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APOIO AO DIAGNÓSTICO

 PET SCAN

A PET Scan é a sigla em inglês para a tomografia por emissão de pósitrons (Positron
Emission Tomography) e é uma modalidade de diagnóstico por imagem que permite o
mapeamento de diferentes substâncias químicas radioativas no organismo.

As denominações PET-Scan e PET-CT possuem o mesmo significado. Esse exame foi


desenvolvido na Universidade de Washington, em 1973, pelos médicos Edward
Hoffman e Michael E. Phelps. A PET Scan é um exame que une os recursos da
medicina nuclear e da radiologia, uma vez que sobrepõe imagens metabólicas às
imagens anatômicas, produzindo assim um terceiro tipo de imagem. Em português,
usa-se também a sigla TEP como equivalente a PET.

No Brasil, a metodologia PET foi inicialmente introduzida em 1998 com as câmaras de


cintilação com circuito de coincidência. Posteriormente, em 2003, equipamentos PET-
dedicados e PET/CT foram gradativamente incorporados ao arsenal diagnóstico.
Recentemente, notou-se um aumento crescente no número de equipamentos
instalados em instituições públicas e privadas, associado a um número, também
crescente, de instalações de cíclotrons (equipamentos que produzem os isótopos
emissores de pósitron utilizados na realização dos exames). Os cíclotrons existentes
no Brasil estão localizados em diferentes regiões do país, o que possibilita a
descentralização da realização dos exames de PET/CT.

A vantagem da PET Scan sobre os demais exames de imagens é que ela permite
medir a atividade metabólica das lesões, demonstrando assim o grau de atividade
delas, podendo mostrar a presença de alterações funcionais antes mesmo das
morfológicas, permitindo um diagnóstico ainda mais precoce de doenças neoplásicas.
A PET Scan produz imagens mais nítidas que os demais estudos de medicina nuclear
e, além disso, informa acerca do estado funcional das estruturas examinadas e não só
do seu estado morfológico. 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Na preparação para o exame, é necessário jejum de quatro a seis horas, bem como
uma alimentação pobre em carboidratos na noite que o antecede. Antecedendo o
exame, o paciente deve receber uma injeção de glicose ligada a um
elemento radioativo (quase sempre flúor radioativo) e cerca de sessenta minutos
depois deve submeter-se a uma tomografia computadorizada, quando então serão
tomadas imagens do corpo inteiro, durante cerca de 25 a 35 minutos, em média. A
PET Scan capta os sinais de radiação emitidos pelo elemento radioativo,
transformando-os em imagens e determinando assim os locais onde há presença
deste açúcar, demonstrando que neste local há um metabolismo acentuado. Então, as
regiões que metabolizam essa glicose em excesso, tais como tumores, regiões
do cérebro em intensa atividade e o coração aparecerão em vermelho numa imagem
criada por computador. O paciente deve permanecer na clínica por, pelo menos, duas
horas, após o que poderá reassumir suas tarefas diárias, sem restrições.
Principais indicações

Câncer de Pulmão

- Estadiamento de carcinoma de não-pequenas células potencialmente tratável.


- Avaliação de resposta terapêutica de tumor de pequenas células
- Avaliação de Nódulo Pulmonar solitário indeterminado
- Avaliação de suspeita de recorrência da doença
- No mesotelioma, para guiar a biópsia e fazer o estadiamento antes da cirurgia ou da
radioterapia radical.

Linfoma

- Pacientes adultos e pediátricos com Linfoma de Hodgkin devem ser escaneados ao


diagnóstico e após dois ciclos de quimioterapia. Ao término do tratamento, os
pacientes devem ser escaneados se mantiverem massa residual, a não ser que
exame anterior seja negativo.
- Pacientes adultos com alto grau de linfoma de Hodgkin devem ser escaneados ao
diagnóstico e no fim do tratamento.
- Pode ser de grande ajuda nos pacientes com estágio inicial de linfoma folicular para
confirmar o estadiamento que definirá a agressividade do tratamento.
- Avaliação de suspeita de recidiva de doença de Hodgkin ou Linfoma não-Hodgkin
agressivo.
- Para ter acesso à resposta secundária a tratamentos subsequentes para linfoma
agressivo se a doença recidivada foi diagnosticada ao PET/CT.

Carcinoma Coloretal

- Para reestadiamento de doença localizada potencialmente ressecável ou doença


metastática limitada (*RM de fígado tem um valor complementar nesse grupo de
pacientes para detecção de pequenas metástases hepáticas que podem estar abaixo
dos limites de resolução do 18F-FDG PET/CT).
- Para detecção/confirmação de recorrência quando o antígeno carcinoembrionário
estiver aumentando com achados negativos ou equivocados em outros exames de
imagem.
- Avaliação de massas pré-sacrais após tratamento.
- Reestadiamento de câncer retal após quimioterapia neoadjuvante.

Tumores esofagianos e gástricos

- Estadiamento de carcinoma esofagiano potencialmente tratável.


- Resposta ao tratamento neoadjuvante em carcinoma esofagiano potencialmente
tratável.
- Avaliação de recorrência de tumores esofagianos e gástricos quando outros exames
de imagem estiverem com dúvida.

Tumores de estroma Gastrointestinal

- Para avaliação do estadiamento antes do tratamento.


- Para ter acesso à resposta à quimioterapia
Tumores de cabeça e pescoço

- Ajuda a identificar o sítio primário nos pacientes com carcinoma de células


escamosas metastáticas em linfonodos cervicais e sem sítio primário definido
seguindo o imageamento convencional e a avaliação endoscópica.
- Em pacientes selecionados com carcinoma de células escamosas de cabeça e
pescoço com metástases nodulares aonde é incerto no estadiamento convencional.
- Indicação de avaliação de suspeita de recorrência tumoral em pacientes com
imageamento equívoco ou indeterminado.
- Após quimioterapia em pacientes com massas residuais ao término do tratamento.

Tireóide

- Indicado em pacientes tratados com carcinoma de tireóide diferenciado e tratado


evoluindo com aumento de tireoglobulina, cintilografia de iodo de corpo inteiro negativa
e imageamento seccional-cruzado normal ou duvidoso.
- Indicado em pacientes com carcinoma medular de tireóide evoluindo com níveis
elevados de calcitonina, imageamento por cintilografia com ocreotide e óssea normais
ou duvidosos.

Melanoma

- Indicado para estadiamento em pacientes com doença metastática potencialmente


operável antes da ressecção.
- Indicado para consideração de dissecção nodal radical.

Testículo

- Indicado nos pacientes com seminoma metastático ou teratoma com massa residual
após tratamento.
- Indicado na avaliação de pacientes com suspeita de recorrência de seminoma ou
teratoma e imagem convencional duvidosa ou normal.

Sarcoma

- Indicado na avaliação de suspeita de transformação maligna em neurofibromas


plexiforme em pacientes com neurofibromatose tipo 1.
- Indicado em pacientes com sarcoma metastático com potencial para metastectomia
pulmonar e hepática no qual a imagem convencional não foi conclusiva.

Malignidade Ginecológica

- Estadiamento de câncer cervical de alto risco nas pacientes com doença avançada
localmente no imageamento convencional apresentando suspeita, como no caso de
nódulos pélvicos anormais na RM.
- Indicado para avaliação recorrência de carcinoma cervical e endometrial quando a
imagem convencional é duvidosa.
- Indicado no reestadiamento antes da cirurgia de exenteração.
- Pode ser útil em pacientes com carcinoma de ovário que apresenta CEA-125 em
níveis crescentes ou duvidosos e com imagem duvidosa.
- Para verificar a resposta à quimio e à radioterapia em pacientes selecionados com
massa residual após o tratamento.

Câncer Hepático-pancreático-biliar
- Indicado em pacientes com adenocarcinoma pancreático operável quando a imagem
convencional é duvidosa para metástases e que o PET/CT pode ser decisivo quanto à
operabilidade.
- Indicado em pacientes com malignidade hepato-biliar primária potencialmente
operável, sendo a imagem convencional duvidosa ou negativa para doença
metastática em que o PET/CT pode ser definidor de operar ou não.
- Indicado em pacientes selecionados com suspeita de recorrência de câncer hepato-
pancreato-biliar sendo o PET/CT decisivo quanto à operabilidade ou não.

Síndrome Paraneoplásica

- Indicado em pacientes selecionados com manifestações não metastáticas de doença


neoplásica como sinais neurológicos ou anticorpos aumentados para excluir ou
confirmar tumor primário oculto quando imagem convencional é inconclusiva
- Indicado em pacientes com doença de mama densa para avaliação em casos
suspeitos de recorrência.
- Indicado em casos selecionados de doença metastática antes da ressecção
cirúrgica.
- Ocasionalmente é útil para acesso precoce de resposta à quimioterapia em pacientes
de alto-risco.

Carcinoma Neuroendócrino

- 18F-FDG PET/CT pode ser de valor em pacientes selecionados com tumores neuro-
endócrinos pouco diferenciados para estadiamento antes do tratamento.
- Peptídeos marcados com Gálio-68, por exemplo o ocreotato-dota podem ajudar em
pacientes selecionados com tumores neuroendócrinos bem diferenciados.

Carcinoma Anal, vulvar e peniano

- Indicações limitadas podem ser de grande ajuda na doença metastática e na


avaliação de nódulos duvidosos.

Carcinoma de sítio primário desconhecido

- Indicado quando a imagem convencional não for conclusiva e a histopatologia falhar


em mostrar o sítio primário e a quimioterapia paliativa é indicada.

Tumores raros nas crianças e nos adultos jovens

- PET/CT pode ajudar no cuidado de crianças e adolescentes com tumores raros como
tumor de Wilms, neuroblastoma, hepatoblastoma e outros.

Tumores Cerebrais

- Permite a distinção entre área de necrose decorrente de radiação e recorrência


tumoral.
- Indicado para distinguir entre tumor cerebral e infecção atípica de pacientes
imunocomprometidos com lesões cerebrais novas normais que são indeterminadas
pelos exames de imagem connvencionais.

Indicações Neurológicas

- Ajuda na definição do lado da lobectomia anterior temporal ou as ressecções multi-


lobares em pacientes com convulsão parcial complexa.
- Avaliação de perda de memória ou sinais neurológicos sugestivos de demência.
- 18F-DOPA pode ser útil na avaliação dos pacientes com doença de Parkinson

Indicações Cardiológicas

- Em centros especializados, é útil na avaliação de miocárdio hibernante e isquemia


reversível em pacientes selecionados quando outros testes forem inconclusivos.

Vasculite

- Útil no acesso de padrões de vasculite e resposta ao tratamento.


- Pode ser interessante na avaliação de aneurisma de aorta após a intervenção
cirúrgica e pode ter valor diagnóstico se a infecção do enxerto for questionada.

Febre de origem indeterminnada

- Útil na identificação de foco para a doença e exclusão de malignidade em pacientes


selecionados quando a imagem convencional for negativa ou duvidosa.

Miscelânea

- Novos radiotraçadores como os derivados de colina podem ser úteis em pacientes


selecionados com câncer de próstata, carcinoma hepatocelular ou tumores cerebrais.
Existem evidências de seu uso na malignidade ginecológica.

Assistência DE ENFERMAGEM NO PET SCAN

Em geral, a PET Scan é um exame seguro e indolor e a glicose radioativa não causa


nenhum tipo de efeito colateral, podendo ser utilizado inclusive em pacientes
diabéticos, mas não deve ser feito, a menos que seja muito necessário, na gravidez.
Nesse caso, a paciente deve discutir a relação risco-benefício com o seu médico. Em
caso de amamentação, as mamadas devem ser suspensas por pelo menos seis
horas, sendo que o ideal é manter o bebê sem mamar no seio materno por 24 horas,
se possível.

Pré-exame: Verificar história de alergias e levantar quaisquer fatores de risco,


incluindo drogas utilizadas pelo paciente. Identificar a necessidade de medicações
profiláticas. Avaliar o estado geral do paciente; Conhecer o diagnóstico do paciente e
as complicações relacionadas ao uso do contraste. Orientar o paciente quanto aos
riscos do uso do contraste. Orientar o paciente em relação ao consentimento
informado e se houver anuência do mesmo, solicitar assinatura do termo de
consentimento.
2 Pesar o paciente, pois o volume do contraste a ser administrado está relacionado e é
de 01 ml/kg de peso.
Durante o exame: Preparar e administrar o contraste, incluindo o manuseio de bombas
infusoras.
4 Verificar a permeabilidade da punção venosa para evitar o extravasamento do
contraste. Observar sinais de reações adversas a essas substâncias. Acompanhar
alguns exames, especialmente, quando os usuários não podem ficar sozinhos na sala
devido às suas condições clínicas.
Pós-exame: Observar o paciente após o exame, pelo menos por vinte minutos.
Registrar em prontuário a evolução do paciente.
Conclusão:
Essas ações estão incluídas no processo de cuidar da equipe de enfermagem nessa
unidade que expressa no seu cotidiano à evolução tecnológica da saúde e exige
profissionais cientificamente preparados, mas sem perder de vista a necessidade de
atuar com uma visão humanizada e interdisciplinar, buscando a qualidade no
atendimento e excelência nos resultados.
Contribuições para a Enfermagem:
Foi possível identificar uma grande lacuna de conhecimento sobre este campo do
trabalho de enfermagem e mostrar a necessidade de futuras pesquisas.
 DENSITOMETRIA ÓSSEA

O procedimento é capaz de identificar anomalias mais precocemente do que os


exames convencionais, que só mostram a perda de calcificação quando o quadro se
mostra irreversível.

Exame padrão ouro para diagnosticar patologias como a osteoporose e osteopenia, a


DO foi desenvolvida por John Cameron e James Sorenson em 1963. O primeiro
equipamento de Densitometria Óssea comercial da história foi desenvolvido na
Universidade de Wisconsin – Madison USA em 1972, sob a tutela de Richard B.
Mazess, Ph. D. fundador da Lunar Corporation. O aparelho chegou ao Brasil em 1989

Como o feixe de radiação da densitometria geralmente é em lápis (mais direcionado),


não é obrigatório o uso de proteção contra as radiações ionizantes. A única
recomendação é que o técnico fique entre 1,5 m e 1,8m de distância do paciente.
“Antes do procedimento, todos os acessórios de metal devem ser retirados e o
uso de remédios que contêm cálcio na composição deve ser suspenso. Além
disso, pessoas que tomaram contraste de bário não podem fazer o exame no período
de oito a dez dias.

Deve-se medir a densidade óssea por meio de densitometria óssea para monitorar as
pessoas em risco, obter uma medida quantitativa da perda óssea e monitorar os
pacientes em tratamento

A densitometria óssea é recomendada para os seguintes pacientes:

Todas as mulheres com ≥ 65 anos


Mulheres entre a menopausa e os 65 anos, com fatores de risco, como histórico
familiar de osteoporose, baixo índice de massa corporal (p. ex., anteriormente definido
como peso < 58 kg) e tabagismo e/ou uso de medicamentos de alto risco de perda
óssea (p. ex., glicocorticoides)
Pacientes (homens e mulheres) em qualquer idade que tiveram alguma fratura de
fragilidade
Pacientes com evidências de diminuição da densidade óssea em exames de imagem
ou fraturas por compressão vertebral assintomáticas como achados em exames de
imagem
Pacientes com risco de osteoporose secundária
Osteopenia e Osteoporose
A osteoporose e a osteopenia são patologias que se caracterizam pela deterioração
do tecido ósseo ou seja, perda da Densidade Mineral Óssea (DMO). São doenças
similares, uma em consequência da outra. (HOOLICK et al 2010). A definição
densitométrica de cada uma, ficou estabelecido em 1994 pela Organização Mundial da
Saúde, onde ao nível de lombar ou fêmur proximal o critério é de DMO -1,0 a -2,5DP
para osteopenia e para valores inferiores a -2,5DP para osteoporose (VONDRACEK et
al 2009).

Outra questão sobre a diferença entre as duas patologias também é definido pela
OMS, osteoporose caracteriza-se como uma doença metabólica sistêmica, onde há
perda da massa óssea e da microarquitetura do tecido ósseo, a osteopenia por sua
vez, há perda de massa óssea porém não há perda da microarquitetura do tecido
ósseo (BEGHETTO et al 2014).

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Caso a paciente acredite estar grávida, ela deve notificar seu médico. A rotina diária
antes deste teste não precisa ser mudada, seja em relação a alimentos, bebidas ou
medicamentos ingeridos, exceto por medicamentos que contenham cálcio. Estes
medicamentos devem ser evitados por 24 horas antes do exame de densitometria
óssea.

O paciente não deverá ter se submetido a exame de Medicina Nuclear previamente


(72 horas) e não deverá ter realizado exame radiológico com uso de contraste
(aguardar pelo menos 5 dias).

No dia do teste, o paciente deverá comparecer com roupa sem metais (zíper, botões,
broches, etc)
 CATETERISMO CARDÍACO

O cateterismo cardíaco é realizado pela introdução de um cateter através de


artérias ou veias periféricas até as câmaras cardíacas, artérias pulmonares e veias
arteriais coronarianas.

Começou com Hales em 1711, colocando tubos nos dois ventrículos de um cavalo,
no século XIX passou pelo desafio da fisiologia a Claude Bernard, sofisticou-se
com a habilidade de Chauveau e Marey, começou a ser aplicado no coração
humano pelo arrojo de Forrsmann em 1929, foi desenvolvido sistemática e
cientificamente por Cournand e Richards pelo lado direito da circulação na década
de 1940, passou para o lado esquerdo do coração por Zimmerman, Cope, Ross,
Seldinger na década de 1950, por um acidente entrou nas coronárias pela mão de
Sones em 1958, chegando à coronariografia percutânea em 1967, conduzido por
Judkins e Amplatz, à angioplastia devido a uma recanalização periférica acidental
por Dotter em 1963, tornou-se terapêutico em 1966 por Rashkind, inaugurou a era
da recanalização coronariana pelo balão de ACTP de Gruentzig em 1977,
conquista que foi ampliada pela guia de Simpson em 1982, pelo stent de Sigwart
em 1984 e pelo stent revestido em 1999, por Sousa.

O cateterismo cardíaco pode ser usado para fazer vários testes, incluindo

Angiografia
Ultrassonografia intravascular (USIV)
Medição do débito cardíaco (DO)
Detecção e quantificação de shunts
Biópsia endomiocárdica
Medições do metabolismo do miocárdio
Esses exames definem a anatomia arterial coronariana, função cardíaca e
hemodinâmica arterial pulmonar para estabelecer os diagnósticos e ajudar a
selecionar o tratamento.

O cateterismo cardíaco é também a base para várias intervenções terapêuticas


(ver Intervenções coronarianas percutâneas).
ASSISTÊNCIA DE Enfermagem
Procedimento
Os pacientes não devem ingerir nada durante 4 a 6 h antes do cateterismo
cardíaco. A maioria dos pacientes não precisa pernoitar no hospital, a menos que
seja feita intervenção terapêutica.
CONTRAINDICAÇÕES AO CATETERISMO CARDÍACO

As contraindicações relativas ao cateterismo cardíaco incluem:

Insuficiência renal
Coagulopatia
Febre
Infecção sistêmica
Arritmia ou hipertensão descontrolada
Insuficiência cardíaca descompensada e
Alergia a agente de contraste radiopaco em pacientes que não foram pré-
medicados de maneira adequada

Após o cateterismo cardíaco:


Os cateteres são removidos e o introdutor é retirado por profissionais do Laboratório
de Hemodinâmica. A seguir é realizada compressão manual - de 15 a 20 minutos – ou
o fechamento por dispositivos hemostáticos (como “plug” de colágeno ou sutura).

A seguir é realizado curativo compressivo local. No caso do exame ser realizado pelo
braço, será realizado somente fechamento e curativo local. O curativo será checado
periodicamente, para averiguar a presença de sangramento local.

O repouso após o cateterismo será realizado na unidade de recuperação, onde o


paciente terá suas frequências cardíaca e respiratória e pressão arterial checadas
constantemente por, pelo menos, 2 horas.

O tempo mínimo de repouso absoluto será de 4 a 6 horas. A cabeceira do leito não


poderá ser erguida a mais que 30º. Não tente se levantar do leito durante esse
período.

A administração de soro e líquidos por via oral, após o exame, será realizada para
facilitar a retirada do contraste do organismo.
Por ocasião da liberação do paciente para sua residência, será obrigatório o
acompanhamento de familiar ou responsável.
A necessidade de novos procedimentos, medicações, dieta e atividades diárias serão
discutidas antes da alta hospitalar com o médico do paciente e com o cardiologista
intervencionista.

O procedimento, muitas vezes, demora menos de 30 minutos. No entanto, o processo


de preparo e repouso deverá ser considerado. Sugerimos que o paciente planeje
dispor de 5 a 9 horas do seu dia para a realização do exame.

Uma veia será puncionada no braço do paciente, para a infusão de soro e


medicações durante e após o procedimento. Eletrodos (adesivos plásticos) serão
colados em seu tórax para a monitorização do ritmo cardíaco durante o
procedimento.

Quando da punção da artéria (seja no braço ou na virilha), é instalado um


introdutor, por onde o cateter será introduzido.
O paciente poderá ver as imagens do coração na tela de vídeo durante todo o
exame, mas deverá permanecer deitado com os braços estendidos nos locais
determinados.
 LÍQUOR OU LCR (LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO)

O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um líquido incolor que circula o cérebro e a


medula espinhal através do espaço subaracnoideo, ventrículos cerebrais e o canal
central da medula. O exame do LCR fornece informações importantes em relação
ao diagnóstico etiológico e acompanhamento de processos inflamatórios,
infecciosos ou neoplásicos dos órgãos que são envolvidos por esse líquido. Esse
exame compreende a análise dos aspectos físicos, bioquímicos e citológicos do
LCR.

Heinrich Quincke

sua principal contribuição para a medicina interna foi a introdução da punção lombar para
fins diagnósticos e terapêuticos.

O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um líquido incolor, que circula o cérebro e a


medula espinhal através do espaço subaracnoideo, ventrículos cerebrais e o canal
central da medula. Apresenta peso molecular baixo e está em equilíbrio osmótico
com o sangue,  sendo constituído de pequenas concentrações de proteína, glicose,
lactato, enzimas, potássio, magnésio e concentrações relativamente elevadas de
cloreto de sódio.  É produzido nos plexos coroides dos ventrículos cerebrais e no
epitélio ependimário,(1) sendo que 70% do LCR é derivado de filtração passiva do
sangue e secreção através do plexo coroide.
Em adultos, cerca de 500 mL de LCR são produzidos por dia. O tempo médio para
renovação total do LCR é de quatro em quatro horas. O volume total em adultos
varia de 90 mL a 150 mL e, em recém-nascidos (RN), varia de 10 mL a 60 mL.
As duas principais funções do LCR são relacionadas à homeostase: proteção e
circulação. Ele constitui um eficiente amortecedor de choques para proteger o
encéfalo e a medula espinhal de impactos, fornecendo um suporte físico em que o
cérebro de 1.500 g passa a pesar 50 g suspenso no LCR. Em sua função circulatória,
o líquido distribui substâncias nutritivas filtradas do sangue e remove as impurezas
e substâncias tóxicas produzidas pela célula do encéfalo e da medula espinal.
A coleta da amostra de LCR pode ser realizada por três vias clássicas, sendo a
lombar a mais utilizada na rotina, seguida pela suboccipital e a via ventricular. As
indicações para a punção podem ser divididas em quatro categorias das principais
doenças: Infecção das meninges, hemorragia subaracnoide, malignidade primária
ou metastática, e doenças desmielinizantes.

As contraindicações relativas incluem
 Infecção no local da punção

 Diátese (predisposição de um indivíduo para determinadas doenças ou


afecções) hemorrágica
 Pressão intracraniana aumentada devido a lesão em massa intracraniana,
fluxo de LCR obstruído (p. ex., devido a estenose aqueductal ou malformação
de Chiari tipo I), ou bloqueio de LCR na medula espinhal (devido a compressão
da medula por um tumor)

O LCR normal é límpido e incolor; ≥ 300 células/μl produzem opacidade ou


turbidez.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

O procedimento quase sempre é realizado com uma anestesia local. O paciente


deve deitar em decúbito lateral ou pode estar sentado no leito.

Pós – punção lombar

A cefaleia é a principal complicação observada em pacientes que realizam a


punção
lombar. Ela é mais localizada na região frontal, mas também, pode ser na região
occipital.
Ela tem início de 2 a 48 horas e pode persistir por vários dias ou até mesmo
algumas semanas.
Os cuidados de enfermagem para os pacientes que realizaram esse procedimento
são a
monitorizarão dos sinais vitais. Após administrar medicamentos, conforme
necessidade e
prescrição médica e atentar para os sinais de complicação como náusea, vômito,
infecção da
pele no local da punção entre outros e realizar o curativo no local

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