Você está na página 1de 3

HIV

1 – INTRODUÇÃO

HIV e AIDS, qual a diferença entre elas? Bom gente, quando falamos de HIV, estamos nos
referindo ao VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA, que é, como o nome já diz, um vírus
que ataca o nosso sistema imune, fazendo com que ocorra uma queda brusca da imunidade. Só para
título de curiosidade, podemos colocar que nós temos dois grandes grupos ou linhas celulares, uma
linha que faz resposta aguda, que é logo após alguma infecção ou corte etc, que ataca as bactérias
ou vírus logo que eles entram no corpo, e outra que faz a proteção por meio de anticorpos, que são
as que nós estimulamos quando tomamos vacinas, que nos defendem a longo prazo. Esses são os
linfócitos, o HIV vai atacar essa linhagem celular, mais preferencialmente os linfócitos TCD4, e
quando isso ocorre nós temos uma deficiência muito grande do nosso sistema imune, que é o que
nós chamamos de AIDS, ou síndrome da imunodeficiência adquirida.

2 – TRANSMISSÃO

O HIV e a AIDS já são muito conhecidos pela sociedade e se sabe da importância que tem a via
sexual na transmissão desse vírus, ela ainda hoje é a principal via de transmissão do vírus HIV, pois
ele está muito presente em fluidos como o sêmen e a secreção vaginal.
Outra via que nós temos para a transmissão é a vertical, ou de mãe para filho, que pode ocorrer em
dois períodos, durante a gestação ou durante a amamentação, durante a gestação a mãe transmite
para o bebe através da placenta, no período de amamentação a transmissão ocorre porque o vírus
também se faz muito presente no leite materno.
E uma terceira via importante de transmissão do HIV é a hematogênica, que quer dizer pelo sangue,
é muito comum observar esse tipo de transmissão em adictos de drogas injetáveis, onde ocorre o
compartilhamento de agulhas. Uma via que ocorria antigamente mas hoje não acontece mais é por
transfusão, nos primórdios da transfusão sanguínea o controle do sangue era menor, hoje em dia já é
muito rígido e isso não acontece mais.

3 – FASES DA INFECÇÃO PELO HIV

A primeira fase, chamada de infecção aguda, ocorre logo após a entrada do vírus no nosso
organismo, onde ele fica ali paradinho, descansando e se reproduzindo por 3 a 6 semanas, depois
desse tempo o que aparece é um grado muito parecido com a gripe, que dá febre, mal estar,
passando despercebido na grande maioria dos casos, dai o organismo começa a produzir anticorpos
contra o vírus e nós passamos para a segunda fase.
A segunda fase é chamada de período assintomático, mas nela ocorre a verdadeira guerra entre o
nosso organismo e o HIV, nesse período ocorre a tentativa de defesa, porém o vírus sofre muitas
mutações e o corpo não da conta de produzir anticorpos pra todos os tipos que aparecem e com os
anos vai perdendo essa guerra, pelo mesmo motivos das mutações é que até hoje não se conseguiu
fazer uma vacina ou antídoto para o HIV, perdendo essa guerra entramos na terceira fase.
Nessa fase sintomática inicial o que ocorre é que as células de defesa não dão mais conta de segurar
o HIV e ele acaba ganhando a guerra, aqui o corpo fica mais susceptível a infecções comuns e o que
aparece é febre, diarreia, suor noturno e um emagrecimento exponencial.
O quarto estágio é a etapa da SÍNDROME DA IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA, onde o
hospedeiro fica praticamente sem defesas no corpo, sendo muito vulnerável a infecções oportunistas
que são as responsáveis por causar a morte do indivíduo. As infecções mais comuns na AIDS são as
hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de cânceres, como o sarcoma
de Kaposii.
4 – TRATAMENTO

O tratamento para o HIV é feito através de medicamentos antirretrovirais. Antigamente, esses


medicamentos causavam muito mal estar e complicações para os pacientes portadores de HIV,
porém hoje se tornaram relativamente bem toleráveis e proporcionam uma boa qualidade de vida ao
doente. O objetivo principal da medicação é evitar que o paciente evolua à fase de AIDS, já que não
consegue curar o paciente, então o tratamento é para tentar evitar a progressão e não para acabar
com o vírus, pois devido as mutações que ele sofre, não conseguem fazer um medicamento efetivo
para acabar com ele.
Um ponto negativo que se vê com a evolução dos medicamentos é que levando a uma qualidade de
vida quase normal, a população começa a perder o medo da doença, o resultado é o crescimento que
vem tendo dos casos de HIV, como podemos observar nos gráficos, porém para o doente é muito
melhor.

5 – PREVENÇÃO

Como a maior forma de transmissão é a sexual, o uso de preservativo poderia evitar a maioria dos
casos de HIV, a transmissão vertical, que é a de mãe pra filho, pode ser evitada com a toma correta
da medicação durante gravidez e amamentação, não devemos compartilhar seringas e agulhas, em
todos os serviços de saúde isso é material descartável, usou jogou fora, porque não é só o HIV que
se transmite por essa via, e profilaxia pós exposição caso haja contato sexual desprotegido ou
perfuração com materiais contaminados, que oferece maior risco para profissionais da saúde.

6 – MITOS SOBRE O HIV

1. Beijo na boca transmite HIV: O contato com a saliva não transmite o vírus HIV e por isso o beijo
na boca pode acontecer sem peso na consciência, à não ser que os parceiros tenham alguma ferida
na boca, porque sempre que há contato com o sangue existe o risco de transmissão

2. Pessoas com HIV não podem ter filhos: se o homem ou se a mulher forem soropositivos para
evitar a contaminação do parceiro é recomendado realizar uma fertilização in vitro, a mulher que é
HIV positivo pode engravidar mas deve realizar os exames para saber se sua carga viral é negativa e
ainda assim deve tomar todos os remédios que o médico indicar para não contaminar o bebê.

3. Quem tem HIV tem AIDS: Nós já vimos isso, HIV é o vírus e AIDS é o estagio final da doença
causada por ele.

4. Se o teste é negativo eu não tenho HIV: Após o contato com o HIV positivo, o corpo da pessoa
pode levar até 6 meses para produzir os anticorpos anti-HIV 1 e 2 que podem ser identificados num
teste de HIV. Por isso, se você teve algum comportamento de risco tendo relação sexual sem
camisinha deve fazer o primeiro teste do HIV e após 6 meses deve realizar um novo teste. Se o
resultado do 2º teste também for negativo, isso indica que realmente você não foi infectado.

5. Sexo oral não transmite HIV: A pessoa que recebe o sexo oral não tem risco de contaminação
mas quem faz o sexo oral tem risco de ser contaminado em qualquer fase, tanto no início do ato,
quando há somente o líquido lubrificante natural do homem, como durante a ejaculação. Por isso é
recomendado usar camisinha até mesmo no sexo oral.
6. Brinquedos sexuais não transmitem HIV: Usar um brinquedo sexual depois de uma pessoa HIV
positivo também pode transmitir o vírus, assim como as seringas e agulhas, deixando a pessoa
contaminada e por isso não é recomendado compartilhar estes brinquedos.

Você também pode gostar