ao cumprimento de sentença: a


impugnação por si só não paralisa a execução (não suspende o andamento do feito).

O advogado do devedor requeira na petição a suspenção do processo de execução.

Regra não suspende

Exceção Garantia; Relevante Fundamento, e risco de grave dano ao executado;


O exequente pode oferecer à caução e dar continuidade a execução.

Aula do dia 26-04


Realiza o pagamento FIM!!
Decorrido i ano após
Em regra Intima a
o transito a intimação
pessoa do advogado Ou Receber a dívida – 916 e 916 §7º
será de forma
pessoal.
Intimação
§4º, 513- 1 ano do
Executad Ou não realiza o
Juiz o para pagamento.
Pagar
Requerimento de 15 dias
cumprimento de
sentença- art. 523

Inicia –se o prazo para


Segue e
Impugnação ao
execução:
Cumprimento de
15 dias
Sentença- art. 525 Ar. 523, §1ª,
Apresenta os cálculos
da
da divida
divida *Penhora § 3º,
523;

* avaliação

*Expropriação

Na execução a quando parte apresenta um calculo muito fora da realidade, o juiz pode
pedir para que o contador do juízo faça esses cálculos.

Contador do juiz = um servidor da justiça que o juiz se apoia nele para poder continuar a
execução.

Não significa que o juiz esteja sendo parcial.

OBS: Os 15 dias para o pagamento são contados em dias corridos, pois é um ato material.

Não pagou no primeiro dia já começa o prazo para que se faça a impugnação.

A impugnação ao cumprimento de sentença será protocolada em uma simples petição.

Art. 525.  Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento


voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado,
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios
autos, sua impugnação.

O prazo começa a contar do primeiro dia, após os 15 dias.

§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:


I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo
correu à revelia- ex: a parte não foi devidamente citada

II - ilegitimidade de parte; ex: cita outra pessoa ao invés do devedor.

IX- III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação- ex: §§ 12 e 15 inexigibilidade por


inconstitucionalidade;

IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;

V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;

VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;

VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento,


novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à
sentença.

§ 2o A alegação de impedimento ou suspeição observará o disposto nos arts.


146 e 148.

§ 3o Aplica-se à impugnação o disposto no art. 229.

§ 4o Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução,


pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de
imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e
atualizado de seu cálculo.

§ 5o Na hipótese do § 4o, não apontado o valor correto ou não apresentado o


demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de
execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será
processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução.

Requisitos:
§ 6o A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos
executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do
1-Penhorora ou caução; executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito
suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem
2-Fundamentos relevantes;
relevantes e se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de
3- Risco de grave dano causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.
irreparável;
§ 7o A concessão de efeito suspensivo a que se refere o § 6 o não impedirá a
efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de
avaliação dos bens 

§ 8o Quando o efeito suspensivo atribuído à impugnação disser respeito


apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante.

§ 9o A concessão de efeito suspensivo à impugnação deduzida por um dos


executados não suspenderá a execução contra os que não impugnaram, quando o
respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao impugnante.
§ 10.  Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao
exequente requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos
próprios autos, caução suficiente e idônea a ser arbitrada pelo juiz.

§§ 6º- Efeito suspensivo da impugnação ao cumprimento de sentença: a


impugnação por si só não paralisa o andamento da execução (não suspende o
andamento do feito).

O efeitos suspensivos é quando a impugnação apresentada, paralisar os atos executivos.

O advogado do devedor requeira na petição a suspenção do processo de execução.

Regra não suspende

Exceção Garantia; Relevante Fundamento, e risco de grave dano ao executado;

O exequente pode oferecer à caução suficiente e inidônea, e dar continuidade a


execução.

A suspenção somente ocorrerá naquilo, que for objeto de impugnação.

A impugnação nos ocorre próprios autos, mas se demorar poderá ocorrer em autos
separados.

§ 11.  As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para


apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à
adequação da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem
ser arguidas por simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o
prazo de 15 (quinze) dias para formular esta arguição, contado da comprovada
ciência do fato ou da intimação do ato.

§11- após a impugnação, ocorrendo outros fatos que se tenha a necessidade de


impugnar- o prazo também será de 15 dias após a ciência do fato.

§ 12.  Para efeito do disposto no inciso III do § 1 o deste artigo, considera-se


também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado
em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo
tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição
Federal, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso.

§ 13.  No caso do § 12, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal


poderão ser modulados no tempo, em atenção à segurança jurídica.
§ 14.  A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 12 deve ser
anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda.

§ 15.  Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado


da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito
em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.

OBS: §§12 a 15.

Exemplo: O presidente cria para o beneficio de seguridade social, por meio de um decreto,
o 13º e 14º. O beneficiário entra na justiça e o juiz da uma sentença obrigando o
pagamento desses valores.

Toda via o STF decide que esse ato normativo é inconstitucional- o titulo será inexigível
porque o seu fundamento é inconstitucional.

Essa declaração de inconstitucionalidade deve ocorrer até o transito em julgado.


Após o transito em julgado somente por meio de ação rescisório.

Em rega a impugnação nos ocorre próprios autos, mas se, não for dada os efeitos
suspensivos a impugnação. A execução corre e a impugnação também. São dois
procedimentos, em ultimo caso o acontece raramente é a separação da impugnação.

Aula dia 26-04 da noite

Execução de titulo extrajudicial.

Não temos processo sincrético- Inicia –se o processo através da petição inicial- juntar o
título extrajudicial, e iniciar a ação.

O título sempre deve estar anexado ao processo.

OBS: quando se trata de título de crédito, em especial aquele que tem a característica de
circularidade- ex. cheque- vai circular. Precisa juntar o título original.

Pode ser que o titulo esteja em outro processo, caso isso aconteça tem que ter a cópia,
indicando o processo.
 O demonstrativo do débito também deve ser anexado;

 Outros documentos- vai depender da relação da qual se trata.

Quanto à exigibilidade do titulo de execução depende de outros documentos: ex. no seguro


no caso de morte- tem que anexar à certidão de óbito.

O Juiz recebe a petição-

“Recebo a execução, verifico que o título é liquido certo e exigível, as partes capacitada,
representadas o autor advogado, legitimo o autor, fixo o honorários de 10% decorrente da
lei. Determino que se espeça mandado de citação - penhora (citação penhora é avaliação)
pra que o devedor caso seja encontrado, no prazo de 03 dias efetue o pagamento, ou
ainda 15 dias para apresentar embargo-a execução, e que desde já o oficial de justiça
sabendo que caso o devedor não seja encontrado, proceda, o arresto dos bem, conforme
as regras do CPC”.

O prazo de pagamento em títulos extrajudicial é de 03 (TRÊS) dias.

Quando o juiz recebe a ação de execução- já se consegue adotar uma medida para se
resguardar bens- qual seja: Averbação da certidão no cartório ou DETRAN- averbar a
indisponibilidade daquele bem.

Vai ser expedido um mandado o oficial de justiça vai cumprir o mandado.

Mandado de citação penhora e avaliação.

A partir do momento em que o devedor tomar ciência da execução- que se dá através da


citação- ele terá três dias para efetuar o pagamento-03 dias corridos- não é ato
processual é ato material.

A via em que o devedor assina que está ciente da execução- será devolvida para o
cartório- que coloca dentro do processo (juntada do mandado aos autos)- inicia se o prazo
para que o devedor apresente a sua defesa. Exceto quando se tratar de marido e mulher
quando o prazo inicia da juntada do segundo mandado (se for casal tem que citar os dois).

Oficial após citar o devedor- ele vai estar de posse de três vias, do mandado. Uma ele
entrega para o devedor, a outra ele devolve para o cartório, e a terceira via, é pra ele
terminar de cumprir a ordem.
Ele vai ficar com uma via, para prosseguir com a penhora e avaliação, após, passados os
três dias.

Esse é o prazo que a lei dá. Toda via na pratica o oficial de justiça poderá da mais um prazo.
Tendo em vista que o primeiro bem a ser penhorado é o dinheiro. E quem faz a penhora em dinheiro é o juiz,
por meio do sistema de Bacen. Ele irá devolver a citação falando para o juiz informando que não encontrou
os bens para que o juiz proceda com a execução.

O devedor não paga- o oficial realiza a penhora- ao fazer isso ele individualiza o bem,
retira esse bem da posse do devedor etc. (ver efeitos da penhora).

E informa que o bem será expropriado.

Em regra é não efetuou o pagamento será dada o prosseguimento na execução.

Se o devedor paga- a vantagem que ele tem é ter descontado a metade dos honorários
sucumbenciais.

PARALELO COM O CUMPRIMENTO DE SENTENÇA:

Prazos:

No cumprimento de sentença a parte é intimada na pessoa do seu advogado para


efetuar o pagamento em 15 dias;

No cumprimento de título extrajudicial a parte é pessoalmente citada para pagar em 03


dias;

Consequências:

A consequência no cumprimento de sentença pro não pagamento é incidir a multa do


art. 523, §1º e honorários de 10%, se pagar no prazo não irá incidir a multa e os
honorários;

No cumprimento de título extrajudicial, ajuizou a ação o juiz recebeu- incide os 10% de
honorários- a única coisa que consegue é o desconto de 5% nos honorários- se pagar no
prazo de três dias;

No título extrajudicial não existe a multa do art. 523, §1º;


Se ocorrer do oficial tentar achar o devedor e ele se esconder, o oficial não vai ficar
tentando achar o devedor (não pode haver a expropriação dos bens do devedor sem que
seja parte do processo- e isso ocorre com a citação).

**Se o devedor foi citado e não pagou a primeira coisa antes de se expropriar- é a penhora
(o ato de preparação antes da expropriação). Porém só pode ocorrer isso depois que o
devedor foi citado, se o devedor está se escondendo, tem que se fazer um arresto
executivo- que é uma medida de garantia, é como se fosse uma penhora- mas objetivo é
garantir a execução.

O arresto vai individualizar o bem para uma possível penhora, vai tirar esse bem e tirar da
posse do executado.

Depois que houver a citação o arresto se tornará penhora.

Nas regras de citação o oficial vai tentar ir três vezes ao local antes de se fazer a citação
por edital.

Antigamente não cabia a citação por hora certa- que é quando há indícios de que réu está
se escondendo o oficial deixa avisado (por alguém ou por carta)- que irá tal dia e tal hora
para realizar a sua citação.

Não havendo esses indícios se fará a citação por edital.

Uma vez citado o réu- mesmo depois do arresto- 03 dias para pagar e 15 dias para
apresentar os embargos.

Aula dia 03-05

Penhora – ATO PRÉ-EXPROPRIAÇÃO.

È de sua natureza a reorganização da posse.

O depositário- via de regra é o depositário judicial- mas pode ser o próprio exequente- art.
837.

Art. 845 traz a ordem de penhora dos bens.


Art. 835.  A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira- Sistema Bacen Jud-


convenio entre o judiciário e o banco central.

Faz tudo online- o juiz emite um comando para o banco central – com o cpf do
devedor- e o banco vai na conta do devedor e realiza o comando e bloqueia o valor da
dívida- o devedor não movimenta mais aquele valor-

OBS: O bloqueio é do valor e não da conta. Bloqueia todas as contas- depois de o juiz
verificar que foi boqueado o valor necessário para o pagamento da dívida, ele pode liberar
o excesso.

O juiz pode solicitar ao banco que fale a quantia que tem na conta do devedor, antes
do bloqueio.

Pode também buscar o endereço do devedor.

O bacen está disciplinado no CPC no art. 854, que dá a lógica do processo. Se for um
valor impenhorável tem 5 pra dizer que é impenhorável. §3º, do art. 854.

II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado;

III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

IV - veículos de via terrestre;

V - bens imóveis;

VI - bens móveis em geral;

VII - semoventes;

VIII - navios e aeronaves;

IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

X - percentual do faturamento de empresa devedora;

XI - pedras e metais preciosos;

XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em


garantia;

XIII - outros direitos.

§ 1o É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem prevista
no caputde acordo com as circunstâncias do caso concreto.
§ 2o Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o seguro
garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por
cento.

§ 3o Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em garantia, e, se
a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da penhora.

Pra não seguir a ordem do art. 835, o devedor, pode se invocar o princípio da menor
onerosidade.

Quando há penhora dos bens o oficial não vai ter ir até o devedor informar que esse bem
foi penhorado, pra isso usa-se o termo nos autos.

Art. 839.  Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens, lavrando-se
um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.

Parágrafo único.  Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais.

Art. 845.  Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, a detenção ou a
guarda de terceiros.

§ 1o A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando apresentada certidão da


respectiva matrícula, e a penhora de veículos automotores, quando apresentada certidão que ateste a sua
existência, serão realizadas por termo nos autos.

A alegação de impenhorabilidade de dinheiro tem um prazo que é de 5 dias. Mas....no art.


847 fala da modificação da penhora.
Art. 847.  O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias contado da intimação da penhora,
requerer a substituição do bem penhorado, desde que comprove que lhe será menos
onerosa e não trará prejuízo ao exequente.

Foi penhorado um bem imóvel, mas o devedor quer que seja penhorado outro bem, faz o
pedido indicando outro bem em 10 dias.
Uma vez realizado a penhora a parte será intimada da penhora.
Se forem bens sujeitos à registro, o credor deve averbar na matricula correspondente.
O devedor deverá ser intimado- intimam-se as partes interessadas!!
A penhora normalmente é seguida da avaliação.
Ou seja, penhorei o bem. Vou realizar a avaliação desse bem, para que não seja
expropriado o valor além do que o devedor deve. Normalmente o oficial de justiça faz essa
avaliação.
Uma vez intimada às partes da penhora e avaliação- elas devem irão dizer se o bem está
abaixo ou acima do valor de mercado.
Se as partes não entram em acordo- pede uma pericia. E o perito vai dizer quanto vale.
Não concorda com a avaliação: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
O ato de penhora vem acompanhado da avaliação- nem sempre haverá pericia. Só quando
as partes não concordarem.

IMPENHORABIBLIDADE
Os art. 832 e 833 traz os bens que possui uma proteção legal. Decorrente da lei, por
motivos específicos.

Art. 832.  Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis.

Art. 833.  São impenhoráveis:

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução- Esse declaração
tem que decorrer por uma situação específica- Ex. uma pessoa doa um bem para outra- e coloca uma
clausula de impenhorabilidade, alienabilidade- esse bem não vai poder ser ato de penhora nem pelos os
executores, por causa dessa clausula;

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado,


salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio
padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;

A ideia aqui é que os bens usuais são impenhoráveis; utilidade domestica e vestiário;
salvo se for de elevado valor.

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de


aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de
terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os
honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2 o;

Ex. se eu recebo uma doação do tio e vivo disso é impenhorável.

Exceção:

1- Devedor de pensão alimentícia ele pode ter seu salário penhorado, até, 50% do
valor;

2- a impenhorabilidade atinge até 50 salários mínimos- o que exceder é penhorado.

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis


necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação,
saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;

Exceção de dívida de pensão!!

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária,
vinculados à execução da obra.

Ex. A construtora que está construindo apartamento o dinheiro que estiver na conta referente ao
pagamento das unidades não pode ser penhorado, se não a obra para.

§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive
àquela contraída para sua aquisição.

PODE CAIR NO EGRAF- OPONIVÉ É DE OPOR NÃO PODE SER USADA

– a alegação de impenhorabilidade não pode ser usada.

Significa que a penhora . é usada-

Não posso a alegar a impenhorabilidade quando a execução recair da divida para


adquirir o próprio bem.

Ex. peguei um empréstimo e comprei um carro- uso para o trabalho- uber- não pago o
carro e o banco me executa ele será penhorado. Apesar de usar o carro para o mesmo
sustento

§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de
prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50
(cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8o, e
no art. 529, § 3o.

§ 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e


as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando
tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou
quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária. 

16/05/2018
Estamos diante de uma obrigação de pagar quantia- o objetivo do credor é ter o dinheiro.
Se a parte não paga voluntariamente, pode se pegar os bens, e transforma em dinheiro.
Mas caso, já tenha sido penhorado o dinheiro, é só pegar o alvará para que esse dinheiro
seja liberado.
No código de 1973, primeiro o bem iria a leilão, também chamado à praça pública, se
ninguém arrematasse no leilão, ai sim, seria dada a oportunidade de o credor pegar o bem
para si. Então, primeiro era o leilão e depois o credor poderia adjudicar o bem.
Qual que era a lógica disso? Imagina que eu penhorei o carro do Leonardo, valor do carro:
R$ 50.000,00. A ideia era de que no leilão alguém iria arrematar por mais de 50 mil.
Facilitaria, para pagar a divida e ainda sobraria dinheiro para o devedor.
Mas acontece que o leilão é mais demorado.
E em 2006 feio a reforma do código de 73 e foi mantida a sistemática para o código de
2015.
Meios de Expropriação
1. Adjudicação- art. 876 a 878 do CPC – primeiro meio disponível para o exequente é
a adjudicação.
Se o carro do Leonardo foi penhorado e avaliado, eu vou peticionar no processo, e dizer
que quer adjudicar o bem.
Conceito:
Forma de expropriação em que, o exequente, pega o bem pra si.
Quem escolhe se vai adjudicar é o exequente. Isso pode ser bom, no sentido de que seu
eu quiser o bem, e não conseguir vender, eu posso pega-lo pra mim.
Se o bem do executado foi penhorado e o exequente quer adjudicar, e o Leonardo fala,
não.
Isso não é uma opção do executado, mas, sim do exequente.
Preço: Será feito pelo preço da avaliação. Foi avaliado em 50 mil vou adjudicar pelo preço
de 50 mil.

Pode ocorrer a adjudicação de bem cujo valor seja superior ao da divida, tendo que o
exequente depositar a diferença em juízo.
Ex. o bem foi avaliado em 50 mil e a divida é de 70 mil, adjudico o bem e o devedor ainda
fica me devendo 20 mil.
Ex2. A divida é de 30 mil o bem foi avaliado em 50 mil, adjudico o bem, e o valor que
sobrou, pago a diferença que sobrou.
Forma: tem que ter o requerimento do exequente e a oitiva do devedor.
Na adjudicação, pode ser que, o mesmo bem tenha sido penhorado por mais de um
credor. Nesse caso qualquer dos credores que tenha penhorado o bem pode requerer a
adjudicação.
Nesse caso quando há mais de um interessado na adjudicação, proceder-se á a licitação
entre os credores (espécie de leilão entre eles).
Mas, não é só os credores que tenham penhorado o bem, o art. 889, II a VII, tem pessoas
que estão relacionadas ao bem e que podem requerer a adjudicação.
Art. 876 a 878ler esses artigos.

LEMBRA QUE QUEM Art. 876 [...]


PENHORA PRIMEIRO
TEM PREFERÊNCIA § 5o Idêntico direito pode ser exercido por aqueles indicados no art.
SOBRE O BEM!! 889, incisos II a VIII, pelos credores concorrentes que hajam
penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelo companheiro, pelos
descendentes ou pelos ascendentes do executado.

Como isso funciona. Penhorei o carro do Leonardo (R$ 50 mil), e requeri a


adjudicação.
Leonardo vai ser intimado, pode o pai do Leonardo, pedir a adjudicação? Pode. Só
que o pai do Leonardo pra adjudicar esse bem ele terá que pagar.
Ex. Um bem avaliado em R$ 100 mil reais, meu crédito é de R$ 40 mil. Se eu fui o
primeiro a penhorar o bem, eu tenho a preferência.
Se houver outro credor que tenha uma divida de R$ 100 mil que penhorou esse bem
ele tem a segunda preferência, ou seja, apenha em relação a R$ 60 mil.
Se ele tiver que adjudicar, ele terá que me pagar os meus R$ 40 mil. Por que quem
penhora primeiro tem preferência sobre os bens.
O juiz deve respeitar essa regra!!

Art. 889.  Serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5


(cinco) dias de antecedência:

II - o coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido


penhorada fração ideal;

III - o titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de


superfície, concessão de uso especial para fins de moradia ou
concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre bem
gravado com tais direitos reais;

IV - o proprietário do terreno submetido ao regime de direito de


superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia
ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre
tais direitos reais;
V - o credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou
com penhora anteriormente averbada, quando a penhora recair sobre
bens com tais gravames, caso não seja o credor, de qualquer modo,
parte na execução;

VI - o promitente comprador, quando a penhora recair sobre


bem em relação ao qual haja promessa de compra e venda
registrada;

VII - o promitente vendedor, quando a penhora recair sobre


direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda
registrada;

VIII - a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de


bem tombado.

Adjudicação de frutos/rendimentos professor não falou desse tópico deve ter


squecido!!
O art. 867 do NCPC estabelece que, em lugar de penhorar a coisa rentável, móvel ou imóvel, o juiz possa ordenar
a penhora dos respectivos frutos e rendimentos. O critério para que essa opção seja acatada é, na dicção do
dispositivo legal aludido, o reconhecimento de que essa modalidade de segurança da execução se apresente como
mais eficiente para o recebimento do crédito e menos gravosa ao executado.
Tratando-se de medida processual que atende a um só tempo os interesses do exequente e do executado, por
proporcionar vantagens recíprocas (conservação dos bens na propriedade do devedor e absorção imediata dos
rendimentos pela execução, facilitando a satisfação do direito do credor), pode o juiz admiti-la independentemente da
gradação legal das preferências para a penhora. Pode ser deferida até para substituir o bem inicialmente penhorado,
com apoio no art. 805, que recomenda ao juiz mandar, sempre que possível, seja promovida a execução pelo modo
menos gravoso para o executado; assim como no art. 847 onde se autoriza ao executado requerer a substituição do
bem penhorado, desde que comprove que lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente.
É da penhora original sobre frutos e rendimentos, ou da substituição da penhora de outros bens pela de suas
rendas (art. 867) que se origina a forma expropriatória qualificada como “apropriação de frutos e rendimentos de
empresa ou de estabelecimentos e outros bens” (art. 825, III).
Essa expropriação equivale ao levantamento, deferido ao exequente, da soma de dinheiro penhorada. Superada a
fase reservada à avaliação, e não estando Por iniciativa
a atividadeparticular
executiva art. 879 por
obstada e eventuais embargos com efeito
suspensivo,2. osAlienação 880 do
valores dos rendimentos serão CPC pelo depositário-administrador (art. 868), ao exequente, à
repassados
medida que forem sendo percebidos, até que o crédito exequendo seja inteiramente satisfeito. Depositados em juízo, o
levantamento dos rendimentos observará oPor procedimento da satisfação executiva de “entrega do dinheiro”, nos  moldes
leilão público
do art. 904, I, do NCPC. Tudo passará como se se tratasse de “uma satisfação a prazo, em prestações periódicas”.

Alienação por iniciativa privada: Ao invés de levar o leiloeiro para marcar a data do
leilão, dar publicidade, bater o leilão etc... chamar todos os interessados para que
apresente suas propostas.
O próprio exequente ou corretor credenciado no tribunal tenta vender bem pelo valor do
bem, escolhe um comprador (escolhe pra quem vai vender o bem) e vende o bem.
Anuncia o bem com todas as características e vende o bem pra quem queira comprar.
Preço: Será realizado pelo preço da avaliação.
Como que funciona isso: se o credor não quiser adjudicar ele pode optar pela alienação
pela iniciativa particular.
A forma: (publicidade, valor, tempo) é determinada pelo juiz.
Art. 879 a 880.

Art. 879.  A alienação far-se-á:

I - por iniciativa particular;

II - em leilão judicial eletrônico ou presencial.

Art. 880.  Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a


alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público
credenciado perante o órgão judiciário.

§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de
publicidade, o preço mínimo, as condições de pagamento, as garantias e, se for o
caso, a comissão de corretagem.

§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, com a assinatura do
juiz, do exequente, do adquirente e, se estiver presente, do executado, expedindo-
se:

I - a carta de alienação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar


de bem imóvel;

II - a ordem de entrega ao adquirente, quando se tratar de bem móvel.

§ 3o Os tribunais poderão editar disposições complementares sobre o


procedimento da alienação prevista neste artigo, admitindo, quando for o caso, o
concurso de meios eletrônicos, e dispor sobre o credenciamento dos corretores e
leiloeiros públicos, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos
que 3 (três) anos.

§ 4o Nas localidades em que não houver corretor ou leiloeiro público


credenciado nos termos do § 3o, a indicação será de livre escolha do exequente.

Alienação em Leilão Público:


O bem pode ser arrematado por valor menor desde que não seja preço vil.
È aberto ao público, onde quem der o maior lance leva o bem (corre uma licitação entre os
interessado).

17-05-2018

LEILÃO
Antes se falava que quando o bem era imóvel ele era levado a leilão; e quando era móvel
era levado a praça.

Praça = leilão, o NCPC não distingue o leilão de bens público moveis e imóveis.
Os bens a serem leiloados ficam a disposição de quem Leiloeiro quem realiza esse leilão!! Quem vai
irá querer arrematar. da publicidade.

Isso pode estar disponível em um pátio em casos de Inclusive no leilão eletrônico!


bens imóveis.

Esses bens ficam a disposição dos interessados.

Forma: Presencial ou eletrônico

Dinâmica – entender como funciona:

1º Data Leilão: Preço da Avaliação – o bem foi avaliado em 500 mil, o primeiro leilão o
lance mínimo será o preço da avaliação.

2º Data Leilão: Qualquer preço (não admitido preço vil 13)  art. 891 e 896 pú. Estabele o
que é preço vil. O imóvel do incapaz só pode se vendido acima de 80% do
valor.
Art. 891.  Não será aceito lance que ofereça preço vil.

Parágrafo único.  Considera-se vil o preço inferior ao mínimo


estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado preço
mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da
avaliação.

Art. 896.  Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo


menos oitenta por cento do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e
à administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não
superior a 1 (um) ano.

Quando ocorrer de o bem não ser arrematado por ninguém, o CREDOR por
escolher adjudicar esse bem ou alienação particular. MAS SEMPRE ISSO DEVE
SER DECIDIDO PELO CREDOR!
Ou pode pedir uma nova avaliação para se certificar de que o preço do bem está
correto.

 Realização: Leiloeiro (tem comissão)- essa comissão é fixada pelo juiz.


13
Irrisório.
 Publicidade: Divulgações, Edital, Intimações (889)

Art. 889.  Serão cientificados da alienação judicial, com pelo menos 5 (cinco) dias de
antecedência:

I - o executado, por meio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos,
por carta registrada, mandado, edital ou outro meio idôneo;

II - o coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhorada fração ideal;

III - o titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de superfície, concessão de uso
especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair
sobre bem gravado com tais direitos reais;

IV - o proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície, enfiteuse,


concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando
a penhora recair sobre tais direitos reais;

V - o credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com penhora anteriormente


averbada, quando a penhora recair sobre bens com tais gravames, caso não seja o credor,
de qualquer modo, parte na execução;

VI - o promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja
promessa de compra e venda registrada;

VII - o promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de
promessa de compra e venda registrada;

VIII - a União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem tombado.

Parágrafo único.  Se o executado for revel e não tiver advogado constituído, não constando
dos autos seu endereço atual ou, ainda, não sendo ele encontrado no endereço constante do
processo, a intimação considerar-se-á feita por meio do próprio edital de leilão.

 Arrematação: O pagamento é por meio de transferência eletrônico, e via de regra o


pagamento é avista.
Art. 892.  Salvo pronunciamento judicial em sentido diverso, o pagamento
deverá ser realizado de imediato pelo arrematante, por depósito judicial ou
por meio eletrônico.

 Admite Parcelamento (895)

Art. 895.  O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações poderá


apresentar, por escrito:
I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não
inferior ao da avaliação;

II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que
não seja considerado vil.

Se o exequente quiser da lance ele pode. Mas nem todas as pessoas podem dar lance
-Art. 890 quem não pode arrematar- os impedidos de arrematar o bem.

 Finalização: quando finaliza o leilão é expedito um “auto de arrematação” (903), e


depois pode ser expedida também uma carta de arrematação que é documento
hábil pra se tomar a posse do imóvel.

Execução contra a fazenda Pública (art. 100 CF)


A fazenda pública paga suas dívidas através de:

Precatório sistema, forma (como a fazenda pública paga seus credores);


OBS: A fazenda pública têm seus bens impenhoráveis. Ou seja, a dinâmica de execução
estudada até agora não se aplica a Fazenda Pública.
O sistema de precatórios nada mais é do um sistema de pagamentos (uma fila de
credores)
Art. 100 da CRF/88. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária,
far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação
de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para este fim.

Qual que é a lógica: se eu começo a penhorar o bens do Estado ou da União pra realizar
a expropriação em seguida, como ficaria o fornecimento de serviços públicos? Por isso a
CF gera uma proteção aos bens públicos, dizendo que são impenhoráveis.
Então quando o Estado causar dano a terceiro, irá pagar por meio do sistema de
precatórios.
O Estado não arrecada tributos exclusivamente para pagar os seus credores, mas também
para garantir ao cidadão “a saúde, educação etc.”.
 Cumprimento de sentença (534, 535)
 Titulo Extrajudicial (910) Possibilidades
A fazenda pública é intimada para se defender. Se for título extrajudicial ela será citada
para opor embargos à execução; no título judicial, requerimento do cumprimento de
sentença e intimação da fazenda pública para que apresente a impugnação ao
cumprimento de sentença por meio da impugnação.
Somente quando é encerrada a fase de impugnação ou de embargos é que começa a
etapa do pagamento.

Se a fazenda pública alega que está havendo excesso na execução ela tem que falar o valor devido.
Ex. a execução é de 1 milhão e ela fala que é 800 mil. Ela deve apresentar o calculo.
A parte que for incontroversa já pode ser expedido o precatório, e a parte controversa continua em litigio
até a decisão do juiz.

Como trabalha o precatórioSe for fazenda pública Estadual ou Municipal quem vai
gerir esse sistema será o Tribunal de Justiça; Se for fazenda pública Federal (União) será
o Tribunal Regional Federal.

Vara onde está correndo esse sistema faz um oficio uma requisição  especificando quem
são as partes (todas as informações do processo) e encaminhe para a presidência do
tribunal, que tem um setor, exclusivamente para administrar a fila (contador, auxiliar, juiz
etc.). Esse órgão que presta a assistência (assessoria) é quem faz toda a sistemática do
sistema de precatório.

O ente faz o seu planejamento de quanto vai gastar, então se você manda o seu
requerimento do pagamento do precatório até junho do exercício do ano, ele será incluso
no sistema de precatório do ano seguinte. Porque o legislativo tem que aprovar no final do
ano.

Quando um dos credores recebe na frente do outo? Pode se impetrar um mandado de


segurança por violação à ordem.

Quando há verbas para pagar e o ente ignora a próxima pessoa da fila e não paga. Pode
ser pedido que o juiz ordene o sequestro de verbas públicas.

Quem tem prioridade vai para o início da fila.

Existe a requisição de pequeno valor (RPV) (até 40 salários mínimos), há outra fila
pra pagar esses credores.
23-05 – AULA

Quem coordena o sistema de precatórios é o tribunal de justiça, mesmo que a ação


tenha tramitado em outro tribunal, tem um órgão que auxilia a presidência do
tribunal de justiça.

Pra fazer acordo no sistema de precatório a ordem deve ser observada.

EXECUÇÃO FISCAL – (lei 6.830/80)- FAZENDA PÚBLICA COMO CREDORA

Pode haver dois sistemas de execução na Fazenda Pública:

Por meio de título extrajudicial: ex. a Fazenda Pública firma um contrato, e para fazer
cumprir esse contrato, ela irá executar como já foi estudado, em execução de título
extrajudicial (citação, 03 dias para pagar....). Isso para qualquer título extrajudicial
exceto quando se tratar de CERTIDÃO DE DIVIDA ATIVA, que tem um sistema próprio,
Lei 6.830/80.

Título judicial: imagine se eu vindo para a Faesa, bato em uma viatura de policia. Terei que
indenizar o Estado. Isso acontece da seguinte forma: a procuradoria irá ajuizar uma ação
de indenização, contra mim, e no final do processo terá uma sentença me condenando a
indenizar o Estado. Então a Fazenda Pública poderá iniciar o cumprimento de sentença-
PERCEBA QUE NÃO SE TRATA DE AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL, MAS SIM DE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.

1 Dívida ativa (C.D.A)


O que é uma divida ativa?

Uma divida ativa pode ser de natureza tributária ou não tributária. A divídida tributária
estará incidindo por força de Lei para a inscrição na dívida ativa.

È feito um processo administrativo para averiguar qual é o imposto devido, e no final desse
processo, haverá a inscrição do devedor na divida ativa.

Ex. Josiane não pagou o Imposto Renda. A fazenda pública instaura um processo
administrativo para apurar o quanto ela deve, e se for constato que ela deve ela será
inscrita em divida ativa.

Uma fez inscrita na divida ativa, a Fazenda Pública emite a Certidão de Divida Ativa. Que é
como se fosse um cadastro do Serasa, mas, com a diferença de que essa divida é com
algum ente da federação. O fato de dever a Fazenda Pública e ter no nome inscrito em
divida ativa, impede, por exemplo, de realizar contratações com o governo, dentre outras
restrições.

Não há necessidade de o devedor assinar um documento dizendo se concorda ou não.

Multas emitidas por autarquias também ocasiona a inscrição em divida ativa; Ex. multa da
vigilância sanitária.
Muito embora tenha havido as reformas no CPC em 2006 e 2015, a lei
Art. 2º, 3º da lei 6830 continua vigorando, por se lei especial. E derroga lei geral.

Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos


Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por
esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.

O que pode ser Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como
inscrito em divida tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as
alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração
ativa depende de
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
lei!!
Distrito Federal.

§ 1º - Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que
trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.

§ 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não


tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos
previstos em lei ou contrato.

§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da


legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do
crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias,
ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

§ 4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da


Fazenda Nacional.

§ 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter:

I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio


ou residência de um e de outros;

II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os


juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato;

III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;

IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária,


bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;

V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e

VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver


apurado o valor da dívida.

§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos do Termo de


Inscrição e será autenticada pela autoridade competente.

§ 7º - O Termo de Inscrição e a Certidão de Dívida Ativa poderão ser preparados


e numerados por processo manual, mecânico ou eletrônico.

§ 8º - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser


emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para
embargos.

§ 9º - O prazo para a cobrança das contribuições previdenciárias continua a ser o


estabelecido no artigo 144 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960.

Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e


liquidez.

Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser
ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite.

Uma observação!! O professo confunde muito na hora de explicar, não da pra saber se ele está falando de
título judicial ou extrajudicial.

Então lembrem-se das regras de execução para cada título!!

Ex. Citação só ocorre em titulo extrajudicial, quando é judicial ocorre à intimação.

Do mais, eu Zirlanda, entendi que a explicação que segue é de título extrajudicial... mas.....é bom prestar
atenção nas regras!!
Na Fazenda Federal a certidão de divida ativa e a Petição inicial já compõe um único
documento.
Na justiça Federal, todo o
Art. 6º - A petição inicial indicará apenas: processo é online, então o juiz
recebe todo o processo na sua
I - o Juiz a quem é dirigida; tela e com um só click ele pode
emitir a certidão de divida ativa
de vários devedores.
II - o pedido; e

III - o requerimento para a citação.

§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará
parte integrante, como se estivesse transcrita.

§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único


documento, preparado inclusive por processo eletrônico.

 § 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na


petição inicial.

§ 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais.

O prazo para pagamento é:

Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a


dívida com os/ juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa,
ou garantir a execução, observadas as seguintes normas:

I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública
não a requerer por outra forma;

II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no


endereço do executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias
após a entrega da carta à agência postal;

III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega


da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;

IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no


órgão oficial, gratuitamente, como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias,
e conterá, apenas, a indicação da exeqüente, o nome do devedor e dos co-
responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da inscrição
no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.

§ 1º - O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60


(sessenta) dias.

§ 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição.


Art. 7º - O despacho do Juiz que deferir a inicial importa em ordem para:

I - citação, pelas sucessivas modalidades previstas no artigo 8º;

II - penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de
Se o devedor
Se o devedor não não depósito, fiança ou seguro garantia;                    (Redação dada pela Lei nº 13.043, de
encontrado se fará
encontrado se fará o o 2014)
arresto
arresto para
para garantir
garantir áá
execução.
execução. III - arresto, se o executado não tiver domicílio ou dele se ocultar;

IV - registro da penhora ou do arresto, independentemente do pagamento de


custas ou outras despesas, observado o disposto no artigo 14; e

V - avaliação dos bens penhorados ou arrestados.

Na execução de título extrajudicial a parte já citada ela não tem a obrigação e nem poderia
segundo a lei de imediato apresentar o embargo a execução.

Porque na execução fiscal, tal como era antes de 2006, os embargos a execução só
poderão ser apresentados depois de garantir o juízo.

Requisitos para apresentar embargos: GARANTIR O JUÍZO

Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:

I - do depósito;

II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;                               


(Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)

III - da intimação da penhora.

§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa,
requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério
do juiz, até o dobro desse limite.

§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de


suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão
processadas e julgadas com os embargos.

É a partir da citação da penhora que conta o prazo para os embargos a execução.

Ex. o oficial vai e cita Gabriel para pagar em 5 dias, no sexto dia ele volta, Gabriel não
tendo pago a divida ele realiza a penhora do bem de Gabriel, e intima Gabriel da
penhora. É DESSE DIA DA INTIMAÇÃO DA PENHORA QUE CONTA O PRAZO DE
EMBARGOS A EXECUÇÃO.
ATENÇÃO!!! Art. 12 - Na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao
É do ato de juntada do executado, mediante publicação, no órgão oficial, do ato de juntada do termo
mandado a penhora? Não. ou do auto de penhora.
É do ato da intimação.
O que o art. 12 está dizendo pra gente é os seguinte: O oficial de
justiça vai realizar a intimação e ele vai fazer o auto de penhora.

Ele irá pegar o auto de penhora, e vai entregar para o juízo, a vara
vai anexar aos autos e depois irá publicar no DO, desse dia é que contaria
o prazo para os embargos.

JURISPRUDÊNCIA
JURISPRUDÊNCIA SÓ QUE ISSO NÃO ACONTECE, porque o prazo de apresentar
CONSOLIDADA
CONSOLIDADA DO
DO STJ.
STJ. embargos à execução é do ato DE INTIMAÇÃO DA PENHORA.

ESQUECE O CAPUT DO ART. 12. OBESRVAR O ART. 16, III.

Outra informação:

Imaginemos que Gabriel um cara de posses queira apresentar embargos a execução. Ele
quer se defender e tem dinheiro para ofertar a penhora.

Ao invés dele esperar o oficial de justiça vir e penhorar os bens dele, o Gabriel pode fazer
um depósito em juízo (em dinheiro) abrindo uma conta judicial relativa aquele processo. O
prazo pra realizar os embargos irá contar A PARTIR DA DATA DO DEPOSITO, ART. 16,
I. Não se pode a parte ficar esperando se intimada.

OBS: em juizado especial, apesar de ser título judicial, a lei fala de embargos a execução. E la precisa
garantir o juízo para apresentar embargos a execução.

Ajuizada a ação de embargos a execução ela vai tramitar pode ou não ter efeitos
suspensivos.

E também tem os meios de expropriação.

Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for


localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a
O juiz suspende o prazo penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição.
prescricional pelo prazo
de um ano.

Passado esse prazo de


um ano, a prescrição
corre inclusive a
prescrição intercorrente,
que é aquela que corre
durante o processo.
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao
representante judicial da Fazenda Pública.

§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado


o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento
dos autos.

§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens,


serão desarquivados os autos para prosseguimento da execução.

§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo


prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de
imediato.                     (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)

§ 5o  A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4 o deste


artigo será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao
mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da
Fazenda.                         (Incluído pela Lei nº 11.960, de 2009)

2 PROCEDIMENTOS

CITAÇÃO P/ 5 dias

PI JUIZ PAGAMENTO
Não realizado o
pagamento

CABE ARRESTO

OBS: art. 40

PENHORA E
EXPROPRIAÇÃO AVALIAÇÃO

Ajuizar a ação de Realizado a


embargos à 30 dias penhora a parte
execução Fiscal será intimada

OBS: início do prazo (art. 16)

OBS2:requisitos para apresentar


embargos

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