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Procedimentos para uma solução de backup corporativa eficiente

Como elaborar um bom plano de backup? Uma boa solução de backup


corporativo exige mapear os procedimentos ao armazenar informações,
identificando os locais de armazenamento, periodicidade e quais são os
possíveis pontos de falha em caso de desastres. Antes de definirmos qual a
melhor solução para manter as informações de sua empresa salvas, saiba
quais são as situações mais frequentes que podem causar a perda dos dados:
 Sinistros como furto, incêndio ou alagamento
 Falha de equipamentos
 Erro humano, falhas de usuários
 Falhas lógicas, arquivos e partições corrompidos ou deletados
 Falhas na segurança, vírus e invasões
Algumas soluções de backup corporativo podem funcionar bem antecipando
possíveis falhas em equipamentos, mas nem sempre estão preparadas contra
sinistros ou falha humana. Por isso, um bom plano de backup deve ser
elaborado de acordo com o nível de segurança desejado, levando-se em
consideração a importância dos dados, o tamanho do investimento e o tipo de
cobertura conseguida. Para validar o investimento, vale a regra que quanto
maior for o custo gerado caso haja interrupção da operação, maior deverá ser o
nível de segurança da solução.
Um plano de backup começa pelo levantamento do cenário

Para elaborar um bom plano de backup para qualquer empresa é necessário


realizar um levantamento detalhado do ambiente, mapeando quais dispositivos
armazenam as informações necessárias ao negócio.
Servidores, computadores, tablets e celulares são os equipamentos mais
lembrados, porém alguns tipos de negócio exigem soluções personalizadas,
como call centers com centrais telefônicas que gravam automaticamente as
ligações ou empresas de geo-localização que precisam manter cópias de
coordenadas dos aparelhos GPS.
Após a identificação dos possíveis pontos para backup, o próximo passo é
identificar qual o caminho que a informação percorre até chegar ao dispositivo
de armazenamento que centralizará o backup e quanto a infraestrutura de TI
será impactada com o processo.
Esclarecendo:
Para que o backup seja efetuado, qualquer software terá que ler os dados e
transmiti-los para a solução escolhida, seja utilizando o processamento de um
servidor, largura de banda da rede local ou de uma conexão internet.

Dependendo do tempo necessário para esse processo, o sistema de backup


exigirá trabalho adicional de servidores e estações, uma vez que além de
responder as requisições rotineiras dos usuários, o sistema de armazenamento
também deverá enviar os dados a serem copiados. Isso implica na diminuição
de performance dos equipamentos, rede local e banda de internet, impactando
diretamente a produtividade.
Como qualquer plano de backup corporativo deve considerar a infraestrutura
local, é importante levar em consideração que os dados que serão copiados
irão gerar atividade extra de disco e maior tráfego de dados, consumindo maior
banda de rede.
Por esses e outros motivos, alguns pontos precisam ser observados para poder
elaborar o plano de backup:
 Janela de Backup
 Versionamento
 Tempo de retenção
 Archiving ou descarte
 Tempo estimado para o processo de restauração
 Capacidade de armazenamento necessária
Janela de backup

Janela de backup é o período em que a execução do processo de cópia dos


dados não irá atrapalhar a produtividade dos usuários, sendo usualmente
definido quando não há ninguém trabalhando, ou seja, fora do horário de
trabalho.
E aí alguém pode perguntar, mas e se meu ambiente funcionar 24h?
Em casos assim, uma boa prática é verificar qual dia ou período da semana a
carga de trabalho é menor antes de implementar uma solução de backup.
Algumas tecnologias de monitoramento permitem elaborar estratégias para
realização do backup empresarial sem atrapalhar o trabalho, executando a
tarefa de acordo com o nível de processamento do momento. Nesses cenários,
consultar um especialista para identificar e dimensionar quais soluções são
mais adequadas para cada cenário podem ajudar muito no correto
dimensionamento da solução.
Versionamento

Outra questão importante é entender se a empresa precisa das diferentes


versões dos mesmos arquivos. Cenários como esse, onde é necessário manter
diversas versões de um mesmo arquivo, alterados por um ou mais usuários no
decorrer do tempo, necessitam mais espaço de armazenamento na solução de
backup que no próprio ambiente de produção.
Como exemplo, num cenário onde temos cinquenta arquivos de 10GB cada
(total de 500GB), caso seja necessário manter as últimas três alterações de
cada um deles, a solução de backup necessitará pelo menos 1,5TB de
capacidade para armazenamento.
Tempo de retenção

O tempo de retenção é aquele em que os arquivos precisam ser mantidos e


estar disponíveis para o usuário. Nem sempre associadas a maior
produtividade, algumas informações como recolhimento de impostos, disputas
judiciais ou documentos públicos devem ser mantidas por anos, seja por
governança, exigência legal ou operacional.
Esse tempo de retenção varia de acordo com cada empresa ou ramo de
atividade, porém a correta identificação da “vida útil” dessas informações
permite a transferência de informações menos utilizadas para áreas de
armazenamento de menor custo, otimizando a performance do sistema
principal e da solução de backup.
Archiving ou descarte

Quando determinados arquivos não são mais utilizados, sempre será


necessário decidir se os mesmos serão descartados ou arquivados. O
problema começa quando diversas versões dos mesmos dados são
distribuídas para diversos dispositivos sem nenhum critério.
Sem políticas de backup e archiving claras, qualquer empresa está sujeita a
armazenar informações desatualizadas, incompletas, de forma desorganizada
e utilizar recursos desnecessários ao processo. Um plano de backup
consistente deve contemplar quem será responsável pela cópia dos dados, o
que será armazenado, por quanto tempo e que informação será descartada.
Restauração do Backup

Testar o modelo antes do desastre pode salvar muitas reputações e empregos.


A restauração do backup pode ser um processo traumático de acordo com
cada situação. Recuperar apenas um arquivo ou pasta de qualquer computador
que apresentou problemas pode ser uma tarefa com alto nível de stress.
Servidores parados e serviços interrompidos podem causar grandes danos a
qualquer corporação. Soluções de backup corporativa devem ser submetidas a
testes de tempos em tempos, com o propósito de identificar possíveis falhas ou
melhorias a serem implementadas.
Outra dica importante é determinar o tempo necessário para restaurar um
sistema em caso de desastres. Proporcionar a continuidade imediata dos
negócios é fundamental para qualquer plano de backup corporativo. Sistemas
que nunca foram testados ou foram implementados a muito tempo merecem
atenção, pois acidentes não acontecem de forma agendada.
Ferramentas desatualizadas podem tomar vários dias para restaurar dados de
um único ambiente, causando verdadeiras catástrofes. Ao avaliar a real
necessidade da empresa, identifique corretamente o downtime (tempo de
inatividade do sistema) negociado e simule alguns testes de conformidade para
validar as informações.
Planejamento

Outro ponto importante é ter ciência que o primeiro backup é geralmente mais
demorado, pois fará cópia integral de todos os arquivos. Planejar com
antecedência o tempo necessário da primeira cópia do sistema poupa uma
série de reclamações dos clientes internos.
Um levantamento antecipado envolvendo informações como a compatibilidade
da solução de backup com os sistemas operacionais e banco de dados
utilizados, número de estações suportadas e quantidade de informações a ser
transferida ajudam a evitar gastos desnecessário na implantação.
Além disso, informações mais técnicas como número de IOPS suportados pelo
sistema, a correta identificação e o equilíbrio da taxa de transferência entre a
origem dos dados e a solução de backup podem ser úteis para procedimentos
mais complexos.
Após fazer o levantamento necessário, é hora de decidir a solução de
armazenamento e o software de backup, baseado nas informações levantadas.
Apesar das diversas opções disponíveis, a maioria das soluções de backup são
baseadas em fita, discos ou nuvem.
Backup em fita

Sistemas de backup baseados em fita, como das marcas Tandberg, Imation e


RDX, ainda são muito populares em diversos cenários que envolvem
armazenamento massivo de dados. Aplicações que utilizam muitas imagens
com sistemas de CFTV, registros médicos, projetos de edição de vídeo e de
arquitetura são apenas alguns exemplos de algumas aplicações que
geralmente utilizam backup em fita.
Equipamentos como drives e autoloaders LTO geralmente possuem preços
maiores que seus competidores baseados em discos, porém o custo por
terabyte armazenado diminui de acordo com o número de fitas utilizadas.
Como a gravação e o acesso aos dados gravados em sistemas baseados em
fita é linear, a performance na execução do backup e na restauração dos dados
nem sempre atende a demanda da aplicação. Sistemas para recuperação de
desastres em fita são mais lentos que soluções em disco e são mais propensos
a apresentar falhas.
Além disso, tecnologias como DLT, LTO ou antigas DDS possuem uma série
de versões que nem sempre são compatíveis, necessitam locais próprios para
armazenagem e precisam ser rebobinadas periodicamente, gerando assim
custos adicionais de propriedade e manutenção.
Com a redução contínua de preços e o aumento da capacidade dos hard disks,
a maioria das soluções de backup baseadas em fita estão gradativamente
perdendo espaço. Sistemas de armazenamento em discos como storages
entregam inúmeras vantagens em relação aos antigos sistemas de fita e
merecem ser considerados ao implementar um plano de backup corporativo.
Backup em Disco

Uma das vantagens dos sistemas de backup baseados em hard disks é que o
acesso aos dados é randômico, e não linear como no sistema de backup em
fita. Esse acesso direto a informação torna esse sistema mais rápido e
confiável, porém com uma vida útil menor que soluções baseadas em fita.
Sistemas de armazenamento baseados em discos podem centralizar backups
de diversos servidores ou estações, seja através por compartilhamento via rede
utilizando protocolos como SMB ou através do serviço de alvo iSCSI. Além de
serem equipamentos fáceis implementar e utilizar, sistemas de backup
baseados em disco são mais simples de gerenciar, pois mantém todos os
dados centralizados num único local.
Alguns administradores de TI tem a falsa ideia que unidades de
armazenamento com arranjos de discos sofisticados ou sistemas de
clusterização de servidores substituem o sistema de backup. Fuja dessa
armadilha.
Um plano de backup sério deve conter elementos de contingência, pois mesmo
esses sistemas podem apresentar problemas inesperados, ocasionando a
perda de dados.
Backup em Nuvem

Mais e mais provedores tem ofertado serviços de backup em nuvem. Apesar de


alguns grandes players entregar esse tipo de serviço, vale lembrar que não
existe almoço grátis e cada contrato possui regras, exigências e recursos que
variam de acordo com o uso.
Para alguns, comprar backup em nuvem é comprar uma área de disco ou fita
num datacenter equipado com hardware e software desconhecidos, ficar
dependente de um link de internet e da taxa de transferência que a solução
proporciona.
Dependendo da empresa de backup em nuvem e do plano contratado, essa
triste definição pode tornar-se não só a descrição real, mas também o pior
pesadelo do cliente.
Nesses cenários é comum encontrarmos “upload inicial dos dados quase
interminável” e, de acordo com a periodicidade de atualização do backup,
janelas de backup insuficientes, links operando no limite e consequente
redução na produtividade interna da empresa contratante.
Outro ponto a ser observado é que, em caso de desastres, a restauração
também estará dependente do link de comunicação, sobrecarregando a
infraestrutura interna de TI, além dos prejuízos ocasionado pela restauração.
Como exemplo, o download de 2TB de dados armazenados num serviço de
nuvem qualquer exigirá aproximadamente 44 horas caso um link de 100
Megabits seja usado em sua capacidade máxima sustentada.
Caso esses mesmos 2TB estivessem armazenados num storage NAS
conectado através de duas portas de rede gigabit na mesma infraestrutura de
TI, o tempo de transferência seria reduzido para apenas três horas. Além disso,
dependendo dos recursos da empresa e da estratégia do gestor de TI,
sistemas de replicação poderão implementados e acionados para que não haja
interrupção no trabalho.
Como implementar um plano de backup corporativo confiável?

Apesar de diferentes, as soluções acima podem ser complementares,


atendendo várias demandas dentro de um mesmo ambiente. Por questão de
governança, algumas empresas ainda necessitam validar o processo de
backup através da gravação de dados em sistemas baseados em mídia
removível, por isso não podemos descartar qualquer um dos métodos.
Com prazos e orçamentos cada vez mais apertados, nem sempre é possível se
aprofundar em todas as possibilidades para elaborar uma política de backup
eficiente e confiável. Caso você tenha alguma dúvida o queira conhecer nossas
soluções de backup, traga seu projeto e conte conosco. Somos especialistas
em sistemas para armazenamento de dados

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