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Curso de Graduação em Relações Internacionais

Disciplina: Segurança e Conflitos Internacionais


Profa. Naiane Cossul

Alunos(a): Enzo Ribas e Lorenzo Cunha

Resumo do texto: RUIVO, Mariana. A Guerra Moderna e suas transformações: da 1ª geração


à guerra cibernética e o impacto na segurança internacional. IV Seminário Discente da Pós-
Graduação em Ciência Política da USP, 2014.

O resumo a seguir é de um texto sobre a nova geração da guerra e seus impactos na


segurança internacional. Segundo as ideias de alguns autores e teóricos da de guerra. Inicia-se o
texto com o trabalho dos autores William Lind e Thomas Hammes, que realizaram pesquisas e
desenvolveram uma teoria chamada “Nova Guerra”, que seria a Guerra que o mundo estaria
vivendo atualmente. Nessa teoria eles classificaram a história da Guerra em gerações, e que hoje
estaríamos vivendo a 4ª Geração da Guerra, que envolve a Guerra Cibernética, por exemplo. O
texto tem como principal objetivo entender/explicar a 4ª Geração da Guerra, para isso ela
realizou uma introdução explicativa sobre as 3 primeiras gerações da Guerra, segundo os estudos
de Lind e Hammes.

Antes dessa introdução desses conceitos, a autora resumiu algumas ideias/conceitos de


teóricos da Guerra, como a professora Mary Kaldor que atualmente leciona na London School
Economics e que possui diversos trabalhos no âmbito da segurança internacional e conflitos
internacionais escreveu um livro, em 2006, chamado ”Novas e Velhas Guerras – A Violência
Organizada na Era Global, defende a ideia de que, com o fim da Guerra Fria, chegou ao fim,
também, a guerra entre os Estados e surgiu um novo conflito, caracterizado por Guerras civis.

Clausewitz, um General militar Prussiano, escreveu um livro chamado “Da Guerra”,


publicado em 1832, onde ele defendeu a ideia de que “a guerra é a continuação da política por
outros meios” elucidou também que durante uma guerra, os combatentes não respeitam nenhuma
lei que não seja a sua própria, natureza que conduz a atos extremos, pois segundo ele, o ser
humano é por natureza, violento e quer obter vantagens a qualquer custo.

William Lind (Analista Militar Civil) e Thomas Hammes (um oficial da Marinha
Americana) escreveram a teoria da Nova Guerra, no livro intitulado “A Evolução da Guerra: A 4ª
Geração, onde dividiram as fases históricas da guerra em gerações, 4 no total e que atualmente
estaríamos vivendo a 4 geração.

Martin Levi van Creveld, um historiador e teórico militar israelense, escreveu em 1990, o
livro: “A Transformação da Guerra – onde segundo a própria obra, seria a reinterpretação mais
radical dos conflitos armados desde a obra de Clausewitz, disse que, baseado na Guerra do
Golfo, que os atores não estatais armados acabariam com o monopólio da violência apreciado
por Estados-nação desde a Paz de Westphalia, e que a tecnologia se tornou essencial nas guerras
e que a próxima geração da Guerra seria centrada em maravilhas tecnológicas como ataque de
precisão e vigilância aérea.

Por fim, os autores chineses Liang e Xiangsui, dois teóricos chineses, escreveram o livro
“A Guerra além dos limites: conjecturas sobre a guerra e a tática na era da globalização”, onde
defenderam que a Guerra Cibernética seria a forma básica de guerra futura.

Segundo os estudos de William Lind e Thomas Hammes, existe quatro gerações da


guerra, sendo que a 1ª Geração se iniciou em 1648 com a Paz de Westfália – que encerrou a
Guerra dos 30 anos e deu aos Estados princípios como de soberania. A Principal característica
dessa primeira geração é o Princípio da Massa, confronto frente a frente, onde o emprego de
combatentes militares bem organizados e estruturas de batalha consolidadas garantiam maiores
chances de sucesso na Guerra, ou seja, quanto mais soldados, e quanto mais organizado, mais
chance de ganhar a batalha. Um exemplo desse período são as Guerras Napoleônicas.

Com a melhoria de armas a distância como canhões e o fuzil, o Princípio da Massa se


tornou uma tática equivoca suicida, dando início a Segunda Geração, que iniciou em 1860 até o
fim da Primeiro Guerra Mundial. A Segunda Geração de guerra consistia em ataques a longa
distância, utilizando canhões, fuzis e metralhadores. Os franceses, criadores dessa tática
definiram essa tática como: “A Artilharia conquista, a Infantaria ocupa”

A Terceira Geração da Guerra foi desenvolvida pelos alemães, chamada de Blitzkrieg ou


guerra de manobra, utilizada a partir da Primeira Guerra Mundial. Caracterizou-se pelas
melhorias das táticas de guerra, onde foi desenvolvido ações muito bem pensadas, utilizando a
velocidade dos ataques como algo vantajoso. Foi utilizado aviões para bombardeios, tanques,
veículos e armaduras pesadas para o primeiro combate, para finalizar com o avanço das tropas
terrestres, que por ora estavam mais desprotegidas. A velocidade das ações garantia o sucesso
delas, para encontrar o inimigo desprotegido e com pouco tempo de reação.

Para iniciar a fala sobre a Quarta Geração, a autora busca ilustrar todos os tipos de guerra
que usamos para classificação de conflitos atualmente, entre elas a guerra convencional, ou seja,
o tipo mais comum de guerra, a guerra de destruição em massa, a guerra irregular e por último a
guerra assimétrica (mais conhecida por não ter diferenciação entre civis e combatentes, sujeita ao
lado dos grupos terroristas).
O texto enfatiza que o pós-Segunda Guerra Mundial, proporcionou a "busca" por novos
meios de guerra, a maioria destes surgindo em guerras irregulares, assim ofuscando cada vez
mais o papel principal da guerra convencional.

Sendo assim, o surgimento das Guerras Assimétricas ficou mais aparente e evolução das
Guerras Irregulares em escala mundial. E assim então a autora chega ao termo em foco desta
parte, A Quarta Geração nas guerras, definida assim pelos Coronéis chineses Liang e Xiangsui,
como "a guerra que vai além dos limites, e para alcançar a vitória, é necessário a busca
necessario por elementios além das atividades militares. Combinando assim estes elementos
como meio de condução na guerra".

A autora também discorre sobre Liang e Xiangsui e sua discussão de guerra psicológica,
guerra econômica, guerra usual e etc. Para assim apontar, como o pós-Segunda Guerra Mundial,
abriu espaço para muitos outros entes entrarem nas relações da guerra, como xcitações
memoraveis no texto grupos como Hezbollah e Al-Qaeda, conseguindo fazer assim a
demonstração de perda do monpólio de força do estado com o tempo.

A autora também fala sobre a evolução da guerra junto a um dos principais frutos da
globalização, o fluco de redes criada pelos computadores após o "boom" da internet. Neste ponto
a autora reitera, seja com citações de outros atores ou com suia própria fala, que a visão de que a
guerra atualmente não parte mais só do ato físico é necessária e que há países que vem se
preparando para o mesmo. Principal citação para este preparo seria os EUA com as MOOTW.

O texto busca focar em um momento na parte cibernética, exemplificando para o leitor


com exemplos americanos, como o de George W. Bush se referindo que um ataque cibernético
poderia causar outra quebra de bolsa. Porém mesmo ainda com a preocupação virtual em alguns
países, ainda há uma certa discordância dentro da comunidade de autores da forma que podemos
definir o ambiente cibernético.

Assim a autora cita Parks e Duggan, que no texto tem a explicação sobre o espaço de
forma mais coerente, no caso "um sub-conjunto da guerra que envolve as ações realizadas no
mundo cibernético".

Mariana Ruivo reitera, a capacidade do espaço cibernético de um ente hoje estabalecer


um ataque e começar um ataque por dentro do sistema de seu alvo, o que em uma perspectiva
geral causaria um déficit nas ações internas do atingido. No mundo cibernético diferente do real
a exaustão não é algo, então os ataques se tornam contínuos.

Porém a autora relata que alguns autores não aceitam a guerra cibernética denomida
como guerra, pois ela não abrange os pontos de Clausewitz, se tornando uma medida política.

Chegando ao final do texto, Mariana contrasta as conexões que vivemos no mundo


contemporâneo e que essas interligações facilitam ainda mais o transpassar das informações,
caracterizando esta nova era como um nova etapa da guerra contemporânea. Contanto ainda há
uma incerteza em que quantidade de recursos devemos utilizar para se melhorar nesta área, para
não haver nenhum tipo de desgaste desnecessário assim abirndo problemas ao ente investidor.

A autora cita também o caso Snowden e a repercussão mundial do mesmo, e aproveitas a


brecha para citar Nye e sua fala sobre a dominância dos Estados no palco mundial, e que os
mesmo ainda dominaram porém terão um palco com maior diversidade e versatilidade.

Nas considerações finais, a autora reitera a evolução discutida durante o texto, porém que
chegamos a um ponto de novos pensamentos e mudanças constantes no pensar da guerra,
diminuição do tamanho humano nos exércitos, com exemplos de drones e VANT's. E termos
noção de quem em breve conflitos campais irão perder lentamente sua importância, mas que uma
certeza temos dentro da comunidade internacional, sendo essa , a continuação da guerra.

Questionário para os colegas

• Cite uma guerra ou batalha que foi utilizado táticas e equipamentos correspondentes as guerras
da Primeira Geração
• O Brasil já participou de algumas guerras durante sua história, cite uma batalha ou guerra que o
Brasil participou e diga em qual geração da guerra estaria as táticas utilizadas pelo país.

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