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PRIORIDADE
INICIALMENTE, requer os benefícios da assistência judiciária, uma vez que não tem
condições de arcar com as custas e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e de sua
família, fazendo jus ao disposto na Lei 1.060/50.
3ª Regional de Ilhéus, Av. Canavieiras, 170, Centro
DOS FATOS
A requerente é proprietária de imóvel localizado à Rua São Mateus, 619, Alto do Coqueiro,
Malhado, onde mora com sua família, conforme cópia do registro de imóvel anexo.
A requerida, vizinha de fundo da requente, promoveu no mês de outubro uma obra, que,
inicialmente, preocupava a autora e seus vizinhos por ter sido implantada em um morro, que fica
atrás dos imóveis destes.
Durante o transcorrer da execução da obra, a autora solicitou da prefeitura providências,
processo nº 11126-13 de 29/10/13, tendo em vista o iminente risco de desabamento que a abra
proporcionara, nesse diapasão a requerente reivindicou o embargo da referida construção.
A Prefeitura Municipal, diante dos fatos, notificou a requerida, (notificação nº 003560 de
15/10/13 por violação aos arts. 120 e 122 da Lei Municipal 1105/74) por esta carecer de prévia
licença para construir, acrescer, modificar ou reparar prédio.
Acontece que, a requerida não regularizou sua situação junto aos órgãos competentes,
contrariando determinação administrativa da prefeitura, e concluiu sua obra.
Foi noticiada, em rede nacional, a incidência de fortes chuvas no final do mês de novembro,
mais precisamente nos dias 27 e 28/11/13, que trouxeram transtornos a boa parte da população
baiana, incluindo a ilheense.
Tratando-se, pois, de uma tragédia anunciada, parte do barranco onde fora promovida a
construção irregular deslizou até os imóveis da requerente e de seus vizinhos, a autora está
atualmente com mais de metro e meio de barro escorado na parede de sua residência.
Isto posto, temendo o desabamento do imóvel da requerida sob sua residência, que fatalmente
vitimaria a si e a seus familiares, não restou à requerente outra alternativa senão a ora postulada, para
ver seu direito respeitado diante das atitudes vis perpetradas pela ré.
3ª Regional de Ilhéus, Av. Canavieiras, 170, Centro
DO DIREITO
O direito de construir, bem como os seus limites, estão claramente expressos nos artigo 1.299
do Código Civil Pátrio, onde afirma que “O proprietário pode levantar em seu terreno as construções
que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.”
Se não suficiente o supracitado, o artigo 1.280, caput, do mesmo diploma legal afirma que
“O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou
a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano
iminente.”
Isto posto, há clara a ilegalidade cometida pela parte requerida que, aproveitando-se da
avançada idade da requerente, tenta sobrepor seus desejos aos ditames legais aplicáveis à espécie.
DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
O artigo 273 do Código de Processo Civil, regula sobre a antecipação da tutela, a saber:
demolição à obra pode provocar uma tragédia com vítimas fatais, haja vista ser a autora e seu
esposo pessoas de idade avançada, e conviverem com outros entes queridos em sua residência.
DO PEDIDO
2. Que seja CITADA a ré para, querendo, apresentar defesa, no prazo legal, sob pena de
sujeitar-se aos efeitos da revelia.
3. Que seja julgado PROCEDENTE o referente pedido, obrigando a ré, às suas custas, a
demolir sua construção, tomando todas as cautelas necessárias para que não venha gerar maiores
danos à autora, marcando-se prazo para tanto, sob as penalidade da lei, impondo-a ao pagamento de
multa pecuniária por dia de atraso no cumprimento do julgado, no valor já acima requerido.
Protesta e de logo REQUER provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas,
especialmente oitivas de testemunhas, consoante artigo 332 do CPC .