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MECÂNICA
AUTOMOTIVA
TRANSMISSÃO 1
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PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
ÓRGÃOS DE TRANSMISSÃO
DA EMBREAGEM
A energia desenvolvida pelo motor térmico do automóvel, tem como finalidade alcançar a autopropulsão do
mesmo.
Os órgãos encarregados de «levar» esta energia do motor até as rodas motrizes, denominam-se órgãos de
transmissão, ao qual nos referimos nesta fase do nosso estudo.
a) Conjunto de embreagem: Seu propósito consiste em separar o movimento do motor do resto da transmissão
à vontade do motorista.
b) Caixa de velocidades: Este órgão muda as velocidades, quer dizer, «ajeita» a velocidade motor com a velocidade
resistente.
c) Diferencial: É o órgão encarregado de dar força de motriz às rodas de forma inversamente proporcional à
resistência oferecida.
Considerando que o conjunto de embreagem, é o órgão localizado imediatamente depois do volante, o conside-
raremos primeiro, e com ele, começaremos o estudo do sistema de transmissões mecânicas do automóvel.
NECESSIDADE DA EMBREAGEM
Nós dissemos que a embreagem cumpre a função de independizar a força motriz (motor), e os meios de transmição
desta força (com os órgãos de transmissão) à vontade do motorista, que é na realidade uma das características
deste mecanismo. Desta maneira, podemos deter o veículo enquanto o motor continua girando.
Este sistema também nos permite, ao mudar a velocidade de deslocamento do veículo, separar o motor do resto
da transmissão, enquanto se raliza a mudança de velocidade. A embreagem também permite, uma partida gradual
e macia do veículo, absorvendo a diferença de velocidade existente entre o volante (em giro contínuo) e as rodas
detidas e em contato com o caminho.
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CARACTERÍSTICAS DA EMBREAGEM
As qualidades que deve possuir uma embreagem para completar sua função satisfatoriamente são as seguintes:
B. Deve ter um funcionamento macio e progressivo, evitando ações bruscas que coloquem em perigo a vida útil
dos órgãos.
D. Deve operar com a máxima rapidez na embreagem e desembreagem dos órgãos de transmissão, evitando a
perda de velocidade do veículo.
I. Deve ter uma lubrificação efetiva e de fácil acesso para o controle permanente.
Inércia
Todos os corpos oferecem resistência às mudanças de estática ou estado dinâmico, por exemplo, os viajantes de
um veículo tendem a cair quando o mesmo começa andar. Este efeito é causado principalmente, pela rapidez em
que o veículo passa de, estar detido a alta velocidade. A inércia também se manifesta quando o veículo diminui sua
velocidade de maneira brusca, os viajantes tendem a manter sua velocidade, e se sentem «empurrados» na direção
em que o veículo avança. Os corpos pesados apresentam mais inércia que os leves, razão pela qual se pretende
alcançar, que as peças em movimento sejam o mais leves possíveis, respeitando sempre à resistência indispensável
dos órgãos de transmissão.
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Pressão
É denominado pressão, à força considerada por unidade de superfície. Por exemplo: se nós considerarmos um
peso de 40 quilos, que age numa superfície de 10 cm2, a pressão neste caso será de 4 kilogramos/cm2 que serão
o resultado da divição de :
40/10 = 4 Kg/cm2
Mas, se o mesmo peso age numa superfície menor, por exemplo, 5 cm2 a pressão duplica seu valor, quer dizer :
40/5 = 8 Kg/cm2
Aderência
É a atração mútua exercida entre dois corpos em contato. A aderência aumenta de forma proporcional ao grau de
polimento das superfícies em contato, dependendo de um mesmo polimento da natureza do corpo e da pressão
com que eles estão unidos.
Fricção
É a resistência que opõem os corpos para deslizar um com outro quando entram em contato. A fricção cresce
com a pressão que exerce um sobre o outro, sendo independente da superfície dos corpos em contato.
Alavanca
A alavanca é uma barra rígida com um ponto de apoio que permite modificar os efeitos das forças que serão
aplicadas. Em toda alavanca, é chamado de potência à força aplicada, e de resistência à força que é conquistada.
O resultado entre a potência e a distância que age a partir de um ponto de apoio, medido na direção perpendicular
à força, é igual a resistência do seu braço nas mesmas condições.
A alavanca pode ser usada para multiplicar uma força, aumentar um deslocamento, ou simplesmente investir
num movimento.
Na figura 1 é mostrado um exemplo de braço de alavanca, e a medição correta está em metrokilogramo (mkg)
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Força centrífuga
Todo corpo animado de um movimento circular tende a se movimentar para longe do seu eixo de rotação. Se por
exemplo, amarramos um corpo no final de uma corda e o fazemos girar, veremos que uma força tende a arrebentar
a corda. Esta força é a demonstração da existência da força centrífuga.
Trabalho mecânico
É o resultado da multiplicação entre uma força aplicada e o espaço Potência
que percorre. Isto já foi considerado previamente em nosso estudo, 5m
razão pelo qual não acreditamos seja necessário ampliar. 0,
10
Kg
Potência mecânica
É o trabalho levado a cabo numa unidade de tempo. Aqui acontece 0,5 x 10 = 5 mkg
algo semelhante ao conceito prévio, pelo qual nos resulta conhecido. É
importante não confundir a potência mecânica, com a chamada potência Resistência
no conceito de alavanca, já que esta, é só o lugar onde a força é aplica-
da que é capaz de conquistar a determinada resistência. Figura 1 - Braço da alavanca
Embreagens primitivas
A primeira embreagem adotada por Karl Benz no seu protótipo do ano 1885, estava constituída por uma correia
de couro, que era deslocada progressivamente de uma polia livre para outra fixa no virabrequim. Ambas polias
ficavam muito próximas, de forma que, na medida que a correia se movimentava, produzia-se um deslize. Poucos
anos depois as primeiras embreagens de cone foram desenvolvidas em duas versões, de cone direto e de cone
inverso.
Eram dois cones, um dentro do outro, um deles era recoberto por uma espessura de couro ou camurça. Um
estava solidariamente unido ao virabrequim, enquanto o outro, estava acoplado à caixa de velocidades e poderia
deslocar-se ao virabrequim, ou para a mesma caixa. Este cone móvel, era pressionado contra o outro, por meio de
uma mola helicoidal de tensão variável à preferência do motorista do veículo.
Isto era possível usando uma alavanca externa, sendo que a mola girava junto com o eixo de entrada da caixa,
acoplando-se e separando-se oportunamente a requerimento do motorista.
Estes tipos de embreagens não puderam cumprir com as exigências requeridas ao conjunto de embreagem por
diferentes razões. A embreagem de polias era muito lenta para desbrear total e bruscamente, enquanto que os de
cone, a inconveniência principal era as dimensões volumosas, já que era necessário muita superfície de contato
para transmitir a torção, em funçào de que a pressão unitária era muito pequena.
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Esta situação se modifica a partir de 1920, quando a fabricação e difusão de lonas para embreagens de aglome-
rado de amianto, permite obter coeficientes altos de aderência e alcançar temperaturas altas sem danos para as
próprios lonas.
Este material aglomerado de alta aderência, foi desenvolvido pela casa Ferodo de Inglaterra, e determinou o
sucesso definitivo desta embreagem.
O conjunto, consiste essencialmente num disco conduzido que trabalha junto ao eixo de entrada da caixa de
velocidades, e um disco condutivo que gira solidário ao volante do motor.
A embreagem de disco único é fabricada em dois modelos principais, o clássico de molas helicoidais, e o de
molas de diafragma, alcançando em ambos os casos grande difusão e excelentes resultados.
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As molas são colocadas geralmente em forma de coroa, e presionam a prensa em direção ao volante, forçando à
unidade de disco a girar entre ambos à mesma velocidade.
Os cames (no geral três) podem pivotar nos pino de pressão quando a alavanca inferior do pedal empurra
axialmente o rolamento para o volante, logicamente vencendo a ação das molas helicoidais.
Entre o rolamento e os cames, será colocado normalmente uma peça chamada espelho, sobre a qual se «apoiará»
uma das superfícies do rolamento.
A alavanca que aciona a embreagem é comandada mecanicamente pelo pedal, situada na parte inferior da cabine
do veículo, para ser acionado oportunamente pelo pé esquerdo do motorista.
A partir dos anos sessenta (1960) começaram a dibulgar-se os comandos hidráulicos, constituidos por uma
pequena bomba, e um cilindro de acionamento. A aplicação deste sistema hidráulico vem a melhorar
operacionalmente o conjunto, eliminando barulhos e folgas, e como resultado um controle mais uniforme.
O órgão mais importante dos comandos está constituído pelo rolamento de empuxo, também chamado «rolamento
regulador».
Levando em conta de que a embreagem é um órgão que gira, enquanto a alavanca estiver «detida», a união entre
estes dois órgãos requer a superposição de um rolamento, no qual sua pista interior adquire movimento circular
dos cames quando o pedal é acionado, separando e mantendo retirado o espelho enquanto o conjunto estiver
debreado.
Os rolamentos reguladores respondem a vários tipos, mas, os mais difundidos são os de bolinhas, chamados de
«rolamentos de empuxo».
O rolamento de empuxo, é construído com bolas do tipo radial, pressionando lateralmente e provistos de uma
reserva interior de lubrificante (graxa).
O conjunto de embreagem de disco único, normalmente trabalha a seco, mas pode trabalhar banhado a óleo, o
que permite proteger os componentes do sistema e agir como refrigerante.
Ao dizer debreado, estamos indicando que o conjunto transmitiu o movimento circular contínuo do volante, ao
resto dos órgãos de transmissão.
A sequência do movimento acontece no conjunto da seguinte maneira: a carcaça «acompanha» no seu giro ao
volante, e os elementos internos da mesma por estar vinculados a ela realizam suas funções (pino de pressão,
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mola, prensa, cames e espelho ). Quando os cames não atacam (pedal livre) as molas pressionam a prensa contra
o disco conduzido, forçando-o a girar à mesma velocidade do volante.
A folga existente entre o espelho e o rolamento, garante que o mesmo fique livre de movimento enquanto o
conjunto está debreado, e permite ao pedal um «jogo livre» que concede sensibilidade à operação de desencaixe.
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Volante
Embora este órgão já foi considerado em nosso estudo, ao tratar as peças móveis do motor, a efeitos de realçar
sua participação no mecanismo de embreagem, podemos somar que apresenta uma superfície de coroa circular
perfeitamente retificada e polida que age como superfície de apoio ao disco conduzido. Na periferia do volante,
aparecem furos para a fixação da carcaça, e pelo centro do mesmo passa uma bucha ou rolamento que as vezes
funciona como apoio do eixo primário da caixa, o que permite alcançar um correto centrado do conjuto. Esta
bucha que passa pelo centro do volante é fixada ao centro do flange do virabrequim.
Disco Conduzido
O disco de embreagem está encarregado de alcançar progressividade nas operações de encaixe e desencaixe, e
deixar o conjunto livre de esforços de torção que resultem em vibrações.
No momento de desbrear, por exemplo quando você faz o veículo Figura 5 - Disco conduzido elemental
funcionar, aplicando o giro do motor às rodas motrices imóveis, con-
vem que o encaixe seja progressivo, de forma que o motor não se deten-
ha (pare), nem a partida do carro seja violenta. Com o propósito de que o encaixe da embreagem seja macio e
progressivo, quer dizer, eliminando puxões violentos, barulhos e vibrações, foram desenvolvidos vários sistemas
de flexibilidade do disco conduzido. Todos eles têm como objetivo, evitar que o contato das lonas se faça por igual
em toda sua superfície baixo pressão dos seus órgãos condutivos (volante e prensa). Há partes do disco que
«tocam» primeiro com mais intensidade, e como a pressão de um modo gradual aumenta na superfície inteira de
fricção, estabelece um contato uniforme e contínuo com ajuda das molas amortecedoras de pressão.
A progressividade da embreagem se consegue dando flexibilidade ao encaixe, em dois lugares do disco conduzi-
do: na massa e na superfície de montagem das lonas.
A massa que até agora foi considerada um único disco, na realidade está formada por três arruelas ou discos da
maneira que o ilustra a figura 6.
Uma destas arruelas está fixada ao mandril, a outra contém abas nas quais as lonas estão montadas, e a terceira
age como suporte e pode conter um anel de segurança que sustenta a união das três.
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Nas janelas praticadas nas três arruelas (ver discos figura 6 e 7), molas compensadoras foram colocadas, conhecidas
como «bateria de molas compensadoras», de forma que ao ser arrastada a arruela que contém as lonas, pela pressão
entre o volante e a prensa, seu giro à comunica com a arruela fixa ao mandril, o que determina a compressão das
molas e com isso amorteça o impacto torsional elastizando a transmissão.
Na área de montagem das lonas, a amortização é alcançada por meio de abas elastizadas como as que ilustra a
figura 7, que mantêm uma inclinação alternada para um lado e para outro das lonas.
Ao estar pressionado o disco, as abas se comportam como molas e fazem progressiva e macia a transmissão.
Prensa
Lonas (ou capas) da Embreagem
Volante
As lonas são fabricadas de aglomerado de amian-
to em forma de tecido apertado, eventualmente Figura 6 - Dispositivo de flexibilidade do disco
montado sobre uma armação de linhas de
cobre. É comum denominar este material
de «Ferodo», mas é importante ter presen- Rebite da aba
te que Ferodo é o nome da companhia in- Aba Mola
Rebite
glesa que desenvolveu este material pela compensadora
fixador do
primeira vez.
forro
A fixação das lonas do disco (arruela com
abas), é feita por meio de rebites de cobre,
que são inseridos através de furos
praticados para esses efeitos nas lonas e
abas, da mesma maneira que o mostra a Massa Mandril
figura 7.
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o resultado alcançado com este método ainda não se considera efetivo, e por isso se difundiu pouco.
É necessário somar que o desgaste das lonas de embreagem não é prejudicial para o conjunto até um milímetro
antes dos rebites, já que se estes encostam na prensa e / ou no volante, os arranhões que produzem podem acabar
causando a substituição dos mesmos.
Prensa
É o disco condutor encarregado de transmitir o «impulso» das molas amortecedoras de pressão, forçando ao
disco conduzido a girar à mesma velocidade que o volante em situação de
debréio.
Rebaixe do pivô
A face da prensa que está em contato com as lonas, deve estar perfeitamente
polida e plana; enquanto que a outra apresenta uma superfície irregular para
permitir o alojamento dos acessórios de debréio, molas e elementos de
regulagem. Na figura 9 uma prensa sem acessórios é ilustrada, com sua no-
menclatura correspondente.
Esta prensa que corresponde a um veículo moderno, nos mostra três torres
que correspondem a três cames ou «pés» de debréio, quer dizer, uma disposição
semelhante ao da figura 4. Os cames são regulados com relação a sua altura
por meio de parafusos de regulagem alojados no centro da torre, e eles são Torre
travados ou rebitados uma vez regulados, para evitar que o conjunto se des-
monte durante o serviço.
Quando a face da prensa que fricciona com as lonas está arranhada por ação dos rebites do disco, deve ser
retificada até recuperar a planície original. Porém, esta operação não pode se repetir até esgotar a espessura da
prensa, já que passados os dois milímetros, a mesma sente o efeito e deve ser substituida.
Carcaça
É um prato semi-plano metálico que trabalha solidário ao volante do motor, por meio de parafusos localizados
na sua periferia. Este órgão anima o movimento da prensa mediante molas de pressão, e o conjunto de pinos de
pressão.
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A forma que adota a carcaça obedece ao desígn do volante, realmente quando o volante apresenta um resalto
periférico, da maneira que o ilustra a figura 4, a carcaça é semi-plana, por outro lado quando o volante for plano,
a carcaça deve ter forma de «sino» para alojar no seu interior o conjunto de molas, e chegar no seu contorno até
o volante.
Para alojar os cubos, a carcaça possui furos com esses fins, sendo as bordas dos mesmos as que se apoiam na
superfície interior da carcaça enquanto as molas os mantêm no seu lugar sobre pressão.
Espelho
É uma coroa circular com a face externa plana e polida, a efeitos de receber a fricção e acionamento do respetivo
rolamento quando o mesmo é operado para causar o debréio.
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Geralmente são utilizadas 6 ou 9 molas, mas, foram desenvolvidas embreagens com 3, 12 e até 18, estes últimos
em conjuntos para caminhões.
Em todos os casos as molas são colocadas entre a carcaça e a prensa, dentro de guias que a forçam a um trabalho
retilíneo.
É fundamental que as molas apresentem a mesma altura e tensão, a efeitos de garantir um equilíbrio operativo
total.
Na figura 4, é mostrado um conjunto de embreagem pressionado por nove molas, e na figura 11 um conjunto de
seis molas.
A) A carga das molas aumenta ao «acionar» a prensa, e diminui ao soltá-la. É o oposto à conveniência operativa.
C) Quando as molas se localizam no contorno do conjunto, ficam sujeitas a um efeito centrífugo, que em altas
revoluções as comprime e faz com que diminuam sua eficiência.
E) Possui grande quantidade de peças em movimentos simultâneos, o que requer um elevado serviço.
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Situação de embreado
Neste caso o diafragma apresenta uma curvatura inversa em relação à figura 12, exercendo pressão sobre a
prensa com seu diâmetro externo.
Deste modo o rolamento de empuxo não está em contato com o diâmetro menor do diafragma, girando o
conjunto à mesma velocidade do volante.
Na figura 13 uma embreagem deste tipo é mostrada com um corte didático em situação de embreado.
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mos um gráfico pressão / percurso do pedal, da maneira como o ilustra a figura 14.
Na mesma, é apreciado que as molas helicoidais possuem uma carga alta só quando são pressionadas, quer dizer,
quando o pedal está sendo pressionado, a mola do diafragma desenvolve uma curva, que garante uma pressão
crescente enquanto o veículo está debreado.
A operação destes controles hidráulicos, está baseado em dois princípios físicos elementares que são:
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Ajustador
Quadrante dentado
Mola do quadrante
Cabo da
embreagem
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movimento retilíneo chega à mesma que se movimenta angularmente, transferindo este efeito ao eixo do pivô e ao
garfo de controle. Este último solidário ao rolamento de empuxo, alcança o deslocamento axial do mesmo para
estabelecer a operação desejada.
Operação de embreado: ao deixar de se pressionar o pedal, a força das molas de retorno, forçam a alavanca de
controle a uma volta angular inversa, e os líquidos voltam ao cilindro principal, ficando o mecanismo como o
ilustra a figura 15. O líquido usado nos controles hidráulicos, é um fluido de betuminosos de base mineral norma-
lizado e de qualidade extra.
EMBREAGENS ESPECIAIS
São dispositivos não convencionais, que substituem à embreagem de disco único na procura de automação e
conforto. Foram desenvolvidos sistemas diferentes, como hidráulico, centrífugo, elétrico e eletromagnético, mas,
a difusão maior também foi alcançada pela embreagem hidráulica chamada de hidrocinética, razão pela qual se
conhecerá a sua consideração em primeiro termo.
EMBREAGEM HIDRÁULICA
Neste tipo de embreagem não há nenhum contato direto entre o condutivo e o conduzido, acontece que a
conexão de ambos é realizada por meio de um fluído, que agitado pelo condutivo, é projetado sobre o conduzido
produzindo seu movimento.
Para entender com facilidade esta conexão entre condutor e conduzido, nos referimos ao exemplo que ilustra a
figura 16, onde o distribuidor de ar alimentado pela linha de corrente, age como condutor e impulsa o distribuidor
sem alimentação elétrica que se comporta como conduzido.
Neste exemplo, o ar agitado e orientado do condutor ao conduzido, é o elemento de vínculo entre ambos, e pode
transmitir energia mecânica sem a necessidade de peças intermediárias.
A partir daqui foram desenvolvidos sistemas de embreagens, onde o encaixe entre condutor e conduzido foi
alcançado por meio de um fluído a base de óleo mineral, mas que em definitiva se comporta com os mesmos
princípios da hidro-cinética que o ar.
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Além de que, abaixo das 500 RPM, o deslizamento é o suficientemente alto, como para impedir qualquer
transmissão de potência. Por outro lado o encaixe neste tipo de embreagem é macio e progressivo, embora se
pressione o acelerador bruscamente, já que, para estabelecer a união, é necessário vencer o deslize e isto só é
alcançado de forma progressiva e independente da «urgência» da aceleração.
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100%
0%
%
juntos hidráulicos, permanecem sem necessidade de serviço por
o 3
%
20
10
períodos longos de operação, tendo claro, a precaução de usar o
iento
Par
5%
ient
2%
fluído indicado durante o tempo especificado (calcula-se em média
e as
zam
va d
30.000 Km. de percorrido).
Desli
Cur
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO rpm
0 2.500 5.000
FLUÍDO PARA EMBREAGENS Figura 20 - Par transmitido por el
embrague hidráulico.
HIDRÁULICAS
Uma combinação viscosa, a base de óleo mineral de alta qualidade deve ser usada, na qual seu processo de
refinamento e normalização, garanta uma marca de prestígio internacional.
Este fluído deve possuir baixa viscosidade e ponto de congelamento, a efeitos de poder reduzir o arrasto a baixa
temperatura, e também deve ser dotado de características espumosa e anticorrosiva.
No ano 1930, a primeira embreagem hidráulica foi aplicada a um automóvel Daimler de 25 HP.
B) A caixa de mudanças não pode ser usada com engrenagens móveis. Isto pode ser interpretado facilmente
quando estudemos este tipo de caixa.
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Isto é o que impede a utilização de caixas de mudanças com engrenagens móveis e embreagem hidráulica,
devido a tendência de giro da turbina, que seria necessário que para-se de girar totalmente para realizar as mudanças.
A efeitos de resolver esta inconveniência, novos sistemas de embreagens foram desenvolvidos, compostos por
uma embreagem hidráulica unida em série a um conjunto de embreagens de disco de fricção, da maneira que o
ilustra a figura 21.
A operação deste mecanismo é a seguinte: o volante do motor, é solidário ao impulsor que movimenta por meio
do fluído à turbina, e a mesma, à embreagem de disco, (platô, prensa e carcaça com mecanismos de desencaixe),
tudo isto transmite o movimento que recebe, ao disco conduzido em situação de debréio e através disto, ao eixo
primário da caixa.
Deste modo quando o motorista do veículo pressiona o pedal da embreagem, opera no conjunto de fricção, e
separa totalmente o movimento entre a embreagem e a caixa, sem participar para nada o arrasto entre o impulsor
e a turbina do conjunto hidráulico.
Apesar do sucesso alcançado com este mecanismo combinado na face operativa, sua difusão não alcançou um
grande nível devido ao custo resultante, volumoso e de serviço difícil.
Turbina
Carcaça Figura 21 - Embreagem hidráulica
Platô com conjunto de disco em série.
Prensa
Bomba
impulsora Eixo primário
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TÉCNICAS DE CONSERTO DE
EMBREAGENS
Um conjunto de embreagem moderna na qual seu trabalho se cumpre com os consertos, ajustes, e regras
sestabelecidas pelo fabricante do veículo, devem prestar um serviço prolongado, (aproximadamente 50.000 Km.)
sem anomalias nem danos.
É muito importante ter presente que os problemas nas embreagens não se manifestam de repente, mas,
apresentando certos sintomas, permite a correção na hora certa, e evita que pare de operar.
A maioria dos problemas numa embreagem, acontecem devido a utilização inadequada da mesma por parte do
motorista. Normalmente acontece, que alguns motoristas deixam na marcha normal, o pé esquerdo «apoiado»
suavemente no pedal sem tentar nenhuma operação. Neste caso, a pressão muito pequena que é exercitada no
pedal é o bastante para prejudicar.
Outra causa da deterioração do grupo, é «a meia embreagem», isto consiste em debrear ligeiramente, para fazer
patinar parcialmente a embreagem, e quando diminui a velocidade na mudança na qual está sendo levada, o motor
periga parar.
A efeitos de descobrir com um método lógico de investigação, racional e prático a possível falha, existem tabelas
de diagnósticos de serviço, onde se tratam as falhas mais comuns a que são expostas as embreagens no seu uso
normal, e com a assintência apropriada.
Em nosso estudo consideramos, o conserto de um conjunto de embreagem baseado no tipo disco único com
molas helicoidais de pressão.
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EMBREAGEM COM Lonas ou capas soltas. Mudar disco ou Lonas, e revisar a pren-
SALAVANCOS sa se têm arranhões.
PEDAL VIBRA Motor e/ou caixa mal alinhaddos. Verificar a montagem do motor,
embreagem e caixa.
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Óleo e/ou graxa nas lonas do disco Limpar e verificar fugas de lubrifican-
te.
Graxa muito fluida na caixa de veloci- Verificar e trocar pelo lubrificante in-
dades. dicado.
Ruidos com o pedal solto que Rolamento da direta da caixa Trocar rolamento.
desaparecem ao pressioná-lo danificado
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Para cada linha ou modelo de fabricação, existem manuais de serviço que especificam a ordem das operações e
as ferramentas a utilizar.
Operações:
D) Soltar o parafusos que fixam radialmente o conjunto ao volante do motor. Fazer marcas de coincidência entre
carcaça e o volante.
É importante destacar, que quando se procede à retificação da superfície de um volante, semelhante ao que
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mostra a figura 5, é necessário eliminar a mesma espessura de material na área de apoio da carcaça.
Em relação a bucha (ou rolamento) piloto, devemos ter em conta, que qualquer anomalia que apresente, fará
com que a embreagem trabalhe fora de linha e de forma defeituosa. É por isso, se a bucha estiver oval, cônica, ou
muito gasta, a mesma deverá ser substituida.
Enquanto aos rolamentos, a falha mais comum é a deterioração da jaula porta rolinhos, que exige uma troca
imediata.
Quando o rolamento de empuxo for um rolamento axial, deve ser verificado que gire livremente na sua montagem,
que não apresente problemas axiais (como rachaduras, marcas), e que evite vazamento de lubrificante. Quaisquer
destas condições que estiverem alteradas exigem a sua substituição.
Controle do conjunto:
Uma vez extraído o conjunto de embreagem do motor, se procede ao desmonte geral a efeitos de realizar-se um
serviço integral no mesmo, o qual permitirá um novo período de trabalho.
Para desmontar o conjunto, é necessário colocar o mesmo numa prensa, que permite comprimir as molas
amortecedoras de pressão para poder retirar os elementos de fixação.
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Operação de Desmonte:
O técnico força com a mão esquerda a alavanca no sentido da base, com isto comprime as molas, e a carcaça fica
livre da pressão das mesmas, a partir desse momento, com a mão direita, com a qual segura uma chave epropriada,
extrai as porcas de fixação.
Antes de separar a carcaça da prensa, é necessário fazer uma marca de coincidência em cada elemento, aos
efeitos de montar novamente na mesma posição, e não alterar o equilíbrio estático e dinâmico do conjunto.
Depois que se retira a carcaça e a totalidade dos componentes, da mesma maneira que mostra a figura, se submete
os elementos a uma limpeza com gasolina, e secando-os com ar comprimido realizamos posteriormente uma
inspeção visual de cada peça.
Na parte de trás da prensa, são controladas as torres do pivô, e também serão controlados os guias das molas de
pressão.
Um detalhe muito importante, é o controle da espessura da prensa, já que em sucessivas retificações se retira
muito material, podendo se chegar ao caso de não tolerar uma nova retificação, no qual deve ser substituída. O
máximo de espessura para rectificar está entre 1,5 mm e 1,8 mm, tomando-se como média de valores os conjuntos
pequenos e grandes.
Carcaça:
Serão controlados os guias das molas (fixas ou falsas), e se existem deformações na estrutura.
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Cames:
Nos pontos do pivô são controlados, o desgaste do extremo, que
trabalha com o espelho ou rolamento, e a regulagem. A inspeção
dos cames deve ser extrememente meticulosa, já que são as peças Marca de
que com maior frequencia apresentam problemas de todas as que coincidência
formam o conjunto.
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Espelho:
Deve permanecer livre de arranhões na área de fricção, e as bordas
em perfeito estado, caso contrário deve ser substituído.
Seleção de material
Uma vez concluída a inspeção dos componentes do conjunto, deve
ser classificado o material recuperável e o de substituição.
A) Colocar na base da ferramenta dois tacos, e apoiar na mesma a prensa com as molas de pressão na sua
posição primitiva, da maneira que o ilustra a figura 27.
Caso a prensa tenha sido retificada, as molas devem ser montadas sobre arruelas espaçadoras calibradas da
espessura que se retirou.
B) Uma camada leve de graxa deve ser aplicada nos extremos dos cames, articulações, registros, parafusos,
superfícies planas de fricção da prensa e na carcaça, quando estes existem.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
EDUBRAS
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
É por isto, que os fabricantes de veículos normalmente recomendam a troca completa do disco que alcança esta
kilometragem, que é exatamente quando todo o conjunto exige uma reparação total. Por outro lado, é lógico supor
que quando as lonas estiverem gastas por causas alheias ao trabalho normal, o disco também pode ter adquirido
outro tipo de deformação ou folga o que justifica sua substituição.
Fora este raciocínio, ainda serão realizados freqüentemente consertos do disco conduzido, especialmente na
troca de lonas.
Quando um técnico se depara ante um disco que exige conserto, deve optar entre as seguintes possibilidades:
Troca
Trocar as lonas
Novo disco
Substituição:
Consiste na entrega do disco conduzido deteriorado à retificadora, e receber em troca um disco recondicionado
a novo para sua montagem. Neste caso deve se exigir, que o «novo» disco tenha um lacre que passe pelo centro do
mandril, o qual indique que após o seu recondicionamento não foi montado em outro conjunto.
Disco novo:
É importante utilizar peças originais, ou substituições de comprovada qualidade.
Troca de Lonas:
As lonas substituídas sempre devem ser das mesmas características que as originais, e principalmente do mesmo
tamanho (diámetro e espessura).
As lonas são comercializadas modeladas e perfuradas, quando industrializadas pelo fabricante do conjunto de
embreagem original. Quando estas não se conseguem, devem ser procuradas em casas especializadas em materiais
de fricção.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Neste caso a lona mais grossa deve ser montada na face do Figura 29 - Furo para alojar os rebites.
disco que fricciona contra a prensa, por ser onde normalmente
mais se desgasta. É importante levar em conta, que uma das
lonas pode ser mais grossa do que a outra, mas não deve ser alterada a espessura total do disco.
Se os furos para o passe dos rebites já foram praticados, eles têm dois diâmetros, um para que passe o corpo do
rebite, e o outro que aloja a cabeça do mesmo, devendo ficar embutida 1,5 mm, aproximadamente debaixo da
superfície da lona.
Alguns furos das lonas são passantes ao diâmetro da cabeça, permitindo a passagem do pino inferior que apóia
o rebitado do disco na outra face.
Disco
Rebite: Lona
Pino grosso
Torno
Os rebites utilzados para segurar as lonas às bordas do disco
conduzido, normalmente são feitos de alumínio, ou de bronze,
sendo estes ocos.
É necessário ter um cuidado especial, para que o diâmetro Figura 31 - Broca especial para perfurar
maior que perfura o alojamento da cabeça do rebite, não pene- lonas de embreagem.
tre mais do que a espessura da mesma (figura 29), caso
contrário, a espessura da lona se debilitaria a tal ponto, que
poderia quebrar durante o funcionamento.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Regulagem do conjunto:
Uma vez o conjunto montado, e o disco conduzido recondicionado ou substituido, você procede à calibragem
da altura das bordas da embreagem.
Para isto é usado uma mesa de calibragem que consiste num volante adicional semelhante ao original do conjun-
to, ou um prato fixo com réguas que se comporta como volante universal.
A mesa de calibragem com volante adicional é ilustrada na figura 32, onde a fixação deste volante é observada na
mesma, e por sua vez, a montagem do conjunto a calibrar junto ao disco, também os espaçadores calibrados que
substituem o disco por ter suas mesmas espessuras.
Em outros casos o registro é rebitado à porca, resultando este método uma inconveniência para o próximo
desmonte do conjunto. Também pode ser aplicado entre a porca e o registro, um ponto de solda elétrica.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Em alguns conjuntos, o bloqueio será possível sem danos na porca ou o registro, e a segurança de fixação será
obtida por meio de uma arruela metálica «que se deforma» na direção da carcaça por um lado, e para a porca do
outro, evitando que a mesma gire.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Porca de regulagem
Luz molas cames
Figura 35
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Funcionamento do registro:
Para ajustar as folgas (luzes) antes mencionadas, operamos a porca de registro da seguinte maneira:
Para aumentar a luz: Afrouxar a porca registro, alongando a barra intermediária desenroscando-a. Estabeleci-
da a folga (luz), ajuste a porca novamente a qual se comporta como trava.
Para diminuir a luz : Afrouxar a porca registro, encurte a barra intermediária roscando-a.
Estabelecida a luz especificada, ajuste a porca.
No caso considerado, o conjunto de embreagem está imediatamente abaixo do lugar do motorista, por tanto,
entre o pedal e o conjunto a distância é muito curta, e os controles operados utilizam espaços e longitudes
reduzidas.
Existem casos de alguns automóveis, nos quais o conjunto de embreagem está na parte posterior do mesmo, e o
pedal permanece mesmo assim na mesma posição de condução. Nestes casos são utilizados cabos de aço para
transmitir o movimento angular do pedal ao conjunto. Este cabo está formado por fibras finas de aço de alta
qualidade, trançados a efeitos de alcançar solidez e manter uma flexibilidade apropriada. Na figura 36, se ilustra
uma transmissão de movimen-
to de uma embreagem deste
tipo. A regulagem de luz nesta Asoalho do
embreagem é alcançada no fi- Mola de retorno
veículo
nal do cabo adjacente no pe-
dal, e levando em conta de que
a folga entre a mola e o came Trava
Registro
é de 2 mm neste caso específi-
co, a folga livre do pedal con-
tinua sendo de 25 mm.
Cabo de aço
Funda Garfo
Rolamento de empuxo
Figura 36 - Comando da
embreagem por cabo.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
HIDRÁULICA Retentores
frouxos
Este tipo de embreagem normalmente apresenta uma
gama muito pequena de problemas, sempre que são
respeitadas as indicações e normas estabelecidas pelo
fabricante.
Folgas
Na figura 37 são mostradas as áreas de uma
embreagem hidráulica claramente, onde problemas
podem acontecer.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
MUDANÇAS DE VELOCIDADES
O mecanismo das mudanças de velocidades é denominado tecnicamente, como «variador de revoluções», mas,
comumente é chamado de caixa de mudanças ou simplesmente «marchas»
Basicamente trata-se de um conjunto de mecanismos, capaz de variar convenientemente, a relação entre as RPM
do motor e as das rodas motrices de um veículo.
A função específica da mudança consiste em adaptar a revolução do motor à resistência que apresenta o veículo
em toda sua condição de marcha.
Como sabemos, o poder de um motor a explosão aumenta com o número de RPM até atingir a velocidade de
funcionamento. Ao ser superado isto, este poder diminui, como conseqüência de um enchimento insuficiente dos
cilindros, e isto não compensa o maior funcionamento do motor. Vemos então, que é conveniente manter o motor
no regime de poder de máximo, quaisquer sejam as condições de deslocamento do veículo.
Caso A: Um automóvel se desloca numa rodovia em plano horizontal a uma velocidade de 90 Km/hora, com
seu motor girando a uma velocidade de regime de (4.000 rpm), desenvolvendo um poder de 50 HP.
Quando este veículo se depara com um plano inclinado, tal o caso da figura 38, os 50 HP desenvolvidos
não são empregados unicamente para se movimentar, senão que também, para conquistar a inclinação,
razão pela qual o veículo perderá velocidade até parar, devido à detenção do motor.
Caso B: Para evitar a inconveniência do caso anterior, o veículo foi dotado de um variador de revoluções ou
caixa de velocidades, que troca velocidade por força, enquanto o motor gira a uma velocidade de
regime de (4.000 rpm), e mantém o poder (50 HP). Deste modo o automóvel pode superar o plano
inclinado à velocidade constante e quando chega novamente ao plano horizontal recupera sua
velocidade de deslocamento.
Podemos dizer então, que a resistência que lhe oferecem os planos inclinados agem como « freios» do
motor, mas não o impede de desenvolver seu funcionamento e poder.
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39
MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
A caixa de mudanças, está formada por uma carcaça metálica (fundição férrea ou liga de alumínio) na qual no
seu interior foram dispostos conjuntos ou pares de engrenagens sobre quatro eixos horizontais, que comandados
exteriormente, permitem estabelecer reduções diferentes de velocidades e também a tomada da direta, quer dizer,
fazer passar a mudança sem redução da velocidade do motor.
As caixas de mudanças dos carros em série, são de quatro ou cinco velocidades, mas, em veículos esportivos
(também de série menor) são utilizado até seis velocidades.
V: 25 K/H
HP: 15 Motor
RPM: 1250 se cala
V: 55 K/H
HP: 30
RPM: 2500
V: 90 K/H
HP: 50
RPM: 4000
V: 90 K/H
HP: 50
RPM: 4000
V: 55 K/H
HP: 50
RPM: 4000
B
V: 55 K/H
HP: 50
V: 90 K/H RPM: 4000
HP: 50
RPM: 4000
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Constituição da caixa:
Está formada por quatro eixos que determinam dois trens de engrenagens principais, e um eixo pequeno para
montar o pinhão de retrocesso. Na figura 39, é ilustrado a disposição dos eixos, pinhões e mecanismos de contro-
le.
Rolamento de Rolamento
apoio do eixo de apoio do
primário eixo
Nível do secundário
lubrificante
Eixo retroceso
Tampão de (marcha re)
descarga do Eixo intermediário
lubrificante (múltiplo)
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Depois do estreitamento, vêm uma superfície talhada onde se aloja o mandril do disco conduzido da embreagem.
O eixo primário possui dois pinhões (engrenagens), o de maior diâmetro age em tomada constante com o maior
do trem inferior, e o outro permite vincular-se de frente com o eixo secundário. O dois pinhões do primário
formam uma única peça com o eixo, e por isso, acompanham todo o giro do mesmo.
Eixo secundário:
Éstá alinhado ao eixo primário, e seus pinhões podem ser deslocados axialmente, mas forçado girar por meio dos
encaixes talhados no comando. Precissamente por ser este eixo estriado em quase toda sua longitude, podemos
denominá-lo de «sulcado» ou eixo de saída. O secundário leva no seu extremo próximo ao primário, uma espiga
que lhe permite ser introduzido no mesmo para apoiar-se e alinhar-se sem levar movimento.
Em outros casos o secundário apóia-se no primário, por meio de rolamentos de bolinhas ou de rolos.
No extremo oposto ao primário, o eixo de saída se apoia a um rolamento de dimensões grandes (ver figura39), e
termina fora num encaixe que permite juntar o flange encarregado de «levar» o movimento para o resto da
transmissão.
As engrenasgens móveis do eixo secundário são duas, a de maior diâmetro que permite alcançar a primeira
velocidade, e a marcha de retrocesso e a de diâmetro menor que combina a segunda velocidade com a direta. Este
pinhão está formado por um denteado externo periférico (o qual observamos na figura 39) e um denteado interior
que pode ser juntado ao pinhão menor do eixo primário.
Junto as engrenagens móveis estão dispostos os colares, que abraçados pelos garfos que movimentam umas
barras corrediças, permitem deslizar axialmente os pinhões para alcançar as marchas diferentes à vontade do
motorista do veículo, que opera os garfos através
de uma alavanca de mudanças.
Conjunto múltiple
Acoplamento da segunda
Eixo
Eixo Intermediário: passante
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
O pinhão de diâmetro maior do múltiple (no caso da figura 39 quádruplo), está em tomada constante com o eixo
primário, e através deste, toma todos os pinhões do intermediário que estão em movimento.
O eixo do múltiple está apoiado nos extremos da cobertura ou caixa, e em alguns casos é ligeiramente cônico,
razão pela qual só pode ser se retirado num único sentido.
Ponto morto:
É denominado deste modo à combinação de engrenagens da caixa que não determina movimento algum ao eixo
secundário.
A figura 40 nos mostra a posição de ponto morto, e nela podemos ver as engrenagens do comando secundário
que não se vincula a qualquer pinhão, pelo qual não tem movimento.
Primeira velocidade:
Partindo da posição de ponto morto, para
estabelecer a primeira velocidade, é necessário
deslocar o pinhão maior do comando
Figura 41 - Combinação de engrenagens para primeira
secundário para o eixo primário até se juntar velocidade.
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43
MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Segunda velocidade:
Partindo da situação anterior, para se estabelecer
a segunda velocidade, é necessário voltar a Figura 42 - Combinação de engrenagens para
engrenagem maior do secundário à posição neu- segunda velocidade.
tra, e deslocar o pinhão menor do secundário para
atrás até juntá-lo ao segundo pinhão do múltiple,
da maneira que o mostra a figura 42.
Terceira velocidade:
Para se estabelecer a tomada direta, quer dizer,
transmitir a velocidade de giro do eixo do
virabrequim ao resto da transmissão, é importan-
te deslocar o pinhão menor do secundário ao eixo
primário. Deste modo se sobrepõe o denteado in-
terno do pinhão móvel ao denteado adicional ou
pinhão menor do eixo primário. Figura 43 - Combinação de engrenagens para
terceira velocidade.
Na figura 43, a posição relativa dos pinhões é
ilustrada para estabelecer a terceira velocidade, e
a linha grossa indica a trajetória do movimento Sentido de giro Sentido de giro inverso do motor
que vai pelo trem superior como se fosse um úni- do motor
co eixo. O giro do múltiple não participa nesta
marcha nem estabelece relação alguma.
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44
MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Realmente, ao deslocar a engrenagem maior do secundário para atrás, conseguimos com que o mesmo se junte
ao pinhão de retrocesso, da maneira que o ilustra a figura 44.
A sucessão de sentidos de giros desta marcha se desenvolve como segue: o eixo primário gira no mesmo sentido
do motor (sentido horário) e por estar em tomada constante, inverte o sentido de giro do eixo múltiple (giro
inverso ao motor), e por sua vez, o pinhão de retrocesso ao estar em tomada constante inverte o giro novamente
(sentido do motor), e por último o pinhão maior do secundário ao se juntar com o de retrocesso toma o sentido
inverso ao motor determinando a marcha -re.
Cabe dizer, que a marcha de retrocesso, exige a participação dos pinhões dos quatro eixos da caixa de velocida-
des.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Para a eleição de qualquer uma das marchas restantes, o motorista deve operar com o pé esquerdo o pedal da
embreagem, e uma vez produzido o desacople da placa de pressão (instantâneo), leva a alavanca de mudanças
com a mão direita para o extremo da placa seletora, o que corresponde à velocidade desejada. Uma vez realizado
isto, deve-se soltar o pé do pedal da embreagem progressivamente, e com o pé direito pressionar o pedal de
aceleração gradualmente.
Cobertura do volante de
inércia
Caixa de quatro velocidades: Cobertura da caixa
Quando utilizamos uma caixa de quatro velocidades, este inconveniente tende a desaparecer, já que a partir da
primeira velocidade dispomos de mais duas velocidades até acionar a direta.
Foram compensadas as caixas de três velocidades de grande utilização nos E.U.A., colocando nos veículos,
motores de grande poder e cilindradas, enquanto as caixas de quatro marchas acharam pronta e rápida difusão
entre os fabricantes europeus.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
No seu eixo primário não se registram modificações, no secundário se acrescenta um pinhão formando uma
única peça com o de maior diâmetro, o eixo múltiplo não se modifica, e no de reenvio se acrescenta um pinhão
formando uma peça única com o restante, sendo o de maior diâmetro o pinhão mais próximo à cobertura.
Na figura 47, um esboço da disposição dos pinhões é mostrado numa caixa de quatro marchas. Uma variante
importante de ser mencionada nesta caixa, consiste em substituir o pinhão menor do primário por um frontal
denteado, capaz de se acoplar a um denteado semelhante, disposto no pinhão menor do secundário para estabelecer
a tomada direta.
Em outros casos, continuamos com a disposição dos pinhões no sentido da direta, semelhante ao estudado na
caixa de três velocidades, o pinhão menor do secundário é sobreposto ao pinhão menor do eixo primário.
É lógico supor que as engrenagens móveis de retrocesso, fazem necessário a presença de um «novo» jogo de
transportador e garfo.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Primeira velocidade:
Baseados no esboço A, a sucessão de movimentos
está interpretado para esta marcha.
Segunda velocidade:
A engrenagem dupla, é deslocada para a frente, de
forma que o seu pinhão menor se acoplamento ao
terceiro pinhão do múltiple, tal como o ilustra o caso
B.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Terceira velocidade:
O pinhão de menor diâmetro do secundário, é
deslocado para atrás até acoplar a segunda
engrenagem do eixo múltiplo. Caso C.
Retrocesso:
Se deslocam os pinhões de marcha -re, a efeitos
de causar um duplo acoplamento, sendo que na
realidade o pinhão menor de retrocesso se vincula
ao pinhão maior do secundário, enquanto que o
pinhão maior de retrocesso acopla-se ao menor do
múltiple.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Na figura 49 ilustramos o mecanismo, com a alavanca de mudanças para esta caixa, e a posição relativa dos três
garfos e seu s transportadores.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Isto não modifica principalmente as condições desejadas, mas é adquirido a seguinte vantagem :
Suponhamos (figura 50), um jogo de engrenagens o qual possui 9 dentes, e o outro 36. Com estes valores
obtemos uma relação exata.
36 / 9 = 4
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Engrenagem de
denteado helicoidal:
Este tipo de denteado, também chamado de corte oblíquo,
permite um contato lateral melhor e mais completo entre os Pinhão Móvel
dentes dos pinhões de transmissão.
Denteado de corte helicoidal
Deste modo, a transmissão entre os pinhões é direta e
contínua ao mesmo tempo que silenciosa, já que ao girar num Eixo acanalado
helicoidal
certo ângulo, e antes de que o dente transmissor pare de agir,
outro dente começa sua ação alcançando um «acionamento»
contínuo.
Na figura 53, duas engrenagens são mostradas com denteado Pinhão fixo ao
helicoidal, uma fixa e a outra móvel, e o eixo guia com sulcado seu eixo
oblíquo para favorecer o acoplamento com o pinhão fixo ao
seu eixo.
Figura 53 - Engrenagens con
denteado helicoidal.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Com esta disposição, ambos pinhões de cada marcha, permanecem em trabalho constante, mas quando não está
engatada (qualquer que seja a marcha), não se transmite potência entre os dois pinhões, precissamente por um
deles girar solto.
No momento de se operar uma marcha a qualquer velocidade, o pinhão respectivo se solidariza com seu coman-
do (controle), mediante uma peça móvel acoplada ao mesmo eixo por meio de encaixes.
O movimento axial da mencionada peça móvel, é feito por meio dos garfos de controle comandados pela alavanca,
a vontade do motorista do veículo.
Na figura 54, uma mudança de engrenagens é ilustrada em trabalho constante, nas seis posições que o mesmo
pode adotar do ponto morto ao retrocesso, enquanto passa pelas quatro marchas para frente.
Cabe se dizer, que os pinhões localizados no comando secundário (estriado), são livres e podem se unir alterna-
tivamente à transmissão por meio alças móveis.
Outro detalhe merecedor de atenção, é o de que os pinhões do secundário que não participam da transmissão,
são marcados «em cor branca» no esboço.
Esta mudança de esforço de tração entre os pinhões, se reparte entre os periféricos denteados das engrenagens,
e o denteado central que se encaixa na alça.
Mudanças sincronizadas:
Tanto nas trocas de engrenagens móveis, como nas de trabalho constante, o acoplamento de uma marcha deve
ir precedido do debreado.
No entanto, isto não evita as batidas frontais entre os dentes de cada pinhão que participa, o que diminui a vida
útil dos mesmos. Aperfeiçoando o sistema de mudanças de engrenagens por trabalho constante, foi somado a este
conjunto, um mecanismo que permite igualar, no momento da operação das mudanças de velocidades, a rotação
da peça móvel e dos pinhões, com o que a tomada de contato, e a engrenagem se realizam suavemente, sem
batidas nem barulhos, em função das engrenagens que se acoplam com um mesmo diâmetro denteado.
O mecanismo mencionado, é denominado dispositivo de sincronização, e sua adoção só é possível nas caixas de
mudanças com engrenagens em trabalho constante.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Neste caso, os pinhões livres e os móveis, serão providos além de dentes, também de cones de embreagem,
também chamados de freios ou igualadores.
Dispositivo de sincronização:
Para a explicação dos elementos que constituem o dispositivo de sincronização, nós valeremos de duas figuras.
Se nos remetermos à figura 55, vemos que se trata da parte dianteira de uma caixa que pode ser de três ou quatro
marchas, agora então, o dispositivo de sincronização está entre os eixos primário e secundário, e o requerimento
do condutor pode se movimentar axialmente, unindo ao eixo secundário o movimento de qualquer um dos pares
de engrenagens.
Da mesma maneira que é observado na figura 55, o dispositivo de sincronização está no ponto morto, quer dizer
a velocidade entra à caixa através da direta e passa ao eixo inferior (múltiplo), e daí para os pares de engrenagens
que estão em tomada constante, mas, como as engrenagens do secundário estão soltas, a força de saída não é
transmitida.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Eixo transportador
Móvel
Rolamento
Eixo múltiplo
Na figura 56, veja que as engrenagens soltas possuem denteado duplo na parte mais larga helicoidal do
acoplamento permanente com o múltiple, e logo num setor de dentes retos seguido por um cone onde terá atrito
com o igualador até que as velocidades sejam iguais para deslocar a alça que estabelece a marcha.
O anel igualador ou «freio», normalmente é postiço e de bronze, a efeitos de evitar o contato direto com o cone
de aço por parte de um material semelhante.
O corpo possui um interior sulcado (estriado), que o fixa ao secundário, e um externo que o vincula ao móvel.
Cabe se acrescentar, que o corpo é o que em definitiva suporta o esforço da transmissão da potência.
A alça ou móvel, é uma peça cujo denteado interno coincide com o extremo do corpo para estabelecer as
marchas. Entre o móvel e o corpo, existem corpos de bloqueio a efeitos de sustentar o movimento acoplado, sem
que «salte» a marcha.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Dentes retos
Figura 56 - Conjunto sincronizado.
Quando os cones ou embreagens unem seus movimentos, o móvel é acionado por sobre os mesmos e estabelece
o acoplamento ao eixo secundário.
Deste modo pode ser dito que nas mudanças sincronizadas, a marcha é alcançada em dois movimentos, um
igualador e outro da mudança propriamente dita.
No «tempo» de igualação, da mesma maneira que é apreciado na figura 58, vemos que o anel igualador aperta a
superfície cônica da roda denteada, a efeitos de igualar as velocidades de ambos, preparando o momento de
mudança.
Uma vez que o anel igualador e a roda giram à mesma velocidade, o móvel passa sobre os dentes retos de ambos
(igualador e denteado reto da engrenagem), e estabelece a marcha, da mesma maneira que é apreciado na figura
59.
Para o desacople de uma marcha, só é necessário acionar a alavanca de mudanças no sentido contrário, conseguindo
deste modo o desencaixe de todo o dispositivo sincronizador.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Caixas Semi-sincronizadas:
Trata-se de caixas de três ou quatro marchas,
cujo dispositivo de sincronização estabelece, Figura 57 - Dispositivo de sincronização en corte.
segunda e terceira, ou terceira e quarta.
Caixas sincronizadas:
São aquelas caixas de três, quatro ou cinco marchas onde todas as dianteiras são sincronizadas.
Nota: Em todas as caixas, a marcha-re, é de dentes retos, por ser a única velocidade que deve ser colocada com
o carro detido.
Posição de Posição de
sincronizador acoplamento
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Cabe se dizer, que os sincronizados da terceira e quarta, e da primeira e segunda, são das mesmas dimensões
apesar de transmitir pares diferentes de força.
MUDANÇAS DE ACOPLAMENTO
As mudanças não sincronizadas, são de rara aplicação.
Podem ser vistos ainda, em veículos pesados e de competição, principalmente por motivo de robustez.
A maioria dos automóveis de competição, de fórmula, levam mudanças não sincronizadas, chamados de
«acoplamento rápido».
Os dentes dos acoplamentos móveis e pinhões, são normalmente frontais e de forma cuidadosamente estudada,
para facilitar seu rápido «encaixe».
Nas mãos especialistas dos pilotos, estas mudanças permitem manobras muito velozes com uso limitado da
embreagem.
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Geralmente as mudanças para carros de competição são construídas com dentes retos, com o propósito de evitar
dispersões de potência, e obviamente neste campo, não é uma exigência a operação silenciosa da mudança.
Na figura 61, o perfil de um dente usado nas mudanças de competição é ilustrado, onde é apreciado, que além
de favorecer o acoplamento, evita o desacoplamento entre cada marcha.
Engrenagem livre
Contra-engrenagem
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Sincronizador Sincronizador
2da. - 3ra. 1ra. 1ra. - Reversa
3ra. 2da. Reversa
Sincronizador
2da. - 3ra. 1ra.
Sincronizador
3ra. 2da. 1ra. - Reversa Reversa
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MECÂNICA AUTOMOTIVA - TRANSMISSÃO
Sincronizador
2da. - 3ra. 1ra. Sincronizador
3ra. 2da. 1ra. - Reversa
Reversa
Sincronizador
2da. - 3ra. 1ra. Sincronizador
3ra. 2da. 1ra. - Reversa Reversa
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