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Introdução

Pavimento: Estruturas de múltiplas camadas construída sobre a terraplenagem e destinada, técnica e


economicamente, a resistir aos esforços oriundos do tráfego e a melhorar as condições de rolamento

Tipos de pavimentos:
 Rígidos: placas de concreto de cimento Portland
 Semi-rígidos: revestido de camada asfáltica e com base estabilizada quimicamente (cal,cimento)
 Flexíveis: revestido de camada asfáltica e com base de brita ou solo
Pavimento Flexível ou Asfáltico
 Nos pavimentos asfálticos, estão em geral presentes camadas de base, de sub-base e de reforço do subleito

Camadas Constituintes:
 Regularização do subleito: Camada irregular sobre o subleito. Corrige falhas da camada final de
terraplanagem ou de um leito antigo de estrada de terra
 Reforço do subleito: Quando existente, trata-se de uma camada de espessura constante sobre o subleito
regularizado. Tipicamente um solo argiloso de qualidades superiores à do subleito
 Sub-base: Entre o subleito (ou camada de reforço deste) e a camada de base. Material deve ter boa
capacidade de suporte. Previne o bombeamento do solo do subleito para a camada de base
 Base: abaixo do revestimento, fornecendo suporte estrutural. Sua rigidez alivia as tensões no revestimento e
distribui as tensões nas camadas inferiores

Base e sub-base:
 Nos pavimentos asfálticos, a camada de base é de grande importância estrutural.

Revestimento:
Flexível: Revestimentos constituídos por associação de agregados e materiais betuminosos

 Penetração:
o Invertida: Simples (capa selante), duplo ou triplo
o Direta: Macadame betuminoso
 Mistura: O agregado é pré-envolvido com o material betuminoso, antes da compressão
o Pré-misturado a frio:
 Ligantes: emulsão asfáltica
 Agregados: vários tamanhos, frios
o Areia-asfalto a frio:
 Agregado miúdo + emulsão
o Pré-misturado a quente:
 Ligante: cimento asfáltico
 Agregados: vários tamanhos, aquecidos
o Areia-asfalto a quente:
 Espessura não deve ser > 5cm
 Agregados miúdos aquecidos + cimento asfáltico
o Concreto asfáltico (CA ou CBUQ) e Misturas Asfálticas Especiais SMA, BBTM, CPA, Gap-graded:
 Agregado mineral graduado, material de enchimento e cimento asfáltico, aquecido

Rígido:

 Sub-base (SB):
o Pouca contribuição estrutural
o Controle de bombeamento/expansão/contração
 CCP – Concreto de Cimento Portland:
o Base (B) e Revestimento (R)

Distribuição de Esforços/aplicação
Pavimento Flexível
1. A carga se distribui em parcelas proporcionais à rigidez das camadas
2. Todas as camadas sofrem deformações elásticas significativas
3. As deformações até um limite não levam ao rompimento
4. Qualidade do SL é importante pois é submetido a altas tensões e absorve maiores deflexões

Pavimento Rígido
1. Placa absorve a maior parte das tensões
2. Distribuição das cargas faz-se sobre uma área relativamente maior
3. Pouco deformável e mais resistente à tração
4. Qualidade do SL pouco interfere no comportamento estrutural
Defeitos mais comuns

 Fadiga
 Deformação permanente

Pavimento do ponto de vista estrutural


A solicitação de tráfego e as características das camadas do pavimento são de grande importância estrutural.

Limitar as tensões e deformações na estrutura do pavimento, por meio da combinação de materiais e espessuras das
camadas constituintes, é o objetivo do Projeto Estrutural (Dimensionamento

Estado de tensões na estrutura dos pavimentos

Tensões num ponto a partir do Distribuição de tensões a diversas


carregamento na superfície profundidades

Tensões verticais causam deformações permanentes e recuperáveis nos materiais utilizados na pavimentação

Efeito do carregamento cíclico na estrutura dos pavimentos


Solos e Agregados
Solos
 Material originado a partir da decomposição das rochas que constituíam inicialmente a crosta terrestre
devido à ação de agentes físicos e químicos
 Solos residuais

 Solos transportados
o Solos de aluvião
o Solos orgânicos
o Solos coluviais
o Solos eólicos

Escala Granulométrica (DNIT)


 Pedregulho: passante na peneira de 3” e retida na peneira 2,00 mm (#10)
 Areia: passante na peneira de 2,00 mm (#10) e retida na peneira de 0,075 mm (#200)
 Silte: passante na peneira de 0,075 mm (#200) e maior que 0,005 mm
 Argila: tamanhos abaixo de 0,005 mm

Denominações (DNIT)
 Areias e pedregulhos: granulação grossa, cúbicos/arredondadas, principalmente quartzo (sílica pura).
o Comportamento varia pouco com a quantidade de água.
o Desprovidos de coesão: sua resistência à deformação depende do entrosamento e atrito entre os
grãos e da pressão normal que atua no solo
 Siltes: solos intermediários com comportamento arenoso ou argiloso, dependendo da distribuição
granulométrica, da forma e composição mineralógica dos grãos.
o Dependendo do seu comportamento utiliza-se as designações de silte arenoso ou silte argiloso
 Argila: granulação fina, grãos lamelares, alongados e tubulares de elevada superfície específica.
o Constituídos principalmente por minerais argílicos: caulinita, ilita e montmorilonita.
o Comportamento varia sensivelmente com a quantidade de água que envolve os grãos.
o Coesão em função do teor de umidade: quanto menos úmidas, maior coesão apresentada

Metodologias de classificação para o seu uso na pavimentação


Classificação TRB

 Considera-se a granulometria, o limite de liquidez, o índice de plasticidade e o índice de grupo.


 Este sistema liga-se intimamente ao método de dimensionamento de pavimentos pelo índice de grupo

Sistema unificado de classificação de solos (SUCS)

 Identificação dos solos de acordo com as suas qualidades de textura e plasticidade, agrupando-lhes de
acordo com seu comportamento quanto usados em estradas, aeroportos, aterros e fundações

Metodologia MCT

 Permite retratar as peculiaridades dos solos quanto ao comportamento laterítico ou saprolítico


 Solos lateríticos (tijolo):
o Solos superficiais
o Típicos de partes bem drenadas de regiões tropicais úmidas, resultantes da transformação da parte
superior do subsolo pela atuação do intemperismo -> laterização
o Coloração típica: vermelho, amarelo, marrom e alaranjado
o Pavimentos executados com bases de solos lateríticos apresenta comportamento altamente
satisfatório.
 Solos saprolíticos (podre)
o Resultam da decomposição e/ou desagregação in situ da rocha matriz pela ação das intempéries
(chuvas, insolação, geadas) e mantêm, de maneira nítida, a estrutura da rocha que lhe deu origem
o Mais heterogêneos e constituídos por uma mineralogia complexa contendo minerais ainda em fase
de decomposição. São designados também de solos residuais jovens, em contraste com os solos
superficiais lateríticos, maduros
 Este sistema caracteriza os solos tropicais avaliando propriedades fundamentais dos solos associados à
contração, permeabilidade, expansão, coeficiente de penetração d’água, coesão, capacidade de suporte e
famílias nas curvas de compactação, utilizando corpos de prova de dimensiones reduzidas (50 x 50 mm)
 Considera duas classes distintas de solos, ou seja, de comportamento laterítico (L) e de comportamento não
laterítico (N) e sete subclasses correspondentes

Agregados
 Material sem forma ou volume definido, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para
produção de argamassas e de concreto
 Quanto à natureza: natural, artificial e reciclado
 Quanto ao tamanho: graúdo (> 2,00 mm, retidos na peneira #10); miúdo (> 0,075 mm e < 2,00 mm); e
material de enchimento ou fíler (65% < 0,075mm)

Classificação das britas quanto à granulometria (Ministério de Minas e Energia)


 Rachão: obtido após desmonte da rocha por explosivo, ou após britagem primária
 Gabião: dimensões entre 100 mm e 150 mm
 Brita graduada: mistura de tamanhos de zero até máximo especificado com controle de granulometria
definida pelo consumidor
 Bica corrida: mistura de tamanhos sem exigência de composição granulométrica com dimensões variando de
zero a 50 mm
 Brita 0 ou pedrisco: de 4,8 mm a 9,5 mm
 Brita 1: de 9,5 mm a 19 mm
 Brita 2: de 19 mm a 25 mm
 Brita 3: de 25 mm a 50 mm
 Brita 4: de 50 mm a 76 mm
 Brita 5: de 76 mm a 100 mm
 Pó de pedra: fração de finos de britagem, de zero a 5 mm, alto teor de finos (máximo de 20%) passantes na
malha 200 (0,074 mm)
 Areia de brita: pó de pedra sem partículas abaixo da malha 200 (0,074 mm), retirada dos finos por lavagem

Produção de Agregados
Esquemas de Britagem

 Fase 1 – Britagem Primária – Britadores de


Mandíbula
 Fase 2 – Britagem Secundária – Rebritadores
de mandíbula / girosféricos (rebritadores de
cone)
 Fase 3 - Britagem Terciária – Girosféricos
(rebritadores de cone)
 Fase 4 – Britagem Quaternária – Hidrocônicos,
girosféricos rocha/rocha, ou moinhos de barra
ou de bola

Ensaios de caracterização tecnológica dos agregados

 Tamanho e graduação – granulometria (DNIT 172/2016)


 Limpeza (equivalente de areia) – DNIT 172/2016
 Resistência à abrasão (Los Angeles) – DNIT 172/2016
 Forma das partículas
 Sanidade
 Massa específica e absorção
 Adesividade – DNER ME 078/94, DNIT ME 180/2018
 Índice se Suporte Califórnia (California Bearing Ratio – CBR, DNIT 172/2016)
o Determinação da relação entre a pressão necessária para produzir uma penetração de um pistão
num corpo de prova de solo, e a pressão necessária para produzir a mesma penetração numa brita
padronizada

Qual é a aplicação prática dos ensaios que podem ser realizados nos solos e agregados?
 Manual de pavimentação
 Base estabilizada granulometricamente
Módulo de Resiliência e Deformação Permanente
Módulo de resiliência
 Resiliência = energia armazenada num corpo deformado elasticamente, a qual é devolvida quando cessam as
tensões causadoras das deformações
 Módulo de resiliência ≠ Módulo de Young
 Na pavimentação, as deformações recuperáveis (resiliência) estão relacionadas com as fissuras surgidas nos
revestimentos asfálticos.

Norma DNIT 134/2018-ME – Pavimentação – Solos – Determinação do Módulo de


resiliência – Método de ensaio
Amostra
 O corpo de prova é uma amostra indeformada ou uma amostra deformada:
o Formato cilíndrico com dimensões de 100 mm de diâmetro e 200 mm de altura ou de 150 mm de
diâmetro e 300 mm de altura, dependendo do tamanho dos agregados
o <oldada por compactação dinâmica ou por impacto de um soquete, na umidade ótima, num molde
tripartido.

Deformação Permanente
 Pode ser atribuída ao revestimento, às subcamadas, ou ainda a uma combinação de efeitos
 Pode ser causada pela deformação plástica da base ou do subleito
 Camadas não-asfálticas abaixo do revestimento podem apresentar deformações permanentes
principalmente por densificação adicional pelo tráfego e por ruptura ao cisalhamento
 Afundamento do subleito ou do revestimento:

o Consolidação em trilha de roda o Soma das deformações das camadas


PROJETO DE NORMA DNIT 179/2018-IE - Pavimentação – Solos – Determinação da
deformação permanente – Instrução de ensaio
Amostra
 O corpo de prova é preparado e moldado de forma similar ao do ensaio de módulo de resiliência de solos

Equipamento
 Mesmo equipamento triaxial de cargas repetidas utilizado na determinação do módulo de resiliência de solos
Frequência e duração da carga e repouso
 A frequência de aplicação de cargas recomendada é de 2 (dois) Hz, podendo ser utilizada frequência de 1 até
5 Hz. A duração do pulso de carga para qualquer frequência é de 0,1 segundo.

Procedimento inicial
 Aplicam-se 50 ciclos de carga iniciais, para garantir total contato entre o pistão e o cabeçote, evitando que
eventuais folgas ou ajustes da superfície sejam lidos como deformação do corpo de prova
 A deformação permanente obtida após estes 50 ciclos não deve ser considerada como deformação do corpo
de prova
 O par de tensões para o procedimento inicial será de:
o Tensão de confinamento = Tensão desvio = 30 kPa
 Determinação da deformação permanente
 Para cada corpo de prova é aplicado no mínimo 150.000 ciclos de um par de tensões, escolhido dentro dos
propostos
 A deformação específica permanente do material ensaiado para o estado de tensões utilizado naquele corpo
de prova será:

Determinação da deformação permanente


 Para cada corpo de prova é aplicado no mínimo 150.000 ciclos de um par de tensões, escolhido dentro dos
propostos
 A deformação específica permanente do material ensaiado para o estado de tensões utilizado naquele corpo
de prova será:
Qual é a importância de determinar o modelo de deformação permanente dos nossos materiais?
 Pode-se calcular a deformação total sob uma carga P como o somatório das deformações plásticas ou
permanentes de cada camada ou subcamada
 Modulo de resiliência baixo -> subcamadas se deformam e voltam -> revestimento sofre fadiga -> começa a
trincar o revestimento (das camadas de baixo para cima)
 Módulo de resiliência alto -> revestimento não sofre muito com a fadiga
 Vale para todas as camadas -> combinação de materiais que trabalham juntos (CONJUNTO)
o Se um material tem baixa resiliência, afeta o conjunto como um todo
o Quanto mais resistentes as camadas de baixo -> mais difícil o revestimento trincar

Ligantes Asfálticos
Introdução
Material aglomerante de origem asfáltica

Cimento asfáltico de petróleo – CAP


 Produto orgânico derivado do petróleo
 Matéria-prima para outros materiais -> pode produzir outros ligantes e misturas asfálticas
 Semissólido a baixas temperaturas
 Viscoelástico a temperatura ambiente
 Líquido a altas temperaturas
 composto por hidrocarbonetos pesados
 Pode ser utilizado como base na produção de outros tipos de ligantes asfálticos, e de vários tipos de misturas
asfálticas (ligante asfáltico + agregados)
 No Brasil, cerca de 95% das vias pavimentadas são revestidas com mistura asfáltica (revestimento asfáltico)
 As principais razões para o uso do ligante asfáltico na pavimentação são:
o proporciona forte união dos agregados, agindo como ligante que permite flexibilidade controlável
o impermeabilizante
o durável e resistente à ação da maioria dos ácidos, dos álcalis e dos sais, podendo ser utilizado
aquecido ou emulsionado, em amplas combinações de esqueleto mineral, com ou sem aditivos

Origem e produção
 Existem asfaltos naturais, provenientes de “lagos” formados a partir de depósitos de petróleo que migraram
para a superfície (Pitch Lake em Trindade e Tobago), e asfaltos naturais que impregnam os poros de algumas
rochas (xisto betuminoso)
 O ligante asfáltico utilizado na pavimentação provem da destilação fracionada do petróleo (refino)
 O refino é o conjunto de processos de separação e/ou transformação dos constituintes do petróleo
 Processo de refino de petróleo que produzem ligantes:. destilação direta -> realizada em um ou dois estágios

 Petróleo de base asfáltica (pesado): tem  Petróleo não de base asfáltica (leves): são
muito asfalto, proporcionalmente a outras necessários dois estágios de destilação ->
frações ou petróleos -> necessário apenas um atmosférica e a vácuo
estágio de destilação a vácuo que produz um
CAP de consistência adequada para a
pavimentação

 Óleos crus têm composições distintas dependendo de sua origem: asfaltos resultantes de cada tipo também
terão composições químicas distintas
 Os petróleos distinguem-se pela maior ou menor presença de asfalto em sua composição

 Piche: derivado da destilação do alcatrão -> vida útil menor -> não é mais era utilizado na pavimentação
 Betume: substância aglutinante ativa, uma parte do ligante asfáltico -> formada por hidrocarbonetos
pesados, solúvel em bissulfeto de carbono.

Composição química
 Uma análise elementar dos asfaltos manufaturados pode apresentar as seguintes proporções de
componentes

o carbono de 82 a 88% o oxigênio de 0 a 1,5%


o hidrogênio de 8 a 11% o nitrogênio de 0 a 1%
o enxofre de 0 a 6%
 A composição varia com a fonte do petróleo, com as modificações induzidas nos processos de refino e
durante o envelhecimento na usinagem e em serviço
 O CAP é um material quase totalmente solúvel em benzeno, tricloroetileno ou em bissulfeto de carbono
 Os petróleos ou óleos crus variam de líquidos negros viscosos até líquidos castanhos bastante fluidos, com
composição química predominantemente parafínica, naftênica ou aromática.
 A microestrutura em sistema coloidal consistido de micelas de asfaltenos de alto peso molecular dispersas ou
dissolvidas em um meio oleoso de baixo peso molecular, que são os maltenos

  Asfaltenos: sólidos amorfos, insolúveis em


heptano. Altamente polarizáveis de elevado
peso molecular. Concentração de asfaltenos
alta = CAP mais duro
 Maltenos = saturados + aromáticos + resinas.
As resinas são sólidas ou semi-solidas solúveis
em heptano.
 Aromáticos: componentes naftênicos não
polares de baixo peso molecular
 Saturados: óleos viscosos não polarizáveis
compostos por hidrocarbonetos

Propriedades físicas
 Todas as propriedades físicas do ligante asfáltico estão associadas à sua temperatura.
 Temperaturas muito baixas -> as moléculas não têm condições de se mover -> viscosidade fica muito elevada
-> ligante se comporta quase como um sólido.
 Temperatura aumenta -> moléculas começam a se mover podendo haver um fluxo entre as moléculas ->
baixa a viscosidade -> ligante se comporta como um líquido

Temperatura Influência
no
Tempo comportame
nto
Característic
do ligante e
as

Ensaio de penetração (0,1 mm)


 A penetração é a profundidade que uma agulha de massa padronizada (100g) penetra numa amostra de
volume padronizado de cimento asfáltico, por 5 segundos, à temperatura de 25ºC
 Em cada ensaio, três medidas são realizadas. a diferença entre as medidas não exceder limite em norma

 CAP frio -> penetração baixa  CAP macio -> penetração alta

Ensaio de ponto de amolecimento (anel e bola) (°C)

 Amolecer -> temperatura na qual o ligante consegue amolecer para certas características
 Macio/mole -> possibilita moldar/mexer o ligante
 Determina a temperatura na qual o ligante estará no ponto de amolecimento ideal para determinada
função/projeto
 Aquece -> molda os anéis -> retira o anel rígido/seco -> coloca no suporte com gabarito -> apoia esfera ->
banho de agua bem fria -> aquece o sistema aos poucos -> ligante vai amolecendo -> ponto de
amolecimento: ligante encosta na placa
 O ponto de amolecimento é uma medida empírica que correlaciona a temperatura na qual o asfalto amolece
quando aquecido sob certas condições particulares e atinge uma determinada condição de escoamento
 Uma bola de aço de dimensões e peso especificados é colocada no centro de uma amostra de asfalto que
está confinada dentro de um anel metálico padronizado
 Todo o conjunto é colocado dentro de um banho de água num béquer. O banho é aquecido a uma taxa
controlada de 5°C/minuto
 Quando o asfalto amolece o suficiente para não mais suportar o peso da bola, a bola e o asfalto deslocam-se
em direção ao fundo do béquer
 A temperatura é marcada no instante em que a mistura amolecida toca a placa do fundo do conjunto padrão
de ensaio
 O teste é conduzido com duas amostras do mesmo material. Se a diferença de temperatura entre as duas
amostras exceder 2°C, o ensaio deve ser refeito

Ensaio de viscosidade
 A viscosidade é uma medida da consistência do cimento asfáltico, por resistência ao escoamento
 Os equipamentos utilizados para medir a viscosidade dos CAPs são denominados de viscosímetros. No Brasil
o viscosímetro mais usado para os materiais asfálticos é o de Saybolt-Furol
 O aparelho consta, basicamente, de um tubo com formato e dimensões padronizadas, no fundo do qual fica
um orifício de diâmetro 3,15 ± 0,02mm
 O tubo, cheio de material a ensaiar, é colocado num recipiente com óleo (banho) com o orifício fechado
 Quando o material estabiliza na temperatura exigida (25 a 170°C dependendo do material e 135°C para os
cimentos asfálticos), abre-se o orifício e inicia-se a contagem do tempo
 Desliga-se o cronômetro quando o líquido alcança, no frasco inferior, a marca de 60ml. O valor da viscosidade
é reportado em segundos Saybolt-Furol, abreviado como SSF, a uma dada temperatura de ensaio
 Outro equipamento utilizado para medir a viscosidade é o viscosímetro rotacional Brookfield
 A viscosidade dinâmica medida neste equipamento é expressa em centipoise (cP)
 Além do uso na especificação, a medida da viscosidade do ligante asfáltico tem grande importância na
determinação da consistência adequada que ele deve apresentar quando da mistura com os agregados para
proporcionar uma perfeita cobertura dos mesmos e quando de sua compactação no campo
 Para isso é necessário se obter, para cada ligante asfáltico, uma curva de viscosidade com a temperatura que
permita escolher a faixa de temperatura adequada para as diversas utilizações

Ensaio de ductilidade
 A coesão dos asfaltos é avaliada indiretamente pela medida empírica da dutilidade que é a capacidade do
material de se alongar na forma de um filamento
 Nesse ensaio, corpos de prova de ligantes colocados em moldes especiais (em forma de osso de cachorro–
dog bone – ou gravata-borboleta), separados ao meio na seção diminuída do molde, são imersos em água
dentro de um banho que compõe o equipamento
 A dutilidade é dada pelo alongamento em centímetros obtido antes da ruptura de uma amostra de CAP, na
seção diminuída do molde com largura inicial de 10mm, em banho de água a 25ºC, submetida pelos dois
extremos à velocidade de deformação de 5cm/minuto.

Ensaio de solubilidade
 O ensaio de solubilidade no bissulfeto de carbono é utilizado para medir a quantidade de betume presente
na amostra de asfalto. O cimento asfáltico refinado consiste basicamente de betume puro, que, por
definição, é inteiramente solúvel em bissulfeto de carbono (S2C)
 Uma amostra do asfalto é dissolvida por um solvente, sendo então filtrada através de um cadinho perfurado
que é montado no topo de um frasco ligado ao vácuo
 A quantidade de material retido no filtro representa as impurezas no cimento asfáltico

Ensaio de durabilidade
 Os asfaltos sofrem envelhecimento (endurecimento) de curto prazo quando misturados com agregados
minerais em usinas devido a seu aquecimento
 O envelhecimento de longo prazo do ligante ocorre durante a vida útil do pavimento que estará submetido a
diversos fatores ambientais
 Os ensaios de envelhecimento acelerado designados de “efeito do calor e do ar” são usados para tentar
simular o envelhecimento do ligante na usinagem
 O ensaio de estufa de filme fino rotativo (Rolling Thin Film Oven Test – RTFOT) ou película delgada rotacional
mede o envelhecimento por oxidação e evaporação
 Nesse ensaio, uma fina película de asfalto de 35g é continuamente girada dentro de um recipiente de vidro a
163°C por 85 minutos, com uma injeção de ar a cada 3 a 4 segundos
 O endurecimento do asfalto durante o ensaio, que causa queda na penetração e aumento no ponto de
amolecimento, de acordo com dados reportados na literatura, tem-se correlacionado bem com o
endurecimento do ligante que ocorre durante a usinagem de uma mistura asfáltica
 Há muitos mecanismos envolvidos no envelhecimento dos ligantes asfálticos, porém dois são mais
relevantes: a perda de componentes voláteis (saturados e aromáticos) e a reação química do asfalto com o
oxigênio do ar

Ensaio de ponto de fulgor


 O ponto de fulgor é um ensaio ligado à segurança de manuseio do asfalto durante o transporte, estocagem e
usinagem
 Representa a menor temperatura na qual os vapores emanados durante o aquecimento do material asfáltico
se inflamam por contato com uma chama padronizada
 Valores de pontos de fulgor de CAP são normalmente superiores a 230°C

Ensaio de massa específica


 A massa específica do ligante asfáltico é obtida por meio de picnômetro para a determinação do volume do
ligante e é definida como a relação entre a massa e o volume
 Os ligantes têm em geral massa específica entre 1 e 1,02g/cm3

Suscetibilidade térmica
 A suscetibilidade térmica indica a sensibilidade da consistência dos ligantes asfálticos à variação de
temperatura
 É desejável que o ligante asfáltico apresente variações pequenas de propriedades mecânicas, nas
temperaturas de serviço dos revestimentos, para evitar grandes alterações de comportamento frente às
variações de temperatura ambiente

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