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“A educação não pode se ocupar só do

intelecto, mas deve formar pessoas mais


solidárias” – Claudio Naranjo

Por Pensar Contemporâneo

Educação é um termo que vem sempre sendo discutido nos últimos tempos. Ainda mais
agora, em que o lema/slogan do novo governo foi definido como “Brasil, pátria educadora”.

É clássico assumir que o segredo para um país desenvolvido é o investimento em educação.


Fala-se nisso há anos e mesmo assim os índices mostram que o Brasil ainda é o aluno
bagunceiro do fundão da sala que está repetindo de ano.

Mas o que é educação, na verdade? Como fazer educação? Há uma reflexão sendo feito a
respeito desse conceito pelo psiquiatra chileno Claudio Naranjo, autor de 19 títulos e um
dos indicados ao Nobel da Paz de 2015.
A frase do título é dele. O chileno concedeu uma entrevista à Época onde falou algumas
verdades doloridas sobre o conceito de educação que está sendo disseminado.

“A educação funciona como um grande sistema de seleção empresarial. É usada para que o
estudante passe em exames, consiga boas notas, títulos e bons empregos. É uma distorção
do papel essencial que a educação deveria ter”.

Confunde-se educação com inteligência nas escolas, com melhor desempenho, melhores
notas e melhores recomendações para os currículos. A pessoa com o QI mais alto do
mundo é também a mais educada? Provavelmente não, e é esse o ponto martelado por
Naranjo.

“Temos um sistema que instrui e usa de forma fraudulenta a palavra educação para
designar o que é apenas a transmissão de informações […] É um sistema que quer um
rebanho para robotizar. A criança é preparada, por anos, para funcionar num sistema
alienante, e não para desenvolver suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e
espontâneas”.

Sabendo disso, como quebrar essa escrita? O psiquiatra indaga qual a necessidade dessa
aberração, nas palavras dele, de as escolas fazerem com que os alunos passem horas
inertes, ouvindo como é a flora num local distante ou os nomes dos afluentes de um grande
rio em detrimento a conhecimentos muito mais próximos e úteis, de acordo com as
capacidades e necessidades de cada um.

A principal crítica que Claudio Naranjo faz é a da escola, em geral, optar por uma educação
massificada e não pessoal, eliminando as individualidades e características que cada
pessoa, como ser único, possui. Já a principal motivação sua é combater esse sistema e
transformar os educadores em profissionais mais amorosos, acolhedores e afetivos.

“O objetivo é preparar os professores para que eles se aproximem dos alunos de forma
mais afetiva e amorosa, para que sejam capazes de conduzir as crianças ao
desenvolvimento do autoconhecimento, respeitando suas características pessoais.
Comprovamos por meio de pesquisas que esse é o caminho para formar pessoas mais
benévolas, solidárias e compassivas”.

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Esta postagem foi retirada do site Laparola, e escrita por Flaubi Farias (Confira na íntegra)

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