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RURAL
Autor:
Supervisor:
Prof. Dr. Peter Vine
UEM – ESUDER
Vilankulo
2016
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu Pereira Lúcio Arquimedes Cuinica declaro por minha honra que este trabalho é
resultado da minha investigação pessoal, e que todas fontes por mim consultadas
estão devidamente referenciadas, não contém nenhum plágio e que todas as
informações aqui descritas são fidedignas.
_______________________________________________
(Pereira Lúcio Arquimedes Cuinica)
i
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho em especial a minha família e amigos, em particular aos meus
progenitores Arquimedes Cuinica e Rosa Nuvunga, pelo grande apoio e confiança que
depositaram em mim durante este longo percurso (licenciatura) obrigado por tudo minha
família. As minhas irmãs, Ivânia Cuinica e Agnes Cuinica.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a deus Pai que iluminou esta longa caminhada dos anos de
formação. Aos meus primos e amigo Dirceu, Claudino, Crescêncio, Silvano, Jaime, Avelino,
Artur, Jorge Macuacua, João Thumbo. A toda família Nuvunga e minha namorada Manuela
Mulendja, pelo apoio prestado seja de uma forma directa ou indirecta durante todo período de
formação na academia.
Agradeço de forma especial Professor Peter Vine, pela paciência e delicadeza na forma como
me orientou para concretização do presente estudo.
Vai o meu muito obrigado aos meus colegas e amigos da faculdade, Xavier Fumo, Nelson
Mussa, Isac Ngungulo, David Muando, Olidio Buci, Omar Matano, Chavier Xivale, Jorge
Cambula, Custódio Gune, Tupula Nicula, Nelson Zumbira e Adílio José.
Agradeço também a todo o corpo docente da UEM- ESUDER pelos ensinamentos durante a
formação. E a todos que ajudaram-me directa ou indirectamente.
Endereço também os meus agradecimentos a Agro-pecuária Adriano Machava em especial ao
agricultor Machava pela oportunidade que me deu para desenvolver o estudo.
Agradeço a todos que contribuíram para realização deste trabalho e que por várias razões os
seus nomes não foram mencionados, vai o meu muito obrigado.
iii
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS.
iv
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tabelas Pág.
Tabela no: 1: Classificação de Atterberg, relativa à textura dos solos. ............................... 8
Tabela no: 2: Classe de resistência penetrométrica. Fonte: Arshad et al. (1996). ............. 12
Tabela no: 3 – Resultado de granulometria por sedimentação do solo de Pambara-2 para
os 4 tratamentos, profundidade 0 – 20 cm. ....................................................................... 36
Tabela no: 4 - pH do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos, período seco (agosto de
2015) ................................................................................................................................. 37
Tabela no: 5 - salinidade do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos, período seco
(Agosto de 2015) .............................................................................................................. 38
Tabela no:6 – Densidade global do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos,
profundidade 0 – 20 cm. ................................................................................................... 39
Tabela no: 7 – Porosidade do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos, profundidade de
0 - 20 cm. .......................................................................................................................... 40
Tabela no: 8 – Humidade volumétrica do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos,
profundidade de 0 - 20 cm. ............................................................................................... 41
Tabela no: 9 – Resistência Penetrométrica do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos,
profundidade de 0 - 20 cm. ............................................................................................... 42
Tabela no: 10 - Distribuição de tamanho de agregados do solo de Pambara-2 para os 4
tratamentos, profundidade de 0 - 20 cm............................................................................ 43
Figuras Pág.
Figura no: 1 – Horizontes morfológicos de um perfil de solo ............................................. 7
Figura no: 2 – Triângulo textural (TT) triângulo com tamanhos de acordo Atterberg. ...... 9
Figura no:3 - Layout de uma parcela, demostração de casuazilacao de 3 trincheiras e de
3 seccoes de 5 pontos para Rp .......................................................................................... 22
Figura no: 4 – Percentagens de areia, silte e argila no solo de pambara-2, profundidade
0 – 20 cm........................................................................................................................... 36
Figura no: 5 – Densidade global e diferenças significativas de duncan (letras) do solo
de Pambara-2 nos 4 tratamentos, profundidade de 0 - 20 cm. .......................................... 39
Figura no: 6 – Porosidade e diferenças significativas de duncan (letras) do solo de
Pambara-2 para profundidade de 0 - 20 cm, nos 4 tratamentos. ....................................... 40
Figura no: 7 – Humidade volumétrica e diferenças significativas de duncan (letras) do
solo de Pambara-2 para profundidade de 0 - 20 cm, nos 4 tratamentos. .......................... 41
Figura no: 8 – Gráfico de Resistência penetrométrica. As barras indicam valores de
desvio padrão de 15 pontos em cada tratamento. As linhas tracejadas indicam valores
v
de médias que incluem valores individuais acima do limite humano. As médias
seguidas pela mesma letra na mesma linha, não diferem significativamente pelo teste
de Duncan a 5%. ............................................................................................................... 42
Figura no: 9 – Distribuição de tamanho de agregados do solo de Pambara-2 para os 4
tratamentos, período seco na profundidade 0 - 10 cm ...................................................... 44
Figura no: 10 – Distribuição de tamanho de agregados do solo de Pambara-2 para os 4
tratamentos, período seco na profundidade 10 - 20 cm .................................................... 44
Figura no: 11 – Imagem de microscópio de Morfologia de quartzo no solo de Pambara-
2 ........................................................................................................................................ 45
Figura no: 12 – Formas de movimento do solo pela acção do vento em função do
tamanho de partículas. ...................................................................................................... 52
vi
LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS
Apêndice Pág.
Anexo Pág.
vii
Resumo
O objectivo deste trabalho foi estudar o efeito dos diferentes tipos de preparo do solo para
propriedades físicas do solo do campo experimental da UEM-ESUDER Pambara 2 (distrito de
Vilankulos, província Inhambane, Moçambique) para profundidade 0 - 20 cm. O solo é
(tentativamente) um Typic Eutrustox segundo USDA (1999). As amostragens foram
realizadas no ano de 2015 no mês de Agosto a posterior a preparação do campo, quando o
campo ainda não estava semeado. Os sistemas de preparo avaliados foram: Floresta
(testemunha), preparo com tracção animal, preparo com 1 só aração e preparo
aração+gradagem, em parcelas de 10 m x 10 m para cada um dos sistemas de preparo. As
colectas de amostras foram feitas em 3 trincheiras causalizadas em cada parcela de 40 cm de
profundidade para colecta de amostras de solo a cada 10 cm, e medições de resistência
penetrométrica em 3 secções causalizadas e em cada secção foram feitas 5 medições
totalizando 15 pontos específicos na parcela para resistência a penetração. Os atributos físicos
e químicos avaliados foram: granulometria, distribuição de tamanhos de agregados,
porosidade, densidade, humidade volumétrica, pH, salinidade e resistência penetrométrica. Os
atributos granulometria, pH e salinidade foram usados para confirmar uniformidade dos
materiais originais. Os atributos distribuição de tamanhos de agregados, porosidade,
densidade, humidade volumétrica e resistência penotrométrica foram usados para avaliar
efeitos dos tratamentos. Conclui-se que distribuição de tamanho de agregados indica que
possivelmente o solo tem origem em outro lugar e pela acção do vento e foram depostos onde
se realizou o estudo. Diferenças significativas (p <0,05) de retenção de agregados entre
peneiros foram possível notar na camada de 0 - 10 cm só para partículas de 0 - 0,l25 mm e
para camada de 10 - 20 cm diferenças significativas (p <0,05) de retenção de agregados entre
peneiros foram possíveis notar para partículas de 2 - 1 mm, 1 - 0,5 mm, 0,5 - 0,250 mm, 0,250
- 0,125 mm, 0,125 – 0 mm. Os tratamentos aração e aração+gradagem onde houve mais
mobilização do solo quanto ao tamanho de agregados apresentaram menores tamanhos de
partículas em relação Floresta e tração animal. Para Profundidade 0 – 20 cm os resultados
todos de granulometria concordaram para um solo Franco-arenoso (sandy loam). Os
diferentes preparos não influem significativamente (p <0,05) na densidade e na porosidade. A
humidade volumétrica e resistência penetrométrica, onde para resistência penetrométrica os
valores reduziram com a maior mobilização com valores maiores de resistência para os
tratamentos floresta e tracção animal com valores entre 3,42 a 4,78 MPa, e menor resistência
para os tratamentos 1 aração e aração+gradagem com valores entre 0 a 4,3 MPa. Os resultados
de pH foram muitos próximos um dos outros variando de 6.24 a 7.71. As amostras de
salinidade concordaram para os 4 tratamentos o solo e não salino.
viii
Índice
Conteúdo Página
I. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 1
1.1 Contextualização ....................................................................................................................... 1
1.2 Problema de estudo ................................................................................................................... 2
1.3 Justificativa ............................................................................................................................... 2
1.4 Objectivos ................................................................................................................................. 3
1.4.1 Geral ................................................................................................................................... 3
1.4.2 Específicos ......................................................................................................................... 3
II Revisão Bibliográfica ...................................................................................................................... 4
2.1 Solo ........................................................................................................................................... 4
2.1.1 Constituintes do solo .......................................................................................................... 4
2.2 Perfil do solo ............................................................................................................................. 7
2.3 Propriedades físicas do solo ...................................................................................................... 8
2.3.1 Textura ............................................................................................................................... 8
2.3.2 Estrutura ............................................................................................................................. 9
2.3.3 Porosidade .......................................................................................................................... 9
2.3.4 Densidade do solo (Ds) ..................................................................................................... 11
2.3.5 Resistência penetrométrica ............................................................................................... 11
2.3.6 Consistência ..................................................................................................................... 12
2.3.7 Cor .................................................................................................................................... 12
2.4.Propriedades químicas do solo ................................................................................................ 12
2.4.1 Salinidade ......................................................................................................................... 13
2.4.2 pH ..................................................................................................................................... 13
2.5. MANEIO DO SOLO .............................................................................................................. 14
2.5.1 Caracterização dos sistemas de maneio do solo ............................................................... 14
2.5.2 Preparo inicial do solo ...................................................................................................... 14
2.5.3 Preparo periódico do solo ................................................................................................. 14
2.5.4. Sistemas de plantio .......................................................................................................... 18
III METODOLOGIA ........................................................................................................................ 21
3.1 Caracterização da área de estudo ............................................................................................ 21
3.2 Classificação do solo em estudo.............................................................................................. 21
3.3 Definição da amostra............................................................................................................... 21
3.4 Descrição das unidades amostrais ........................................................................................... 23
3.5 Colecta de dados ..................................................................................................................... 24
3.5.1 Pesquisa de literaturas ...................................................................................................... 24
3.5.2 Pesquisa do campo ........................................................................................................... 24
3.5.3 Análise de parâmetros físicos do solo .............................................................................. 24
3.6 Análise Comparativa dos Resultados ...................................................................................... 33
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 36
4.1 Resultados ............................................................................................................................... 36
4.1.1. Granulometria.................................................................................................................. 36
4.1.2 pH ..................................................................................................................................... 37
4.1.3 Salinidade ......................................................................................................................... 38
4.1.4 Densidade Global ............................................................................................................. 39
4.1.5 Porosidade ........................................................................................................................ 40
4.1.6 Humidade volumétrica período seco (Agosto de 2015) ................................................... 41
4.1.7 Resistência Penetrométrica .............................................................................................. 42
4.1.8 Distribuição de tamanho de agregado período seco (Agosto de 2015) ............................ 43
4.1.9 Classificação do solo ........................................................................................................ 45
4.2 Discussão................................................................................................................................. 46
4.2.1 Classificação do solo ........................................................................................................ 46
4.2.2 Granulometria................................................................................................................... 46
4.2.3 pH ..................................................................................................................................... 47
4.2.4 Salinidade ......................................................................................................................... 48
4.2.5 Densidade Global ............................................................................................................. 49
4.2.6 Porosidade ........................................................................................................................ 49
4.2.7 Humidade volumétrica no período seco ........................................................................... 50
4.2.8 Resistência Penetrométrica .............................................................................................. 51
4.2.9 Distribuição de tamanho de agregados ............................................................................. 52
V. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES...................................................................................... 54
5.1. Conclusão ............................................................................................................................... 54
5.2. Recomendações ...................................................................................................................... 55
Referências bibliográficas ................................................................................................................. 56
Influência de diferentes Tipos de preparo do solo nas propriedades físicas do solo do campo
experimental da ESUDER – Pambarra 2 para profundidade 0 - 20 cm.
I. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
O estudo de caracterização dos parâmetros físicos e químicos do solo sob influência de
diferentes tipos de preparo de solo constituem um trabalho essencial no desenvolvimento das
actividades de produção agrícola, de acordo com as propriedades do solo de uma determinada
área, que podem determinar uma maior rentabilidade e sustentabilidade da actividade agrícola
a desenvolver.
Os diferentes sistemas de preparo do solo têm, como objectivo, oferecer as condições
físicas adequadas para o crescimento, desenvolvimento e produtividade das culturas.
Dependendo do solo, do clima e da cultura, os sistemas de preparo podem também
promover a degradação da qualidade física do solo, com reflexos ambientais e na
produtividade das culturas. Em solos de textura superficial média-arenosa e com baixos teores
de matéria orgânica, o cultivo sucessivo e o revolvimento excessivo os predispõem às altas
taxas de erosão, de compactação e de perdas de matéria orgânica, resultando na degradação
física, química e biológica dos mesmos (Cardoso et al., 1992).
A adopção de sistemas de preparo com revolvimento do solo pode resultar numa
compactação das camadas do solo, tem-se que raízes são sensíveis à compactação do solo,
devido às menores taxas de difusão de oxigénio no solo e pela excessiva resistência à
penetração nos solos compactados.
A hipótese de que essa alteração nas propriedades físicas tem o poder de induzir
condições adversas para o desenvolvimento das plantas. Por outro lado, estudos sugerem que
condições físicas adversas resultam na emissão de maus sinais hormonais que são enviados da
raiz à parte aérea, com reflexos na taxa fotossintética e, por consequência, no crescimento e
desenvolvimento das plantas (Davies & Zhang, 1991).
Foi a pensar nisso que o presente estudo de carácter experimental, foi desenvolvido no
campo experimental da ESUDER – Pambara 2 através de uma pesquisa para obter dados que
posteriormente se apresentarem e submetidas análises.
1.3 Justificativa
As operações de preparo do solo são realizadas para criar condições favoráveis à
germinação e ao crescimento radicular das culturas. Entretanto, as condições de humidade
durante o preparo, o teor de argila e de matéria orgânica do solo, a profundidade de
mobilização e o tipo de implemento utilizado podem levar a modificações da estrutura do
solo, acarretando restrições ao crescimento das culturas.
A principal motivação para o desenvolvimento desta pesquisa prende-se com o facto de
como nos referimos no ponto 1.1 o campo experimental da ESUDER – Pambara 2 não
apresentar até ao momento uma descrição de suas propriedades físicas do sob diferentes tipos
de preparo do solo, que ressalve as características que diferem um preparo do outro, abrindo
assim espaço da realização de um estudo profundo sobre este solo, como ponto de partida
para mais estudos ligados a propriedades físicas, químicas, biológicas e mecânicas desta área,
definir atributos de solo e do ambiente sensíveis ao manejo de forma que permitam
acompanhar as mudanças na qualidade do solo. Esta informação poderá então ser utilizada
para sugerir modificações nos sistemas de manejo em uso pelos produtores, a tempo de evitar
a degradação do solo pela erosão e queda da fertilidade.
1.4 Objectivos
1.4.1 Geral
Estudar o efeito dos diferentes tipos de preparo do solo para algumas propriedades físicas
do solo do campo experimental da ESUDER – Pambara 2 para profundidade 0 - 20 cm.
1.4.2 Específicos
Caracterizar a composição granulométrica do solo de Pambara-2 pelo método de dispersão
total de partículas, pH e salinidade nas parcelas experimentais para verificar uniformidade do
solo original.
Determinar resistência penotrométrica, estrutura, distribuição de tamanhos de agregados,
porosidade, densidade e humidade volumétrica nos diferentes 4 tipos de preparo de solo.
Comparar resultados do efeito de diferentes tipos de preparo solo no solo de Pambara-2.
II Revisão Bibliográfica
2.1 Solo
O solo pode ser definido como um corpo natural, resultado dos factores e processos de
formação, constituído de camadas paralelas à superfície, capaz de suportar e nutrir plantas.
Esses factores e processos de formação, conferem ao solo características e propriedades
químicas e físicas próprias, de extrema importância no fornecimento de água e minerais para
o desenvolvimento das plantas (ZIMBACK,2003).
Os solos minerais são constituídos por uma mistura de partículas sólidas de natureza
mineral e orgânica, ar e água, formando um sistema trifásico, sólido, gasoso e líquido. As
partículas da fase sólida variam grandemente em tamanho, forma e composição química e a
sua combinação nas várias configurações possíveis forma a chamada matriz do solo.
Considerando o solo como um corpo natural organizado, ocupando dado espaço (REINERT
& REICHERT,2006).
retenção de humidade, além de ser fonte de energia para microrganismos do solo. A matéria
orgânica do solo pode ser dividida em duas partes:
Material original parcialmente decomposto: restos de folhas, raízes, animais, excreções.
Material original completamente decomposto: rico em fósforo, cálcio e nitrogénio,
chamado húmus (REICHERT et al.,2009).
Na maioria dos solos o seu teor vário de 0,4 a 5%, porém, em áreas alagadas, onde a
condição anaeróbica impede a decomposição da matéria orgânica, fazendo com que esta se
acumule, dando origem aos solos orgânicos, seu teor pode chegar a 95% (REICHERT et
al.,2009).
A composição do ar do solo depende das condições de aeração, que pode ser definida
como o processo pelo qual se faz a troca de gases entre o ar do solo e o ar atmosférico. Isto é,
a renovação da composição do ar do solo tende a igualar a composição do ar atmosférico. Em
solo com boa aeração ele não difere muito do ar atmosférico, excepto por unidade relativa
que, quase sempre, possui concentração mais alta de CO2 (REICHERT et al.,2009).
Qualitativamente a composição do ar do solo é semelhante à composição do ar
atmosférico, porém, quantitativamente a composição das duas atmosferas pode ser bastante
diferente (REICHERT et al.,2009).
2.3.1 Textura
É o tato que é um reflexo da proporção em que se encontram no solo as diferentes classes
de partículas. Só os elementos minerais são considerados para a determinação desta
propriedade. De acordo com a classificação de Atterberg, as partículas do solo repartem-se
por diversas classes (REICHRT et al.,2009).
Figura no: 2 – Triângulo textural (TT) triângulo com tamanhos de acordo Atterberg.
Fonte: MARSHALL (1950)
2.3.2 Estrutura
Segundo ZIMBACK (2003), Estrutura do solo é o arranjamento das partículas unitárias,
unindo-se através forças de adesão e coesão, constituindo as partículas secundárias do solo,
denominadas unidades estruturais, promovendo o aparecimento de espaços porosos (poros),
principalmente microporos. Quanto mais estruturado um solo, maior o volume total de poros
que ele possui, e portanto maior a capacidade de armazenamento de água. A estruturação do
solo é promovida pelos minerais de argila, pelos óxidos de ferro e alumínio e pela matéria
orgânica coloidal (húmus).
Agregados são a junção de partículas primárias do solo com forças variadas de coesão,
quebrando-se em fragmentos sem conformação específica. Unidades estruturais são agregados
que apresentam formas e tamanhos definidos, comportando-se como partes individualizadas
que podem ser classificadas quanto ao tipo, grau de desenvolvimento e classe de tamanho da
estrutura (ZIMBACK, 2003).
2.3.3 Porosidade
O espaço do solo não ocupado por sólidos e ocupado pela água e ar compõem o espaço
poroso, definido como sendo a proporção entre o volume de poros e o volume total de um
solo. É relacionada à Ds (densidade do solo) e de grande importância directa para o
crescimento de raízes e movimento de ar, água e solutos no solo. A textura e a estrutura dos
solos explicam em grande parte o tipo, tamanho, quantidade e continuidade dos poros
(REINERT & REICHERT,2006).
Os tipos de poros estão associados à sua forma, que por sua vez tem relação directa com
sua origem. O tipo de poros mais característico são os de origem biológica, que são
arredondados e formados por morte e decomposição de raízes ou como resultado da
actividade de animais ou insectos do solo, como minhocas e térmitas. Outro tipo de poros
apresenta forma irregular e de fenda formados por vários processos, tipo humedecimento e
secagem e pressão. Poros arredondados tendem a ser mais contínuos e de direcção
predominante normal a superfície, ao contrário das fendas no solo (REICHERT et al., 2009).
A classificação usual da porosidade refere-se à sua distribuição de tamanho. A mais usual
é a classificação da porosidade em três classes: micro, meso e macroporosidade.
A microporosidade é uma classe de tamanho de poros que o movimento de água nos
microporos é lento, e a maior parte da água retida nestes poros não está disponível para as
plantas.
Mesoporosidade é uma classe de tamanho de poros que, são intermédios entre os macro e
micro poros, sua retenção e armazenamento da água no solo é moderada.
Os macroporos, após serem saturados em água não a retêm, ou são esvaziados pela acção
da gravidade.
Segundo Greenland (1981), um problema que existe em relação a estudos porosidade diz
respeito à terminologia.
Greenland (1979) citado por Greenland (1981) discutiu isso em outro lugar e apresenta
termos comparativos para diferentes gamas de tamanhos de poros. Maior confusão, talvez,
surge a respeito dos poros que retêm a água contra a gravidade, que podem ser descritas como
macroporos (IUPAC, 1972), minipores (Mclntyre, 1974), microporos (Smart, 1975), ou
microvazios e ultra-microvazios (Brewer, 1964). Em Greenland (1981), são sugeridas
descrições funcionais de acordo com De Leenheer (1977) e Greenland (1977, 1979) para
substituir as terminologias que utilizam a descrições macro, micro e mini. A variabilidade na
terminologia relacionada com as técnicas empregues principalmente por aqueles que
descrevem poros.
De acordo com seu tamanho os poros podem ser classificados de várias maneiras:
Segundo Greenland (1977) citado por Greenland (1981), poros entre 0,00 – 0,5 µm poros
residuais, 0,5 - 50 µm poros de armazenamento, e de 50 - 500 µm poros de transmissão e >
500 µm fissuras.
Segundo De Leenheer (1977) citado por Greenland (1981), 0 – 0,2 µm poros com teor de
água não útil, 0,2 – 9 µm capacidade de retenção útil, 9 - 30 µm poros de drenagem lenta, 30
– 300 µm poros de drenagem normal e > 300 µm capacidade de aeração.
levar a diferentes formas de degradação do solo em médio e longo prazo, mesmo associadas
às técnicas de conservação do solo (MIRANDA et al., 2008).
2.3.6 Consistência
O estado de consistência do solo e resultante das manifestações das forcas físicas de
coesão (solo-solo) e adesão (solo - mão, solo - metal, etc.), conforme variações da humidade
(teor de água) do solo (REICHERT et al., 2009).
A consistência do solo e afectada pela humidade, textura, tipo de argilo-minerais e matéria
orgânica do solo. A consistência nos da ideia da dureza do solo quando seco e da plasticidade
e pegajosidade quando molhado e, também, o melhor estagio para a o amanho do solo
(REICHERT et al., 2009).
2.3.7 Cor
A cor do solo resulta da natureza do material que lhe deu origem e também dos factores
que levaram à sua formação. É uma das propriedades que, em conjunto com a textura e a
disposição das diferentes camadas, é mais utilizada para classificar os diferentes tipos de solo
(EMBRAPA 2006).
2.4.1 Salinidade
Salinidade do solo é o grau de sais no solo, isto é, o termo utilizado para se designar a
presença de sais nas diferentes camada do solo, sendo estes prejudiciais para as culturas que
nele crescem, tanto cultivadas como nativas e os principais íons inorgânicos que podem se
formar sais são cátions (Na+, Ca+2, Mg+2) e de ânions (HCO3-2, SO4-2 e Cl-) (GUARIZ et al.,
2009).
Segundo a COMUNIDADE EUROPEIA (2009), a acumulação de sais (em especial de
sódio) constitui uma das principais ameaças fisiológicas aos ecossistemas. O sal perturba o
desenvolvimento das plantas, limitando a absorção de nutrientes reduzindo a qualidade de
água disponível para a planta e afecta no metabolismo dos organismos presentes no solo,
reduzindo drasticamente a fertilidade deste.
A implicação prática da salinidade sobre o solo é a perda da fertilidade e a
susceptibilidade da erosão, além da contaminação do lençol freático e das reservas hídricas
subterrâneas. Pode inclusive, prejudicar a própria estrutura do solo, pois a absorção de sódio
pelo solo, proveniente de águas dotadas de elevados teores deste elemento, poderá provocar a
dispersão das fracções de argila e, consequentemente, diminuir a permeabilidade do solo
(JUNIOR & SILVA, 2010).
2.4.2 pH
O pH representa o quanto o solo está ácido ou básico, demonstrando a necessidade da
aplicação de correctivos (calcário) para que a acidez do solo diminua e ocorra um adequado
desenvolvimento da cultura. É um importante indicador de suas condições químicas, pois
possui capacidade de interferir na disposição de vários elementos químicos essenciais ao
desenvolvimento vegetal, favorecendo ou não suas liberações (SILVA et al., 2011).
2.5.3.1 Aração
Consiste numa operação em que arado corta uma faixa de solo (com ou sem inversão de
camadas) denominada "leiva", que é elevada e parcialmente ou totalmente invertida. As
finalidades da aração são á incorporação profunda de restos vegetais, aumentar a infiltração
de água, aumentar aeração do solo, melhoramento de suas condições físicas (estrutura),
químicas e biológicas, pela mistura da matéria orgânica com o corpo do solo, incorporar
correctivos em profundidades, enterro de larvas e ovos de insectos em profundidade ou
destruição de insectos nocivos pela exposição de larvas ao efeito do sol, ataque de pássaros
etc., controle de plantas daninhas pelo enterro profundo e dificultando a sua disseminação,
incorporação profunda de adubo orgânico ou preparo da terra para receber a semente ou
planta (FILHO.2012).
A execução da aração sempre à mesma profundidade pode resultar, conforme o tipo de
solo, na formação de uma camada endurecida (compactada), conhecida como “fundo-de-
arado” ou “pé-de-arado” (hard-pan) (FILHO,2012).
A capacidade média de trabalho de um arado mono sulco é de 7 a 12 h/ha, necessitando de
7 a 10 kW por cada corpo de arado (FILHO,2012).
a) Subsolagem
Com o constante uso da terra, mecanização intensiva e arrastamento de argilas para
camadas mais profundas, ocorre a formação de uma camada, adensada, endurecida, menos
permeável que a porção superior. Esta camada é formada por um adensamento ou
concentração de argilas e é compactada, pela constante passagem de implementos,
principalmente o arado ou grade numa mesma profundidade. A camada adensada ou
compactada diminui a infiltração de água, aumentando consequentemente o processo de
erosão e, além disso, dificulta a penetração do sistema radicular que explora menor volume de
solo. A subsolagem é prática pela qual se rompe ou se "quebra" camadas compactadas
formadas no interior do solo. A subsolagem deve ser realizada antes das operações de preparo
do solo (CHAVES,2002).
b) Tipos de arados
b.1) Arado de discos (lisos ou recortados) É o equipamento mais usado na operação de
aração. Não é o arado eficiente na inversão da leiva. Os arados de discos se empregam,
sobretudo, em terrenos difíceis (solos duros e secos), onde o disco pode penetrar devido a seu
b.2) Arado de aivecas Realiza uma melhor inversão da leiva de solo, porém não deve ser
usado em locais de pedras e tocos. Além disso, as relhas (bicos) do arado de aivecas, quando
sofrem desgaste, existi a necessidade de substituição para que possam continuar operando.
O arado de discos é muito mais pesado que o arado de aivecas de igual capacidade.
Enquanto o primeiro requer peso para penetrar no solo, o arado de aivecas penetra devido à
conformação dos seus órgãos activos. Podem ser fixos ou reversíveis. Os arados de aivecas
podem ser de arrasto ou acoplados ao tractor (levante hidráulico). Os acoplados tem sido mais
utilizados (FILHO, 2012).
Estes implementos proporcionam a melhor incorporação dos resíduos e uma menor
pulverização superior sobre condições ideais. Seu uso foi mais intensificado devido à
utilização da tracção animal, uma vez que este tipo de arado adapta melhor as condições de
baixas velocidades (FILHO,2012).
A aiveca é constituída de Relha que corta o solo e inicia o levantamento da leira (Sofre
acção abrasiva dos solos, sendo comummente constituída de ferro fundido ou aço), Rasto tem
por finalidade absorver os esforços laterais e fica rente a parede do sulco, Aiveca que forma a
superfície encarregada de elevar e inverter a leira pode ter forma cilíndrica, cilindróide,
helicoidal e semi-helicoidal. As aivecas helicoidal e semi-helicoidal são utilizadas para aração
d) Profundidade de aração
Quanto à profundidade de corte, a aração pode ser rasa até 15 cm de profundidade, média
15 a 25 cm de profundidade, profunda 25 a 40 cm de profundidade. Para evitar a formação do
2.5.3.2 Gradagem
A gradagem é a operação que complementa ou que completa a aração no preparo do solo,
apresentando como objectivo, destorroar e nivelar o solo, facilitando as operações de
semeadura, tratos culturais e até a colheita de algumas culturas. Além disso, as grades
realizam uma série de outras actividades como a destruição de restos vegetais da cultura
anterior, incorporação de correctivos ou defensivos, Incorporação de adubo e sementes
(semeadura a lanço), destorroamento, eliminação de plantas daninhas em início de
desenvolvimento (gradagem as vésperas da semeadura) (CHAVES,2002).
a) Grades
Segundo FILHO (2012), grades são usadas na operação de gradagem do solo que
complementa ou que completa a aração no preparo primário do solo, apresentando como
objectivo, destorroar e nivelar o solo, facilitando as operações de semeadura, tratos culturais e
até a colheita de algumas culturas.
Além disso, as grades realizam uma série de outras actividades:
Destruição de restos vegetais da cultura anterior;
Incorporação de correctivos ou defensivos;
Incorporação de adubo e sementes (semeadura a lanço)
Segundo CASTRO (1995), envolve uma ou mais arações e duas ou mais gradagens.
Através do preparo convencional do solo, camadas sub-superficiais compactadas podem ser
formadas gradativamente pelas operações de preparo feitas sempre na mesma profundidade.
A cada passada pelo solo, de um implemento qualquer de preparo, provoca a compactação de
uma fina camada, podendo ser agravada pelo excesso de humidade no momento da operação.
Ainda de acordo com o mesmo autor, se o implemento estiver regulado sempre na mesma
profundidade, esta camada, aos poucos vai ficando tão densa, que acaba dificultando a
infiltração de água no solo e a penetração de raízes, reduzindo o desenvolvimento da planta.
A gradagem é uma prática que destorroa, pulveriza, nivela e assenta o solo, destruindo as
ervas daninhas, picando ou cortando os restos de cultura, sendo seu uso recomendado para
terras mais duras e sujas, devendo ser executada em nível (GALETI, 1988). Tem vantagens
por, Fazer bom controlo de inços, Deixar o solo com boa aeração na camada arada, Deixa o
solo bem destorroado para o plantio das sementes e Permite controlar melhor algumas pragas.
As Desvantagens residem em O solo fica descoberto de palhas, Aumenta a erosão, Formação
de camada superficial compactada (crosta superficial),Formação de camada sub-superficial
compactada (‘Pé-de-grade’ ou ‘Pé-de-arado’),Maior perda de água do solo, Maior amplitude
térmica no interior do solo (GALETI, 1988).
III METODOLOGIA
3.1 Caracterização da área de estudo
Figura no:3 Layout de uma parcela, demostração de casuazilacao de 3 trincheiras e de 3 seccoes de 5 pontos
para Rp
Foram retidas amostras de campo para descrição das suas granulometria, distribuição de
tamanhos de agregados, porosidade, densidade, humidade volumétrica, pH, salinidade, e
medições de campo para resistência penotrométrica.
3.5.3.1 Granulometria
Foi determinada com base no método da pipeta descrito pela American Society of
Agronomy(1985).
Princípio
Baseia-se na velocidade de queda das partículas que compõem o solo. Fixa-se o tempo
para o deslocamento vertical na suspensão do solo com água, após a adição e agitação de um
Procedimento
Coloca-se 3 amostras 10,0 g de massa solo (húmido) que serão usadas para medir
humidade, sedimentação e a outra para reserva caso seja necessário repetir umas das medições
(humidade ou sedimentação).
A amostra de 10,0 g de solo reservada a medição de humidade foi levada ao forno para
um período de secagem em a uma temperatura de 105 oC até obtenção de um peso constante
(normalmente por 24 horas ou mais) para obter o teor de água.
A amostra de sedimentação foi colocada em copo plástico de aproximadamente 250 mL
de volume. Com auxílio de uma proveta mede-se 100 mL de água ao qual são adicionados 10
mL de solução de hexametafosfato de sódio 5% concentrada (50 g hexametafosfato em 1,0
litro de água destilada), agitou-se e deixa-se em repouso durante uma noite.
Na manha seguinte transfere-se o conteúdo para copo metálico do agitador eléctrico
“drink mixer” com o auxílio de um jato de água, deixando o volume em torno de 300 mL.
Coloca-se o copo no agitador e procedesse à agitação durante 10 minutos. Passa-se o
conteúdo através de um funil para uma proveta de 1000 mL (cilindro de sedimentação) até
Completar o volume do cilindro até o aferimento, com o auxílio de uma pisseta.
Foi feito um prévio aquecimento de água a ser usada para completar os 1000 mL no
cilindro que deve estar a mesma temperatura do tanque em que vai se dar a sedimentação. É
colocada um dia (24 horas) antes no tanque de sedimentação, mantida com aquecimento com
auxílio de um termóstato para manter a sua temperatura, e uma termómetro para garantir a
temperatura igual a do ambiente de sedimentação que é de 32 0C.
Após a transferência a suspensão foi levada ao tanque de sedimentação com temperatura
32 0C + 1 oC obtida por meio de aquecimento e verificada pelo termómetro. Agita-se a
suspensão durante 20 segundos com um bastão, tendo este, na sua extremidade inferior, uma
tampa de plástico contendo vários furos para deslocação das partículas dentro do cilindro.
Valor em (mL)
Massa das partículas (mg) = Massa amostra (mg) - [( ) *18] (equação no:1)
27
Onde:
18 – Peso de sais (mg) em 27 mL da solução de prova ou em branco
27 – Volume (mL) usado para aferir o peso dos sais na solução da suspensão
Massa da amostra (g) = Petri dish com solo (g) - Petri dish sem solo (g) (equação no:2)
Procedimento
Colectou-se amostra em cada parcela de 10 em 10 cm até a profundidade de 40 cm.
Pesou-se 25 g da amostra na condição de humidade natural das camadas de 0 - 10 cm, 10 - 20
cm, 20 - 30 cm e 30 - 40 cm de todas as parcelas com 3 repetições para cada camada por
parcela. Usou um agitador de peneiras (Sieve shaker) com um lance de 5 peneiras do jogo de
peneiras de 2; 1; 0,5; 0,25; 0,125 mm de malha e de 20 cm de diâmetro. Ligou-se o agitador e
deixou-se por 5 minutos com vibrações contínuas e de aproximadamente 2,0 mm( indicados
pelo controladoe de amplitude da maquina) de amplitude vertical constante.
Retirou-se o conjunto e pesou-se as peneiras com os agregados retidos em cada peneira e
fez-se a diferença com o peso conhecido de cada peneira sem solo.
A distribuição de tamanho dos agregados foi calculada por peneira pelas seguintes as
equações:
msolo=mp.c.s-mp.s.s (equação no:6)
Onde:
msolo - massa do solo retido na peneira (g)
Onde:
Pr = percentagem de solo retido por Peneira (%)
25 – Massa total da amostra de solo em gramas colocado no jogo de peneiras
Procedimento
Para a determinação do valor da resistência penetrométrica usou-se penetrómetro de
velocidade constante 1m de altura com diâmetro do cone de 0,0128068 m, cujas leituras
foram feitas em cada 10 cm de profundidade num intervalo de 0 a 70 cm obtendo-se leituras a
partir do ponto zero (superfície do solo) que representa a resistência inicial a penetração. O
penetrómetro e acoplado a uma balança que regista o peso em função da profundidade de
forma continua, sendo que é exercida uma velocidade e força constante pelo operador e
verificação contínua do registador.
A resistência penetromética foi registada em três secções em cada parcela amostral foram
efectuadas cinco leituras em cada secção. Foram retiradas amostras de solo para determinar as
condições de humidade em que foram feitas amostragens, que foram submetidas a estufa a
105 oC até massa constante para determinar humidade (teor de água no solo).
A resistência penetrométrica foi calculada pelas seguintes as equações:
F = m*g (equação no:8)
Onde:
F = força (N)
m = massa (kg)
g = aceleração de gravidade que vale 9,81 m/s2
Onde:
Rp = resistência penetrométrica (N/m2)
F = força (N)
A = área (m2)
3.5.3.4 Densidade
Principio
Consiste na relação entre a massa e o volume real, considerando os volumes da matriz
sólida e da porosidade total (g/cm3 ou Mg/m3).
Procedimento
Colectou-se amostras nas 4 parcelas em três sítios diferentes por parcela, onde foram
feitas trincheiras de 40 cm de profundidade e retiradas amostras de 10 em 10 cm com recurso
cilindro de aço com o diâmetro médio 0,06835 m e de altura media 0,066898 m medições
feitas usando paquímetro. Introduziu-se o cilindro no solo e foram aplicados golpes para que o
mesmo se deslocasse-se de forma vertical ao longo do perfil, foi dimensionado de maneira
que a amostra fosse retirada do centro de cada camada de 10 cm e teve-se o cuidado para não
criar agitação do solo no momento da colecta de forma a não deformar as amostras. As
amostras colectadas foram levadas laboratório improvisado (em casa) para depois serem
submetidas secagem em forno. Foram colocadas em latas de sardinha de peso conhecido e
enumeradas segundo a profundidade, colocadas no forno a uma temperatura de 105 0C por um
período superior a 24 horas até que a sua perda de massa das amostras pela acção da
temperatura fosse constante.
A densidade foi calculada segundo a equação:
𝑚s
𝛿g = (equação no:10)
𝑉
Onde:
𝛿𝑔 = Densidade Global (Mg/m3)
Onde:
P = porosidade (%)
2,650 = Densidade das partículas, a maioria dos solos do mundo apresenta densidade das
partículas igual a 2,650 Mg/m3 e os solos de Moçambique também.
100 = Constante para a transformação da porosidade em unidade percentual.
(𝑑 − 𝑎)
Massa seca antes de transferir a maior parte a lata= (1 + humidade no dia de secagem) (equação no:14)
Onde:
θg - humidade gravimétrica (g/g)
a = massa dum plástico(g)
b = massa da lata(g)
c = massa húmida do solo removido do plástico no dia de secagem (g)
d = massa húmida no plástico no dia de secagem(g)
e = massa húmida (na lata) do solo removido do plástico no dia de secagem(g)
f = massa seca (na lata) do solo removido do plástico(g)
Nota: Neste trabalho ouve um pequeno erro de procedimento ao não se ter em conta o
parâmetro “e” (massa húmida do solo removido do plástico no dia de secagem), foi
considerada a massa húmida do solo removido do plástico no dia de secagem igual
massa húmida do solo removido do plástico no dia de secagem + massa da lata.
Onde:
𝛿g - Densidade do solo (g/cm³)
θg - humidade gravimétrica (%)
θv - humidade volumétrica (%)
Densidade da água considera-se 1 g/g
3.5.4.1 Salinidade
Principio
É a concentração de sais solúveis no solo, avaliada pela condutividade eléctrica do estrato
do solo saturado para a determinação do nível de sais existentes no solo. Foi datravés do
método proposto por RICHARDS (1954) referenciado por MAITE (2015).
Procedimento
A medicação foi feita em cada camada onde colectou-se 3 amostras por camada em
diferentes trincheiras dentro de cada parcela, sendo as camadas avaliadas de 10 em 10 cm até
a profundidade de 40 cm, com recurso a um cilindro de densidade foram colectadas as
amostras. No laboratório improvisado (em casa) foi feito subamostras introduzidas num
plástico. Fez-se uso do instrumento chamado EXTECH (metro) bem calibrado para as
definições M 1413 µS/cm e H 12.88 mS/cm, para calibração em dois níveis (médium e high).
Misturou-se as subamostras o solo até ficar homogéneo, com ajuda de um seringa cortado
extraiu-se amostras de solo e água destilada na proporção de 1:5, uma unidade de solo para
cinco de água destilada. Colocou-se 4 mL de solo para 20 mL de água destilada, introduziu-se
num plástico pequeno agitando por 10 minutos e repousar 5 minutos, usou-se água destilada,
retirou-se a amostra do plástico e introduzido num recipiente para medição da condutividade
eléctrica (CE5) de 1:5, tomando-se como referencia o primeiro valor de leitura.
A equação usada para cálculo de condutividade eléctrica do estrato saturado (CEe) é:
5 𝐶𝐸
𝐶𝐸e = −0,1893 + 3,031 ∗ 1000 (equação no:16)
Onde:
CEe = condutividade eléctrica do extracto de solo saturado dado em mS/cm
CE5 = condutividade eléctrica da suspensão de solo em água destilada na proporção 1:5 dado
em µS/cm
-0,1890; 3,031 = coeficientes para determinação CEe
1000 = constante para a redução de unidades de µS/cm para mS/cm
3.5.4.2 pH
Principio
4.1.1. Granulometria
Tabela no: 3 – Resultado de granulometria por sedimentação do solo de Pambara-2 para os 4
tratamentos, profundidade 0 – 20 cm.
Área Profundidade (cm) Argila+silte Argila (%) Silte (%) Areia (%)
(%)
Floresta 0 -20 11,4 10,5 0,9 88,6
20-40 13,3 11,9 1,4 86,7
180-200 18,6 18,0 0,6 81,4
Tracção 0-20 12,5 9,5 2,9 87,5
animal 20-40 16,1 14,8 1,2 83,9
180-200 20,2 18,8 1,4 79,8
1 Aração 0 -20 12,5 10,7 1,8 87,5
20-40 12,5 10,3 2,1 87,5
180-200 18,5 18,0 0,5 81,5
Aração + 0-20 12,5 11,2 1,3 87,5
gradagem 20-40 16,2 16,0 0,1 83,8
180-200 12,2 11,1 1,0 87,8
105
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Floresta Tracção animal 1 Aração Aração + gradagem
4.1.2 pH
Tabela no: 4 - pH do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos, período seco (agosto de 2015)
Floresta pH (com água destilada)
Profundidade (cm) 1 2 3
0-10 6,85 6,82 7,59
10-20 6,65 6,8 7,11
20-30 6,62 7,05 6,75
30-40 6,58 697 6,74
Tracção animal pH (com água destilada)
Profundidade (cm) 1 2 3
0-10 6,54 6,44 7,51
10-20 6,5 6,15 7,13
20-30 6,52 6,34 6,97
30-40 6,24 6,25 6,63
1 Aração pH (com água destilada)
Profundidade (cm) 1 2 3
0-10 7,16 7,71 6,96
10-20 6,76 7,27 6,66
20-30 6,75 7,27 6,79
30-40 6,55 7,23 6,93
Aração + gradagem pH (com água destilada)
Profundidade (cm) 1 2 3
0-10 6,45 6,82 6,78
10-20 6,26 7,08 6,82
20-30 6,43 6,56 6,76
30-40 6,35 6,64 6,95
4.1.3 Salinidade
Tabela no: 5 - salinidade do solo de Pambara-2 para os 4 tratamentos, período seco (Agosto de
2015)
Floresta Condutividade CE5 (µS/cm) Salinidade CEe (mS/cm)
Profundidade (cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0-10 17,3 14,3 31,8 21,13 -0,1368 -0,14596 -0,0929 -0,13≈ 0
10-20 10,4 7 12,8 10,07 -0,1577 -0,16808 -0,1505 -0,16≈ 0
20-30 7,5 8 5,4 6,97 -0,1665 -0,16505 -0,1729 -0,17≈ 0
30-40 6,6 2,1 1,2 3,3 -0,1693 -0,18293 -0,1856 -0,18≈ 0
Tracção animal Condutividade CE5 (µS/cm) Salinidade CEe (mS/cm)
Profundidade (cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0-10 22,8 17,5 53,4 31,23 -0,1201 -0,1362 -0,0274 -0,09≈ 0
10-20 9,4 12,5 11,5 11,13 -0,1608 -0,1514 -0,1544 -0,16≈ 0
20-30 3 7 14,7 8,23 -0,1802 -0,1680 -0,1447 -0,16≈ 0
30-40 3,8 4,2 7,3 5,1 -0,1777 -0,1765 -0,1671 -0,17≈ 0
1 Aração Condutividade CE5 (µS/cm) Salinidade CEe (mS/cm)
Profundidade (cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0-10 19 28,2 13,4 20,2 -0,1317 -0,1038 -0,1486 -0,13≈ 0
10-20 15 14,3 5,5 11,6 -0,1438 -0,1459 -0,1726 -0,15≈ 0
20-30 5,3 5,8 1,9 4,33 -0,1732 -0,1717 -0,1835 -0,18≈ 0
30-40 4,2 5,9 1,5 3,87 -0,1765 -0,1714 -0,1847 -0,18≈ 0
Aração+gradagem Condutividade CE5 (µS/cm) Salinidade CEe (mS/cm)
Profundidade (cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0-10 16,2 24,1 16,8 19,03 -0,1402 -0,1162 -0,1383 -0,13≈ 0
10-20 41,4 18,8 16,6 25,6 -0,0638 -0,1323 -0,1389 -0,11≈ 0
20-30 5,5 8,8 4,9 6,4 -0,1726 -0,1626 -0,1744 -0,17≈ 0
30-40 3 6,6 11,6 7,07 -0,1802 -0,1693 -0,1541 -0,17≈ 0
Densidade (Mg/m3)
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6
ns
ns
0 - 10
Profundidade (cm)
ns
ns
ns
ns
10 - 20.
ns
ns
4.1.5 Porosidade
ns
ns
0 - 10
Profundidade (cm)
ns
ns
ns
ns
10 - 20.
ns
ns
a
b
0-10
c
Profundidade (cm)
a'
b'
10-20.
c'
c'
10 aabc
20 aaab
Profundidade ( cm )
30
40
50
60
70
80
Area de Floresta area de tracao animal Area de 1 aracao Area de gradagem
Figura no: 8 – Gráfico de Resistência penetrométrica. As barras indicam valores de desvio padrão de 15
pontos em cada tratamento. As linhas tracejadas indicam valores de médias que incluem valores individuais
acima do limite humano. As médias seguidas pela mesma letra na mesma linha, não diferem significativamente
pelo teste de Duncan a 5%.
Camada 0-10 cm
Gradagem
1 Aração
Tracção animal
Floresta
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105
Agregado retido (%)
Camada 10-20 cm
Gradagem
1 Aração
Tracção animal
Floresta
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105
Agregado retido (%)
4.2 Discussão
4.2.2 Granulometria
Os resultados da tabela 3 representam a medição de granulometria com uso de pipete,
foram feitas interpolações no triângulo textural proposto por Atterberg/ISSS, na Profundidade
0 – 20 cm os resultados todos concordaram para um solo Franco-arenoso (sandy loam).
Relativamente a granulometria de um tratamento para outro esta característica mantem-se
prevalecendo os elevados volumes de areia face a argila e silte, Sendo para todos tratamentos
a areia encontra-se acima dos 80 %, argila no intervalo dos 10 a 18 % e a silte com valores
não superiores a 2,9 %, o solo tem tendências arenosas.
Este parâmetro permite afirmar que, o estudo apresenta que a granulometria para todos os
sistemas de uso é o mesmo, o que permite predizer que as diferenças entre os sistemas para os
atributos analisados, são devidas ao sistema de uso do solo e não às diferenças relativas a
textura em virtude de as unidades terem granulometrias diferentes, em toda área que constitui
o campo experimental.
4.2.3 pH
Os resultados para pH foram só medidos com recurso a água destilada por a medição
apresentar consistência em seus resultados em todos tratamentos.
Para os 4 tratamentos os resultados foram muitos próximos um dos outros tendo como
mínimo 6,24 e máximo 7,71, evidencia que as parcelas foram semelhantes antes de
tratamentos e que diferencias em outras propriedades entre parcelas foram devido
principalmente aos tratamentos, e não provavelmente devido a diferencias anteriores entre
parcelas.
Os resultados revelam um equilíbrio de valores com uma tendência de serem maiores nas
camadas superiores e baixando gradualmente com a profundidade.
Para aração+gradagem os valores variam de 6,26 a 7,08 são solos sem grandes variações
de pH com tendência a serem neutros o que favorece a prática agrícola, se caso se solicitar-se
não é difícil a correcção para maior acidez ou alcalinidade. Para camada 0 - 20 cm o pH
apresenta tendência a estar próximo do 7.
A área de 1 aração seus valores variam entre 6,55 a 7,71, é onde se observa o valor
individual mais alto de pH que se observa na camada de 0 - 10 cm, mas tem tendência de
baixar com a profundidade. Apesar de ser o valor mais alto não foge a tendência de outras que
e de os valores serem próximos a umas características de neutralidade do solo.
Na área de tracção animal os valores variam entre 6,24 e 7,51, onde temos o valor mais
baixo para todas áreas que se observa na camada de 30 - 40 cm, é área com pH neutro. Para
camada 0-20 cm o solo tem tendências a ter um pH neutro.
A área de floresta tem os seus limites de pH entre 6,58 a 7,59, observado o mais alto na
camada de 0 - 10 cm e mínimo na camada de 30 - 40 cm, sendo testemunha vem dar mas
enfâse de que é uma tendência de o pH baixar com a profundidade, e que o pH tende a ser
neutro ao longo de todo perfil em estudo.
Em geral, quando se realiza preparos contínuos o solo se desgasta, o que dá origem à
acidez mas para camada de 0 - 20 cm deste solo não se verificou esta tendência.
A faixa ideal de pH para o desenvolvimento das plantas é de 6,0 a 6,5 o que na camada de
0-20 cm não se observa efectivamente estando os valores na casa dos 6,5 a 7. O que não tira
os méritos qualitativos do solo, pela proximidade que esta do ideal pode proporcionar ainda
proporcionar bom desenvolvimento de plantas.
4.2.4 Salinidade
As mostras de salinidade concordaram para os 4 tratamentos o solo e não salino, o solo é
considerado salino quando apresenta condutividade eléctrica superior a 4 mS/cm.
Os resultados de salinidade aproximam-se a 0 mS/cm, não obstante não ser salino o solo
verificou um acúmulo maior de solo na camada de 0 - 10 cm, e vai diminuindo ao longo do
perfil.
Os valores mais elevados de condutividade eléctrica foram observados nas camadas
superiores o que pode-se dever a época em que foram estas as medições, período seco em que
a mais evaporação nas camadas mas expostas, consequente acumulo de sais.
As áreas de aração+gradagem e tracção animal apresentaram os maiores valores para
condutividade eléctrica. Tendo em conta que são as áreas que a mais foram trabalhadas
relativamente a maquinaria usada para o preparo do solo nestas áreas podem ter ocorrido que
interferem que contribuem em alterações dos níveis grau de sais, se termos como testemunha
floresta que representa as condições naturais do solo.
Normalmente neste solo os valores tem tendência a baixar com a profundidade mas
ocorreu na amostra 1 da condutividade na área de aração+gradagem que o valor da cama 0 -
10 cm e menor que 10 - 20 cm, possivelmente devido a presença de algum resto vegetal da
sementeira anterior, ou resto de um animal morto ai depositado anterior ao estudo ou fruto da
reviragem do solo. Esta amostra em particular oi repetida 3 vezes para averiguar e o resultado
manteve-se muito bom.
Na camada de 10 - 20 cm o valor tende a ser o mesmo 10,1 a 11,7 µS/cm excepto na área
aração+gradagem em que devido a variação da variação explicada no ponto anterior o valor e
de 25,5 µS/cm.
A maior condutividade eléctrica de 0 - 10 cm foi para área de tracção animal e de 10 - 20
cm para área de aração+gradagem.
4.2.6 Porosidade
Considerados os resultados na tabela no:5, não se apresentaram diferenças significativas (p
< 0,05) entre os diferentes tratamentos relativamente a porosidade total e tendo em conta a
área de floresta (testemunha) é possível denotar que trabalhos de mobilização do solo tem
tendência a aumentar o volume de vazios, com enfâse para os tratamentos com uso
maquinaria mecanizada.
É tendência em todos tratamentos a diminuição da porosidade em relação a profundidade.
Área de aração + gradagem apresenta maior porosidade nas duas camadas avaliadas com
cerca de 50 % sendo ocupada pelo volume de vazios.
Área de 1 aração e área de aração + gradagem que são as que fazem uso de meios de
mecanização tem maiores valores absoltos de volume de vazios, o que revela que maior seja a
mobilização mais espaços vazios haverão relativamente a porosidade total.
Figura no: 12 – Formas de movimento do solo pela acção do vento em função do tamanho
de partículas.
Fonte: Hudson (1971)
sido causado pela presença de restos de animais ou esterco bovino nesses locais, o que causou
desvio de tendência que teve interferência nos resultados finais.
Para camada de 10 - 20 cm para partículas > 2 mm e 2 mm - 1 mm respectivamente, a
única área que apresentou diferença significativa (p < 0,05) foi a de aração+gradagem em
relação a outra, onde teve menor valor absoluto das quantidades retidas o que pode
representar menor tamanho dos agregados nesta área, factor que pode ser interpretado como
consequência da actividade de máquinas mais intensa que diminuiu o tamanho dos agregados.
Para profundidade de 10 - 20 cm na peneira de particilas 0,500 mm - 0,250 mm os
tratamentos floresta e tracção animal não têm diferenças entre si, mas a tracção animal não
tem diferenças significativas face a 1 aração, com mesmo quero dizer que a tracção anima
pode representar o intermédio em termos de retenção neste peneiro em relação aos
tratamentos floresta e 1 aração, enquanto aração+gradagem difere significativamente face a
todos outros tratamentos nas mesmas condições do parágrafo anterior.
Para partículas de 0 - 0,125 mm verificou-se que para o tratamento aração+gradagem tem
maior percentual de retidos em relação aos outros tratamentos, o que substância a afirmação
de que maior parte dos agregados sofre com uso de muita maquinaria o que reduziu e muito o
tamanho dos agregados nesta área.
Segundo Lima (2008), uso solo com intensidade pode conduzir, processos erosivos se
instalaram na área de aração+gradagem com tendência de evoluírem, pois embora os índices
de estabilidade de agregados revelem agregados estáveis em função da sua boa distribuição,
essa agregação não tem sido satisfatória para proteger o solo contra a erosão hídrica.
Segundo Llerme (2011), em estudo num solo semelhante conclui que os sistemas de
manejo do solo com lavoura favorecem a formação de agregados de maior tamanho,
especialmente na formação de macroagregados.
De modo geral, os solos de mata nativa, baixo mobilização, apresentaram elevados índices
de diâmetro de agregados. O sistema aração e aração+gradagem, em norma também
apresentam menores valores agregação do solo, proporcionados pelo revolvimento periódico
do solo, que provoca a ruptura dos agregados presentes do solo e intensifica o processo de
mineralização dos compostos orgânicos do sol o, desfavorecendo a formação e a estabilidade
dos agregados do solo.
V. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusão
Pelas evidências disponíveis, o solo tem como classificação pelo método brasileiro
(EMBRAPA,2006) latossolo vermelho eutroférrico típicos e pela metodologia Americana
(USDA,1999) trata-se de um ustox e quanto a sub ordens typic eutrustox, quanto a
Granulometria para os 4 tratamentos na Profundidade 0 – 20 cm os resultados concordaram
para um solo Franco-arenoso (sandy loam).
Para os 4 tratamentos os resultados de pH foram muitos próximos um dos outros tendo
como mínimo 6,24 máximo 7,71, os resultados revelam um equilíbrio de valores com uma
tendência de serem maiores nas camadas superiores e baixando gradualmente com a
profundidade.As mostras de salinidade concordaram para os 4 tratamentos o solo e não salino,
e os resultados de salinidade aproximam-se a 0 mS/cm, apesar de não ser salino o solo
verificou um acúmulo maior de solo na camada de 0 - 10 cm
Em relação aos resultados e comparação dos parâmetros físicos a densidade media
para camada 0 - 20 cm é de 1,42 Mg/m3, e não existem diferençadas significativas entre os
tratamentos. Não se apresentaram diferenças significativas entre os diferentes tratamentos
relativamente a porosidade total, mas é possível notar que trabalhos de mobilização do solo
tem tendência a aumentar o volume de vazios. A humidade reduz com a maior mobilização do
solo, quanto mais intensa for e com uso de maquinaria pesada demostram tendência a reduzir
a retenção natural (humidade) de água pelo solo com números que chegam a uma redução de
cerca de 50%. A resistência penetromética segue a mesma tendência da humidade com
redução de resistência a penetração mais acentuada para os tratamentos 1 aração e
aração+gradagem, ambos sofrem reduções acentuadas em relação a floresta (testemunha). Na
distribuição de tamanhos diferenças significativas (p <0,05) de retenção de agregados entre
peneiros foram possível notar na camada de 0 - 10 cm só para partículas de 0 - 0,l25 mm, para
camada de 10 - 20 cm diferenças significativas (p <0,05) de retenção de agregados entre
peneiros foram possíveis notar para partículas de 2 - 1 mm, 1 - 0,5 mm, 0,5 - 0,250 mm, 0,250
- 0,125 mm, 0,125 – 0 mm. Os tratamentos aração e aração+gradagem onde houve mais
mobilização do solo quanto ao tamanho de agregados apresentaram menores tamanhos de
partículas em relação Floresta e tração animal. A distribuição de tamanho de agregados
indica que possivelmente o solo tem origem em outro lugar e pela acção do vento e foram
5.2. Recomendações
Aos investigadores
A continuação de pesquisas deste género em outras vertentes de análise do mesmo
solo, tais como a análise mais detalhada da classificação, análise de propriedades químicas e
as componentes de produção agrícola associadas ao solo de Pambara-2.
Estudos do mesmo género são precisos para adicionar dados de tratamentos de mais
que um ano de duração para saber efeitos de tratamentos prolongados
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Apêndices
&
Anexos
Área de floresta
Massas secas (g) Densidade em Mg/m3
Prof.(cm) 1 2 3 1 2 3 Media (Mg/m3)
0 - 10 333.77 396.79 348.51 1.359776 1.616518 1.419826 1.465373
10 - 20 352.03 353.34 372.7 1.434167 1.439504 1.518376 1.464015
20 - 30 336.34 347.7 368.1 1.370246 1.416526 1.499636 1.428803
30 - 40 343.2 344.13 368.25 1.398193 1.401982 1.500247 1.433474
Área de 1 aração
Massas secas (g) Densidade em Mg/m3
Prof.(cm) Media
1 2 3 1 2 3 (Mg/m3)
0 - 10 297.17 321.26 329.39 1.210668 1.30881 1.341932 1.287136
10 - 20 307.8 406.59 323.43 1.253974 1.656444 1.317651 1.409356
20 - 30 358.26 307.6 351.4 1.459548 1.253159 1.4316 1.381436
30 - 40 354.85 356.09 350.81 1.445655 1.450707 1.429196 1.441853
I
Teste de Anova
0 – 10 cm
Origem da variação g.l SQ QM F cal F (0.05)
Tratamento 3 0.074091 0.024697 4.034321 4.07 ns
Erro 8 0.048974 0.006122
Total 11 0.123065
Não tem diferença significativa entre Tratamentos
10 – 20 cm
Área de floresta
Prof.(cm) VAR sd CV CV %
0 - 10 0.012023 0.109651 0.074828 7.482827
10 - 20 0.001482 0.0385 0.026298 2.629785
20 - 30 0.002866 0.053532 0.037466 3.746614
30 - 40 0.002232 0.047241 0.032955 3.295543
Área de 1 aração
Prof.(cm) VAR sd CV CV %
0 - 10 0.003107 0.055737 0.043303 4.330285
10 - 20 0.031202 0.176641 0.125334 12.53342
20 - 30 0.008358 0.09142 0.066177 6.617743
30 - 40 8.43E-05 0.009184 0.00637 0.636963
II
Apêndice no 2: Resultados & distribuição de tamanho de agregados
Camada 0 - 10 cm
Área Floresta
Área 1 Aração
Peneiras Camada 0-10 cm
(mm) 1(g) 2(g) 3(g) Media (g) 1 - % 2-% 3-% Media %
2 0.11 0.38 0.13 0.206667 0.44 1.52 0.52 0.826667
1 0.17 0.45 0.39 0.336667 0.68 1.8 1.56 1.346667
0.5 0.52 0.9 0.95 0.79 2.08 3.6 3.8 3.16
0.25 0.14 0.15 9.63 3.306667 0.56 0.6 38.52 13.22667
0.125 21.35 21.02 11.98 18.11667 85.4 84.08 47.92 72.46667
Fundo 2.79 2.14 2.01 2.313333 11.16 8.56 8.04 9.253333
Totais 25.08 25.04 25.09 25.07 100.32 100.16 100.36 100.28
III
Área Gradagem
Peneiras Camada 0-10 cm
(mm) 1(g) 2(g) 3(g) Media (g) 1 - % 2-% 3-% Media %
2 0 0 0.02 0.006667 0 0 0.08 0.026667
1 0.04 0.04 0.04 0.04 0.16 0.16 0.16 0.16
0.5 0.29 0.26 0.28 0.276667 1.16 1.04 1.12 1.106667
0.25 5.92 5.77 6.05 5.913333 23.68 23.08 24.2 23.65333
0.125 15.11 15.54 15.14 15.26333 60.44 62.16 60.56 61.05333
Fundo 3.6 3.42 3.49 3.503333 14.4 13.68 13.96 14.01333
Totais 24.96 25.03 25.02 25.00333 99.84 100.12 100.08 100.0133
IV
Peneira de 0.250 mm, 0-10 cm
Fundo 0-10 cm
V
Pares de média Cálculo de diferença N. de posições di Diferença seg.
T4-T1 1.383333333 4 0.640516 Sim
T4-T3 1.19 3 0.625749 Sim
T4-T2 0.403333333 2 0.601752 Não
T2-T1 0.98 3 0.625749 Sim
T2-T3 0.786666667 2 0.601752 Sim
T3-T1 0.193333333 2 0.601752 Não
Resumo
T4 3.5 a
T2 3.1 a
T3 2.31 b
T1 2.12 b
Camada 10 - 20 cm
Área floresta
Peneiras Camada 10 - 20 cm
(mm) 1(g) 2(g) 3(g) Media(g) 1 - % 2 - % 3-% Media %
2 0.1 0.14 0.27 0.17 0.4 0.56 1.08 0.68
1 0.44 0.28 0.33 0.35 1.76 1.12 1.32 1.4
0.5 0.66 0.65 0.63 0.646667 2.64 2.6 2.52 2.586667
0.25 9.58 8.97 9.42 9.323333 38.32 35.88 37.68 37.29333
0.125 12.18 12.46 12.15 12.26333 48.72 49.84 48.6 49.05333
Fundo 2.03 2.53 2.13 2.23 8.12 10.12 8.52 8.92
Totais 24.99 25.03 24.93 24.98333 99.96 100.12 99.72 99.93333
VI
Área 1 Aração
Peneiras Camada 10 - 20 cm
(mm) 1(g) 2(g) 3(g) Media(g) 1 - % 2-% 3-% Media %
2 0.13 2.06 0.4 0.863333 0.52 8.24 1.6 3.453333
1 0.13 0.27 0.2 0.2 0.52 1.08 0.8 0.8
0.5 0.41 0.65 0.47 0.51 1.64 2.6 1.88 2.04
0.25 8.48 8.19 8.68 8.45 33.92 32.76 34.72 33.8
0.125 13.52 11.83 13.38 12.91 54.08 47.32 53.52 51.64
Fundo 2.39 2.07 2.29 2.25 9.56 8.28 9.16 9
Totais 25.06 25.07 25.42 25.18333 100.24 100.28 101.68 100.7333
Área Gradagem
Peneiras Camada 10 - 20 cm
(mm) 1(g) 2(g) 3(g) Media(g) 1 - % 2 - % 3-% Media %
2 0.01 0.02 0.02 0.016667 0.04 0.08 0.08 0.066667
1 0.03 0.02 0.04 0.03 0.12 0.08 0.16 0.12
0.5 0.37 0.26 0.31 0.313333 1.48 1.04 1.24 1.253333
0.25 6.83 5.8 6.94 6.523333 27.32 23.2 27.76 26.09333
0.125 14.43 15.37 14.52 14.77333 57.72 61.48 58.08 59.09333
Fundo 3.22 3.51 3.13 3.286667 12.88 14.04 12.52 13.14667
Totais 24.89 24.98 24.96 24.94333 99.56 99.92 99.84 99.77333
Peneira de 2 mm, 10 - 20 cm
VII
Peneira de 1mm, 10-20 cm
Tratamentos Medias
T1 0.35
T2 0.293333
T3 0.2
T4 0.03
Resumo
T1 0.35 a’
T2 0.293333 a’
T3 0.2 a’
T4 0.03 b’
VIII
Medias a considerar Amplitude na tabela Sd di
i=4 3.47 0.055 0.19085
i=3 3.39 0.055 0.18645
i=2 3.26 0.055 0.1793
Tratamentos Medias
T1 0.646667
T2 0.636667
T3 0.51
T4 0.313333
Resumo
T1 0.65 a’
T2 0.64 a’
T3 0.51 a’
T4 0.31 b’
IX
Tratamentos Medias
T1 9.323333
T2 9.073333
T3 8.45
T4 6.523333
Resumo
T1 9.32 a’
T2 9.07 ab’
T3 8.45 b’
T4 6.52 c’
X
Tratamentos Medias Tratamento Media ↓
T1 12.26333 T4 14.77333
T2 12.46667 T3 12.91
T3 12.91 T2 12.46667
T4 14.77333 T1 12.26333
Resumo
T4 14.77333 a’
T3 12.91 b’
T2 12.46667 b’
T1 12.26333 b’
Fundo, 10 - 20 cm
Resumo
T4 3.286667 a’
T2 2.413333 b’
T3 2.25 b’
T1 2.23 b’
XII
Apêndice no 3: Resultados & Cálculos de granulometria
Petri Petri
Massa Massa
dish dish Leitura Valor Massa Massa Massa
Petri da Massa das H seca
sem com marca em amostra Húmida silte e %
N0 amostra partículas(mg) (g/g) agitada
solo solo (mL) (mL) (mg) agitada(g) argila
(g) (g)
(g) (g)
1 45.608 45.653 31.7 25.3 0.045 45 28.13333 0.02732 10 9.734065 1.111989 11.42369
2 41.596 41.645 31.8 25.2 0.049 49 32.2 0.04109 10 9.605318 1.277778 13.30282
3 44.409 44.474 30.4 26.6 0.065 65 47.26667 0.05231 10.06 9.55992 1.776942 18.58742
4 39.776 39.822 32.5 24.5 0.046 46 29.66667 0.030257 10 9.706321 1.210884 12.47521
5 42.235 42.29 32 25 0.055 55 38.33333 0.048433 10 9.538047 1.533333 16.07597
7 51.651 51.716 31.7 25.3 0.065 65 48.13333 0.063849 10.03 9.42803 1.902503 20.17922
8 45.497 45.515 30 27 0.018 18
9 51.139 51.183 30.9 26.1 0.044 44 26.6 0.02732 10 9.734065 1.019157 10.47001
10 46.115 46.163 30.5 26.5 0.048 48 30.33333 0.04109 10 9.605318 1.144654 11.91688
11 53.209 53.268 32.3 24.7 0.059 59 42.53333 0.05231 10.06 9.55992 1.721997 18.01267
12 34.632 34.671 32.5 24.5 0.039 39 22.66667 0.030257 10 9.706321 0.92517 9.531625
13 47.147 47.198 32.5 24.5 0.051 51 34.66667 0.048433 10 9.538047 1.414966 14.83497
14 37.168 37.248 24.2 32.8 0.08 80 58.13333 0.063849 10.03 9.42803 1.772358 18.79881
Área Profundidade (cm) argila+silte (%) Argila (%) Silte (%) Areia (%)
Floresta 0 - 20 11.42369 10.47001 0.953686 88.57631
20 - 40 13.30282 11.91688 1.385937 86.69718
180 - 200 18.58742 18.01267 0.574744 81.41258
Tracção animal 0 - 20 12.47521 9.531625 2.94359 87.52479
20 - 40 16.07597 14.83497 1.241002 83.92403
180 - 200 20.17922 18.79881 1.380411 79.82078
XIII
Petri Petri Massa Massa Massa
Leitura Valor Massa Massa Massa
Petri dish dish da H Húmida seca
marca em amostra das silte e %
N0 sem com amostra (g/g) agitada agitada
(mL) (mL) (mg) partículas(mg) argila
solo (g) solo (g) (g) (g) (g)
1 45.608 45.6574 31.1 25.9 0.0494 49.4 32.13333 0.018653 10.08 9.895422 1.240669 12.53781
2 41.596 41.6459 30.4 26.6 0.0499 49.9 32.16667 0.031483 10 9.69478 1.209273 12.47345
3 44.409 44.4712 31.4 25.6 0.0622 62.2 45.13333 0.051255 10.02 9.531467 1.763021 18.49685
4 39.776 39.827 29.9 27.1 0.051 51 32.93333 0.037797 10.1 9.732154 1.215252 12.48698
5 42.235 42.2917 31.8 25.2 0.0567 56.7 39.9 0.037836 10.12 9.751059 1.583333 16.23755
7 51.651 51.6971 31.6 25.4 0.0461 46.1 29.16667 0.064906 10.05 9.437448 1.148294 12.16742
8
9 51.139 51.1793 33.7 23.3 0.0403 40.3 24.76667 0.018653 10.08 9.895422 1.062947 10.74181
10 46.115 46.1534 34 23 0.0384 38.4 23.06667 0.031483 10 9.69478 1.002899 10.34473
11 53.209 53.26 35.6 21.4 0.051 51 36.73333 0.051255 10.02 9.531467 1.716511 18.00888
12 34.632 34.6853 26.7 30.3 0.0533 53.3 33.1 0.037797 10.1 9.732154 1.092409 11.22474
13 47.147 47.204 31.5 25.5 0.057 57 40 0.037836 10.12 9.751059 1.568627 16.08674
14 37.168 37.213 30.8 26.2 0.045 45 27.53333 0.064906 10.05 9.437448 1.050891 11.13533
Área Profundidade (cm) argila+silte (%) Argila (%) Silte (%) Areia (%)
1 Aração 0 - 20 12.53781 10.74181 1.796004 87.46219
20 - 40 12.47345 10.34473 2.128719 87.52655
180 - 200 18.49685 18.00888 0.487962 81.50315
Aração + 0 - 20 12.48698 11.22474 1.262238 87.51302
gradagem 20 - 40 16.23755 16.08674 0.150813 83.76245
180 - 200 12.16742 11.13533 1.032094 87.83258
XIV
Floresta
Ph2
Ph1 + + Ph + Ps + Ph1 - Ph2 - H20 Perda H20
Profundidade plst plst P.plst P.lata lata lata plst plst H.final P.inicial final de H20 inicial Humidade
0-20 10.82 10.77 0.97 29.89 39.6 39.39 9.85 9.8 0.022105 9.588054 0.211946 0.05 0.261946 0.02732
20-40 10.98 10.9 0.97 29.57 39.34 39.03 10.01 9.93 0.03277 9.614923 0.315077 0.08 0.395077 0.04109
180-200 10.7 10.61 0.97 29.51 39.06 38.67 9.73 9.64 0.042576 9.246325 0.393675 0.09 0.483675 0.05231
Tracção animal
Ph2
Ph1 + + Ph + Ps + Ph1 - Ph2 - H20 Perda H20
Profundidade plst plst P.plst P.lata lata lata plst plst H.final P.inicial final de H20 inicial Humidade
0-20 10.86 10.79 0.97 29.81 39.61 39.39 9.89 9.82 0.022965 9.599551 0.220449 0.07 0.290449 0.030257
20-40 10.79 10.69 0.97 30.2 39.82 39.47 9.82 9.72 0.037756 9.366362 0.353638 0.1 0.453638 0.048433
180-200 10.65 10.53 0.97 28.36 37.9 37.44 9.68 9.56 0.050661 9.099036 0.460964 0.12 0.580964 0.063849
1 Aração
Ph2
Ph1 + + Ph + Ps + Ph1 - Ph2 - H20 Perda H20
Profundidade plst plst P.plst P.lata lata lata plst plst H.final P.inicial final de H20 inicial Humidade
0-20 10.76 10.76 0.97 29.39 39.22 39.04 9.79 9.79 0.018653 9.610732 0.179268 0 0.179268 0.018653
20-40 10.48 10.44 0.97 30.04 39.5 39.25 9.51 9.47 0.027144 9.219736 0.250264 0.04 0.290264 0.031483
180-200 10.36 10.31 0.97 29.16 38.55 38.14 9.39 9.34 0.045657 8.932183 0.407817 0.05 0.457817 0.051255
Aração + Gradagem
Ph2
Ph1 + + Ph + Ps + Ph1 - Ph2 - H20 Perda H20
Profundidade plst plst P.plst P.lata lata lata plst plst H.final P.inicial final de H20 inicial Humidade
0-20 10.58 10.52 0.97 29.99 39.54 39.25 9.61 9.55 0.031317 9.26 0.29 0.06 0.35 0.037797
20-40 10.16* 10.92 0.97 30.01 40 39.7 9.19 9.95 0.03096 9.651201 0.298799 -0.76 -0.4612 0.037836**
180-200 10.65 10.58 0.97 29.25 38.86 38.34 9.68 9.61 0.057206 9.09 0.52 0.07 0.59 0.064906
10.16* - Valor rejeitado, possível erro de redacção não concorda com a tendência dos outros valores a dos outros
0.037836** - Valor assumido em razão da inconsistência dos valores dos dados originais e não tendo como repetições para questões de comparação fez-se
uma análise e o valor desta camada reflecte a média das camadas 0-20 e 180-200 e fez-se uma média para extrapolar uma valor próximo do que seria correcto.
XV
Apêndice no 4: Resultados & Cálculos de humidade volumétrica
Área de floresta
δg (g/cm3) θg (g/g) θv (cm3/cm3)
Profundidade(cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0 - 10 1.359776 1.616518 1.419826 1.465373 0.03036 0.027333 0.032345 0.030013 0.044488 0.040053 0.047398 0.04398
10 - 20 1.434167 1.439504 1.518376 1.464015 0.03612 0.037488 0.036079 0.036562 0.052881 0.054882 0.05282 0.053528
20 - 30 1.370246 1.416526 1.499636 1.428803 0.041881 0.047642 0.039812 0.043112 0.059839 0.068071 0.056884 0.061598
30 - 40 1.398193 1.401982 1.500247 1.433474 0.041856 0.048182 0.042423 0.044154 0.059999 0.069068 0.060812 0.063293
Área de 1 aração
δg (g/cm )
3
θg (g/g) θv (cm3/cm3)
Profundidade(cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0 - 10 1.210668 1.30881 1.341932 1.287136 0.014926 0.014781 0.02217 0.017293 0.019212 0.019025 0.028536 0.022258
10 - 20 1.253974 1.656444 1.317651 1.409356 0.02196 0.026434 0.024903 0.024433 0.03095 0.037255 0.035098 0.034434
20 - 30 1.459548 1.253159 1.4316 1.381436 0.028994 0.038087 0.027637 0.031573 0.040054 0.052614 0.038178 0.043615
30 - 40 1.445655 1.450707 1.429196 1.441853 0.034164 0.043392 0.030242 0.035933 0.04926 0.062565 0.043604 0.05181
Área de gradagem
δg (g/cm3) θg (g/g) θv (cm3/cm3)
Profundidade(cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0 - 10 1.272633 1.263385 1.327306 1.287775 0.015753 0.014213 0.019118 0.016361 0.020286 0.018303 0.02462 0.02107
10 - 20 1.272226 1.285792 1.370653 1.309557 0.023218 0.023536 0.028754 0.025169 0.030405 0.030822 0.037655 0.03296
20 - 30 1.518091 1.200401 1.273611 1.330701 0.030683 0.032859 0.03839 0.033977 0.040829 0.043725 0.051085 0.045213
30 - 40 1.441948 1.454822 1.501387 1.466052 0.037682 0.034728 0.044168 0.038859 0.055244 0.050913 0.064752 0.05697
XVI
Área de tracção animal
Area de floresta
Profundidade(cm) media θg media δg sdθg sd δg VAR (θg*δg) sd(θg*δg)
Área de 1 aração
Profundidade(cm) media θg media δg sdθg sd δg VAR (θg*δg) sd(θg*δg)
0-10 0.017293 1.287136 1.1899E-05 0.003107 6.88032E-06 0.002623
10-20 0.024433 1.409356 3.4465E-06 0.031202 8.48925E-06 0.002914
20-30 0.031573 1.381436 2.15244E-05 0.008358 1.64669E-05 0.004058
30-40 0.035933 1.441853 3.03865E-05 8.43E-05 2.10935E-05 0.004593
Separation 2 3 4
factor 3.927 4.013 4.033
factor * sed 0.006508 0.00665 0.006683
10 -20 cm
pooled s2 Θv sed
4.23547E-06 0.001680372
Separation 2 3 4
factor 3.927 4.013 4.033
factor * sed 0.006599 0.006743 0.006777
XVIII
Apêndice no 5: Resultados & Cálculos de porosidade
Área de floresta
Porosidade Porosidade %
Prof.(cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0 - 10 0.486877 0.389993 0.464217 0.447029 48.68771 38.9993 46.42165 44.70289
10 - 20 0.458805 0.456791 0.427028 0.447541 45.8805 45.67911 42.70279 44.75413
20 - 30 0.482926 0.465462 0.4341 0.460829 48.29261 46.54618 43.40997 46.08292
30 - 40 0.47238 0.47095 0.433869 0.459066 47.23799 47.09501 43.38691 45.90664
Porosidade Porosidade %
Prof.(cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0 - 10 0.471165 0.455008 0.470827 0.465667 47.11654 45.50078 47.08271 46.56668
10 - 20 0.441325 0.472657 0.504096 0.472692 44.13253 47.26566 50.40955 47.26925
20 - 30 0.501282 0.461096 0.468905 0.477094 50.12821 46.10957 46.89055 47.70944
30 - 40 0.449704 0.46128 0.459497 0.456827 44.97039 46.12802 45.94968 45.6827
Área de 1 Aração
Porosidade Porosidade %
Prof.(cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0 - 10 0.543144 0.506109 0.493611 0.514288 54.31443 50.61094 49.36107 51.42882
10 - 20 0.526802 0.374927 0.502773 0.468168 52.68022 37.4927 50.27734 46.81675
20 - 30 0.449227 0.52711 0.459774 0.478704 44.92273 52.71097 45.97736 47.87035
30 - 40 0.45447 0.452563 0.460681 0.455905 45.44697 45.25634 46.06806 45.59046
Área de Aração+gradagem
Porosidade Porosidade %
Prof.(cm) 1 2 3 Media 1 2 3 Media
0 - 10 0.519761 0.523251 0.49913 0.514047 51.97611 52.32509 49.91298 51.40473
10 - 20 0.519915 0.514795 0.482772 0.505828 51.99149 51.47955 48.27724 50.58276
20 - 30 0.427136 0.547018 0.519392 0.497849 42.71355 54.70184 51.93922 49.78487
30 - 40 0.455869 0.451011 0.433439 0.446773 45.58687 45.10106 43.34387 44.67727
XIX
Teste de Anova
0 – 10 cm
10 – 20 cm
Área de floresta
Prof.(cm) VAR sd CV CV%
0 - 10 17.12128 4.137787 0.092562 9.256197
10 - 20 2.110765 1.452847 0.032463 3.246286
20 - 30 4.080663 2.020065 0.043835 4.383544
30 - 40 3.177912 1.78267 0.038833 3.883251
Área de 1 Aração
Prof.(cm) VAR sd CV CV%
0 - 10 4.423748 2.103271 0.040897 4.089674
10 - 20 44.43132 6.665682 0.142378 14.23781
20 - 30 11.90116 3.449806 0.072066 7.20656
30 - 40 0.12011 0.346569 0.007602 0.760178
Área de gradagem
Prof.(cm) VAR sd CV CV%
0 - 10 1.132952 1.064402 0.020706 2.07063
10 - 20 2.70139 1.643591 0.032493 3.24931
20 - 30 26.27379 5.125797 0.102959 10.29589
30 - 40 0.928311 0.963489 0.021566 2.156553
XX
Apêndice no 6: Resultados & Cálculos de Resistência Penetrométrica
Área de Floresta
Área de 1 Aração
XXIV
Área de gradagem
XXV
Análise estatística com 3 médias combinadas
Media Media Sd
Prof(cm) Media 1 Media2 Media 3 total VAR 1 VAR 2 VAR 3 VAR combinado CV CV %
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 #DIV/0! #DIV/0!
10 0 0 0.068539 0.022846 0 0 0.005452 0.001817 0.042629 1.865873 186.5873
20 0.297004 0.060924 0.571162 0.309697 0.080846 0.002668 0.503403 0.195639 0.442311 1.428207 142.8207
30 0.214757 0.182772 0.997629 0.465053 0.016062 0.011251 1.036035 0.35445 0.595357 1.280192 128.0192
40 3.289892 5.330843 2.810116 3.810284 0.532168 0.143829 0.212496 0.296165 0.54421 0.142827 14.28267
50 4.264675 5.330843 3.228968 4.274829 0.039437 0 0.02923 0.022889 0.151291 0.035391 3.539113
60 4.523601 5.330843 3.426971 4.427138 0.052428 0 0.011599 0.021342 0.14609 0.032999 3.299884
70 4.81299 5.330843 3.838207 4.66068 0.068203 0 0.047788 0.038664 0.196631 0.042189 4.218936
XXVI
Anova
Profundidade o cm
Origem da variação g.l SQ QM F cal F (0.05)
Tratamento 3 0.0058 0.001933 1 4.07ns
Erro 8 0.015466 0.001933
Total 11 0.021265
Anova e Duncan
Profundidade 10 cm
T1= Floresta, T2= Bovino, T3= 1 lavoura, T4= gradagem
Cálculo de
Pares de média diferença n. de posições di Diferença seg.
T1-t4 3.886438569 4 1.863593 Sim
T1-t3 2.556266257 3 1.820629 Sim
T1-t2 0.492468375 2 1.750811 Não
T2-t4 3.393970194 3 1.820629 Sim
T2-t3 2.063797881 2 1.750811 Sim
T3-t4 1.330172312 2 1.750811 Não
Resumo
T1 3.909285 a
T2 3.416817 a
T3 1.353019 b
T4 0.022846 c
XXVII
Anova e Duncan
Profundidade 20 cm
T1= Floresta, T2= Bovino, T3= 1 lavoura, T4= gradagem
Cálculo de
Pares de média diferença n. de posições di Diferença seg.
T2-t4 4.472831325 4 2.110446 Sim
T2-t3 0.487391382 3 2.061791 Não
T2-t1 0.446775433 2 1.982725 Não
T1-t4 4.026055892 3 2.061791 Sim
T1-t3 0.040615948 2 1.982725 Não
T3-t4 3.985439943 2 1.982725 Sim
Resumo
T2 4.782528 a
T1 4.335752 a
T3 4.295137 a
T4 0.309697 b
XXVIII
Anexo no:1 Carta de solos da província de Inhambane e Legenda de Pambara 2