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Tema:
Conteúdo da parte 8
1 Introdução
1 Introdução
a) Pavimentos rígidos
OBS(s).
a) Em pavimentos de asfalto a deformabilidade elástica do material é caracterizada
pelo módulo de resiliência (Mr), uma vez que nas misturas asfáticas, mesmo para
pequenos carregamentos, além de deformações elásticas ocorrem também
deformações plásticas (ou permanentes).
b) No concreto de cimento Portland, a menos da ruptura, não ocorrem deformações
plásticas; Por isso, a deformabilidade elástica para concreto de cimento Portland é
dada em termos de módulo de elasticidade (E).
b) A base
c) A subbase
d) O reforço do subleito
e) A camada de regularização
OBS(s).
a) Subleito é o solo que serve de fundação para o pavimento; e
b) A camada de regularização não constitui, propriamente, uma camada do
Pavimento, pois sua espessura pode ser nula em alguns pontos.
2.1 Introdução
OBS. A palavra macadame tem origem no nome MacAdam, que foi o inglês que
introduziu, no início do século 19, o macadame hidráulico na pavimentação.
Tolerância
Tipos de peneiras % em peso que passa
% em peso que passa
(malhas)
Bases Subbases Bases Subbases
2 in. (50,0 mm) 100 100 -2 -3
1 e 1/2 in. (37,5 mm) 95 a 100 90 a 100 5 +5
3/4 in. (19,0 mm) 70 a 92 Não definido 8 Não definido
3/8 in. (9,5 mm) 50 a 70 Não definido 8 Não definido
o
N. 4 (4,75 mm) 35 a 75 30 a 60 8 10
N.o 30 (0,6 mm) 12 a 25 Não definido 5 Não definido
N.o 200 (0,075 mm) 0a8 0 a 12 3 5
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OBS. Embora, não seja apresentado nesta aula, sabe-se que, atualmente, existe um
estabilizante químico do solo denominado RBI (road building international) utilizados
para construção de bases e subbases rodoviárias. França (2003) apresenta
importantes dados sobre a utilização do RBI.
A Figura 2.1 ilustra uma mistura solo-brita com 50% de brita, em peso, na
mistura.
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OBS(s).
i) Um material com distribuição granulométrica dita bem-graduada ocorre quando
apresenta:
a) Uma distribuição granulométrica continua ou sem patamar; e
b) Apresenta uma curva de distribuição granulométrica próxima à curva de máximo
peso específico.
ii) Ainda, uma curva de distribuição granulométrica é dita bem-graduada ou densa,
quando há quantidade suficiente de finos para preencher os espaços deixados pelas
partículas maiores.
OBS. Patrol é uma palavra inglesa que significa ronda (ou inspeção para verificar a
ordem. Neste caso a inspeção da ordem do pavimento).
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OBS(s).
a) Cascalho é um material de granulometria grossa, ou com grande porcentagem de
pedregulho, o cascalho é resultante da desintegração natural da rocha, e seus grãos
oscilam entre 2 mm e 76,2 mm; e
b) Saibro é o material areno-argiloso oriundo da decomposição das rochas granito
ou gnaisse, e que é usado nas camadas inferiores dos pavimentos.
Os solos arenosos finos laterítico é uma mistura natural de argila com areia.
São considerados solos arenosos finos lateríticos os solos LA, LA’ e LG’ da
classificação MCT, que possuem mais de 50% retidos na peneira número 200.
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OBS(s).
a) Solos lateríticos são solos que geralmente apresentam a laterita na fração areia
e/ou silte; e
b) Segundo Schellmann (1981), a laterita é o produto do intenso intemperismo das
rochas e, consiste principalmente de ajuntamentos dos minerais: goetita, hematita,
hidróxidos de alumínio, minerais da caolinita e quartzo;
A base de solo arenoso fino laterítico é uma camada que apresenta baixo
custo de construção quando comparada com bases de outros materiais. A base de
solo arenoso fino laterítico chega a ser 65% mais barata do que a base de solo-brita.
A base de solo arenoso fino laterítico pode ser usada para tráfego com as
seguintes características:
a) Volume médio diário (VMD) ≤ 1500 veículos, com um máximo de 35% de veículos
comerciais (caminhões e ônibus), que corresponde a um tráfego entre leve e médio,
e
b) N ≤ 106 solicitações do eixo padrão 8,2 toneladas.
OBS(s).
a) Além das exigências granulométricas da Tabela 2.4, a norma do DER-SP (1991)
recomenda que os solos para bases e subbases de solos arenosos finos lateríticos,
também cumpra algumas outras exigências em relação às propriedades mecânicas,
as quais são:
Faixas granulométricas
Peneiras de malhas
Porcentagem que passa, em peso
quadradas
A B C
2,00 mm, N.o 10 100 100 100
0,42 mm, N.o 40 de 75 a 100 de 85 a 100 100
o
0,150 mm, N. 100 de 30 a 50 de 50 a 65 de 65 a 95
o
0,075 mm, N. 200 de 23 a 35 de 35 a 50 de 35 a 50
OBS(s):
a) A palavra concreção significa ajuntamento (ou cimentação);
b) O baixo volume de tráfego é caracterizado por N < 106 solicitações do eixo de
8,2 toneladas.
A Figura 2.9 ilustra a variação do CBR, de um solo tipo arenoso A-3 da HRB
(atual TRB), com o teor de cimento, em peso da mistura solo-cimento, e
considerando-se 7 (sete) dias de cura dos corpos-de-prova.
Pode-se observar, na Figura 2.9, que para teores de cimento acima de 6%,
em peso da mistura solo-cimento, são alcançados valores de CBR acima de 200%.
Figura 2.9 - Variação do CBR, de um solo tipo arenoso A-3 da HRB (atual TRB),
com o teor de cimento, em peso da mistura solo-cimento, e
considerando-se 7 (sete) dias de cura dos corpos-de-prova
A adição de cal ao solo para fins rodoviários remonta há 2.000 anos, quando
os romanos aplicavam a mistura solo-cal na construção de suas estradas. Nos EUA
(Estados Unidos da América) a mistura solo-cal foi utilizada para construir
camadas de pavimentos de aeroportos.
-> Serve para estabilizar a expansão de solos, que a princípio não são aproveitáveis
em pavimentos; e/ou
-> Aumentar da coesão do solo; e/ou
-> Aumentar a resistência do solo a compressão; e/ou
-> Aumentar o CBR do solo.
Na mistura do solo com a cal, o produto mais utilizado é a cal hidratada, que
tem forma de pó, e é vendida geralmente em sacos.
OBS. Cura é o período de tempo necessário para que haja as reações químicas
entre a cal e o solo, as quais são responsáveis pelo ganho de resistência da mistura
solo-cal.
A Figura 2.10 mostra a variação do CBR de um solo A-7-5 (HRB, atual TRB)
com o tempo de cura em dias, e para diferentes teores de cal (em peso de cal na
mistura de solo-cal). Pode-se observar, na Figura 2.10, que para mistura solo-cal
com um teor de cal de 6%, em peso da mistura, e um período de cura de 28 dias,
tem-se que o valor do CBR alcançado com a mistura foi de 90%; Enquanto que o
solo natural, sem misturar com cal, apresentou um CBR de apenas 11%.
OBS. Os teores de cal considerados nas misturas com o solo A-7-5, da Figura 2.10,
foram medidos em peso, e se relacionam à mistura com o solo seco ao ar.
Figura 2.10 - Variação do CBR de um solo A-7-5 (HRB, atual TRB) com o tempo
de cura em dias, e para diferentes teores de cal, em peso de cal na
mistura de solo-cal (Modificada de MENDONÇA et al.,1998)
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Nas misturas solo-betume o teor de asfalto (ou betume) costuma variar entre
4 a 7%, em peso da mistura.
Muitas vezes, antes da construção da obra com o CCR é feita uma pista
experimental no campo, onde:
Maiores detalhes sobre CCR consulte BALBO (2007) e/ou RIOS (2009).
4.1 Introdução
1.o (primeira) fase: sondagem no eixo e nas bordas da estrada para identificação
das diversas camadas de solos por meio de verificações expeditas (ou rápidas), e
coleta de amostras para ensaios laboratoriais.
2.o (segunda) fase: realização dos ensaios laboratoriais com as amostras de solo,
que pertencem às diversas camadas do subleito, e assim traçar o perfil dos solos do
subleito.
- Trado; ou
- Pá e picareta.
OBS(s).
a) O espaçamento longitudinal para verificação expedita de campo pode ser
diminuída para 50 m, no caso de grande variação dos solos do subleito; e
b) Nos pontos de passagem de corte para aterro deverão ser realizadas sondagens.
Para identificação das diversas camadas do subleito são feitos 3 (três) furos
a cada 100 m de pista, sendo: 1 (um) furo no eixo central da estrada, 1 (um) furo no
bordo direito da estrada, e 1 (um) furo no bordo esquerdo da estrada; Os bordos da
estrada se localizam a 3,5 m do eixo central da estrada.
OBS. Camadas de solos do subleito com espessura menor que 2 cm não são
consideradas.
No relatório final, deve-se indicar o tipo de seção onde foi feita a sondagem
ou verificação expedita, a qual pode ser:
- Seção de corte = C;
- Seção de aterro = A;
- Seção mista = SM; e
- Raspagem = R, ou seja, não há necessidade nem de corte nem de aterro, apenas,
uma raspagem da matéria orgânica no local.
Furo
Posição do furo
Número Profundidade Seção Características do solo da
Estaca em relação ao
do furo do furo (m) transversal camada do subleito
eixo da estrada
510 195 Centro 0 a 0,60 Corte Cascalho, amarelo escuro
196 Direita 0 a 0,60 Corte Cascalho, amarelo escuro
197 Esquerda 0 a 0,25 Corte Cascalho, amarelo escuro
197 Esquerda 0,25 a 0,60 Corte Areia, cinza clara
À medida que for sendo realizada a verificação expedita (ou rápida) com os
solos das camadas do subleito da estrada; também podem ser retiradas as amostras
das camadas de solo subleito para realização dos ensaios laboratoriais.
-> Após 100 m de comprimento de pista, 1 (um) furo de 0,60 m no bordo esquerdo
da estrada;
-> Após 100 m de comprimento de pista, 1 (um) furo de 0,60 m no centro ou no eixo
da estrada; e
-> A coleta das amostras na pista continua seguindo esta alternância de posições a
cada 100 m.
OBS. Além da etiqueta que fica fixada externamente, no saco que contém a
amostra, é interessante preencher outra etiqueta e jogar dentro do saco, pois se a
etiqueta externa se perder; Então, dentro do saco contém mais uma etiqueta com os
dados da amostragem.
Antes de retirar as amostras das camadas dos solos do subleito “in situ”, ou
no campo, é necessário realizar os ensaios teor de umidade “in situ” e peso
específico aparente seco “in situ”; Posteriormente, deve-se determinar o grau de
compactação (GC) das camadas de solo do subleito “in situ” (ou no campo).
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Para cada camada de solo do subleito o valor do CBR do solo será a média
obtida a partir da ruptura de 3 (três) corpos-de-prova, moldados com as seguintes
características:
-> O grau de compactação (GC) mínimo de cada corpo-de-prova deverá ser 100%,
em relação ao ensaio de Proctor na energia normal; e
-> O teor de umidade de cada corpo-de-prova deverá ser próximo ao teor ótimo do
ensaio de Proctor na energia normal.
OBS(s).
a) Caso o solo do subleito apresente CBR < 2%, ele deverá ser removido na
espessura de pelo menos 1 m, e substituído por solo com CBR ≥ 2%; e
b) Caso o solo do subleito apresente expansão > 2%; Então, o solo deverá ser
estabilizado com cimento Porland, cal, ou etc, para diminuir a expansão.
Referências bibliográficas
LIMA, D. C.; RÖHM, S. A.; BUENO. Tópicos em estradas. Apostila 205. Viçosa-
MG: Universidade Federal de Viçosa, 1985. 116p.
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