Você está na página 1de 40

Pavimentação

Terminologia e Noções Gerais Sobre


Materiais de Pavimentação

Adaptação do material didático do Programa Asfalto na Universidade


Autoria
A aula foi elaborada pela seguinte equipe de
professores:

 Liedi Légi Bariani Bernucci - Universidade de São Paulo

 Jorge Augusto Pereira Ceratti - Universidade Federal do Rio


Grande do Sul

 Laura Maria Goretti da Motta - Universidade Federal do Rio de


Janeiro

 Jorge Barbosa Soares - Universidade Federal do Ceará

Adaptação/Modificada por Aline C. Espíndola

ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos


O que é um pavimento ?

 Pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas,


construída sobre a superfície final de terraplenagem, destinada técnica e
economicamente a resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e do
clima, e a propiciar aos usuários melhoria nas condições de rolamento, com
conforto, economia e segurança.

Pavimento Rígido (Pavimento de concreto


Pavimento Flexível (Pavimento asfálticos)
de cimento Portland)
O que é um pavimento ?

 ESTRUTURA construída após a


terraplenagem e destinada,
econômica e simultaneamente, em
seu CONJUNTO, a:
Resistir e distribuir ao
subleito os esforços verticais
produzidos pelo tráfego;
Melhorar as condições de
rolamento quanto a
comodidade e segurança;
Resistir aos esforços
horizontais que nela atuam,
tornando mais durável a
superfície de rolamento.
Perfil de um Pavimento

5 cm REVESTIMENTO ASFÁLTICO

15 cm BASE

SUBBASE
20 cm

20 cm REFORÇO DO SUBLEITO

SUBLEITO
Pavimento do Ponto de Vista Estrutural e Funcional

 As camadas de base, sub-base e


reforço do subleito são de
grande importância estrutural.

 Limita as tensões e deformações


na estrutura do pavimento, por
meio da combinação de
materiais e espessuras das
camadas constituintes.
Abertura de Trincheira

• Primeiro passo para


avaliação estrutural

Acesso à BR-282/SC em Chapecó


Tipos de pavimentos

 Pode-se classificar os pavimentos em 3 tipos:

Rígidos: placas de Semi-rígidos: revestido de camada Flexíveis: revestido de


concreto de cimento asfáltica e com base estabilizada camada asfáltica e com
Portland quimicamente (cal, cimento). base de brita ou solo
Pavimentos

Primeiras
Ações

Camada de Terraplenagem

Ultimas
Ações

Aplicação de Processo de
Revestimento Aplicação
Camadas Constituintes do Pavimento

Camada de Regularização:
Camada irregular sobre o subleito. Corrige
falhas da camada final de terraplenagem ou
de um leito antigo de estrada de terra.
OBS.: Serviços de Terraplenagem

Reforço do Subleito:
Quando existente, trata-se de uma camada de
espessura constante sobre o subleito
regularizado. Tipicamente um solo argiloso de
qualidades superiores a do subleito.
Exemplo de Regularização do Subleito
Exemplo de Reforço do Subleito com Quartizito

Infra-Estrutura do 14 RECmec – Ponta Grossa/PR


Jazida de Basalto Alterado
Camadas Constituintes do Pavimento

Sub-base:
Entre o subleito (ou camada de reforço deste) e Exemplos:
a camada de base. Material deve ter boa brita graduada ou
capacidade de suporte. Previne o bombeamento corrida (tratada ou não
do solo do subleito para a camada de base. com cimento),
macadame hidráulico
ou betuminoso,
solo estabilizado
Base:
granulometricamente,
Abaixo do revestimento, fornecendo solo-brita,
suporte estrutural. Sua rigidez alivia as solo-cimento,
tensões no revestimento e distribui as
solo-cal
tensões nas camadas inferiores.
Exemplo de Sub-base de Saibro e Dreno Longitudinal Profundo

Estrada PR-090 – Estrada do


Cerne
Saibro –Rio de Janeiro
Exemplo de Base de Brita Graduada

Fonte: http://blog.ecosul.com.br/index.php/3481/iniciados-servicos-de-pavimentacao-nas-obras-da-br-116rs
Camada de Base e Sub-base

Nos pavimentos asfálticos a camada de base é de grande importância


estrutural. As bases podem apresentar uma das seguintes diversas
constituições:

Granular Coesiva
 Sem Aditivo  Com ligante ativo
 Solo; Solo-brita; Brita graduada.  Solo-cimento; Solo-cal; Concreto
rolado.
 Com aditivo
 Com ligante asfáltico
 Solo melhorado com cimento;
Solo melhorado com cal.  Solo-asfalto; Macadame asfáltico;
Mistura asfáltica.

Base Granular: Não tem coesão, não Base Coesiva: Dilui as tensões de
resiste à tração, dilui as tensões de compressão também devido a sua rigidez,
compressão, principalmente devido a sua provocando uma tensão de tração em sua
espessura. face inferior.
Base (Laterita do Acre)
Diferentes Tipos de Lateritas (BR-429/RO)
Base Estabilizada Granulometricamente – Solo Brita

Rodovia SP-333: Ribeirão Preto/SP


Sub-base de Argila Laterítica

Metodologia MCT: Classificação Brasileira


de Solos Finos
Base e Sub-base

Brita graduada

Pedra poliédrica Solo-Cal Solo-Cimento


Pedreira para Exploração de Brita

São José do Cerrito/SC


CENTRAL DE BRITAGEM

Britador Primário – “Mandíbula”

“Pedra Pulmão”
CENTRAL DE BRITAGEM - Silos
Silo em Leque – Brita 2
Materiais para Base e Sub Base

Ensaios básicos e Escolha dos materiais


modernos
 Depende da camada a ser  Distância de transporte;
considerada. disponibilidade local.
 Depende do método de  Características técnicas
dimensionamento. definidas por especificações.
 Características físicas na  Volume de tráfego – condiciona
maioria das vezes. a escolha do tipo de
pavimento.
 Características mecânicas.
 Método de dimensionamento.
 Análises químicas e especiais:
às vezes em situações  Custo.
específicas.
Imprimação
Aplicação de asfalto diluído (CM 30) de baixa viscosidade sobre a superfície
de uma base absorvente, objetivando:
 Garantir uma certa coesão superficial;
 Impermeabilizar;
 Estabelecer a ligação entre a camada subjacente ao revestimento
asfáltico.

Observações:
 A camada subjacente deve estar regularizada, compactada e sem pó
solto;
 Taxa média de asfalto diluído: 0,9 a 1,4 l/m2;
 Tempo de cura: 36 a 48 horas;
 Penetração do ligante: 0,5 a 1,0 cm.
Imprimação

Processo de aplicação de imprimação

IMPRIMAÇÃO COM
PULVERIZADOR

LIGANTE ASFÁLTICO
Detalhe do bico
Caminhão
Espargidor

Imprimação
Pintura de ligação

Aplicação de asfalto sobre


superfície de uma base
imprimada ou revestimento
antigo, objetivando garantir sua
aderência com o novo
revestimento a ser construído.

O material comumente
empregado é a emulsão asfáltica
de ruptura rápida, diluída
previamente com até 50% de
Pintura de ligação sobre água. A taxa de aplicação varia em
revestimento antigo
torno de 1 litro/m2.
Revestimento

FLEXÍVEL - ASFÁLTICO

Obra do Aeroporto e
detalhe de
compactação

Obra da Pista
Experimental na
Av. Washington
Soares

Pavimento Flexível
Revestimento

Flexível
 Revestimentos constituídos por
associação de agregados e materiais
betuminosos. Esta associação pode
ser feita de 2 maneiras: penetração
ou mistura.

Penetração
 Invertida
 Simples (capa selante), duplo
ou triplo.

 Direta
 Macadame betuminoso.
Seqüência do serviço de
tratamento superficial
Revestimento
Mistura
 O agregado é pré-envolvido com o material betuminoso,
antes da compressão. Exemplo:
Execução de pré-misturado a frio
Pré-misturado a frio (PMF)
 Ligantes: emulsão asfáltica.
 Agregados: vários tamanhos, frios. Pré-misturado a frio.
Material sendo
Areia-asfalto a frio depositado no
caminhão basculante.
 Agregado miúdo + emulsão.
Pré-misturado a quente (PMQ) Execução do serviço de
 Ligante: cimento asfáltico. Pré-misturado a frio.

 Agregados: vários tamanhos, aquecidos.


Areia-asfalto a quente (AAUQ)
 Espessura não deve ser > 5cm.
 Agregados miúdos aquecidos + cimento asfáltico

Concreto asfáltico (CA ou CBUQ) e Misturas Asfálticas


Especiais SMA, BBTM, CPA, Gap-graded
 agregado mineral graduado, material de enchimento e
cimento asfáltico, aquecidos.
Execução de Concreto Asfáltico
Carregamento do CBUQ
Compactação do CBUQ
Controle de Qualidade
Medida de Temperatura
Início da Compactação

Você também pode gostar