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Avanços e Desafios do SUS

O SUS, com pouco mais de uma década e meia de existência, tem sido capaz de estruturar e
consolidar um sistema público de saúde de enorme relevância e que apresenta resultados
inquestionáveis para a população brasileira, como:

• A redução das desigualdades em saúde


• Os níveis de saúde
• A cobertura e a produção de serviços
• Os programas de excelência
• A percepção da população

Pelos resultados alcançados é inegável os avanços do SUS, mas persistem problemas a serem
enfrentados para consolidá-lo como um sistema público universal que possa prestar serviços de
qualidade a toda a população brasileira.

Esses problemas podem ser agrupados em torno de grandes desafios a superar:

• desafio da universalização;

• desafio do financiamento;

• desafio do modelo institucional;

• desafio do modelo de atenção à saúde;

• desafio da gestão do trabalho no SUS; e

• desafio da participação social.


Com base nesses desafios, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) apresentou
Manifesto aos candidatos à Presidência da República com propostas que considera prioritárias, a
serem contempladas nos respectivos planos de governo.

As propostas foram construídas a partir de discussões feitas nas suas Assembléias e no 20 SUS:
AVANÇOS E DESAFIOS Fórum Saúde e Democracia: uma visão de futuro para o Brasil,
realizado no mês de março de 2006 no Rio de Janeiro em parceria com o jornal O Globo (para
conhecer o Manifesto, na íntegra, acesse o site: ou escreva para solicitando-o). Sinteticamente, a
seguir, as propostas apresentadas e detalhadas neste livro:

• Compromisso com os princípios constitucionais do SUS.

• O SUS como política de Estado – mais de que de governos.

• Pacto em defesa do SUS – movimento de repolitização da Saúde.

• Pacto pela Vida – definição de prioridades e gestão pública por resultados sanitários.

• O desafio do financiamento – necessidade de aumentar os gastos públicos em Saúde no Brasil.

• Aumento da eficiência da gestão do SUS – organizar-se em redes de atenção à saúde.

• Regulamentação da Emenda Constitucional n. 29 – por mais recursos públicos para a Saúde e


para orientar os respectivos Tribunais de Contas no processo de fiscalização do seu cumprimento.
• Ênfase na atenção primária – como principal porta de entrada do SUS.

• Mais recursos para a média complexidade ambulatorial e hospitalar – cujo financiamento se


encontra cada vez mais estrangulado pelo da alta complexidade.

• Redução das desigualdades regionais.

• Novo pacto federativo e reforma tributária.

• Aumento de recursos no orçamento do Ministério da Saúde.

• Superação da crise de financiamento do Programa de Medicamentos de Dispensação em Caráter


Excepcional.

• Mudança no modelo de atenção à saúde – regionalização e redes de atenção à saúde.


• Implementação do Pacto de Gestão – como um novo pacto federativo sanitário e que deverá
estruturar-se sob a égide da unidade doutrinária e da diversidade operacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Silva PLB. O perfil médico-assistencial privatista e suas contradições: a análise política da


intervenção estatal em atenção à saúde na década de 70. Cad FUNDAP. 1983;3: 27-50.
• Santos WG. Cidadania e justiça. Rio de Janeiro: Campus; 1979.
• Ham C. Health care reform: learning from international experience. Buckingham: Open University
Press; 1997.
• Ministério da Saúde: DAB. Número de equipes do PSF (SUS): período 1994-2006.
• Ministério da Saúde: SAS: DAE. Atenção especializada em saúde no Brasil: indicadores e tabelas
selecionados. Brasília: Ministério da Saúde; 2005a.
• Ministério da Saúde: SAS: TABNET. Procedimentos de hemodiálise por mil habitantes (SUS):
período 1995-2004. IBGE.

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