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Metodologia para

o levantamento de
necessidades de
capacitação 2020
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Maysa Sacramento de Magalhães
Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento
Bianca Walsh
Gerência de Tecnologia e Apoio à Capacitação
Marcelo Rodrigues de Holanda Maia
Gerência de Soluções de Capacitação
Paulo David de Jesus Tostes dos Santos
Equipe Técnica
Coordenação de Treinamento e Aperfeiçoamento / ENCE
Metodologia para o levantamento de necessidades de capacitação 2020

Introdução
Em virtude do Decreto 9991, de 29 de agosto de 2019, a Coordenação de
Treinamento e Aperfeiçoamento (CTA) da Escola Nacional de Ciências Estatís-
ticas (ENCE) apresenta sua nova metodologia de Levantamento de Necessida-
des de Capacitação (LNC) em 2020. A metodologia trata apenas das necessi-
dades que serão atendidas por capacitações desenvolvidas internamente pela
CTA e por capacitações oferecidas pela Escola Nacional de Administração
Pública (ENAP). Outros tipos de necessidades de capacitação serão prospec-
tados e enviados ao Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil da Administra-
ção Federal (SIPEC) pela Coordenação de Recursos Humanos (CRH) do IBGE
ou pelo representante de capacitação da sua Unidade Organizacional.
A metodologia inclui as seguintes etapas gerais:
(1) o levantamento, por meio de preenchimento de formulários, das neces-
sidades de capacitação
(2) a análise dos formulários preenchidos por consultores de capacitação
da CTA
(3) a homologação das necessidades por meio de acordo entre solicitantes
e CTA
(4) o envio das necessidades para o SIPEC.

1. Calendário
O calendário proposto nesta metodologia está em conformidade com o prazo
para o envio do Plano de Desenvolvimento de Pessoas (PDP) no Guia para
Elaboração do Plano de Desenvolvimento de Pessoas, publicado pelo SIPEC
em setembro de 2019. O prazo limite para o envio do PDP é o dia 15 de ju-
nho. Dessa forma, os prazos a seguir buscam garantir a conclusão das etapas
gerais de forma satisfatória e viável para que todas as áreas envolvidas cola-
borem no LNC anual.

Divulgação dos catálogos


28/02 e envio dos formulários
Entrega dos formulários preenchidos
31/03 com as necessidades de capacitação
Análise e aprovação
31/05 das necessidades de capacitação
Envio das necessidades
15/06 ao SIPEC

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Metodologia para o levantamento de necessidades de capacitação 2020

2. Tipos de Necessidades de Capacitação


São três os tipos de necessidade objeto dessa metodologia de LNC: (i) neces-
sidades de capacitação correspondentes aos itens do catálogo da CTA, (ii) ne-
cessidades consideradas como novos projetos para desenvolvimento da CTA
e (iii) necessidades correspondentes aos itens do catálogo da ENAP. Cada
tipo de necessidade terá um tratamento específico, associado com processos
de trabalho particulares a sua realidade.
Os outros tipos de necessidades de capacitação, como participação em con-
gressos, disciplinas, cursos de curta duração deverão ser levantados e infor-
mados ao SIPEC pelo representante de capacitação das diferentes unidades
organizacionais. Se aprovadas, o servidor deverá inscrever sua solicitação por
meio do sistema de eventos de curta duração que exigirá, entre outros docu-
mentos, a comprovação de que a capacitação consta do PDP aprovado pelo
SIPEC. Somente assim, o servidor terá o afastamento garantido para parti-
cipar desses eventos. Da mesma forma, o representante de capacitação das
diferentes unidades organizacionais também deverá levantar e incluir no siste-
ma do SIPEC as intenções de afastamento para pós-graduação. Em seguida,
o servidor deverá submeter sua solicitação ao CCT, respeitando a RCD que
trata desse tipo de afastamento em vigor.

2.1 Necessidades referentes aos catálogos


Até o final de fevereiro de todos os anos, a CTA divulgará seu catálogo para os
anos seguintes. Apenas as capacitações disponíveis para oferta, já desenvolvi-
das em conformidade com os critérios de qualidade estabelecidos pela Coorde-
nação, serão apresentadas no catálogo da CTA. Eventualmente, por necessida-
de de revisão ou descontinuidade do projeto, algumas capacitações não serão
incluídas no catálogo de um ano específico. Nesse catálogo, as capacitações
são apresentadas com sua carga horária, sua modalidade de ensino, seu obje-
tivo de aprendizagem e seu conteúdo.
A CTA também divulgará anualmente o catálogo em vigor da ENAP para que os
servidores do IBGE possam solicitar capacitações de acordo com sua necessi-
dade. Com a implementação do Decreto 9991, a ENAP passa a ser responsá-
vel por desenvolver servidores por meio de capacitações transversais, ou seja,
aquelas de necessidade geral do servidor independentemente do órgão a que
está vinculado ou da área técnica em que atua. Nesse sentido, capacitações
sobre redação oficial, gestão de equipes, licitações, por exemplo, passam a ser
centralizadas. No catálogo da ENAP, constam informações como carga horária,
objetivo de aprendizagem e modalidade de ensino.
Todas as diretorias, coordenações-gerais e unidades estaduais terão a sua dis-

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posição um formulário para preencher conforme sua necessidade, considerando


todas as capacitações disponíveis nos dois catálogos daquele ano. O solicitan-
te deverá ler sobre sua capacitação de interesse e preencher, caso queira, com
os seguintes dados:
• Necessidade a ser atendida
• Público-alvo
• Unidade organizacional do público-alvo
• Quantidade de servidores
• Unidade de federação da demanda
Todas essas categorias são de preenchimento obrigatório para que o envio do
PDP atenda às determinações do órgão central do SIPEC. A “necessidade a
ser atendida” é o item fundamental da lógica do novo PDP, já que vincula a
capacitação ao desempenho no trabalho. Para preencher essa categoria, os
solicitantes devem considerar melhorias em processos de trabalho e confor-
midade com objetivos estratégicos da instituição.
Após o preenchimento, que deve ser feito até o final de março, as necessi-
dades serão avaliadas por consultores de capacitação da CTA, que avaliarão
se a necessidade foi redigida de forma clara e específica. Caso o consultor
identifique alguma dissonância, fará contato com o solicitante para refinar a
solicitação. Em seguida, o consultor avalia se a necessidade é atendida pela
capacitação solicitada, e, nesse ponto, em conjunto com a área solicitante,
pode considerar que a capacitação não atende.
Se a solicitação não for atendida pela capacitação solicitada, duas ações são
possíveis: o consultor avalia internamente na CTA a necessidade de revisão da
capacitação, ou o consultor recomenda que a solicitação seja feita por outros
canais para envio ao órgão central do SIPEC. Nesses casos, a necessidade
poderá ser atendida por uma capacitação externa, por meio de um evento de
curta duração, ou de uma licença para capacitação. Também pode ser atendi-
da por meio de um novo projeto de capacitação realizado pela CTA, desde que
atenda os critérios de elegibilidade (ver seção 2.3). Além disso, se a necessi-
dade for de natureza transversal a vários órgãos federais e sua manifestação
for recorrente, a ENAP poderá transformá-la em um projeto de capacitação
que venha compor seu catálogo no futuro. Portanto, é importante não deixar
de preencher para que o servidor tenha várias opções de atendimento.
Ainda sobre o momento da análise das solicitações, se o consultor aprovar as
solicitações, ele pedirá que os solicitantes sugiram indicadores de desempenho
para avaliar se após a capacitação o servidor de fato transferiu o conhecimento
aprendido para o seu trabalho. Essa medida visa a aprimorar a capacitação com
vistas a um impacto mais efetivo para o desempenho do servidor.

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As necessidades preenchidas, assim como os indicadores sugeridos, serão


considerados pelo instrutor ou tutor no planejamento da capacitação. Essas
informações servirão de base para a elaboração de tarefas, projetos ou pro-
blemas que nortearão a experiência da capacitação.

2.2 Necessidades de Novos Projetos CTA


Caso as áreas solicitantes não considerem suas necessidades atendidas por
nenhuma capacitação dos catálogos da CTA ou da ENAP, é possível solicitar
um projeto de capacitação nova. No entanto, é preciso considerar alguns
critérios de elegibilidade para que uma necessidade se transforme em uma
capacitação interna do IBGE:
1) Mínimo de 10 servidores: Por uma questão de economicidade, é preci-
so avaliar se a quantidade de servidores é suficiente para se pensar na
oferta de turmas. Nesse sentido, a CTA propõe a quantidade de 10 ser-
vidores no mínimo como referência.
2) Não é atendida pelo IBGE ou outro órgão: Ainda por uma questão de
economicidade, é preciso avaliar se aquela necessidade de fato não pode
ser atendida pelos catálogos da CTA e da ENAP em vigor, pelos progra-
mas da CRH, ou ainda por programas de capacitação gratuitos e abertos
a servidores, oferecidos por outros órgãos públicos.
3) É vinculada a um ou mais processo(s)/projeto(s) do IBGE: Por uma ques-
tão de aderência às necessidades do IBGE, é preciso identificar um ou
mais processo(s) ou projeto(s) de trabalho vinculados à necessidade em
questão. Dessa forma, alia-se o desenvolvimento do servidor com o de-
senvolvimento institucional.
4) É validada pela autoridade máxima da UORG: Para avaliar os interesses
da instituição, a autoridade máxima (diretor, coordenador-geral ou che-
fe de unidade estadual) da área solicitante deverá aprovar a solicitação
antes de ela ser encaminhada à CTA. Essa aprovação deverá ser enviada
por email para a coordenadora da CTA, ratificando a necessidade daque-
la capacitação para sua unidade organizacional.
Se a solicitação atender a esses critérios, ela deverá também ser feita por
meio de formulário enviado pela CTA, cujo preenchimento incluirá os seguin-
tes critérios:
• Necessidade a ser atendida
• Público-alvo
• Unidade Organizacional do público-alvo

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• Quantidade de servidores
• Unidade de Federação da Demanda
• Processo (s) ou projeto(s) de trabalho vinculados
• Grau de impacto
• Intensidade estratégica
O corpo gerencial irá avaliar a elegibilidade e viabilidade da realização do
novo projeto, considerando disponibilidade orçamentária e prazo de desenvol-
vimento da solução. Considerando que as solicitações podem ser diversas, a
CTA considerará três critérios para priorizar as solicitações:
• Quantidade de servidores
• Grau de impacto
• Intensidade estratégica
A intensidade estratégica diz respeito a uma nota de 1 a 5 que a área solici-
tante atribui ao grau de aderência da solicitação a objetivos estratégicos do
IBGE, sendo 1 considerado uma intensidade muito baixa e 5, muito alta. Da
mesma forma, o grau de impacto diz respeito a uma nota de 1 a 5 que a área
solicitante atribui ao grau de impacto que a solicitação teria nos processos de
trabalho da área, sendo 1 considerado muito baixo e 5 muito alto. A quanti-
dade de servidores será pontuada conforme o seguinte esquema:
• 10 a 30 servidores: 1 ponto
• 30 a 60 servidores: 2 pontos
• 60 a 90 servidores: 3 pontos
• > 90 servidores: 4 pontos
O produto da nota da intensidade estratégica com a nota do grau de impacto
será somado aos pontos referentes à quantidade de servidores. O resultado
será considerado o grau de atratividade daquela solicitação para o desenvol-
vimento de uma nova capacitação. A fórmula a seguir demonstra esse racio-
cínio de priorização:
(Nota da intensidade estratégica×nota do grau de impacto) +
pontuação da quantidade de servidores=
grau de atratividade
Por exemplo, se uma área solicitante considera que sua necessidade tem in-
tensidade muito alta e grau de impacto muito alto, mas só atende apenas a
20 servidores, o grau de atratividade da sua solicitação será igual a 26.
(5x5)+1=26

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O processo de análise para as solicitações de projetos novos não se reduzirá


apenas à análise do formulário preenchido. A CTA poderá fazer reuniões com
as áreas solicitantes para esclarecer melhor a solicitação. Caso o projeto seja
considerado estratégico pela alta direção do IBGE, isso será considerado no
processo de priorização.
Todo o fluxo de trabalho envolvendo a recepção e análise das necessidades, as-
sim como a definição da estratégia de atendimento está ilustrado na figura abai-
xo. A representação se apoio na linguagem do mapeamento de processos. O cír-
culo verde representa o evento inicial, as caixas azuis representam atividades, os
triângulos amarelos representam momentos de decisão e os círculos vermelhos
representam os eventos finais possíveis. A dinamicidade do fluxo é representada
por setas, que quando envolvem decisão são marcadas com ‘sim’ ou ‘não’.

Fluxo do LNC – CTA

3. Plano de Comunicação
A CTA realizará todas as comunicações referentes ao LNC por meio da Intra-
net e por meio de email destinados às coordenações, diretores, coordenado-
res-gerais e chefes de unidades estaduais. Na Intranet, a CTA divulgará os
catálogos da ENAP e da CTA, assim como os prazos do LNC. Os consultores
de capacitação enviarão os formulários para o preenchimento das necessi-
dades referentes às capacitações internas e daquelas referentes ao catálogo
da ENAP por email. Os formulários enviados serão analisados pela CTA, que
entrará em contato por email ou telefone para o esclarecimento das solicita-
ções e eventuais acordos de projetos de capacitação.
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Esquema de comunicação

Intranet Email Telefone Reunião


Divulgação de catálogos e prazos 
Envio dos formulários 
Acordos sobre solicitações   

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