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 Rio Paraná;

Usina  Divisa dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul;

Hidrelétrica  Municípios de Castilho (São Paulo) e Três Lagoas (Mato Grosso

Francisco Lima do Sul).

de Souza Dias
Filho (Jupiá)
 Geração de energia (1.400MW);

 Implantação de Hidrovia.
 Visava a construção de duas barragens (Jupiá e Ilha Solteira);

 Ambas faziam parte do Complexo Urubupungá.

 Esse complexo possuía um desnível de 60 m entre a cabeceira do rio


Paraná e o local escolhido para a implantação da barragem.
História

 Projetada pela Themang Engenharia


 Construída pela Camargo Corrêa (1961 – 1969)
 Atualmente propriedade da Cesp – Companhia Energética de São
Paulo.
Fig. 01: Localização de Satélite da Usina de Jupiá (2017).
Fonte: <https://www.google.com.br/maps/place/Usina+Hidrel%C3%A9trica+Engenheiro+Souza+Dias/@-20.777778,
51.6379217,2954m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x9490a31713cbf7ed:0xf6d40d4c045ff2f0!8m2!3d-20.7777775!4d-
51.6291654>
Fig. 02: Usina de Jupiá no início de sua Fig. 03: Usina de Jupiá ao término de sua
construção. construção.
Fonte: < http://gutarufino.blogspot.com.br/2012/12/jupia-ja-foi-maior- Fonte: < http://www.perfilnews.com.br/noticias/estado/vereadores-
usina-do-mundo.html> lutam-para-que-sede-da-usina-de-jupia-fique-em-tres-lagoas>
 Está localizada na região sudeste e centro-sul do país e no centro-
leste da América do Sul.
 No Brasil, a Bacia do Paraná abrange os estados do Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso
Bacia do do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Paraná
 Possui uma área total de 1,5 milhões Km2,donde 800.000 Km2estão
localizadas no território brasileiro. Além do Brasil, ela faz parte da
Argentina (nordeste), do Paraguai (leste) e do Uruguai (norte).
 A Bacia do Paraná possui grande potencial hidrelétrico decorrente
do grande volume de água e do relevo acidentado que apresenta.
Fig. 05: Extensão Bacia Paraná
Fonte: < http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0002-
70142010000100004>

Fig. 04: Região Hidrográfica do Paraná


Fonte: < https://www.todamateria.com.br/bacia-do-parana/>
 É uma ampla bacia sedimentar intracratônica (localizada no
interior de regiões tectônicas estáveis) ;
 Apresenta rochas sedimentares e ígneas (vulcânicas ou
magmáticas), a qual fora formada na pré-história, nos períodos
Característica Paleozoico e Mesozoico;
Geológica  Representada por sedimentos dominantemente siliciclásticos (
sedimentos gerados a partir de rochas compostas
predominantemente por silicatos);

 Pode-se compreender subdivisões denominadas supersequencias


na bacia.
Fig. 06: Supersequências na
Bacia do Paraná
Fonte: <https://lerpdf.com/download/universidade-do-vale-do-rio-
dos-sinos-unidade-academica-de-graduaao-curso-de-engenharia-
civil-estudo-de-caso-caso-10-a-escolha-de-agregado-para-
concreto-na-construao-da-barragem-de-jupia-rio-parana-sp-ms-
_592b9b501723dd634ede9fc9_pdf>
 Estuda as camadas de rochas que se sedimentaram com o passar
do tempo;
Sequência  A Bacia do Paraná formada na pré-história, em seu
Estratigráfica desenvolvimento estratigráfico abrange as Eras Mesozoica nos
períodos Cretáceo, Jurássico e Triássico; e Paleozoica nos
períodos Permiano, Carbonífero, Devoniano, Siluriano e
Ordoviciano;
Fig. 07: Carta Estratigráfica da Bacia do Paraná
Fonte: Milani, 1993.
Fig. 08: Simbologia litológica utilizadas nas
cartas estratigráficas.
Fonte: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgLrwAH/trabalho-geologia>
 Uma sucessão de quatro derrames basálticos, com intercalações
de arenito intertrapeano;
Sequência  Arenitos, geralmente com pequena ou nenhuma cimentação;
Estratigráfica  Depósitos terciários, sob a forma de terraços aluvionares,
compostos predominantemente por areias grossas, lavadas e
cascalhos.
Fig. 09: Sequência Estratigráfica da Usina de Jupiá.
Fonte: < http://scienceblogs.com.br/colecionadores/category/cretaceo/page/5/>
 Basalto local altamente desagregável;

 Ocorrência de delgadas camadas de basaltos não desagregáveis;


Análise do
Problema  Barragem de Enrocamento construída com basalto desagregável;

 Análise dos cascalhos da base dos terraços aluvionares terciários


no Rio Sucuruí.
 Literatura técnica: Possibilidade de ocorrência de reações

químicas deletérias

 Identificação de minerais deletérios nos cascalhos


Análise do
Problema  Cascalheira Miguel Amado

 Presença de materiais reativamente inócuos e deletérios;

 Minerais deletérios acentuado nas frações grossas e de

menor incidência em frações finas


Fig. 11: lâmina do Basalto Três Lagoas coletada à profundidade
de 4599,5m
Fig. 10: Poço cortado no intervalo 4569-
4574m, correspondente ao Basalto Três
Lagoas
 Ensaio de Reatividade Potencial pelo Método Químico (C289-61T)

Ensaios de
verificação -
 Ensaio de Expansão de Barras de argamassa (C227-61T e C33-61T)
ASTM
 Ensaio Químico
 Agregados graúdos situavam-se na zona de materiais
deletérios.

 Ensaio de Barras de Argamassa


Resultados dos  As expansões não cresceram com o aumento da quantidade
Ensaios de deletérios;
 Incidência de deletérios entre 5 – 30%.

O agregado deveria ser condicionado a medidas de correção da


reatividade
Tabela 1: Composição mineralógica média da cascalheira Miguel Amado
Fig. 12: Expansão verificada em função da incidência de deletérios no
agregado graúdo, para seis meses de cura. Jazida Miguel Amado
Fig. 13: Distribuição entre agregados
inócuos e deletérios, com base no ensaio
de redução de alcalinidade.
Alternativas de correção da reatividade álcali-agregados:

Soluções  Emprego de cimentos com baixo teor de álcalis;

 Emprego de pozolanas no concreto.


• Manifestação de caráter expansivo;
• Ocorre por meio de reações químicas entre hidróxidos alcalinos
e alguns tipos de minerais reativos nos agregados;
• Formação de compostos que na presença de umidade, são
expansivos e levam a fissurações e deslocamentos provocando a
deterioração de estruturas em concreto;
• Tempo de manifestação é variável;
• Velocidade de reção está relacionada com teor álcalis solúveis, o
tamanho e quantidade dos agregados, temperatura e restrições
físicas à expansão.
• Classificação em função dos tipos de minerais presentes: Àlcali-
Silica (RAS) e Álcali-Carbonato (RAC)

Reação Álcali-Agregado (RAA)


Fig. 14: Reação Álcali-Agredado
Fonte: Téchne
• Álcalis: provém da calcinação do clínquer do cimento (argilas e
compostos silicosos);
• Íons de sódio e potássio são volatizados e se condensam sobre o
clínquer formando uma camada superficial alcalina;
• No processo de cliquerização, os álcalis da superfície são
consumidos mais rapidamente do que os do interior do clínquer;
• Minimização dos efeitos dos efeitos da RAA: utilização de
cimentos com teores abaixo de 0,6% de Na2O e 3,0 kg/m³ de
álcalis no cimento;
• Finura elevada do cimento pode desencadear maiores expansões
do que um cimento com alto teor alcalino.

Cimento com Baixo Teor de Álcalis


Fig. 15: Clínquer – calcário+argila+minério de
ferro
Fonte: Repositório digital
• Materiais silocoaluminosos contém constituintes que combinam
com o hidróxido de cálcio e diferentes componentes do cimento,
na presença de água. Originado compostos estáveis em água e
propriedade aglomerante;

• Baixo custo;

• Melhor trabalhabilidade;

• Diminuição da segregação e da exsudação;

• Redução do calor de hidratação.

Pozolana
Fig. 16: Produção da pozolana artificial
Fonte: Repositório digital
• Utilização de matéria-prima local;

• Ensaios em laboratório e análise química da argila in natura


caracterizou o material como argila caulinítica, com teor
de montmorilonita e matéria orgânica;

• Viabilidade técnico-econômica e pozolana de boa


qualidade;

• Produção: calcinação a 850°C e moagem da argila;

• Redução dos efeitos deletérios das RAA.

Fabricação da Pozolana Artificial


Fig. 17: Pozolana natura e pozolana moida
Fonte: Repositório digital
 Estudos geológicos continuaram até o fim da execução das obras
civis da barragem
 Sondagens rotativas

 Percussão e trados

 Aberturas de poços de investigação


Implantação  Programas de ensaios de laboratórios

 Pontos do acompanhamento da Obra

 Controle mineralógico dos cascalhos

 Controle tecnológico da pozolana artifial

 Controle do calor de hidratação


A realização de monitoramento constante e inspeções periódicas

nas estruturas de concreto da barragem de Jupiá feita pelo

Conclusão programa de segurança da Cesp não contatou, até o momento,

indícios de problemas que possam ser atribuídos a reatividade

álcali-agregado.
 CHIOSSI, José Nivaldo. Geologia Aplicada à Engenharia. Rio de
Janeiro: Grêmio Politécnico, 1979.

 MILANI, Edilson José. Comentário sobre a origem e a evolução


tectônica da Bacia do Paraná. Artigo– Petróleo Brasileiro S.A. Rio de
Referências Janeiro, p. 239.

 COUTO, Tiago Andrade. Reação Álcali-Agregado: Estudo do


fenômeno em rochas silicosas. Dissertação (Dissertação em
engenharia) – UFG. Goiânia, p.191. 2008.

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