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Verbal: aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a
linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
Linguagem mista: é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não verbal, usando palavras escritas e
figuras ao mesmo tempo.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
De acordo com a visão clássica, para que haja comunicação é necessário que os interlocutores (remetente e
destinatário de uma dada mensagem) utilizem um sistema de sinais – o código - devidamente organizado e comum a
ambos. A mensagem a ser transmitida refere-se a um contexto e para que chegue ao destinatário necessita de um
canal, um meio físico concreto de contato. Veja o esquema a seguir:
Segundo a Teoria da Comunicação proposta por Roman Jakobson em 1969, toda mensagem tem uma finalidade
predominante que pode ser a transmissão de informação, o estabelecimento puro e simples de uma relação
comunicativa, a expressão de emoções, e assim por diante. O conjunto dessas finalidades tem sido entendido sob o
rótulo geral de funções da linguagem. As seis funções são:
1. Função referencial (ou denotativa).É aquela centralizada no referente, pois o emissor oferece informações da
realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a terceira pessoa do singular. Essa linguagem é usada na ciência,
na arte realista, no jornal, no “campo” do referente e das notícias de jornal e livros científicos. Ex: Numa cesta de
vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pera.
2. Função emotiva (ou expressiva) É aquela centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela
prevalece a primeira pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias
líricas e cartas de amor. Ex: Muito obrigada, não esperava surpresa tão boa assim! Não,... não estou triste, mas
também não quero comentar o assunto.
3. Função apelativa (ou conativa) É aquela que se centraliza no receptor; o emissor procura influenciar o
comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa,
além de vocativos e imperativos. É usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao
consumidor.
4. Função Fática É aquela centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou
testar a eficiência do canal. Ex: - Olá, como vai, tudo bem? - Alô, quem está falando?
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5. Função poética É aquela centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor.
Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada
apresentada em obras literárias, letras de música e em algumas propagandas. Ex: Tecendo a manhã (João Cabral de
Melo Neto) “Um galo sozinho não tece uma manhã:/ele precisará sempre se outros galos[...]”
6. Função metalinguística É aquela centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que
fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são
repositórios de metalinguagem. Ex: - Não entendi o que é metalinguagem, você poderia explicar novamente, por
favor? - Metalinguagem é usar os recursos da língua para explicar alguma teoria, um conceito, um filme, um relato,
etc.
GÊNEROS TEXTUAIS
Os gêneros textuais são os textos materializados em situações comunicativas recorrentes, encontrados em nossa vida
diária e apresentam padrões sócio-históricos característicos, ou seja, são textos orais ou escritos produzidos por
falantes de uma língua em um determinado momento histórico. Os gêneros textuais são definidos por composições
funcionais, objetivos comunicativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais,
instituições e técnicas. Os gêneros textuais se enquadram (relativamente) em um tipo textual. Porém, ao contrário dos
tipos textuais, os gêneros possuem número ilimitado, enquanto os tipos possuem cinco ou seis categorias.
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FIXAÇÃO
1. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar. Nesta situação,
podemos dizer que o canal é:
) o pai d) o código
) a filha e) a fala
) fios de telefone
. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não sabia falar com
luência a língua Espanhola. Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um fracasso porque:
) não dominava os signos d) não conhecia o receptor
) não dominava o código e) não conhecia a mensagem
) não conhecia o referente
. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para ele
arar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é:
) o código que ele utiliza d) quem envia a mensagem
) o canal que ele utiliza e) o assunto da mensagem
) quem recebe a mensagem
. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “Felipe está na hora de acordar”. O que está destacado é:
) o emissor d) a mensagem
) o código e) o referente
) o canal
6. Reconheça nos textos a seguir, as funções da linguagem:
) "O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não
uncionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da
omplacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente
s instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e
mporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer."
O Estado de São Paulo)
) O verbo infinitivo
er criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
ara poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)
) "Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que se dá o nome genérico de voz,
eterminados pela corrente de ar expelida dos pulmões no fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é
modificada no seu trajeto até a parte exterior da boca." (Matoso Câmara Jr.)
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É. Puxa vida!
Ora, droga!
Bolas!
Que troço!
Coisa de louco!
É!"
) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra Lights."
f) "Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário.
Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui
spalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o
ensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei
regado à janela, olhando as pernas dos transeuntes." (Graciliano Ramos)