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Aplicação da manutenção e CIPA (NR 5) no

ambiente de trabalho.

Kevin Willian Nunes Rodrigues


Eduardo Favaro
Sérgio Henrique Lino

Professor Orientador: Célio Olderigi de Conti

SOROCABA
2018
Aplicação da manutenção e CIPA (NR 5) no ambiente de trabalho.
RESUMO:

Este artigo tem como objetivo apresentar as aplicações da manutenção


preventiva, corretiva e preditiva no ambiente de trabalho, abordando seus conceitos
e métodos, podendo ser conceituada um conjunto de ações necessárias para
manter ou reparar uma peça, equipamento, máquina ou processo de forma em
estabelecer uma condição operável objetivando a máxima vida útil. Visando não
apenas melhoria das condições dos processos e equipamentos, mas também do
clima organizacional, para melhorar o ambiente de trabalho dos colaboradores, com
isso abordamos a CIPA que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho
com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
PALAVRAS-CHAVE: Cipa. NR5. Manutenção. Preventiva. Corretiva.
Preditiva.

ABSTRACT:
This article aims to present the applications of preventive, corrective and
predictive maintenance in the work environment, approaching its concepts and
methods, being possible to conceptualize a set of actions necessary to maintain or
repair a part, equipment, machine or process in order to establish an operable
condition aiming at the maximum useful life. Aiming not only to improve the
conditions of processes and equipment, but also the organizational climate, to
improve the work environment of employees, this is the CIPA that aims to prevent
accidents and diseases arising from work, so as to make compatible permanently
work with the preservation of life and the promotion of worker health.
WORD-KEY: Cipa. NR5. Maintenance. Preventive. Corrective. Predictive.
INTRODUÇÃO
Ao longo do tempo, nossa sociedade vem cada vez mais preocupada com a
qualidade de vida, ampliando as discussões para dar visibilidade às ações de
reconhecer e prevenir agravos nas situações de trabalho através da gestão de
saúde, meio ambiente e segurança do trabalho. As abordagens apresentadas
passam por métodos de padronização demonstrando principalmente que todo
trabalhador diante das legislações apresentadas tem direito ao trabalho em
condições seguras e saudáveis ao caráter e à natureza do trabalho. A Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) deve promover ações de controle e
prevenção de riscos ambientais e doenças atribuídas ao trabalho, reconhecendo e
avaliando os riscos, buscando formas de motivar os funcionários, ajudar a
desenvolver e implementar programas de controle médico de saúde ocupacional e
de prevenção de riscos ambientais, organizar treinamentos e, também, da
participação de campanhas de prevenção, sempre com o apoio da direção da
empresa. O envolvimento de todos os funcionários na mudança da cultura
organizacional, na conscientização, no comprometimento da força de trabalho, na
prevenção de impactos ambientais, nos riscos de acidentes e de doenças
ocupacionais, produzirá melhor eficiência operacional com responsabilidade social
contínua.

CIPA
CIPA é a sigla correspondente para a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes. NR 5 é a sigla de Norma Regulamentadora 5, que é a norma expedida
pelo MTE para tratar da CIPA.
A CIPA tem como principal objetivo observar de forma contínua as condições
de trabalho em todos os ambientes de uma empresa.
Desta forma, caso sejam encontradas situações que apresentem qualquer
tipo de risco a integridade física dos trabalhadores, tão logo estas sejam detectadas,
novas medidas devem ser tomadas para que esses riscos sejam eliminados ou ao
menos neutralizados.
Em termos gerais, a CIPA é responsável pela preservação da saúde de todos
os trabalhadores que integram uma empresa, até mesmo aqueles que apenas
prestam serviços esporádicos à ela.
E para alcançar esse resultado, é necessário zelar pelas normas de
segurança e realizar investigações em caso de possíveis acidentes.
COMO SURGIU A CIPA
CIPA surgiu na Inglaterra durante a segunda metade do século XVIII, período
no qual a Revolução Industrial ganhava forma e o número crescente de maquinário
nas fábricas aumentava substancialmente os casos de lesões e de acidentes no
ambiente de trabalho.
Assim, foi necessária a criação de um órgão que pudesse observar a causa
desses acidentes e buscar métodos de evitá-los.
No Brasil, desde o início do século XX, empresas estrangeiras como a Light
and Power já utilizavam a CIPA como meio de preservar a integridade de seus
funcionários.
Porém, foi apenas no ano de 1944 que a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes foi oficialmente implementada pelo então presidente Getúlio Vargas,
sendo um dos primeiros e mais importantes marcos da Segurança do Trabalho no
país.

PARA QUE SERVE A CIPA


A CIPA atua promovendo a conscientização de todos os funcionários de uma
empresa, visando uma melhoria contínua das condições de trabalho naquele
ambiente.
O ideal é que a Comissão consiga ser uma espécie de grupo intermediário
entre os empregados e a direção.
Isso, de maneira que os empregados tenham uma forma de informar aos seus
superiores sobre possíveis situações ou eventos que representem riscos a sua
integridade física, através do diálogo estabelecido pela Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes.

DIMENSIONAMENTO DA CIPA
Para saber quantos funcionários efetivos e suplentes são necessários para
formar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes dentro de uma empresa, é
preciso levar em consideração três fatores.
O primeiro fator é o que diz respeito a atividade realizada pela empresa. Para
obter essa informação, é necessário procurar a CNAE (Classificação Nacional de
Atividades Econômicas) da corporação, e através dela identificar o código referente
a atividade daquela empresa - para isso, basta consultar o Quadro III da NR 5 e
comparar com as atividades da empresa.
Após obter esse código, o segundo passo é procurar no Quadro II da Norma
Regulamentadora 5 (NR 5) da CIPA, no qual se encontra o agrupamento de setores
de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas, e determinar
qual é o grupo que a empresa está, usando o código da CNAE obtido anteriormente.
Feito isso, basta consultar o Quadro I da NR 5 da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes. Nele, é preciso procurar pela coluna "Grupos" e identificar
em qual desses grupos a empresa se encontra de acordo com as informações
obtidas através do segundo passo.
O dimensionamento da CIPA irá variar agora no Quadro I, dependendo do
número de empregados no estabelecimento onde será implantada a CIPA.
Desta forma, os três fatores distintos são:
 Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) da empresa - Quadro
III da NR 5
 Setor econômico da empresa - Quadro II da NR 5
 Número de empregados do estabelecimento - Quadro I da NR 5

DURAÇÃO DO MANDATO DA CIPA


O mandato dos membros titulares eleitos para a CIPA é referente a um
período de um ano, enquanto a estabilidade de emprego aos membros eleitos da
CIPA se estende ainda por mais um ano após o término do mandato (conforme item
5.8 da NR 5).
Durante esse tempo, os membros titulares podem ter um máximo de
quatro faltas sem justificativa nas reuniões ordinárias realizadas mensalmente pela
Comissão.
Caso o número de abstenções seja superior, os membros perderão o cargo
na comissão e deverão ser substituídos pelos seus suplentes.
Quando é necessária a organização de uma nova eleição, os empregadores
devem convocá-la com um tempo mínimo de 60 dias antes do final do mandato dos
atuais titulares da comissão terminar.
Além disso, ela também deverá ser realizada pelo menos 30 dias antes do
final desse mandato.

DESIGNADOS DA CIPA
Algumas empresas, dependendo da atividade que exercem e do número de
funcionários que possuem, não são obrigadas a possuírem uma Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes nos moldes tradicionais - segundo o dimensionamento
da Norma Regulamentadora 5 (NR 5), com votações e funcionários eleitos para o
cargo.
Nesse caso, a empresa deve designar um único funcionário para assumir o
trabalho realizado normalmente pela Comissão Interna de Prevenção, sendo esta
pessoa denominada de "designado" (conforme item 5.6.4 da NR 5).
Qualquer funcionário, não importando qual seja o salário ou a cargo
hierárquico que este possua dentro da empresa, pode ser escolhido como
designado. A única regra exigida é que ele seja contratado de acordo com o padrão
celetista previsto na CLT.
Em relação ao treinamento, o designado deve realizar um curso de CIPA
equivalente ao que é aplicado as comissões tradicionais.
O trabalho do designado consiste na realização de relatórios para a direção
da empresa que informem sobre a segurança dos ambientes e também sobre
possíveis problemas ou riscos que precisem de intervenção.
Com um mandato de duração de um ano, esse designado é, no geral, o
responsável por garantir que os funcionários da empresa tenham sua integridade
física preservada e assegurada.
Resumindo, o designado é um funcionário indicado pelo empregador para
cumprir as principais atribuições que seriam da CIPA, caso a empresa tivesse de
constituí-la.
Todos os funcionários da empresa, independente da remuneração ou do
cargo exercido, podem se candidatar para fazer parte da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes, até mesmo aqueles que estiverem em período de
experiência.
Todavia, esses últimos só terão direito a estabilidade do cargo após esse
período de experiência ter sido concluído.
A única exceção quando se trata da candidatura à comissão são os
estagiários, cujos quais não possuem nem mesmo o direito ao voto durante as
reuniões ordinárias organizadas pelo grupo.
A razão para isso é que, em termos gerais, os estagiários possuem um
vínculo parcial com a empresa, o qual não os caracteriza propriamente como
funcionários, principalmente devido ao curto período de tempo que a maior parte
deles permanecem nas empresas.

ATRIBUIÇÕES DA CIPA
 Ajudar a investigar em caso de acidentes tanto na empresa como de trajeto;
 Discutir sobre a implantação de novas medidas que possam prevenir ou
neutralizar os riscos dentro daquele ambiente de trabalho;
 Observar se as normas de segurança do Ministério do Trabalho e da empresa
estão sendo respeitadas e zelar pelo cumprimento das mesmas;
 Garantir que todos os funcionários entendam sobre a importância das normas
de segurança e de higiene do trabalho para a prevenção de acidentes e de
doenças ocupacionais;
 Realizar anualmente em parceria com o SESMT, caso a empresa possua um,
a chamada Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT), com o objetivo
de alertar a todos os funcionários sobre o tema;
 Levar a direção todas as questões que envolvam o tema para que melhorias
sejam feitas em prol da saúde e integridade física dos funcionários.

PENALIDADES
As penalidades e multas aplicadas as empresas que descumprem qualquer
uma das regras relacionadas a CIPAS estão todas na Norma Regulamentadora 28
(NR 28) que é referente a Fiscalização e Penalidades.
O valor das multas depende de uma série de fatores como a atividade da
empresa, o seu número de funcionários e quais são as exigências que foram ou
estão sendo descumpridas.
Para conseguir calcular os valores exatos, é necessário consultar os quadros
e as normas da NR 5 e NR 28, sendo essa uma das funções do profissional de
segurança no trabalho.

MANUTENÇÃO
Para o sucesso de uma empresa que atua no setor industrial, é preciso estar
em dia com a manutenção de equipamentos e máquinas e também com a análise de
óleo. Dentre os tipos mais comuns de manutenção, podemos citar a manutenção
preventiva e a manutenção preditiva. Os nomes são parecidos, mas o objetivo de
cada uma delas é bastante distinto.
Para um gestor ou um proprietário de uma empresa, é necessário conhecer
cada tipo de manutenção e suas peculiaridades. Por isso, no post de hoje, vamos
explicar os objetivos e os procedimentos das diferentes manutenções.
TIPOS DE MANUTENÇÃO:

MANUTENÇÃO DETECTIVA
A manutenção detectiva consiste em métodos que garantem a segurança e a
produtividade de equipamentos e instalações. Esse tipo de manutenção atua
visando à viabilidade desses equipamentos em longo prazo, contribuindo para sua
boa operação.
A detectiva possui objetivos semelhantes aos da manutenção preditiva, os
quais você vai conhecer mais à frente. Na manutenção detectiva, porém, o propósito
é localizar possíveis indícios ocultos que podem levar a uma avaria. São
ferramentas deste tipo de manutenção: inspeção veicular anual, detectores de gás
de fumaça e fogo, testes com válvulas de todos os tipos, malhas de controle de
dispositivos de segurança, inspeção de bombas de incêndio, emergência, fornos e
caldeira, relés de proteção e equipamentos elétricos.
Durante os procedimentos detectivos, os especialistas fazem verificações no
sistema, sem que esse deixe de operar. A partir desse processo é que se torna
possível detectar falhas ocultas. Dessa forma, o especialista pode corrigir a situação,
mantendo o sistema em operação.
Dentre as vantagens desta manutenção, estão o aumento da vida útil dos
equipamentos, a melhoria da segurança, a diminuição dos custos nos reparos, o
controle dos materiais.

MANUTENÇÃO CORRETIVA
As ferramentas da manutenção corretiva atuam, por sua vez, quando já há
desgastes ou falhas nos equipamentos, substituindo as peças e os componentes
afetados. Trata-se de um conjunto de procedimentos que visam corrigir, restaurar e
recuperar a capacidade de produção de uma instalação ou equipamento que tenham
sofrido alteração em seu funcionamento. A manutenção corretiva é uma técnica de
gerência reativa que aguarda pela falha para, assim, determinar a ação de
manutenção a ser realizada.
Quando se trata de manutenção, os procedimentos corretivos são os de maior
custo. Isso se dá por fatores como o elevado tempo de paralisação do equipamento,
o alto custo de estoques de peças sobressalentes e a baixa disponibilidade de
produção.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Já as manutenções preventivas estimulam a possibilidade de falhas e
programam reparos ou recondicionamentos das máquinas. Dessa forma, tais
ferramentas reduzem a probabilidade de avarias ou degradação de serviços
prestados. A manutenção preventiva é uma intervenção prevista, preparada e
programada antes da data possível do surgimento de uma falha.
São procedimentos da manutenção preventiva as lubrificações periódicas, as
revisões sistemáticas do equipamento, os planos de calibração e de aferição de
instrumentos, os planos de inspeção de equipamentos e os históricos ou
recomendações do fabricante.

MANUTENÇÃO PREDITIVA
A manutenção preditiva é uma metodologia, isto é, trata-se de uma filosofia
corporativa, conhecida como uma técnica de manutenção com base no estado do
equipamento. A preditiva faz o acompanhamento periódico das máquinas,
baseando-se na análise de dados coletados por meio de monitoramentos ou
inspeções em campo. O principal objetiva da preditiva é a verificação pontual dos
equipamentos a fim de antecipar eventuais problemas que possam causar gastos
maiores com manutenções corretivas.

CONCLUSÃO
Como podemos concluir a CIPA é uma ferramenta fundamental para manter a
prevenção, a manutenção da saúde e segurança de trabalho, evitando assim que a
empresa não tenha prejuízos de ordem financeira, tanto com acréscimos de
encargos por acidentes ocorridos como por indenizações de ordens trabalhistas; em
contrapartida devemos salientar que o setor da Manutenção tem papel fundamental
para o cumprimento das decisões tomadas nas reuniões da CIPA e assim as duas
devem seguir em harmonia para o sucesso de qualquer empresa.

REFERÊNCIAS
https://www.conceitozen.com.br/o-que-e-cipa.html: O Que é CIPA (NR05), Para Que Serve e
Qual Seu Objetivo?, 07/12/2015.
https://areasst.com/cipa-nr-5/: CIPA – NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,
28/10/2015.
https://www.manutencaopreditiva.com/manutencao/manutencao-preventiva-x-preditiva:
Manutenção Preventiva x Manutenção Preditiva: Saiba a Diferença, 14/12/2016.
https://engeteles.com.br/o-que-e-manutencao-preventiva/: Tudo o que você precisa saber
sobre manutenção preventiva, 13/07/2017.

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