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Controle Externo

Prof. Pedro Kuhn


Legislação Específica do TCE – RS

Professor: Pedro Kuhn

pedrokuhn@terra.com.br

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Conteúdos Constantes do Edital do Tribunal de Contas do Estado do RS
(Banca CESPE 2013)

Conteúdo do edital:
1 Normas da Constituição Federal e Estadual relativas ao Tribunal de Contas. 2 Lei Orgânica nº
11.424/2000 e alterações (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul).
3 Regimento Interno do TCE: Resolução nº 544/2000 e alterações (Regimento Interno do TCE).
PREVISÃO DE QUESTÕES: 2 a 5 um total de 60 questões.

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Constituição do Estado do Rio Grande do Sul

Contábil, Financeira e Orçamentária § 2º O Tribunal de Contas terá amplo poder


de investigação, cabendo-­ lhe requisitar e
examinar, diretamente ou através de seu
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira,
corpo técnico, a qualquer tempo, todos os
orçamentária, operacional e patrimonial do
elementos necessários ao exercício de suas
Estado e dos órgãos e entidades da administração
atribuições.
direta e indireta, e de quaisquer entidades
constituídas ou mantidas pelo Estado, quanto à § 3º Não poderá ser negada qualquer
legalidade, legitimidade, moralidade, publicidade, informação, a pretexto de sigilo, ao Tribunal
eficiência, eficácia, economicidade, aplicação de de Contas.
subvenções e renúncia de receitas, será exercida
§ 4º A Mesa ou as comissões da Assembleia
pela Assembleia Legislativa mediante controle
Legislativa poderão requisitar, em caráter
externo e pelo sistema de controle interno de
reservado, informações sobre inspeções
cada um dos Poderes, observado o disposto nos
realizadas pelo Tribunal de Contas, ainda
arts. 70 a 75 da Constituição Federal.
que as conclusões não tenham sido julgadas
Parágrafo único. Prestará contas qualquer ou aprovadas.
pessoa física, jurídica ou entidade que § 5º Compete ao Tribunal de Contas avaliar
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou a eficiência e eficácia dos sistemas de
administre dinheiros, bens e valores controle interno dos órgãos e entidades por
públicos pelos quais o Estado responda, ou ele fiscalizados.
que, em nome deste, assuma obrigações de
natureza pecuniária. Art. 72. O Tribunal de Contas do Estado
encaminhará à Assembleia Legislativa,
Art. 71. O controle externo, a cargo da anualmente, relatório da fiscalização contábil,
Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio financeira, orçamentária, operacional e
do Tribunal de Contas, ao qual compete, além patrimonial do Estado e das entidades da
das atribuições previstas nos arts. 71 e 96 da administração direta e indireta, quanto à
Constituição Federal, adaptados ao Estado, legalidade, legitimidade, economicidade e
emitir parecer prévio sobre as contas que os aplicação de recursos públicos, bem como dos
Prefeitos Municipais devem prestar anualmente. respectivos quadros demonstrativos de pessoal.
§ 1º Os contratos de locação de prédios Art. 73. Para efeito dos procedimentos
e de serviços firmados entre quaisquer previstos no art. 72 da Constituição Federal, é
das entidades referidas no artigo competente, na esfera estadual, a comissão
anterior e fundações privadas de caráter prevista no § 1º do art. 152.
previdenciário e assistencial de servidores
Art. 74. Os Conselheiros do Tribunal de Contas
deverão ser encaminhados ao Tribunal de
do Estado serão escolhidos, satisfeitos os
Contas, que também avaliará os valores
requisitos do art. 73, § 1º, da Constituição
neles estabelecidos.
Federal: (Declarada a inconstitucionalidade do
dispositivo na ADIn 892, DJU, 26.04.2002).

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I – cinco pela Assembleia Legislativa, impedimentos dos Conselheiros, e subsídios
mediante proposta de um terço de seus que corresponderão a noventa e cinco por
Deputados, com aprovação por maioria cento dos subsídios de Conselheiros, e
absoluta; (Declarada a inconstitucionalidade quando em substituição a esses, também os
do dispositivo na ADIn 892, DJU, mesmos vencimentos do titular.
26.04.2002).
Art. 75. A lei disporá sobre a organização do
II – dois pelo Governador, mediante Tribunal de Contas, podendo constituir câmaras
aprovação por maioria absoluta dos e criar delegações ou órgãos destinados a
membros da Assembleia Legislativa, auxiliá-lo no exercício de suas funções e na
alternadamente, dentre auditores e descentralização de seus trabalhos.
membros do Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas, indicados em lista Art. 76. O sistema de controle interno previsto no
tríplice elaborada pelo Tribunal, segundo art. 74 da Constituição Federal terá, no Estado,
os critérios de antiguidade e merecimento. organização una e integrada, compondo órgão de
(Declarada a inconstitucionalidade do contabilidade e auditoria-geral do Estado, com
dispositivo na ADIn 892, DJU, 26.04.2002). delegações junto às unidades administrativas dos
três Poderes, tendo sua competência e quadro
de pessoal definidos em lei.
COMPOSIÇÃO ATUAL DO TCE-RS nos Parágrafo único. Os responsáveis
termos da ADIn 892-7-RS pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade
I – 4 (quatro) conselheiros escolhidos pela ou ilegalidade, dela darão ciência, sob
Assembleia Legislativa. pena de responsabilidade, ao Tribunal de
Contas do Estado, o qual comunicará a
II – 3 (três conselheiros nomeados pelo
ocorrência, em caráter reservado, à Mesa
Governador do Estado sendo:
da Assembleia Legislativa.
a) 1 (um) de livre nomeação.
Art. 77. O Ministério Público junto ao Tribunal
b) 1 (um) dentre os ocupantes de cargo de de Contas, instituído na forma do art. 130 da
Auditor do Tribunal de Contas. Constituição Federal, será regulamentado por
lei.
c) 1 (um) dentre membros do Ministério
Público que atuam perante o Tribunal de
Contas do Estado.
§ 1º Os Conselheiros do Tribunal de Contas
terão as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça
do Estado e somente poderão aposentar-­se
com as vantagens do cargo quando o tiverem
exercido efetivamente por mais de cinco anos.
§ 2º Os Auditores Substitutos de Conselheiro,
em número de sete, nomeados pelo
Governador do Estado após aprovação em
concurso público de provas e títulos realizado
pelo Tribunal de Contas, na forma de sua
Lei Orgânica, terão as mesmas garantias e

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Lei nº 11.424, de 06 de janeiro de 2000. quando em substituição, poderão funcionar


como juízo singular, naquelas matérias
definidas em Regimento Interno, ressalvados
Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal
os casos em que, por disposição legal ou
de Contas do Estado.
constitucional, imponha-se a manifestação
do Tribunal como órgão colegiado.
Título I
Da Sede e da Constituição CAPÍTULO II
DOS CONSELHEIROS
CAPÍTULO I Art. 4º Os Conselheiros serão nomeados pelo
DISPOSIÇÕES INICIAIS Governador do Estado.
Art. 5º Os Conselheiros, nos crimes comuns e
Art. 1º O Tribunal de Contas do Estado do Rio
nos de responsabilidade, serão processados
Grande do Sul, órgão de controle externo, com
e julgados, originariamente, pelo Superior
sede nesta Capital, tem jurisdição própria e
Tribunal de Justiça.
privativa em todo o território estadual, na forma
do art. 34 desta Lei. Art. 6º Não poderão exercer,
contemporaneamente, o cargo de Conselheiro,
Parágrafo único. Sua jurisdição, nos termos
parentes consanguíneos ou afins, na linha reta,
deste artigo, estende-se aos entes elencados
em qualquer grau e, na linha colateral, até o
no corpo do art. 34, que estiverem fora do
segundo grau.
território do Rio Grande do Sul.
Parágrafo único. A incompatibilidade
Art. 2º O Tribunal de Contas compõe-se de 7
resolve-se:
(sete) Conselheiros.
I – antes da posse, contra o último nomeado
Art. 3º Integram a organização do Tribunal de
ou contra o de menos idade, se nomeados
Contas:
na mesma data, entendendo-se como nula
I – o Tribunal Pleno; a nomeação;
II – as Câmaras; II – depois da posse, contra o que lhe
deu causa ou, se imputável a ambos ou a
III – os Conselheiros; nenhum, contra o que tiver menos tempo
IV – a Presidência; de exercício do cargo, pela perda do cargo.

V – a Vice-Presidência; Art. 7º Os Conselheiros têm prazo de 30 (trinta)


dias, prorrogável por mais 30 (trinta), contado
VI – a Corregedoria-Geral; da publicação do ato de nomeação no órgão
de divulgação oficial, para posse no cargo, e 15
VII – os Auditores Substitutos de
(quinze), igualmente prorrogável por mais 15
Conselheiro;
(quinze), para entrar em exercício.
VIII – o Corpo Técnico e os Serviços
Art. 8º Depois de nomeados e empossados, os
Auxiliares;
Conselheiros só perderão o cargo por sentença
IX – a Escola de Gestão e Controle Francisco judicial transitada em julgado, exoneração a
Juruena. pedido ou por motivo de incompatibilidade, nos
termos do art. 6º.
Parágrafo único. Os Conselheiros e os
Auditores Substitutos de Conselheiro,

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Art. 9º Aos Conselheiros e Auditores Substitutos das atribuições de Conselheiro, exercerão as
de Conselheiro estendem-se as vedações legais demais atribuições de judicatura.
aplicáveis aos juízes, assim como os casos
de impedimento e suspeição previstos na lei
processual. CAPÍTULO IV
DO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO
TRIBUNAL DE CONTAS
CAPÍTULO III
DOS AUDITORES SUBSTITUTOS DE Art. 16. O Ministério Público Especial junto
CONSELHEIRO ao Tribunal de Contas rege-se por lei estadual
específica.
Art. 10. Os Auditores Substitutos de Conselheiro,
em número de 7 (sete), serão nomeados pelo
Governador do Estado, dentre Bacharéis em
Ciências Jurídicas e Sociais, mediante concurso CAPÍTULO V
público de provas e títulos, realizado perante o DO CORPO TÉCNICO E DOS SERVIÇOS
Tribunal de Contas. AUXILIARES
Parágrafo único. Além dos requisitos Art. 17. Os servidores do Corpo Técnico e
exigidos para inscrição no concurso, deverá os Serviços Auxiliares do Tribunal de Contas
o candidato contar no mínimo 35 (trinta e integrarão quadros próprios, com a estrutura
cinco) e no máximo 65 (sessenta e cinco) e atribuições que forem fixadas por lei, pelo
anos de idade, nos termos das Constituições Regimento Interno ou cometidas pelo Tribunal
Federal e Estadual. Pleno.
Art. 11. Os Auditores Substitutos de Conselheiro, § 1º A investidura em cargo do Quadro
nos crimes comuns e de responsabilidade, serão de Pessoal Efetivo do Tribunal de Contas
processados e julgados, originariamente, pelo dependerá de prévia aprovação em
Tribunal de Justiça do Estado. concurso público de provas ou de provas e
Art. 12. Depois de nomeados e empossados, os títulos.
Auditores Substitutos de Conselheiro somente § 2º Os servidores dos quadros de pessoal
perderão o cargo em virtude de sentença do Tribunal de Contas serão nomeados pelo
judicial transitada em julgado, exoneração a Presidente, que lhes dará posse.
pedido ou por motivo de incompatibilidade, nos
termos do art. 6º. Art. 18. Para o exercício de suas atribuições, o
Corpo Técnico e os Serviços Auxiliares terão
Art. 13. O cargo de Auditor Substituto de organização apropriada em unidades de
Conselheiro ocupa, na hierarquia do Tribunal trabalho, na forma estabelecida no Regimento
de Contas, posição imediatamente inferior à do Interno ou em Resolução.
Conselheiro.
§ 1º Na criação das unidades, serão
Art. 14. Os Auditores Substitutos de Conselheiro consideradas a conveniência dos serviços e
substituirão os Conselheiros em suas faltas e a eficiência e rapidez da fiscalização.
impedimentos, bem como nos casos de vaga
nas hipóteses e na forma prevista no Regimento § 2º A área de atribuição das unidades
Interno do Tribunal de Contas. poderá abranger um ou mais Municípios
e um ou mais órgãos ou entidades da
Art. 15. Os Auditores Substitutos de Administração Estadual.
Conselheiro, quando não estiverem no exercício

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§ 3º A criação, transferência de sede e bem como a alteração da organização do


extinção das unidades são da competência Tribunal de Contas;
do Tribunal Pleno, bem como a fixação,
ampliação ou redução das respectivas IV – eleger o Presidente, o Vice-Presidente,
atribuições. o Corregedor-Geral e os Presidentes das
Câmaras, bem como dar-lhes posse, na
forma estabelecida no Regimento Interno;
Título II
V – dar posse aos Conselheiros, bem como
Da Organização atestar-lhes o exercício nos respectivos
cargos; e
VI – dar posse ao Procurador do Ministério
CAPÍTULO I Público junto ao Tribunal de Contas;
DO TRIBUNAL PLENO
VII – dispor sobre a organização e
Art. 19. O Tribunal Pleno é constituído pela atribuições da Escola de Gestão e Controle
totalidade dos Conselheiros. Francisco Juruena, mediante regulamento
aprovado por Resolução.
§ 1º As sessões do Tribunal Pleno serão
dirigidas pelo Presidente e, nos seus Art. 21. As sessões e a ordem dos trabalhos do
impedimentos, sucessivamente, pelo Vice- Tribunal Pleno serão reguladas no Regimento
Presidente, pelo Corregedor-Geral e pelo Interno.
Conselheiro mais antigo.
§ 2º É indispensável para o funcionamento CAPÍTULO II
do Tribunal Pleno a presença de, no mínimo,
DAS CÂMARAS
quatro Conselheiros, além do Presidente.
§ 3º A convocação de Auditores Substitutos Art. 22. O Tribunal poderá dividir-se em
de Conselheiro para substituição de Câmaras, mediante deliberação da maioria de
Conselheiros far-se-á nos termos do art. 14. seus Conselheiros efetivos.

§ 4º O Auditor Substituto de Conselheiro, § 1º Cada Câmara compor-se-á de 3 (três)


quando no exercício da substituição, fará Conselheiros, que a integrarão pelo prazo
jus à diferença de remuneração na forma de dois anos, permitida a recondução.
regimental. § 2º O Presidente do Tribunal não
Art. 20. Além de outras atribuições previstas participará da composição das Câmaras.
nesta Lei, no Regimento Interno ou em § 3º É permitida a permuta ou remoção
Resolução, será da exclusiva competência do voluntária dos Conselheiros de uma para
Tribunal Pleno: outra Câmara, com anuência do Tribunal
I – elaborar e alterar seu Regimento Interno, Pleno.
assim como decidir sobre as dúvidas § 4º O Tribunal de Contas poderá criar
suscitadas na sua aplicação; Câmaras para funcionarem em regime de
II – decidir sobre a organização do Corpo exceção, com maior número de membros,
Técnico e dos Serviços Auxiliares; as quais serão compostas por Auditores
Substitutos de Conselheiros e presididas
III – propor à Assembleia Legislativa a por Conselheiro efetivo.
criação e a extinção de cargos e funções
e a fixação da respectiva remuneração,

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Art. 23. A composição, a competência e o § 2º Se a vaga ocorrer antes dos 60 (sessenta)
funcionamento das Câmaras, bem como os dias referidos neste artigo, proceder-se-á à
recursos e os pedidos de revisão de suas eleição para o seu preenchimento, devendo
decisões serão regulados no Regimento Interno, o eleito completar o mandato.
observado o disposto nesta Lei.

Título III CAPÍTULO II


DA PRESIDÊNCIA
Da Administração Superior
Art. 27. Competem ao Presidente do Tribunal
de Contas, além de outras atribuições previstas
nesta Lei, no Regimento Interno ou em
CAPÍTULO I Resolução, as seguintes:
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
I – administrar o Tribunal e dirigir o Corpo
Art. 24. Ao Tribunal de Contas cabe eleger, Técnico e os Serviços Auxiliares;
dentre seus membros, o Presidente, o Vice-
Presidente, o Corregedor-Geral e os Presidentes II – convocar sessões do Tribunal Pleno,
das Câmaras para mandatos de dois anos. dirigir seus trabalhos, ordenar as discussões
e proclamar o resultado das votações;
§ 1º A eleição realizar-se-á em escrutínio
secreto, em sessão plenária convocada para III – instalar as Câmaras;
a segunda quinzena do mês de dezembro, IV – votar quando ocorrer empate na
exigindo-se sempre a presença de, pelo votação de qualquer matéria;
menos, cinco Conselheiros efetivos, incluído
o que presidir o ato, considerando-se eleito V – dar posse aos Auditores Substitutos
o Conselheiro que obtiver a maioria dos de Conselheiro e aos servidores do Corpo
votos. Técnico e dos Serviços Auxiliares, bem como
atestar, com relação àqueles, o exercício
§ 2º A eleição do Presidente precederá nos respectivos cargos;
sempre à do Vice-Presidente.
VI – expedir os atos administrativos
§ 3º Nas eleições a que se refere este referentes aos Conselheiros, ao Procurador
artigo, somente poderão tomar parte os do Ministério Público junto ao Tribunal
Conselheiros efetivos, ainda que em gozo de Contas, aos Auditores Substitutos de
de férias ou licença. Conselheiro, e aos Adjuntos de Procurador,
Art. 25. Se nenhum dos Conselheiros obtiver inclusive aos inativos, excetuados os
a maioria necessária, proceder-se-á a novo de nomeação, demissão, exoneração e
escrutínio entre os dois mais votados; se, aposentadoria;
mesmo assim, a maioria não for alcançada, será VII – expedir os atos de nomeação,
considerado eleito o Conselheiro mais antigo no demissão, exoneração, remoção,
cargo. aposentadoria e outros, relativos aos
Art. 26. Se ocorrer vaga na Presidência, nos 60 servidores do Tribunal de Contas, inclusive,
(sessenta) dias que antecederem ao término do no que couber, aos inativos;
mandato, o Vice-Presidente completá-lo-á. VIII – organizar e submeter à aprovação
§ 1º Se, no mesmo período, ocorrer vaga na do Tribunal Pleno a proposta do plano
Vice-Presidência, assumirá o Conselheiro plurianual, das diretrizes orçamentárias
mais antigo no cargo. e do orçamento anual, bem como dos
projetos de abertura de créditos adicionais;

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IX – autorizar a realização de todas as CAPÍTULO III


despesas à conta das dotações consignadas DA VICE-PRESIDÊNCIA
no orçamento;
Art. 30. São atribuições do Vice-Presidente,
X – exercer o poder disciplinar aplicável aos
além de outras previstas no Regimento Interno
servidores do Corpo Técnico e dos Serviços
ou em Resolução, as seguintes:
Auxiliares, salvo a pena de demissão, a
qual dependerá de aprovação do Tribunal I – substituir o Presidente em seus
Pleno, bem como outras penalidades, impedimentos, faltas, licenças ou férias e
cuja aplicação, nos termos do Regimento suceder-lhe no caso de vaga;
Interno, seja da competência do referido
Órgão; II – colaborar com o Presidente na
representação e administração do Tribunal.
XI – representar o Tribunal, ativa e
passivamente, em juízo e nas relações Art. 31. O Vice-Presidente do Tribunal de
externas; Contas perceberá, a título de representação,
importância equivalente à que perceber o 1º
XII – fazer expedir e subscrever os atos Vice-Presidente do Tribunal de Justiça.
executórios das decisões do Tribunal;
XIII – organizar o relatório anual dos
trabalhos do Tribunal de Contas e apresentá- CAPÍTULO IV
lo ao Tribunal Pleno, para, nos termos do art. DA CORREGEDORIA-GERAL
72 da Constituição Estadual, encaminhá-lo à
Egrégia Assembleia Legislativa; e Art. 32. As atribuições do Corregedor-Geral
serão definidas no Regimento Interno ou em
XIV – dispensar e declarar a inexigibilidade Resolução.
de licitação, bem como praticar outros atos
correlatos, na forma da lei.
Título IV
XV – dispor sobre a direção e funcionamento Da Competência e da Jurisdição
da Escola de Gestão e Controle Francisco
Juruena.
Parágrafo único. Nos casos de impedimento, CAPÍTULO I
licenças, faltas ou férias concomitantes do DA COMPETÊNCIA
Presidente e do Vice-Presidente, ocupará a
Presidência, sucessivamente, o Corregedor- Art. 33. Ao Tribunal de Contas, órgão de
Geral e o Conselheiro mais antigo. controle externo, no exercício da fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional
Art. 28. As atribuições dos incisos VII, IX, X, XII e e patrimonial, compete, nos termos do disposto
XIV do artigo anterior poderão ser delegadas, na nos arts. 70 a 72 da Constituição do Estado e na
forma prevista no Regimento Interno. forma estabelecida nesta Lei, o seguinte:
Art. 29. O Presidente do Tribunal de Contas I – emitir parecer prévio sobre as contas
perceberá, a título de representação, que o Governador do Estado deve prestar
importância equivalente à que perceber o anualmente, nos termos dos arts. 35 a 37
Presidente do Tribunal de Justiça. desta Lei;
II – emitir parecer prévio sobre as contas
que os Prefeitos Municipais devem prestar
anualmente, nos termos dos arts. 49 a 52
da presente Lei;

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III – julgar as contas dos administradores IX – sustar, se não atendido, a execução de
e demais responsáveis por dinheiros, ato impugnado, comunicando a decisão
bens e valores públicos da administração à Assembleia Legislativa ou à Câmara
direta e indireta, incluídas as fundações e Municipal respectiva;
sociedades instituídas e/ou mantidas pelos
poderes públicos estadual e municipal, e as X – requerer, no caso de contratos, a sustação
contas daqueles que derem causa a perda, dos mesmos à Assembleia Legislativa ou à
extravio ou outra irregularidade de que Câmara Municipal respectiva, decidindo
resulte prejuízo ao erário, nos termos dos a respeito se os Poderes Legislativo ou
arts. 43 a 46 desta Lei; Executivo correspondentes, no prazo de 90
(noventa) dias, não adotarem as medidas
IV – apreciar, para fins de registro, nos cabíveis, na conformidade do previsto nos
termos do estabelecido nos arts. 47 e arts. 53 a 56 da presente Lei;
48 desta Lei, no Regimento Interno ou
em Resolução, a legalidade dos atos de XI – representar ao Poder competente
admissão de pessoal, a qualquer título, na sobre irregularidades ou abusos apurados;
administração direta e indireta, incluídas as XII – decidir sobre denúncia, nos termos do
fundações instituídas e/ou mantidas pelos disposto nos arts. 60 e 61 desta Lei;
poderes públicos estadual e municipal,
excetuadas as nomeações para cargo de XIII – decidir a respeito da cientificação, de
provimento em comissão, bem como a das que tratam os arts. 57 a 59 desta Lei, nos
concessões de aposentadorias, reformas termos ali definidos; e
e pensões, ressalvadas as melhorias
XIV – apreciar consultas que lhe sejam
posteriores que não alterem o fundamento
formuladas, nos termos do disciplinado no
legal do ato concessório;
Regimento Interno.
V – realizar inspeções e auditorias de
§ 1º O Tribunal de Contas terá amplo poder
natureza contábil, financeira, orçamentária,
de investigação, cabendo-lhe requisitar e
operacional e patrimonial, acompanhando
examinar, diretamente ou através de seu
a execução de programas de trabalho e
corpo técnico, a qualquer tempo, todos
avaliando a eficiência e eficácia dos sistemas
os elementos necessários ao exercício
de controle interno dos órgãos e entidades
de suas atribuições, não lhe podendo ser
fiscalizados;
sonegado qualquer processo, documento
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer ou informação, sob qualquer pretexto.
recursos pertencentes ao Estado,
§ 2º O Tribunal de Contas, no exercício de
repassados pelo mesmo aos Municípios
suas competências, poderá determinar
mediante convênio, acordo, ajuste ou
que os órgãos e as entidades sujeitos à
outros instrumentos congêneres;
sua jurisdição remetam-lhe dados e/ou
VII – aplicar multas e determinar informações através de meio informatizado,
ressarcimentos ao erário, em caso de magnético ou eletrônico, na forma definida
irregularidades ou ilegalidades; no Regimento Interno ou em Resolução.

VIII – assinar prazo para que o responsável


pelo órgão ou pela entidade adote
as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade;

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CAPÍTULO II § 1º A emissão do parecer prévio de que


DA JURISDIÇÃO trata o caput deste artigo dar-se-á no
prazo de 60 (sessenta) dias, contado da
Art. 34. A jurisdição do Tribunal de Contas data em que o Tribunal de Contas receber
abrange: da Assembleia Legislativa as respectivas
contas.
I – todos os responsáveis, pessoas físicas
ou jurídicas, públicas ou privadas, que § 2º O parecer prévio:
utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem
I – consistirá em uma apreciação geral e
ou administrem dinheiro, bens e valores
fundamentada sobre o exercício financeiro,
públicos pelos quais respondam o Estado ou
devendo conter a análise e os elementos
quaisquer dos Municípios que o compõem,
necessários à apreciação final, por parte da
ou que assumam obrigações em nome do
Assembleia Legislativa, das gestões contábil,
Estado ou de Município;
financeira, orçamentária, patrimonial e
II – aqueles que derem causa a perda, operacional, envolvendo a administração
extravio ou outra irregularidade de que direta e indireta, incluídas as fundações
resulte dano ao erário; e sociedades instituídas e/ou mantidas
pelo Poder Público do Estado, bem como
III – todos aqueles que lhe devam prestar outros elementos igualmente definidos no
contas ou cujos atos estejam sujeitos à sua Regimento Interno ou em Resolução;
fiscalização;
II – concluirá pela aprovação ou não das
IV – os responsáveis pela aplicação de contas, na forma estabelecida no Regimento
quaisquer recursos repassados pelo Estado Interno ou em Resolução.
a Município, mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres; § 3º O Tribunal de Contas, por ocasião da
emissão do parecer prévio e quando for o
V – os herdeiros e sucessores das pessoas caso, decidirá pela aplicação das sanções
a que se referem os incisos I a IV deste previstas nesta Lei, observado o disposto
artigo, até o limite do valor do patrimônio em seu art. 42.
transferido, nos termos do inciso XLV do art.
5º da Constituição Federal; e Art. 36. Os elementos a que se refere o inciso I
do § 2º do artigo anterior, de responsabilidade
VI – aqueles que, judicialmente, sejam do Governador do Estado, serão remetidos ao
designados, nomeados ou declarados Tribunal de Contas acompanhados dos balanços
como representantes ou assistentes das e das demonstrações previstos em lei.
pessoas de que trata o presente artigo, para
os efeitos do disposto no Código Civil, em Art. 37. O Tribunal de Contas, na hipótese da
especial nos arts. 446 e 463. não prestação de contas até o prazo previsto no
inciso III do art. 53 da Constituição do Estado,
valer-se-á dos elementos constantes das contas
Título V tomadas pela Assembleia Legislativa, daqueles
Das Contas Do Governador colhidos através de auditoria ou inspeção, bem
como dos seus registros.
Art. 35. O Tribunal de Contas emitirá parecer
prévio sobre as contas que devem ser prestadas
anualmente pelo Governador do Estado à
Assembleia Legislativa.

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Título VI Título VII
Da Auditoria Contábil, Financeira, Das Tomadas De Contas
Orçamentária, Operacional e
Patrimonial
CAPÍTULO I
Art. 38. A auditoria contábil, financeira, DA TOMADA DE CONTAS DE EXERCÍCIO
orçamentária, operacional e patrimonial tem OU GESTÃO
por fim a fiscalização das pessoas sujeitas à
jurisdição do Tribunal de Contas e será exercida Art. 43. Estão sujeitas à tomada de contas de
nas unidades administrativas dos Poderes do exercício ou gestão e só por ato do Tribunal
Estado e dos Municípios e nas demais entidades de Contas podem ser liberadas de sua
referidas no inciso III do art. 33 desta Lei. responsabilidade as pessoas indicadas nos
incisos I a III do art. 34 desta Lei.
Art. 39. O exercício da auditoria contábil,
financeira, orçamentária, operacional e Art. 44. Os procedimentos relativos às tomadas
patrimonial, a que se refere o artigo anterior, de contas de exercício ou gestão serão regulados
será regulado pelo Tribunal de Contas em seu no Regimento Interno ou em Resolução, os
Regimento Interno ou em Resolução. quais disporão, ainda, quanto aos prazos e aos
documentos que deverão integrá-las, devendo
Art. 40. Na hipótese de sonegação prevista
constar, dentre outros, o relatório e parecer de
no § 1º do art. 33 da presente Lei, o Tribunal
auditoria emitido pelo órgão ou responsável
de Contas assinará prazo para apresentação
pelo controle interno.
dos processos, documentos ou informações,
comunicando o fato ao Secretário de Estado, ao Art. 45. No julgamento das tomadas de contas
Prefeito Municipal ou à mais alta autoridade do de exercício ou gestão, aplicar-se-á o disposto
órgão ou entidade para as medidas cabíveis. nos arts. 42 e 44 da presente Lei.
Parágrafo único. Vencido o prazo e não § 1º A decisão poderá compreender,
cumprida a exigência, o Tribunal, sem além da fixação do débito e da imposição
prejuízo da adoção de outras providências, de multa, a determinação de corrigir as
aplicará a sanção prevista no art. 67 desta irregularidades que ainda sejam sanáveis,
Lei. sem prejuízo das demais medidas previstas
nesta Lei, no Regimento Interno ou em
Art. 41. O Tribunal de Contas, respeitados a
Resolução.
organização e o funcionamento dos órgãos e
entidades sujeitos à sua fiscalização, regulará § 2º Quando a decisão concluir pela
a remessa dos processos, documentos e regularidade das contas ou baixa da
informações que lhe sejam necessários para o responsabilidade, será comunicada à
exercício de suas competências. autoridade administrativa competente
para que proceda ao cancelamento da
Art. 42. O Tribunal de Contas, no exercício de
responsabilidade respectiva.
suas competências, ao verificar a ocorrência
de irregularidades ou ilegalidades, aplicará
as sanções previstas nesta Lei, em especial,
quando for o caso, no inciso VII do art. 33, e CAPÍTULO II
adotará outras providências estabelecidas no DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
Regimento Interno ou em Resolução, garantindo
o direito à ampla defesa e ao contraditório. Art. 46. Os atos que importarem em dano ao
erário, ocasionados por ação ou omissão dos
administradores ou por agentes subordinados

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a estes, serão objeto de impugnação para TÍTULO IX


constituírem tomada de contas especial, DAS CONTAS DO PREFEITO MUNICIPAL
cujos procedimentos, inclusive quanto ao
julgamento, e documentos que deverão integrá- Art. 49. O Tribunal de Contas emitirá parecer
la serão regulados no Regimento Interno ou em prévio conclusivo sobre as contas que os
Resolução, observado o disposto nos arts. 42 e Prefeitos Municipais devem prestar anualmente
45 da presente Lei. às respectivas Câmaras Municipais, cabendo
o julgamento a estes Órgãos Legislativos, nos
Parágrafo único. No julgamento da tomada
termos constitucionais.
de contas especial, o Tribunal poderá
determinar a repercussão da matéria nas § 1º O parecer prévio:
contas do administrador, além de outras
providências que entender cabíveis. I – consistirá em uma apreciação geral e
fundamentada sobre o exercício financeiro,
devendo conter a análise e os elementos
Título VIII necessários à apreciação final, por parte da
Câmara de Vereadores, das gestões contábil,
Do Registro De Atos financeira, orçamentária, patrimonial e
operacional, bem como outros elementos
Art. 47. O Tribunal de Contas, nos termos igualmente definidos no Regimento Interno
do previsto no inciso IV do art. 33 desta Lei, ou em Resolução;
apreciará, para fins de registro, os atos de:
II – concluirá pela aprovação ou não das
I – admissão de pessoal, a qualquer contas, na forma estabelecida no Regimento
título, na administração direta e indireta, Interno ou em Resolução.
incluídas as fundações instituídas e/ou
mantidas pelos poderes públicos estadual e § 2º O Tribunal de Contas, por ocasião da
municipal, excetuadas as nomeações para o emissão do parecer prévio e quando for o
cargo de provimento em comissão; caso, decidirá pela aplicação das sanções
previstas nesta Lei, em especial, no inciso
II – concessão de aposentadorias, reformas VII do art. 33, sem prejuízo do disposto nos
e pensões, ressalvadas as melhorias arts. 55 a 58 e 60 a 61.
posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório. § 3º Somente por decisão de dois terços
dos membros da Câmara Municipal não
Parágrafo único. Nos atos a que se refere prevalecerá o parecer prévio de que trata
o inciso II deste artigo, incluem-se os este artigo.
relativos às transferências para a reserva e
às revisões. Art. 50. Os elementos a que se refere o inciso I
do § 1º do artigo anterior, de responsabilidade
Art. 48. No exame dos atos de que trata o artigo dos Prefeitos Municipais, incluídos os balanços
anterior, o Tribunal de Contas aplicará, quando e as demonstrações previstos em lei, serão
for o caso e na forma disciplinada no Regimento remetidos ao Tribunal de Contas até 31 de
Interno ou em Resolução, o disposto no inciso março do exercício seguinte ao encerrado.
VII do art. 33 da presente Lei, garantido o direito
à ampla defesa e ao contraditório. Parágrafo único. Se os elementos
mencionados no caput deste artigo não
forem remetidos no prazo ali previsto e na
forma estabelecida no Regimento Interno
ou em Resolução, o Tribunal de Contas fará
imediata comunicação do fato à Câmara

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Municipal, sem prejuízo das demais Art. 56. Se os Poderes Legislativo ou Executivo
medidas insertas em sua competência. correspondentes, no prazo de 90 (noventa)
dias, não efetivarem as medidas previstas no
Art. 51. À Câmara Municipal é vedado, sob pena artigo anterior, o Tribunal de Contas decidirá a
de nulidade, julgar as contas de que trata o art. respeito.
49 desta Lei, enquanto o Tribunal de Contas não
houver emitido sobre elas o respectivo parecer
prévio.
CAPÍTULO II
Art. 52. A Câmara de Vereadores remeterá ao DO CONTROLE INTERNO
Tribunal de Contas, no prazo de até 30 (trinta)
dias após o julgamento, para ciência, cópia da Art. 57. Os responsáveis pelo controle interno,
decisão sobre as contas do respectivo Prefeito o qual deve ser mantido na forma e para as
Municipal. finalidades previstas no caput do art. 31 e nos
incisos I a IV do art. 74, todos da Constituição
Federal, ao tomarem conhecimento de qualquer
Título X irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência
ao Tribunal de Contas.
Dos Contratos, do Controle Interno e
das Denúncias § 1º O disposto no caput deste artigo aplica-
se aos responsáveis pelo controle interno
das esferas estadual e municipal.
CAPÍTULO I § 2º Ao procederem à cientificação, os
DOS CONTRATOS responsáveis deverão manifestar-se
sobre os fatos verificados e anexar toda
Art. 53. Os contratos de que trata o § 1º do art. a documentação de que dispuseram,
71 da Constituição do Estado serão enviados objetivando corroborar suas alegações.
ao Tribunal de Contas para fins de apreciação,
no prazo previsto no Regimento Interno ou em § 3º A omissão na adoção do procedimento
Resolução. referido no caput deste artigo implicará
responsabilidade solidária do agente.
Art. 54. Aos contratos a que se refere o artigo
anterior bem como aos demais contratos Art. 58. Os procedimentos e a decisão relativos
celebrados pelos órgãos e entidades da à cientificação referida no artigo anterior dar-
administração pública direta e indireta, incluídas se-ão na forma do Regimento Interno ou de
as fundações e sociedades instituídas e/ou Resolução, observado o disposto na presente
mantidas pelo Poder Público do Estado, aplicar- Lei, em especial no art. 42 e no § 1º do art. 45.
se-á o disposto na Lei Complementar Estadual
Art. 59. Quando a irregularidade ou ilegalidade
nº 11.299, de 29 de dezembro de 1998 e na
abranger órgãos e entidades da administração
presente Lei, em especial no art. 42.
pública direta e indireta, incluídas as fundações
Art. 55. O Tribunal de Contas, na hipótese do e sociedades instituídas e/ou mantidas pelos
não atendimento da providência a que alude o Poderes Públicos Estadual ou Municipal, o
inciso VIII do art. 33 desta Lei, comunicará o fato Tribunal de Contas comunicará a sua ocorrência,
ao Poder Legislativo correspondente, ao qual em caráter reservado, às Mesas dos respectivos
compete adotar o ato de sustação do contrato Poderes Legislativos, na forma do disposto no
e solicitar, de imediato, ao respectivo Poder Regimento Interno ou em Resolução.
Executivo, as medidas cabíveis.

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CAPÍTULO III Parágrafo único. A publicação e as outras


DAS DENÚNCIAS formas de comunicação a que se refere o
caput observarão o disposto no Regimento
Art. 60. Qualquer cidadão, partido político, Interno ou em Resolução.
associação ou sindicato é parte legítima para
Art. 63. A comunicação dos atos e decisões
denunciar irregularidades ou ilegalidades
dar-se-á com a publicação no Diário Eletrônico
perante o Tribunal de Contas, contra agentes,
do Tribunal de Contas, presumindo-se válida
órgãos ou entidades da administração pública
para todos os efeitos legais, sem prejuízo da
direta e indireta, incluídas as fundações e
possibilidade de adoção de outras formas de
sociedades instituídas e/ou mantidas pelos
divulgação previstas no Regimento Interno ou
Poderes Públicos do Estado ou dos Municípios.
em Resolução.
Art. 61. Às denúncias a que se refere o artigo
§ 1º A intimação para a apresentação de
anterior aplicar-se-á o disposto na Lei Estadual
esclarecimentos far-se-á, ainda, por meio
nº 9.478, de 20 de dezembro de 1991, no § 1º
de comunicação postal, com aviso de
do art. 6º da Lei Complementar Estadual nº
recebimento aos:
11.299, de 29 de dezembro de 1998, nesta Lei,
em especial no art. 42, e no Regimento Interno I – administradores, nos processos em que
ou em Resolução. o relatório de auditoria indicar fixação de
débito, imposição de penalidade pecuniária,
Título XI parecer desfavorável ou julgamento pela
irregularidade de contas;
Das Decisões, dos Recursos e da II – administradores e responsáveis, nos
Revisão processos em que o relatório de auditoria ou
a informação técnica indicar irregularidade
de ato administrativo derivado de pessoal
CAPÍTULO I ou negativa de registro de ato de admissão,
DAS DECISÕES aposentadoria, reforma e pensão, inclusive
nas hipóteses de cessação da ilegalidade de
Art. 62. As decisões do Tribunal de Contas, ato.
incluídas aquelas relativas à emissão dos
pareceres prévios especificados nos incisos I e § 2º A comunicação postal, nos casos do §
II do art. 33 da presente Lei, serão tomadas na 1º, será dirigida ao endereço cadastrado nos
forma estabelecida no Regimento Interno ou sistemas do Tribunal de Contas, cumprindo
em Resolução, observado o disposto nesta Lei. aos administradores e responsáveis a sua
devida atualização.
Parágrafo único. Na ocorrência de
divergência entre decisões do Tribunal de § 3º Nos processos de análise da evolução
Contas, será suscitada a uniformização patrimonial de agente público, a intimação
da jurisprudência, na forma prevista no para apresentação de esclarecimentos
Regimento Interno ou em Resolução. sobre a origem, a comprovação da
legitimidade e a natureza de seus bens,
Art. 63. As decisões do Tribunal de Contas, nos termos do art. 3º, inciso III, da Lei nº
incluídas aquelas relativas aos recursos 12.980, de 5 de junho de 2008, que dispõe
e aos pedidos de revisão, de que tratam, sobre o registro das declarações de bens
respectivamente, os arts. 65 e 66 desta Lei, e o controle da variação patrimonial e de
serão objeto de publicação no órgão de sinais de enriquecimento ilícito por agente
divulgação oficial, sem prejuízo da possibilidade público no exercício de cargo ou emprego
de adoção de outras formas de comunicação. público estadual, e dá outras providências,

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será pessoal, em nome do agente público, Título XII
por meio de comunicação postal, expedida
com aviso de recebimento. Das Multas e dos Débitos
§ 4º As intimações referentes a medidas Art. 67. As infrações às leis e regulamentos
cautelares, além da publicação no Diário relativos à administração contábil, financeira,
Eletrônico do Tribunal de Contas, serão orçamentária, operacional e patrimonial
encaminhadas, alternativamente, por outro sujeitarão seus autores à multa de valor
meio, postal ou eletrônico. não superior a 1.500 (um mil e quinhentas)
§ 5º No caso de retorno negativo do aviso Unidades Fiscais de Referência, independente
de recebimento, a intimação será renovada das sanções disciplinares aplicáveis.
por intermédio de edital publicado no Art. 68. Das decisões das Câmaras e do Tribunal
Diário Eletrônico do Tribunal de Contas. Pleno que imputarem débito e/ou multa, as
§ 6º As formas de comunicação indicadas quais terão eficácia de título executivo, serão
neste artigo serão complementadas, sempre intimadas as pessoas de que trata o art. 34
que possível, via e-mail e outros meios desta Lei para, no prazo de 30 (trinta) dias,
eletrônicos, desde que os interessados recolherem a importância correspondente,
promovam o prévio cadastramento no corrigida monetariamente e, no caso de débito,
portal do Tribunal de Contas do Estado e acrescida de juros de mora.
mantenham seus registros atualizados. § 1º A intimação referida no caput observará
Art. 64. No exercício de suas competências, o disposto no art. 63 da presente Lei.
o Tribunal de Contas assegurará o direito § 2º O recolhimento de que trata o caput
ao contraditório e à ampla defesa, na forma dar-se-á na forma e consoante os critérios
prevista no Regimento Interno ou em Resolução. previstos no Regimento Interno ou em
Resolução.

CAPÍTULO II Art. 69. Comprovado o recolhimento a que se


refere o artigo anterior, o Tribunal expedirá
DOS RECURSOS
quitação do débito e/ou da multa na forma
Art. 65. Das decisões de que trata o art. 62 desta do disposto no Regimento Interno ou em
Lei, caberão os recursos previstos no Regimento Resolução.
Interno, na forma e nos prazos ali estabelecidos. Art. 70. Na hipótese da não efetivação do
recolhimento previsto no art. 68 desta Lei
e não havendo a interposição de recurso, o
CAPÍTULO III Tribunal de Contas, sem prejuízo da adoção
DA REVISÃO de outras providências, emitirá o respectivo
título executivo e o encaminhará à autoridade
Art. 66. As decisões de que trata o art. 62, bem competente com vista à sua cobrança,
como aquelas proferidas quando da apreciação conforme o disposto no Regimento Interno ou
dos recursos a que se refere o art. 65, ambos em Resolução.
desta Lei, após o respectivo trânsito em julgado,
poderão ser objeto de pedido de revisão, nos Parágrafo único. Verificada a omissão
casos, na forma e no prazo estabelecidos no de parte da autoridade competente
Regimento Interno. para proceder à cobrança mencionada
no caput deste artigo, o Tribunal de
Contas comunicará o fato ao Ministério
Público junto ao Tribunal de Contas e

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à Procuradoria-Geral de Justiça, sem REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE


prejuízo de repercussão da matéria nas CONTAS DO ESTADO
contas respectivas e da adoção das demais
medidas que entender cabíveis, na forma (com redação atualizada até a Resolução
do Regimento Interno ou de Resolução. nº 969 de 30.01.2013)
Resolução nº 544, de 21 de junho de 2000.

TÍTULO XIII Aprova a consolidação e introduz alterações


no Regimento Interno do Tribunal de Contas
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
do Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 71. Aplicam-se aos Conselheiros do O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Tribunal de Contas e aos Auditores Substitutos DO RIO GRANDE DO SUL, no uso das
de Conselheiro, bem como, no que diz respeito atribuições que lhe conferem o art. 71 da
a pensões, a seus familiares, as disposições do Constituição do Estado e o art. 20, inciso I,
Estatuto da Magistratura, conforme o disposto da Lei nº 11.424, de 06 de janeiro de 2000,
no art. 73, §§ 3º e 4º da Constituição Federal e
art. 74, §§ 1º e 2º da Constituição do Estado. RESOLVE:
Art. 72. Esta Lei entra em vigor na data de sua Art. 1º Ficam aprovadas a consolidação
publicação. e alterações no Regimento Interno do
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande
Art. 73. Revogam-se as disposições em do Sul, parte integrante desta Resolução.
contrário, em especial a Lei nº 6.850, de 20 de
dezembro de 1974. Art. 2º O Presidente do Tribunal
determinará as providências e baixará as
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 06 de instruções necessárias à adaptação dos
janeiro de 2000. serviços e implantação dos procedimentos
compatíveis com o regramento processual
instituído pelo Regimento Interno ora
consolidado e alterado.
Art. 3º Esta Resolução entrará em vigor
na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

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Regimento Interno do Tribunal de III – As Câmaras Especiais e as Câmaras
Contas do Estado do Rio Grande do Sul Especiais Reunidas;
IV – Os Conselheiros;
DISPOSIÇÕES INICIAIS
V – A Presidência;
Art. 1º Este Regimento dispõe sobre
VI – A Vice-Presidência;
a constituição, estrutura, atribuições,
competência e funcionamento do Tribunal VII – A Corregedoria-Geral;
de Contas do Estado e regula o procedimento
e o julgamento dos processos que lhe são VIII – A Auditoria e os Auditores Substitutos
atribuídos pela ordem jurídica vigente, bem de Conselheiros;
como daqueles em que lhe cabe emitir parecer. IX – O Corpo Técnico e os Serviços Auxiliares;
Art. 2º Ao Tribunal de Contas do Estado compete X – O Juízo Singular.
o tratamento de “Egrégio”; seus membros têm
o título de “Conselheiro” e o tratamento de
“Excelência”.
Art. 3º Os Conselheiros, Auditores Substitutos
PARTE II
de Conselheiro, membros do Ministério Público
e advogados que produzirem sustentação oral
usarão vestes talares nas sessões do Tribunal CAPÍTULO I
Pleno. DA COMPETÊNCIA
Art. 4º As atividades jurisdicional e Art. 7º Competem ao Tribunal de Contas as
administrativa do Tribunal de Contas serão seguintes atribuições:
ininterruptas.
I – exercer, com a Assembleia Legislativa, na
forma da Constituição, o controle externo
das contas dos Poderes do Estado e, com as
PARTE I Câmaras de Vereadores, o mesmo controle
Da Organização na área municipal;
II – emitir Parecer Prévio sobre as contas do
Art. 5º O Tribunal de Contas do Estado
Governador e dos Prefeitos Municipais;
compõe-se de sete Conselheiros, nomeados
na forma da Constituição do Estado e tem III – realizar inspeções e auditorias de
jurisdição sobre todos os responsáveis, pessoas natureza contábil, financeira, orçamentária,
físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que operacional, patrimonial e de gestão
utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou ambiental, acompanhando a execução
administrem dinheiros, bens e valores públicos de programas de trabalho e avaliando a
pelos quais respondam o Estado ou qualquer eficiência e eficácia dos sistemas de controle
dos Municípios que o compõem, ou que interno dos órgãos e entidades fiscalizados;
assumam obrigações em nome do Estado ou de
Município. IV – julgar as contas dos administradores
e demais responsáveis por dinheiros,
Art. 6º Integram a organização do Tribunal de bens e valores públicos da administração
Contas: direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e/ou mantidas pelos
I – O Tribunal Pleno;
poderes públicos estadual e municipal, e as
II – As Câmaras; contas daqueles que derem causa a perda,

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extravio ou outra irregularidade de que XIV – determinar, a qualquer momento, e


resulte prejuízo ao erário; quando houver fundados indícios de ilícito
penal, remessa de peças ao Procurador-
V – representar ao Governador e à Geral de Justiça;
Assembleia Legislativa, ao Prefeito e à
Câmara Municipal, sobre irregularidades XV – aplicar multas e determinar
ou abusos apurados no exercício de suas ressarcimentos ao erário, em caso de
atividades fiscalizadoras; irregularidades ou ilegalidades.
VI – assinar prazo para que o responsável XVI – processar, julgar e aplicar a multa
pelo órgão ou pela entidade adote referente à infração administrativa prevista
as providências necessárias ao exato no art. 5º da Lei Federal nº 10.028, de 19 de
cumprimento da lei, se verificada outubro de 2000;
ilegalidade;
XVII – fiscalizar a legalidade e a legitimidade
VII – sustar, se não atendido, a execução de da procedência dos bens e rendas acrescidos
ato impugnado; ao patrimônio de agente público, bem
como o cumprimento da obrigatoriedade
VIII – comunicar, à Assembleia Legislativa da apresentação de declaração de bens
ou à Câmara Municipal respectiva, a decisão e rendas no exercício de cargo, função
referida no inciso anterior, ou requerer a ou emprego público, nos termos das Leis
sustação, no caso de contratos, ou ainda Estaduais nºs 12.036/2003 e 12.980/2008 e
promover as demais medidas cabíveis para Lei Federal nº 8.429/1992.
a cessação da ilegalidade;
Parágrafo único. Os débitos e multas
IX – requisitar documentos; imputados pelo Tribunal de Contas do
X – apreciar, para fins de registro, a Estado serão atualizados monetariamente,
legalidade das admissões de pessoal a desde a data da origem do fato causador do
qualquer título e das concessões iniciais dano até o seu efetivo pagamento, segundo
de aposentadorias, transferências para indicadores a serem estabelecidos em
a reserva, reformas e pensões, bem Resolução própria.
como das revisões, quando for alterada
a fundamentação legal do respectivo ato
concessor, excetuadas as nomeações para
cargos em comissão;
CAPÍTULO II
DO TRIBUNAL PLENO
XI – exercer sua competência junto às
autarquias, empresas públicas, sociedades Art. 8º O Tribunal Pleno é constituído pela
de economia mista, fundações instituídas totalidade dos Conselheiros.
ou mantidas pelo Poder Público e demais
Parágrafo único. As sessões do Tribunal
pessoas jurídicas sujeitas à sua jurisdição;
Pleno serão dirigidas pelo Presidente e, nos
XII – apreciar os contratos de locação seus impedimentos, sucessivamente, pelo
de prédios e de serviços firmados entre Vice-Presidente, pelo Corregedor-Geral e
quaisquer das entidades referidas no inciso pelo Conselheiro mais antigo.
anterior e fundações privadas de caráter
Art. 9º É indispensável para o funcionamento
previdenciário e assistencial de servidores;
do Tribunal Pleno a presença de, no mínimo,
XIII – determinar providências cinco Conselheiros, na forma do disposto na Lei
acauteladoras do erário em qualquer Orgânica do Tribunal de Contas.
expediente submetido à sua apreciação;

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§ 1º As Sessões Ordinárias serão realizadas Militar, do Ministério Público, do Tribunal
às quartas-feiras, com início às quatorze de Contas e da Defensoria Pública;
horas.
X – determinar a instauração de
§ 2º Ficará vaga a cadeira do Conselheiro tomadas de contas especiais e inspeções
que se retirar da sessão, desde que extraordinárias;
observado o quorum estabelecido neste
artigo. XI – decidir sobre as inspeções
extraordinárias e especiais;
Art. 10. Ao Tribunal Pleno competem, além de
outras atribuições, as seguintes: XII – fixar, à revelia, o débito de responsáveis
que, em tempo, não houverem apresentado
I – eleger o Presidente, o Vice-Presidente, suas contas;
os Presidentes das Câmaras e o Corregedor-
Geral; XIII – decidir sobre as providências relativas
ao sequestro dos bens dos responsáveis,
II – escolher os Conselheiros que integrarão quando necessário para garantir o
as Câmaras; ressarcimento do erário;
III – decidir sobre a perda do cargo de XIV – propor à Assembleia Legislativa
Conselheiro e de Auditor Substituto de as medidas que entender cabíveis para
Conselheiro, bem como a aplicação de assegurar os interesses do Estado, em
qualquer penalidade administrativo- decorrência de análise procedida em
disciplinar aos seus membros e Auditores entidade da administração indireta;
Substitutos de Conselheiro, observado o
devido processo legal; XV – representar à Assembleia Legislativa
sobre irregularidades ou abusos verificados
IV – elaborar e alterar o Regimento Interno, nos órgãos e entidades mencionados no
bem como decidir sobre as dúvidas inc. IX;
suscitadas na sua aplicação;
XVI – representar ao Poder competente
V – decidir sobre a organização do Corpo sobre abusos e irregularidades constatados
Técnico e dos Serviços Auxiliares; no exercício de suas atividades;
VI – propor à Assembleia Legislativa a XVII – sustar, se não atendido, a execução
criação e a extinção de cargos e funções de ato impugnado;
e a fixação da respectiva remuneração,
bem como a alteração da organização do XVIII – comunicar ao Poder Legislativo
Tribunal de Contas; correspondente a decisão referida no
inciso anterior, ou requerer a sustação em
VII – emitir Parecer Prévio sobre as contas 90 (noventa) dias, no caso de contratos, ou
que o Governador prestar anualmente; promover outras medidas necessárias ao
resguardo do interesse público;
VIII – representar à autoridade competente
quando tiver conhecimento, no exercício de XIX – propor ao Governador do Estado
sua jurisdição, de indícios de delitos sujeitos intervenção nos Municípios, nos casos
à ação penal pública e de ilícito consistente previstos na Constituição;
na prática de ato de improbidade
administrativa; XX – julgar recursos interpostos contra
as decisões oriundas das Câmaras ou do
IX – julgar as contas de gestão dos Juízo Singular, bem como de suas próprias
administradores da Assembleia Legislativa, decisões.
do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Justiça

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XXI – decidir sobre dúvidas em matéria de se rigorosamente às disposições legais


competência; e ao estatuído no Regimento Interno do
Ministério Público junto ao Tribunal de
XXII – decidir sobre os processos de Contas;
uniformização da jurisprudência, bem como
sobre os pedidos de revisão de que tratam XXXIII – decidir sobre os processos de
os arts. 159 a 161 deste Regimento; notificação, nos termos deste Regimento
Interno;
XXIII – decidir, pela maioria absoluta de
seus membros, sobre a inclusão, revisão, XXXIV – processar, julgar e aplicar a multa
cancelamento ou restabelecimento de referente à infração administrativa prevista
enunciado na Súmula da Jurisprudência; no art. 5º da Lei Federal nº 10.028, de 19 de
outubro de 2000, em relação às autoridades
XXIV – decidir acerca de matéria referidas no art. 56 da Lei Complementar
administrativa interna que lhe for Federal nº 101, de 5 de maio de 2000, no
submetida; âmbito estadual, à exceção do Presidente
XXV – apreciar, em grau de recurso, as do Tribunal de Contas;
decisões administrativas do Presidente; XXXV – apreciar os Processos de Análise da
XXVI – decidir sobre matéria considerada Evolução Patrimonial de Agente Público,
sigilosa; depois de ouvido o Ministério Público
junto ao Tribunal de Contas, quanto à
XXVII – dividir o Tribunal em Câmaras, fixar legitimidade e à legalidade da evolução
dia e hora de suas sessões, extingui-las ou patrimonial e quanto à existência ou não
colocá-las temporariamente em recesso, de sinais exteriores de riqueza ilícita, bem
bem como determinar o estabelecimento como quanto à repercussão dos fatos no
ou extinção do Juízo Singular; processo de contas e à representação
aos Poderes e Órgãos, para a adoção das
XXVIII – decidir sobre a comunicação,
medidas que lhes cabem.
aos órgãos que disciplinam profissões
liberais, das irregularidades de que tenha
conhecimento, concernentes ao exercício
profissional; CAPÍTULO III
XXIX – propor a instauração de sindicâncias DAS CÂMARAS
e processos administrativos nos órgãos e
entidades sujeitos à sua jurisdição; Art. 11. As Câmaras terão composição e quórum
de três membros, sempre presididas por um
XXX – apreciar consultas formuladas por Conselheiro, escolhidos pelo Tribunal Pleno na
órgãos e entidades sujeitos à sua jurisdição; mesma oportunidade em que forem eleitos o
Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-
XXXI – indicar ao Governador, em
Geral.
lista tríplice, Auditores Substitutos de
Conselheiro e membros do Ministério Parágrafo único. Excepcionalmente, na
Público junto ao Tribunal de Contas, para sessão em que ocorrer hipótese de vacância
o fim previsto no art. 74, inciso II, da do cargo, ausência, férias ou impedimento
Constituição do Estado; dos Conselheiros, a mesma poderá ser
presidida, em caráter eventual, por Auditor
XXXII – examinar o atendimento dos
Substituto de Conselheiro que estiver em
requisitos para a promoção do Adjunto
substituição a Conselheiro, obedecido o
de Procurador ao cargo de Procurador,
critério de antiguidade.
procedendo a devida indicação, atendo-

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Art. 12. Compete às Câmaras: XI – processar, julgar e aplicar a multa
referente à infração administrativa prevista
I – apreciar, para fins de registro, a no art. 5º da Lei Federal nº 10.028, de 19 de
legalidade das admissões de pessoal a outubro de 2000, em relação aos Chefes dos
qualquer título e das concessões iniciais Poderes Executivo e Legislativo Municipais;
de aposentadorias, transferências para a
reserva, reformas e pensões, bem como das XII – julgar os processos de Retificação de
revisões, quando alterada a fundamentação Certidão emitida pelo TCE;
legal do ato concessor ou em razão do
disposto no parágrafo único dos arts. 117 e XIII – apreciar a regularidade dos
118; excetuadas as nomeações para cargos atos administrativos derivados de
em comissão; pessoal, assim entendidos os relativos
a reenquadramentos, transposições
I – Revogado. de regime jurídico, transferências do
município-mãe, outras transferências,
III – apreciar os contratos referidos no inciso reintegrações, readaptações, readmissões,
XII do art. 7º; reconduções, reversões e aproveitamentos.
IV – sustar, se não atendido, a execução de XIV – julgar as contas de gestão dos
ato impugnado; administradores e demais pessoas não
V – comunicar ao Poder Legislativo relacionadas no inciso IX do art. 10,
correspondente a decisão referida no responsáveis por dinheiros, bens e valores
inciso anterior, ou requerer a sustação em públicos da administração direta e indireta,
90 (noventa) dias, no caso de contratos, ou incluídas as fundações e sociedades
promover outras medidas necessárias ao instituídas ou mantidas pelo Poder Público
resguardo do interesse público; estadual e municipal e as contas daqueles
que derem causa à perda, extravio ou outra
VI – emitir Parecer Prévio sobre as contas irregularidade de que resulte prejuízo ao
de governo que os Prefeitos, anualmente, erário estadual ou municipal;
devem submeter às Câmaras Municipais;
Parágrafo único. Os Conselheiros e os
VII – declinar de sua competência Auditores Substitutos de Conselheiro,
para o Tribunal Pleno em matéria cuja funcionando como juízo singular, poderão
complexidade e relevância assim o exija; decidir os processos de que tratam os
incisos I, XII e XIII, deste artigo, quando não
VIII – julgar os recursos de embargos
houver discrepância entre as conclusões
declaratórios interpostos às suas próprias
do órgão técnico e do parecer ministerial,
decisões;
exceto quando sua decisão for pela
IX – julgar recursos de agravo regimental negativa de registro do ato admissional
interpostos às decisões do Relator exaradas ou irregularidade do ato administrativo
em processos sujeitos a sua competência; derivado de pessoal, e quando houver,
no processo, indícios de delitos sujeitos à
X – decidir sobre o encaminhamento dos ação penal pública ou de prática de atos de
feitos ao Procurador-Geral de Justiça, para improbidade administrativa.
as providências que este entender cabíveis,
na órbita da sua competência, quando
houver indícios de delitos sujeitos à ação
penal pública e de ilícito consistente na
prática de improbidade administrativa;

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CAPÍTULO IV X – adotar providências relativas à


DA PRESIDÊNCIA uniformização das deliberações das
Câmaras;
XI – distribuir processos, em audiência
Seção I pública, avocá-los antes de sua distribuição
DO PRESIDENTE ou, com autorização do Tribunal Pleno, em
qualquer fase;
Art. 13. O Presidente exerce a representação
externa do Tribunal de Contas, administra-o, XII – informar à Procuradoria-Geral do
preside o Tribunal Pleno e dirige o Corpo Técnico Estado e ao Prefeito Municipal sobre os
e os Serviços Auxiliares. valores não recolhidos ao erário estadual
ou municipal, respectivamente, nos
Art. 14. Ao Presidente compete, além das
prazos fixados, com envio de certidão das
atribuições previstas em lei:
decisões de que se originaram, a fim de ser
I – cumprir e fazer cumprir as deliberações promovida a competente cobrança;
do Tribunal Pleno;
XIII – expedir atos relativos à situação
II – submeter ao Tribunal Pleno qualquer jurídico-funcional dos Conselheiros,
matéria que, direta ou indiretamente, se Auditores Substitutos de Conselheiro e
integre na sua competência e, em especial, membros do Ministério Público junto ao
a programação orçamentária e suas Tribunal de Contas;
alterações;
XIV – conceder licença e férias aos
III – convocar sessões do Tribunal Pleno, Conselheiros e Auditores Substitutos de
dirigir seus trabalhos, ordenar as discussões Conselheiro;
e proclamar o resultado das votações;
XV – prover os cargos, conceder direitos e
IV – decidir questões de ordem suscitadas vantagens e aplicar penas disciplinares ao
em Plenário, assim entendidas as dúvidas pessoal do Corpo Técnico e dos Serviços
surgidas sobre a interpretação e aplicação Auxiliares;
deste Regimento;
XVI – designar servidores para constituírem
V – proferir voto de desempate; comissão e procederem a estudos ou
trabalhos de interesse geral;
VI – propor ao Plenário emendas ao
Regimento; XVII – propor ao Tribunal Pleno os nomes
de Conselheiros e Auditores Substitutos de
VII – propor ao Tribunal Pleno os nomes dos Conselheiro para as mesmas finalidades
Conselheiros que integrarão as Câmaras; previstas no inciso anterior;
VIII – expedir os atos relativos à indicação e XVIII – autorizar despesas nos casos e
promoção do Adjunto de Procurador para, limites estabelecidos em lei, podendo
respectivamente, substituir ou suceder o delegar essas atribuições;
Procurador, sempre observado o disposto
em Lei e no Regimento Interno do Ministério XIX – mandar riscar expressões
Público junto ao Tribunal de Contas; desrespeitosas contidas em documentos
encaminhados ao Tribunal de Contas;
IX – convocar Auditores Substitutos de
Conselheiro, na forma dos arts. 36 e 38; XX – expedir instruções normativas para
a boa execução das disposições contidas

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neste Regimento e em resoluções aprovadas Seção III
pelo Tribunal Pleno; DA ORDEM DE PRECEDÊNCIA NO
XXI – prestar, nos termos constitucionais, TRIBUNAL
informações que forem solicitadas ao
Tribunal de Contas por autoridades públicas; Art. 16. A ordem de precedência no Tribunal,
para fins de relatar processos no Tribunal Pleno,
XXII – determinar a realização de inspeções observará o critério decrescente de antiguidade.
especiais;
Parágrafo único. Os Conselheiros Vice-
XXIII – encaminhar à Assembleia Legislativa, Presidente e Corregedor-Geral, quando
trimestral e anualmente, relatório das relatarem matéria específica de sua
atividades do Tribunal; competência, o farão no início da sessão,
nesta ordem.
XXIV – encaminhar ao Governador do
Estado as listas tríplices referidas no art. 10,
inc. XXXI; Seção IV
XXV – comunicar à Câmara Municipal a falta DA ELEIÇÃO DO PRESIDENTE, DO
de prestação de contas anuais do Prefeito VICE-PRESIDENTE, DOS PRESIDENTES
em tempo hábil; DAS CÂMARAS E DO CORREGEDOR-
GERAL
XXVI – determinar o processamento das
consultas, nos termos deste Regimento; Art. 17. O Presidente, o Vice-Presidente, os
XXVII – ordenar os procedimentos Presidentes das Câmaras e o Corregedor-Geral
necessários à apuração dos fatos, quando serão eleitos para mandatos de dois anos, com
tomar ciência de irregularidades ou início em 1º de janeiro, devendo ser solenes as
ilegalidades. posses.
Art. 18. A eleição realizar-se-á em sessão
plenária convocada para a segunda quinzena
Seção II
do mês de dezembro, com a presença de, pelo
DA VICE-PRESIDÊNCIA menos, cinco Conselheiros efetivos, incluindo
Art. 15. Ao Vice-Presidente, além das demais o que presidir o ato, considerando-se eleito o
atribuições previstas em lei, compete: Conselheiro que obtiver a maioria dos votos.

I – por delegação do Presidente, prover os Art. 19. O escrutínio será secreto, considerando-
cargos, conceder direitos e vantagens ao se eleito o Conselheiro que obtiver a maioria
pessoal do Corpo Técnico e dos Serviços dos votos.
Auxiliares; Art. 20. Se nenhum dos Conselheiros obtiver
II – representar, por delegação do a maioria necessária, proceder-se-á a novo
Presidente, o Tribunal de Contas em atos e escrutínio entre os dois mais votados; se,
solenidades; mesmo assim, a maioria não for alcançada, será
considerado eleito o Conselheiro mais antigo no
III – relatar no Tribunal Pleno, além dos cargo.
processos que lhe forem distribuídos,
matérias de natureza administrativa; Art. 21. Se ocorrer vaga na Presidência, nos
sessenta dias que antecederem ao término do
mandato, o Vice-Presidente completá-lo-á.

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§ 1º Se, no mesmo período, ocorrer vaga na racionalização e otimização dos serviços


Vice-Presidência, assumirá o Conselheiro relativos à sua área de competência;
mais antigo no cargo e, havendo
contemporaneidade, o mais idoso. VI – verificar o cumprimento dos prazos
regimentais, propondo à Presidência
§ 2º Se a vaga ocorrer antes dos sessenta a abertura de sindicância ou processo
dias referidos neste artigo, proceder-se-á administrativo-disciplinar quando entender
eleição para o seu preenchimento, devendo cabíveis;
o eleito completar o mandato.
VII – requisitar os meios necessários para o
cumprimento das respectivas atribuições;
VIII – sugerir ao Presidente planos de
CAPÍTULO V trabalho;
DA CORREGEDORIA-GERAL
IX – sugerir provimentos sobre:
Art. 22. A Corregedoria-Geral do Tribunal de
Contas é órgão de fiscalização e disciplina, a) as atribuições dos cargos do Corpo
sendo o cargo de Corregedor-Geral privativo de Técnico e Serviços Auxiliares, quando não
Conselheiro efetivo. estabelecidas em lei ou regulamento;

Art. 23. Ao Corregedor-Geral, além da b) documentos e papéis de trabalho


incumbência de correição permanente dos relativos aos serviços do Tribunal,
serviços técnicos e administrativos do Tribunal, organizando modelos, quando não previstos
zelando pelo bom funcionamento da jurisdição em lei;
de contas e das demais atribuições que lhe forem c) programas de informatização do Tribunal;
cometidas por lei e em ato normativo, compete:
X – opinar, quando solicitado, sobre pedidos
I – exercer a correição nos setores técnicos de remoção, permuta, transferência e
e administrativos do Tribunal; readaptação de servidores;
II – realizar, ex-officio ou mediante XI – exercer cumulativamente a atividade
provocação, inspeções ou correições de Ouvidoria;
no âmbito de sua competência e,
obrigatoriamente, nas Inspetorias XII – requisitar diretamente aos
Regionais; jurisdicionados documentos, bem como
solicitar informações visando elucidar as
III – relatar, perante o Tribunal Pleno, demandas recebidas pela Ouvidoria.
processos administrativo-disciplinares que
envolvam agentes ou servidores deste Parágrafo único. Substituirá o Corregedor
Tribunal; nas suas faltas e impedimentos o Vice-
Corregedor, ao qual também compete
IV – indicar, na forma da lei, a composição exercer as funções delegadas pelo
das comissões de sindicâncias, processos Corregedor e sucedê-lo, em caso de vaga.
e inquéritos administrativo-disciplinares,
propondo à Presidência, após a devida
tramitação legal, a aplicação das
penalidades cabíveis e medidas corretivas;
V – propor à Presidência a adoção de
providências sobre o andamento dos
processos, bem como medidas de

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CAPÍTULO VI Parágrafo único. Compete, ainda,
DO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO ao Procurador avocar, quando julgar
TRIBUNAL DE CONTAS necessário, processo que esteja sob exame
de qualquer membro do Ministério Público.
Art. 24. O Ministério Público junto ao Tribunal Art. 25-A. As representações do Ministério
de Contas, ao qual se aplicam os princípios Público junto ao Tribunal de Contas, assim
constitucionais da unidade, da indivisibilidade entendidas as proposições nas quais se
e da independência funcional, compõe-se do requeira da Corte a adoção de providências
Procurador, que será seu chefe, e de três (3) de sua competência, após protocoladas,
Adjuntos de Procurador, dentre brasileiros, serão distribuídas a Conselheiro-Relator ou
bacharéis em Direito e nomeados pelo encaminhadas à Presidência do Tribunal,
Governador do Estado, tendo como função conforme o caso.
precípua zelar pela aplicação da lei.
§ 1º Havendo requerimento de medida
Art. 25. Compete ao Ministério Público: liminar acautelatória do Erário, em
I – promover a defesa da Ordem Jurídica, caráter de urgência, a distribuição dar-
requerendo, perante a Corte de Contas, se-á imediatamente após protocolada a
as medidas de interesse da Justiça, da representação.
Administração e do Erário, bem como § 2º Da decisão proferida caberá recurso na
outras definidas em lei ou decorrentes de forma regimental.
suas funções;
§ 3º Os procedimentos relativos às
II – comparecer às sessões do Tribunal, com representações serão disciplinados em
declaração de ter sido presente; Instrução Normativa.
III – opinar, em parecer oral ou escrito, Art. 26. O Ministério Público junto ao Tribunal
em todos os processos, exceto os de de Contas, sempre que ouvido, sê-lo-á ao final
natureza administrativa interna, os relativos da instrução.
às consultas, nos recursos de agravo
regimental e de embargos declaratórios; Parágrafo único. O prazo para manifestação
do Ministério Público será de 60 (sessenta)
IV – propor a instauração de tomada dias.
de contas especial, quando souber da
existência de alcance ou de pagamentos Art. 27. Durante as sessões, o Ministério
ilegais; Público junto ao Tribunal de Contas manifestar-
se-á oralmente logo depois do relatório ou da
V – levar ao conhecimento da administração sustentação oral das partes, se houver, e antes
fatos ou atos ilegais de que tenha de iniciada a fase de votação, opinando sobre
conhecimento em virtude do cargo; a matéria objeto do processo ou requerendo
VI – zelar pelo cumprimento das decisões ao Tribunal Pleno ou à Câmara a suspensão do
do Tribunal; julgamento para exame e parecer, devolvendo o
feito ao Relator até a segunda sessão seguinte.
VII – acompanhar administrativamente,
junto à Procuradoria-Geral do Estado, as Parágrafo único. Iniciada a fase de votação,
providências decorrentes de representações o membro do Ministério Público somente
e de cumprimento de decisões do Tribunal poderá usar da palavra para prestar
de Contas; esclarecimentos adicionais, desde que a
tanto solicitado, ou mediante intervenção
VIII – interpor recursos e propor pedidos de sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida
revisão previstos em lei e neste Regimento.

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surgida em relação a fatos ou documentos Art. 35. O Ministério Público junto ao Tribunal
que possam influir no julgamento. de Contas, através do Procurador, requererá ao
Presidente do Tribunal o apoio administrativo
Art. 28. O Procurador, em suas faltas, e de pessoal necessários ao desempenho de
impedimentos, licença ou na vacância, até o suas funções, bem como baixará as instruções
provimento regular do cargo pela respectiva que julgar necessárias, dispondo sobre a
promoção, será substituído por Adjunto de competência de seus componentes, organização
Procurador, observada a ordem de antiguidade, e funcionamento de seus serviços.
nos termos legais e do disposto no Regimento
Interno do Ministério Público junto ao Tribunal
de Contas.
Art. 29. O Procurador será empossado em
CAPÍTULO VII
sessão especial do Tribunal Pleno. DA AUDITORIA E DOS AUDITORES
SUBSTITUTOS DE CONSELHEIRO
Parágrafo único. Os Adjuntos de Procurador
tomam posse perante o Procurador. Art. 36. Aos Auditores Substitutos de
Conselheiro, em número de sete, nomeados na
Art. 30. O Procurador terá assento no Tribunal
forma da lei, compete substituir os Conselheiros,
Pleno, à direita do Presidente, e os Adjuntos de
nos casos de falta, impedimento ou vacância,
Procurador, por aquele designados, em idêntica
assim como emitir parecer coletivo ou individual
posição, nas Câmaras.
sobre matéria de indagação jurídica submetida
Art. 31. Aos Adjuntos de Procurador compete ao Tribunal e exercer as demais atribuições de
auxiliar o Procurador no desempenho de suas judicatura.
funções.
§ 1º O cargo de Auditor Substituto de
Art. 32. O Adjunto de Procurador, quando no Conselheiro ocupa, na hierarquia do
exercício da substituição, terá os mesmos direitos Tribunal de Contas, posição imediatamente
e prerrogativas do substituído, sujeitando-se inferior à do Conselheiro.
aos mesmos impedimentos e vedações, fazendo
§ 2º Os Auditores Substitutos de Conselheiro
jus à diferença de remuneração, proporcional
deverão, na sua totalidade, estar presentes
ao período substituído, salvo se se tratar de
às Sessões do Tribunal Pleno e, em número
substituição eventual.
de dois, das Câmaras.
Art. 33. O ingresso no cargo de Adjunto de
§ 3º Os Auditores Substitutos de Conselheiro
Procurador far-se-á mediante Concurso Público
substituirão os Conselheiros junto ao
de provas e de títulos, na forma da lei.
Tribunal Pleno, quando na ausência ou falta
Parágrafo único. Caberá ao Procurador do titular, não houver quórum mínimo para
baixar o Edital do Concurso Público acima funcionamento da Sessão Plenária.
referido, designar a Banca Examinadora,
§ 4º Os Auditores Substitutos de Conselheiro
na qual fica assegurada a participação da
serão representados no Conselho de Política
Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do
de Informática por um de seus integrantes
Rio Grande do Sul, bem como homologar o
designados pela Presidência.
resultado final do certame.
Art. 37. O Auditor Substituto de Conselheiro,
Art. 34. Em caso de vacância do cargo de
quando no exercício da substituição, poderá
Procurador, ascenderá ao mesmo um Adjunto
solicitar vista de processo, observado o
de Procurador, promovido segundo os critérios
disposto no art. 63, hipótese em que persistirá
definidos em seu próprio Regimento Interno.

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a substituição em relação ao processo objeto do ordem cronológica de recebimento e sua
pedido de vista até a decisão do mesmo. distribuição isonômica entre os Auditores
Substitutos de Conselheiro.
Parágrafo único. O Auditor Substituto de
Conselheiro, ao devolver o processo com § 3º Os expedientes relativos às informações
vista, manifestar-se-á sobre a matéria do em mandados de segurança e outros
local que lhe é próprio ou da tribuna, salvo procedimentos judiciais terão precedência
se persistir a substituição, quando falará do sobre os demais, devendo o Auditor
local que lhe é reservado. Substituto de Conselheiro manifestar-se
em prazo não superior a dez dias, quando
Art. 38. Nas hipóteses de vacância do cargo, falta se tratar de mandado de segurança, e
ou impedimento de Conselheiro, será convocado vinte dias, quando se tratar de outro
Auditor Substituto de Conselheiro, mediante procedimento judicial.
rodízio, observada a antiguidade no cargo.
§ 4º A solicitação de parecer é de iniciativa do
§ 1º A convocação de um mesmo Auditor Tribunal Pleno, das Câmaras, do Presidente
Substituto de Conselheiro não ultrapassará e dos Conselheiros, sendo que o Auditor
a 60 (sessenta) dias. Substituto de Conselheiro, no exercício
§ 2º O Auditor Substituto de Conselheiro, da substituição, ao solicitar a emissão de
quando no exercício da substituição, terá parecer coletivo, não poderá subscrevê-lo.
os mesmos direitos e prerrogativas do Art. 40. Mediante rodízio anual, observada
substituído, sujeitando-se aos mesmos a antiguidade no cargo, a Auditoria será
impedimentos e vedações, fazendo jus à coordenada por um Auditor Substituto de
diferença de remuneração, proporcional ao Conselheiro, por designação do Presidente,
período substituído, salvo se se tratar de devidamente homologado pelo Tribunal
substituição eventual. Pleno, o qual terá, entre outras, as atribuições
§ 3º Quando no exercício das demais seguintes:
atribuições da judicatura, o Auditor I – coordenar a Secretaria da Auditoria e
Substituto de Conselheiro terá as mesmas a Secretaria das Câmaras Especiais e das
garantias, impedimentos, vencimentos e Câmaras Especiais Reunidas.
vantagens dos Juízes do Tribunal de Alçada.
II – coordenar os servidores que atuarem
Art. 39. As ementas dos pareceres jurídicos dos nos trabalhos de pesquisa junto à Auditoria;
Auditores Substitutos de Conselheiro acolhidos
pelo Tribunal Pleno, pelas Câmaras, pelas III – velar pelo bom andamento dos
Câmaras Especiais e pelas Câmaras Especiais trabalhos da Auditoria;
Reunidas serão publicadas mensalmente no
Diário Eletrônico do Tribunal de Contas. IV – auxiliar na coordenação dos trabalhos
de sistematização da jurisprudência do
§ 1º O prazo para emissão do parecer Tribunal;
será, quando individual, de vinte dias e,
quando coletivo, de trinta dias, ficando V – requerer ao Presidente a designação
automaticamente suspenso durante o de servidores do Tribunal para atuarem na
período em que o Auditor Substituto pesquisa e na Secretaria da Auditoria.
de Conselheiro estiver no exercício de Art. 41. Os Auditores Substitutos de Conselheiro
substituição. tomarão posse perante o Presidente do
§ 2º Os processos serão distribuídos pela Tribunal, prestando compromisso na forma dos
Secretaria da Auditoria, observada sua §§ 1º e 2º do art. 43.

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CAPÍTULO VIII II – aposentadoria compulsória com


Do Corpo Técnico e Serviços Auxiliares vencimentos proporcionais ao tempo de
serviço;
Art. 42. O Corpo técnico e os Serviços Auxiliares
III – disponibilidade compulsória, com
terão quadro próprio e atribuições definidas em
vencimentos proporcionais ao tempo de
lei, em Resoluções e em outros documentos do
serviço.
Tribunal de Contas.
§ 1º A investidura em cargo do quadro de
pessoal do Tribunal de Contas dependerá
de prévia aprovação em concurso público CAPÍTULO II
de provas ou de provas e títulos. DA DISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS
§ 2º Os servidores do quadro do Tribunal Art. 46. Os processos do Tribunal de Contas
serão nomeados pelo Presidente, que lhes serão protocolizados segundo sua natureza e
dará posse. tipificação.
Art. 47. Atendidos os princípios da publicidade,
da alternatividade e do sorteio, cada processo
PARTE III
será distribuído a um Relator, dentre todos
Do Funcionamento os Conselheiros, com exclusão do Presidente,
mediante computação eletrônica, bem como
aos Auditores Substitutos de Conselheiro, na
CAPÍTULO I forma a ser definida em Instrução Normativa.
DOS CONSELHEIROS
§ 1º A distribuição dos processos dar-se-á
Art. 43. Os Conselheiros do Tribunal de Contas, após a respectiva autuação ou, no caso dos
escolhidos na forma prevista na Constituição processos de inativação oriundos da esfera
Estadual, serão nomeados pelo Governador do estadual, quando do seu ingresso nesta Corte.
Estado e tomarão posse em sessão especial do
§ 2º A distribuição de Processo de
Tribunal Pleno.
Contas de determinado exercício ou
§ 1º No ato de posse, o Conselheiro prestará Tomada de Contas Especial importará na
o compromisso de bem servir e cumprir os vinculação do respectivo Relator, ao qual
deveres do cargo, de conformidade com a deverão ser distribuídos todos os demais
Constituição e as leis. documentos relativos àqueles processos,
respectivamente.
§ 2º Desse compromisso, firmado pelo
Conselheiro empossado e pelo Presidente, § 3º É vedada a distribuição, ao mesmo
será lavrado termo e expedido pergaminho Conselheiro ou Auditor Substituto de
representativo. Conselheiro, de processos de exercícios
sucessivos do mesmo administrador,
Art. 44. A antiguidade do Conselheiro no cargo órgão ou entidade, relativos a Contas
será estabelecida pela posse. do Chefe do Poder Executivo, Contas do
Art. 45. Nos processos administrativo- Chefe do Poder Legislativo, Inspeções
disciplinares de que trata o art. 10, inciso III, Especiais, Inspeções Extraordinárias,
havendo condenação, as penalidades aplicáveis, Tomadas de Contas Especiais, Infrações
segundo a gravidade da falta cometida, serão: Administrativas, Retificações de Certidões
e de Representações do Ministério Público
I – perda do cargo, mediante demissão a junto ao Tribunal de Contas e respectivos
bem do serviço público; recursos.

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§ 4º O Magistrado, ao solicitar a VII – determinar a cientificação do
redistribuição do processo, deverá registrar responsável acerca do conteúdo do
nos respectivos autos seu impedimento ou relatório de auditoria, mediante publicação
suspeição. no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas;
VIII – determinar o arquivamento
do processo quando cientificado do
CAPÍTULO III cumprimento da decisão;
DO RELATOR IX – intimar o responsável quando da não
entrega, a este Tribunal, dos documentos
Art. 48. Compete ao Conselheiro-Relator:
necessários à apreciação das respectivas
I – ordenar o andamento dos processos que contas anuais;
lhe forem distribuídos, proferindo decisões
X – intimar o Responsável quando da não
interlocutórias e encaminhando-os, quando
entrega, a este Tribunal, dos documentos
julgar necessário, à Auditoria, para emissão
necessários à verificação das normas
de Parecer;
de finanças públicas voltadas para a
II – determinar diligências necessárias à Gestão Fiscal, para que o faça no prazo
complementação da instrução, fixando improrrogável de 7 (sete) dias;
prazo não superior a trinta dias para o seu
XI – alertar os titulares dos Poderes ou
cumprimento, à exceção das relativas a atos
Órgãos referidos no art. 20, quando da
sujeitos a registro, cujo prazo poderá ser
ocorrência das situações previstas no § 1º
fixado em até sessenta dias, inadmitida, em
do art. 59, ambos da Lei Complementar
qualquer caso, a prorrogação.
nº 101/2000, podendo este alerta ser
III – determinar a intimação do responsável, gerado automaticamente pelo Sistema de
na forma prevista no caput do art. 144, para Informações para Auditoria e Prestação de
que apresente defesa ou esclarecimento Contas – SIAPC;
numa única oportunidade, no prazo de
XII – intimar o responsável para apresentar
trinta dias, inadmitida a prorrogação,
defesa, no prazo de 15 (quinze) dias,
quando verificar que, no processo, poderá
inadmitida a prorrogação, no processo de
haver fixação de débito, imposição de
infração administrativa de que trata o art. 5º
penalidade, decretação da irregularidade
da Lei Federal nº 10.028, de 19 de outubro
de ato administrativo derivado de pessoal
de 2000.
ou negativa de registro de ato de admissão,
inclusive nas hipóteses de cessação de XIII – determinar, em caráter de urgência, as
ilegalidade do ato. medidas liminares acautelatórias ao erário.
IV – determinar a inclusão do processo em XIV – determinar, concomitantemente
pauta de julgamento; à intimação do responsável para a
prestação de esclarecimentos em
V – relatar o processo no prazo de 60
inspeções extraordinárias e especiais,
(sessenta) dias, contados do encerramento
a disponibilização dos correspondentes
da instrução;
relatórios também a seu superior
VI – apresentar, na mesma ocasião, voto hierárquico, aos titulares dos respectivos
por escrito perante o Tribunal ou a Câmara Poderes Executivo e Legislativo e ao
que integrar; Ministério Público Estadual.

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§ 1º A omissão de defesa ou esclarecimento ausência à sessão do Conselheiro que


pelo responsável, no prazo estabelecido deveria devolver o processo, caberá à
neste artigo, entender-se-á como renúncia Secretaria das Sessões proceder a sua
à faculdade oferecida para justificação do inclusão na próxima sessão em que se der o
ato impugnado. retorno do respectivo Conselheiro.
§ 2º O desatendimento a pedido de Art. 51. Não participarão do julgamento os
informações julgadas imprescindíveis ao Conselheiros que não tenham assistido ao
esclarecimento de ato, fato ou situação relatório ou aos debates, salvo se derem por
sujeitará o responsável às medidas legais esclarecidos.
cabíveis, a juízo do Plenário, da Câmara ou
do Juízo Singular. Art. 52. Quando a Câmara declinar de sua
competência, o processo terá no Tribunal
§ 3º O Relator, a pedido da parte Pleno o mesmo Relator, salvo nas hipóteses de
interessada, poderá determinar a juntada aposentadoria, férias ou outro impedimento legal.
de documentos ao processo com a defesa
ou esclarecimento e na interposição
de recurso, vedada a juntada após o
encerramento da instrução, pela emissão CAPÍTULO IV
do parecer do Ministério Público. DO FUNCIONAMENTO DO TRIBUNAL
§ 4º Ao Conselheiro-Relator, funcionando Art. 53. O Tribunal Pleno e as Câmaras reunir-
como Juízo Singular, aplicam-se as se-ão, ordinariamente, uma vez por semana.
disposições contidas neste artigo.
Parágrafo único. Não havendo número
§ 5º Concluso o processo, o Conselheiro- legal, a matéria constante da pauta será
Relator, funcionando como Juízo Singular, apreciada com preferência na sessão
proferirá decisão no prazo de 30 (trinta) dias. imediata.
Art. 49. O Relator poderá promover o rodízio Art. 54. Da ata da sessão constarão:
do processo entre os demais Conselheiros, para
que tomem ciência do seu conteúdo. I – dia, mês, ano e hora de abertura e
encerramento;
Art. 50. O Conselheiro que pedir vista de
processo deverá devolvê-lo, no máximo, até II – nome do Conselheiro que presidiu a
a terceira sessão subsequente àquela em que sessão e de quem a secretariou;
formulado o pedido. III – nomes dos Conselheiros, Auditores
§ 1º Não devolvido até a sessão aprazada, Substitutos de Conselheiro e representantes
caberá à Secretaria das Sessões incluir o do Ministério Público junto ao Tribunal de
processo na pauta da sessão subsequente, Contas presentes;
competindo ao Presidente chamá-lo à IV – as demais ocorrências, mencionando-
votação. se, quanto aos processos, o número,
§ 2º Retomado o julgamento, caberá ao a origem e os interessados, o Relator
Conselheiro que solicitou vista devolver o e a decisão, com indicação dos votos
processo ou, na impossibilidade de fazê- vencedores e vencidos;
lo, renovar o pedido, a ser concedido nos V – declarações de voto e pareceres,
termos do caput. quando neles se fundar a decisão.
§ 3º Na hipótese de impossibilidade
de inclusão do processo em pauta, por

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Art. 55. A ata da sessão poderá ser aprovada Art. 61. Votará em primeiro lugar o Relator,
até duas sessões subsequentes, sendo que, seguindo-se a ordem de precedência, na forma
em cada sessão, somente após a aprovação do art. 16.
de ata(s) de sessão(ões) anterior(es), seguir-
se-ão os requerimentos, moções e indicações, Art. 62. Iniciada a fase de votação, o Ministério
apreciação de processos com vista e dos Público junto ao Tribunal de Contas do Estado
constantes da pauta. e os Auditores Substitutos de Conselheiro
usarão da palavra para prestar esclarecimentos
Parágrafo único. Os Conselheiros terão o adicionais, desde que a tanto solicitados.
prazo de até 48 (quarenta e oito) horas para
apresentarem, por escrito, ressalvas à ata, § 1º O Presidente ordenará a votação e
contado da aprovação da mesma. decidirá questões de ordem e reclamações.

Art. 56. A ordem da pauta será obedecida, salvo § 2º Em qualquer momento, nas Sessões
pedido de inversão ou adiamento formulado do Pleno ou das Câmaras, os Conselheiros,
pelo Relator, ou pedido de preferência do o Ministério Público junto ao Tribunal
interessado ou seu procurador. de Contas e as partes, através de seus
representantes habilitados, poderão
Art. 57. Após o relatório, que conterá suscitar questões de ordem ou reclamações.
necessariamente a descrição dos fatos em
julgamento e dos fundamentos de direito § 3º Considera-se questão de ordem toda e
invocados, será dada a palavra à defesa, ao qualquer dúvida sobre a interpretação deste
representante do Ministério Público junto ao Regimento ou das leis, no que se relaciona
Tribunal de Contas e, se for o caso, a Auditor com a sua prática ou com a Constituição.
Substituto de Conselheiro. § 4º Quando for usada a expressão “para
Art. 58. As questões preliminares serão julgadas reclamação”, será para exigir observância
antes do mérito, deste não se conhecendo se de dispositivo regimental.
incompatível com a decisão daquelas. § 5º A questão de ordem e a reclamação
Art. 59. Será concedida a palavra, pelo prazo deverão ter fundamentação sucinta e
de 15 (quinze) minutos, para que sustente referirem-se à matéria tratada na ocasião
oralmente suas razões, perante o Tribunal Pleno em que forem arguidas e pertinentes à
ou a Câmara, o procurador da parte interessada, sessão em andamento.
devidamente habilitado e regularmente § 6º Formuladas as questões de ordem ou
constituído, desde que a requeira antes do reclamações, se não houver solicitação
início do julgamento. para contestá-las, de parte de qualquer
Parágrafo único. Não haverá sustentação Conselheiro, serão resolvidas pelo
oral no julgamento de Embargos Presidente, que poderá submetê-las ao
Declaratórios e de Agravo Regimental. Plenário, não sendo permitido ao suscitante
opor-se à decisão.
Art. 60. Poderão as partes, até quarenta e oito
(48) horas antes do julgamento, apresentar Art. 63. Após iniciada a discussão e antes
memoriais, depositando na Secretaria do órgão de proferir seu voto, poderá o Conselheiro,
julgador tantos exemplares quantos forem sem prejuízo dos votos dos demais, se assim
os Conselheiros, os Auditores Substitutos de entenderem, solicitar vista do processo, em
Conselheiro e ao Ministério Público junto ao uma única oportunidade, suspendendo-se a
Tribunal de Contas. discussão ou votação até a segunda sessão
seguinte, quando será o julgamento retomado
na fase em que se encontrava, salvo motivo
justificado.

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Art. 64. O Conselheiro poderá modificar o seu CAPÍTULO V


voto antes de proclamada a decisão. DAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS,
Art. 65. Nas Câmaras, os respectivos Presidentes ESPECIAIS E ADMINISTRATIVAS
também exercerão a função de Relator e o
direito de voto. Art. 71. Além das sessões ordinárias, que
seguirão a ordem estabelecida no Capítulo IV
Art. 66. O voto de desempate do Presidente do anterior, o Tribunal poderá realizar sessões
Tribunal, quando necessário, será proferido de extraordinárias, especiais e administrativas,
imediato ou na sessão seguinte. convocadas pelo Presidente ou por iniciativa da
maioria dos Conselheiros.
Art. 67. Os votos serão computados
conjuntamente; entretanto, contar-se-ão Art. 72. As sessões extraordinárias serão
separadamente os votos com relação a cada convocadas, salvo motivo relevante, com
uma das preliminares arguidas, assim como, no antecedência de 24 (vinte e quatro) horas,
mérito, quanto a cada um dos fundamentos da declarada sua finalidade.
decisão, se houver divergência.
Art. 73. As sessões especiais serão convocadas
Art. 68. O Conselheiro que desejar fazer para:
declaração de voto por escrito deverá
apresentá-la até 48 (quarenta e oito) horas após I – eleição e posse do Presidente, do Vice-
o encerramento da sessão. Presidente, do Corregedor-Geral e dos
Presidentes das Câmaras;
Art. 69. Ao publicar o extrato da ata, o Tribunal
Pleno ou as Câmaras poderão alterá-lo, bem II – emissão do Parecer Prévio sobre as
como as decisões nele contidas, para corrigir contas do Governador;
inexatidões materiais ou erros de escrita ou de III – posse de Conselheiro;
cálculo, de ofício, ou mediante requerimento da
parte, ou por via de embargos de declaração, IV – outras solenidades, a critério do
quando cabíveis. Tribunal Pleno.

Art. 70. A pauta dos processos a serem Art. 74. As sessões administrativas serão
apreciados pelo Tribunal Pleno, pelas Câmaras, realizadas exclusivamente para exame de
pelas Câmaras Especiais e pelas Câmaras matéria de interesse interno do Tribunal.
Especiais Reunidas será publicada no Diário
Eletrônico do Tribunal de Contas, com
antecedência mínima de quarenta e oito horas PARTE IV
à sessão em que os processos possam ser Das Atividades
chamados, excetuando-se os que tratarem de
matéria administrativa do Tribunal de Contas.
Parágrafo único. A inclusão em pauta dos CAPÍTULO I
processos referidos no caput deste artigo DAS CONTAS DO GOVERNADOR
será regulamentada por meio de instrução
normativa. Art. 75. O Parecer Prévio que o Tribunal Pleno
emitir sobre as contas que o Governador deve
prestar anualmente à Assembleia Legislativa,
elaborado em 60 (sessenta) dias a contar da data
do recebimento das respectivas contas, será
precedido de minucioso relatório sobre a gestão
fiscal, financeira e econômica da administração

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direta e dos órgãos da administração indireta, Art. 76. O relatório e Parecer Prévio conterão,
sociedades e fundações instituídas ou mantidas no mínimo, a análise dos seguintes elementos:
pelo Poder Público.
I – gestão fiscal, financeira, orçamentária,
§ 1º O relatório conterá a análise e todos os patrimonial, operacional e ambiental da
elementos necessários à apreciação final, administração direta;
pela Assembleia Legislativa, da gestão fiscal,
financeira, orçamentária, patrimonial, II – ingressos e gastos públicos, inclusive
operacional e Contas, com antecedência com pessoal, segundo os objetivos
mínima de quarenta e oito horas à sessão estabelecidos no Plano de Governo;
em que os processos possam ser chamados. III – dívida pública;
§ 2º Para os efeitos do disposto no IV – gestão financeira, econômica,
parágrafo anterior, o Tribunal valer-se-á patrimonial, operacional e ambiental
dos elementos colhidos nas inspeções da administração indireta, sociedades e
realizadas no decorrer do exercício. fundações, instituídas ou mantidas pelo
§ 3º Não encaminhadas as contas no prazo Poder Público.
constitucional, o Tribunal comunicará à Art. 77. A síntese do relatório, suas conclusões
Assembleia Legislativa para os fins de direito, e o Parecer Prévio serão publicados no Diário
devendo apresentar minucioso relatório Eletrônico do Tribunal de Contas.
sobre o exercício financeiro encerrado.
Art. 78. O Parecer Prévio sobre as contas
§ 4º Sempre que no relatório de que trata do Governador do Estado não condicionará
o caput constarem apontes que indiquem o julgamento das contas dos demais
a prática de atos ou a ocorrência de administradores do setor público estadual.
fatos passíveis de serem considerados
como irregularidades, impropriedades Art. 79. Para proceder à análise e relatar o
ou inconsistências, o Administrador será Parecer Prévio sobre as contas do Governador,
cientificado do seu inteiro teor a fim de será designado, pelo Plenário, Conselheiro
que, no prazo de 30 dias, se assim o desejar, efetivo, mediante rodízio, obedecida a ordem
apresente os esclarecimentos que entender de antiguidade, na primeira sessão ordinária de
pertinentes. cada ano.

§ 5º A concessão do prazo previsto no


parágrafo anterior suspenderá o curso
do prazo previsto no caput, que será CAPÍTULO II
retomado na data em que apresentados os DAS CONTAS DO PODER EXECUTIVO
esclarecimentos ou em que certificado o MUNICIPAL
transcurso in albis dos 30 dias.
Art. 80. Para fins de elaboração do Parecer
§ 6º Na hipótese de serem prestados os
Prévio conclusivo sobre as contas de governo
esclarecimentos de que trata o § 4º, estes
que os Prefeitos Municipais devem prestar
serão anexados às respectivas contas,
anualmente às respectivas Câmaras e avaliação
mediante despacho do Conselheiro-
do desempenho da administração, serão
Relator, e submetidos à análise do corpo
consideradas as análises da gestão fiscal e da
técnico, segundo a sua área de competência
aplicação dos recursos vinculados à Manutenção
estabelecida em Resolução, bem como
e Desenvolvimento do Ensino e às Ações e
à apreciação do Ministério Público junto
Serviços Públicos de Saúde, assim como os
ao Tribunal de Contas, para emissão de
elementos constantes do balanço anual relativo
parecer.

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ao exercício sob exame e demais documentos Art. 84. REVOGADO.


indicados neste Regimento.
Art. 85. Nos processos de contas de governo
§ 1º Os documentos que devem integrar as e de contas de gestão, havendo indício de
contas anuais do executivo municipal serão delito sujeito à ação penal pública ou de
obrigatoriamente entregues no Tribunal ilícito consistente na prática de improbidade
de Contas até 31 de março do exercício administrativa, que imponha a adoção de
seguinte. providências urgentes pelo Tribunal, caberá
ao Relator determinar, a qualquer tempo, a
§ 2º O balanço geral da administração direta intimação do responsável para que preste
abrangerá os registros de todos os órgãos esclarecimentos em trinta dias, sem prejuízo
e unidades orçamentárias, inclusive os da de nova intimação para esclarecer outras
Câmara Municipal. irregularidades apuradas até o final da
Art. 81. Integram o processo de contas de gestão respectiva instrução.
do Poder Executivo Municipal os procedimentos de Art. 86. O Parecer Prévio será emitido até
auditoria destinados ao exame dos atos praticados a última sessão do ano subsequente ao da
e fatos ocorridos em determinado exercício, ou entrega dos documentos de que trata o § 1º
em parte do mesmo, compreendendo a análise do art. 80, ressalvada a hipótese de incidências
dos dados remetidos pelos entes jurisdicionados, processuais, devidamente justificadas, que
incluindo-se as informações obtidas por impliquem a dilação desse prazo.
meio informatizado, magnético ou eletrônico
previamente definido em resolução, e verificações Parágrafo único. Para efeito de monitorar
efetuadas no local, de modo a permitir também a o cumprimento da meta estabelecida no
avaliação do sistema de controle interno, inclusive caput desde artigo, serão fixados, mediante
no que concerne à habilitação das entidades Instrução Normativa, percentuais de
beneficiadas com contribuições, subvenções ou decisões a serem proferidas por trimestre,
auxílios e às respectivas concessões e prestações observado, ao final do exercício, o
de contas. percentual mínimo de pareceres exigido no
Planejamento Estratégico do TCE.
Art. 82. Se os documentos atinentes as contas
anuais do executivo municipal, referidos no Art. 87. Para os efeitos de inelegibilidade de
art. 113 deste Regimento, não forem entregues agente político, o Tribunal enviará ao Ministério
até 31 de março, o Presidente fará imediata Público Eleitoral, em 5 (cinco) dias após o trânsito
comunicação do fato à Câmara Municipal, em julgado, o nome do responsável cujas contas
sem prejuízo das demais medidas insertas na houverem recebido parecer desfavorável, sendo
competência do Tribunal de Contas. dado conhecimento à Procuradoria-Geral de
Justiça, para os fins legais.
Parágrafo único. Feita a comunicação
prevista neste artigo, o expediente Art. 88. A Câmara de Vereadores remeterá ao
respectivo, devidamente distribuído, será Tribunal, no prazo de até 30 (trinta) dias após
encaminhado à apreciação de uma das o julgamento, para ciência, cópia da decisão
Câmaras, para emissão de Parecer Prévio. sobre as contas da respectiva Administração
Municipal.
Art. 83. Os fatos apurados em procedimento
de auditoria, inspeção especial e extraordinária Parágrafo único. Na hipótese de
serão demonstrados em relatório, juntando- descumprimento do prazo consignado
se aos respectivos processos apenas os no presente artigo, o Tribunal averiguará,
documentos que forem indispensáveis ao mediante inspeção, o resultado do
perfeito entendimento do ato ou fato relatado, julgamento, aplicando as sanções cabíveis.
ou para amostragem de prática reiterada.

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CAPÍTULO III atos e fatos que tenham como consequência a
DAS CONTAS DE GESTÃO E DAS movimentação de créditos, recursos financeiros
TOMADAS DE CONTAS ESPECIAIS e bens, por um ou mais responsáveis pela
gestão financeira ou patrimonial.
Art. 91. Constitui obrigação do administrador
Seção I exigir e providenciar, durante o exercício
DAS CONTAS DE GESTÃO financeiro, a correta escrituração, de forma a
possibilitar a instrução de suas contas de gestão.
Art. 89. As contas de gestão constituem
o procedimento a que são submetidos os Art. 92. As contas de gestão constituem
administradores dos órgãos autônomos ou processo uno, relativamente ao exercício
entidades jurisdicionadas do Tribunal de Contas, financeiro e à gestão, ou somente quanto à
e demais responsáveis que, nos termos da lei, gestão, e abrangem:
estatuto ou regulamento, forem nomeados,
I – as despesas realizadas por meio de
designados ou eleitos para exercer cargo ou função
adiantamentos, suprimentos, subvenções,
de cujos atos resultem a utilização, arrecadação,
auxílios e ajustes bilaterais;
guarda, gerenciamento ou administração de
dinheiros, bens e valores públicos pelos quais o II – as contas de almoxarifes, tesoureiros,
órgão autônomo ou a entidade responda, ou que, encarregados de depósitos de material e de
em nome deste ou desta, assumam obrigações de todo e qualquer responsável pela guarda e
natureza pecuniária. administração de bens e valores;
§ 1º No âmbito da Administração Estadual, III – fundos especiais e assemelhados;
para efeitos de contas de gestão, o órgão
autônomo Gabinete do Governador será IV – todos os atos dos quais resulte
individualizado no nível de cada unidade movimentação de valores orçamentários
que compõe a sua estrutura básica. e extraorçamentários, operacionais e
extraoperacionais, praticados pelos
§ 2º Para os efeitos do disposto neste artigo, administradores ou seus substitutos legais.
considera-se:
Art. 93. É pessoal a responsabilidade do
a) órgão autônomo aquele que, situando-se administrador relativamente aos atos e fatos de
na primeira linha hierárquica de cada poder de sua gestão.
Estado, embora não possuindo personalidade
jurídica própria, tenha autonomia Parágrafo único. A responsabilidade
administrativa, orçamentária, técnica e, em estender-se-á solidariamente aos
alguns casos, financeira, caracterizando-se responsáveis pelo controle interno quando,
como órgão diretivo, com funções precípuas ao tomarem conhecimento de qualquer
de planejamento, supervisão, coordenação e irregularidade ou ilegalidade, dela deixarem
controle das atividades que constituem sua de dar ciência ao Tribunal de Contas.
área de competência; Art. 94. As contas de gestão que trata esta
b) entidade aquela que se constitui em Seção informarão o nome do administrador
pessoa jurídica de direito público ou privado nomeado, designado ou eleito, nos termos de
integrante da administração indireta, lei, regulamento ou estatuto.
inclusive as de natureza fundacional. Art. 95. O processo de contas de gestão incluirá
Art. 90. As contas de gestão resultam do as auditorias efetuadas no exercício, ou a ele
levantamento efetuado pelo sistema de relativas, às quais se aplicam o disposto nos
controle interno, baseado na escrituração de

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arts. 81, 83 a 85, e os elementos preparados b) quando houver inobservância de normas


pelo controle interno. atinentes à administração e controle
orçamentário, financeiro, patrimonial ou
Art. 96. O processo de contas de gestão, com os operacional, ou quando existam débitos
documentos previstos em Resolução própria, que evidenciem indícios de crime ou ato de
deverá ser, obrigatoriamente, encaminhado ao improbidade administrativa.
Tribunal de Contas, no prazo de cento e oitenta
dias, contados do encerramento do exercício ou Parágrafo único. Julgadas irregulares as
gestão. contas em decisão definitiva, será dado
conhecimento do processo à Procuradoria-
Art. 97. A falta de elemento obrigatório, Geral de Justiça, para os fins legais, e ao
inclusive balanço de encerramento de exercício Ministério Público Eleitoral, na forma do
ou gestão, quando exigível, não obstará o art. 87 deste Regimento Interno.
julgamento das contas, ensejando a fixação de
débito e imposição de penalidade à revelia do Art. 100. Nas hipóteses previstas nos incisos
responsável. II e III do artigo anterior, a decisão poderá
compreender, além da fixação do débito, a
Parágrafo único. Na hipótese prevista neste determinação de corrigir as irregularidades que
artigo, além das demais medidas cabíveis, ainda sejam sanáveis, sem prejuízo das demais
poderá o Tribunal representar à Assembleia medidas previstas em lei e neste Regimento.
Legislativa e ao Governador do Estado ou,
quando se tratar de entidade municipal, à Art. 101. REVOGADO.
respectiva Câmara e ao Prefeito Municipal.
Art. 102. Quando a decisão concluir pela
Art. 98. Os processos de contas de gestão serão existência de débito, a autoridade competente
julgados até a última sessão do ano subsequente será intimada para que providencie o
ao da entrega dos documentos de que trata o ressarcimento e envie a respectiva comprovação
art. 96, ressalvada a hipótese de incidências ao Tribunal de Contas, no prazo de 30 (trinta)
processuais, devidamente justificadas, que dias.
impliquem a dilação desse prazo.
Parágrafo único. Para efeito de monitorar Seção II
o cumprimento da meta estabelecida no DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
caput deste artigo, serão fixados, mediante
Instrução Normativa, percentuais de Art. 103. Os atos que importarem em dano ao
decisões a serem proferidas por trimestre, Erário e ao meio ambiente, ocasionados por
observado, ao final do exercício, o ação ou omissão dos administradores ou por
percentual mínimo de julgamentos exigido agentes subordinados a estes, serão objeto
no Planejamento Estratégico do TCE. de impugnação para constituírem tomada de
contas especial, que deverá ser encaminhada ao
Art. 99. As contas de gestão serão julgadas:
Tribunal no prazo de 90 (noventa) dias, contados
I – regulares; da data da impugnação.

II – regulares, com ressalvas, quando houver § 1º Para os efeitos do disposto neste artigo,
falhas formais; considerar-se-á como data da impugnação
aquela em que:
III – irregulares:
a) o administrador tomar ciência da
a) quando desqualificados elementos omissão ou do ato praticado por agentes
contábeis; ou subordinados;

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b) o responsável pelo sistema de controle Parágrafo único. A instrução do processo
interno tomar ciência da determinação do de tomada de contas especial, na hipótese
Tribunal de Contas, na situação prevista na prevista no § 3º do art. 103, não prescindirá
alínea a, art. 104, deste Regimento. de informação completa e comprovada
de parte do administrador a respeito das
§ 2º O descumprimento do prazo fixado providências adotadas com a finalidade de
neste artigo importará em responsabilidade obter o integral ressarcimento ao erário e
solidária com o autor do dano ou da punição dos responsáveis, bem como do
irregularidade. acompanhamento do processo de tomada
§ 3º No caso de omissão ou de ato praticado de contas por parte do órgão central de
por agentes subordinados, caberá ao controle interno, a seu critério, devendo
administrador promover a impugnação e a este manifestar-se, obrigatoriamente, ao
instauração da tomada de contas especial, final da instrução realizada na origem.
bem como o seu encaminhamento ao Art. 106. Para os efeitos do disposto no
Tribunal, no prazo fixado neste artigo. parágrafo único do artigo anterior, considera-se
Art. 104. O procedimento de que trata esta como integral ressarcimento ao erário:
seção poderá ser instaurado por determinação a) a completa restituição das importâncias,
do Tribunal Pleno, mediante notícia de atualizadas monetariamente; ou
situações ocasionadas por ação ou omissão que
importarem em dano ao erário, praticadas: b) em se tratando de bens, a reposição dos
mesmos ou da importância equivalente
a) pelo administrador, situação em que aos preços de mercado, à época do efetivo
o responsável pelo sistema de controle recolhimento, levando-se em consideração
interno será intimado a fim de que efetue a o seu estado de conservação.
tomada de contas, remetendo-a ao Tribunal
no prazo fixado no artigo anterior; Art. 107. Nos processos de que trata esta seção,
o Tribunal decidirá nos termos dos arts. 99 a
b) por agentes subordinados, hipótese 102, podendo, ainda, determinar a repercussão
em que o administrador será intimado nas contas do administrador, além de outras
para que proceda à tomada de contas, providências que entender cabíveis.
encaminhando-a ao Tribunal, no prazo
estabelecido no artigo anterior.
Parágrafo único. O descumprimento
da determinação contida neste artigo,
CAPÍTULO IV
no prazo estabelecido, importará em DO PROCEDIMENTO E DOCUMENTOS
responsabilidade solidária com o autor do RELATIVOS AOS PROCESSOS DE
dano ou da irregularidade. CONTAS
Art. 105. A instauração do processo de tomada de Art. 108. REVOGADO.
contas especial será sempre precedida de ampla
apuração dos fatos ou omissões que resultarem Art. 109. Os processos de contas de gestão serão
em prejuízo ao Erário, através da realização integrados por procedimentos de auditoria
de auditoria, sindicância, inquérito, processo contábil, financeira, orçamentária, operacional
administrativo, disciplinar, ou outro procedimento e patrimonial, consistentes em inspeções ou
que relate detalhadamente a situação ocorrida, verificações no local e exame dos documentos
suas circunstâncias, a identificação dos exigidos em lei, especificados neste Capítulo,
responsáveis e a quantificação do prejuízo, além da documentação comprobatória da
mantido o prazo estabelecido no art. 103.

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receita e da despesa, mantida em arquivo pelos Art. 112. Cada procedimento de inspeção será
responsáveis. autuado após concluído o respectivo relatório
pelo setor competente, que considerará o
Parágrafo único. Os processos relativos às disposto no artigo anterior.
contas, bem como os relativos às Tomadas
de Contas Especiais, além dos processos de Parágrafo único. Sempre que descreverem
inspeções e de recursos a eles referentes, fatos ou situações que puderem envolver
após o trânsito em julgado da respectiva dano ao erário, os relatórios ou seus anexos
decisão, permanecerão no Tribunal, informarão, dentre outros elementos, os
enquanto não arquivados no Sistema de valores correspondentes, devidamente
Gerenciamento Eletrônico de Documentos. quantificados e totalizados, o período a que
se referem e o nome dos responsáveis.
Art. 110. A instrução dos processos de contas de
governo e de contas de gestão será procedida Art. 113. Para fins de exame das contas
pelo Corpo Técnico do Tribunal, segundo a de governo dos Prefeitos Municipais, os
sua área de competência estabelecida em documentos relativos à administração direta do
Resolução. Município serão definidos em Resolução própria
e deverão ser entregues ao Tribunal de Contas
Art. 111. As inspeções ou verificações no até o dia 31 de março do exercício subsequente.
local serão previamente programadas pelos
setores competentes atendendo, entre outros Art. 114. As contas de gestão dos
objetivos que possam ser estabelecidos pela administradores dos órgãos da administração
Administração em cada caso, aos seguintes: direta do Estado e dos Municípios e das
entidades de sua administração indireta,
a) examinar, com vista à sua legitimidade inclusive sociedades e fundações instituídas ou
e regularidade, os atos praticados no mantidas pelo Poder Público, abrangerão os atos
exercício, dos quais resulte a arrecadação e fatos referidos no art. 92 deste Regimento.
de receita ou a realização de despesa,
em conformidade com as competências Art. 115. Para fins de exame das contas de
constitucionais do Tribunal de Contas; gestão, os administradores dos Legislativos
Municipais e os responsáveis pela gestão
b) permitir formar juízo, quanto ao período da Assembleia Legislativa, do Tribunal de
examinado, a respeito da regularidade ou Justiça, do Tribunal de Justiça Militar, do
não das contas do exercício sob apreciação; Ministério Público e da Defensoria Pública, os
c) considerar as falhas detectadas em administradores das autarquias, sociedades de
verificações anteriores ou em exercícios economia mista, empresas públicas, sociedades
precedentes, bem como as geralmente controladas e/ou fundações, instituídas ou
ocorrentes em órgãos ou entidades de mantidas pelo Estado ou pelos Municípios, e os
semelhante natureza, apontando a sua administradores dos demais entes, entregarão
eventual reiteração, tudo no propósito de ao Tribunal de Contas, nos termos dos arts95 e
ensejar a imediata adoção das providências 96 deste Regimento, os documentos que serão
corretivas necessárias e das sanções estabelecidos em Resolução própria, relativos
cabíveis. ao exercício anterior.

Parágrafo único. A programação das Art. 116. Nenhum processo, documento ou


inspeções ou verificações no local poderá informação poderá ser sonegado ao Tribunal
incluir o exame de matéria por promoção de Contas, sob pena de responsabilidade do
da Superintendência de Controle Externo, administrador a quem estiver afeto o órgão ou
baseada em conhecimento ou notícia de entidade.
irregularidades específicas.

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§ 1º Todos os documentos pertinentes para encaminhamento, que se contará da
ao exame que compete a este Tribunal sua assinatura, o disposto no parágrafo
de Contas sobre matéria tratada neste único do art. 117.
capítulo, deverão permanecer à disposição
e regularmente ordenados junto ao acervo Art. 119. Os atos a que se referem os arts. 117
da administração direta e indireta, estadual e 118 serão acompanhados dos documentos
ou municipal. previstos em Resolução ou Instrução Normativa.

§ 2º Os processos de prestação de contas da Art. 120. Os atos e documentos relativos


gestão fiscal do exercício de 2011 tramitarão a admissões de pessoal, no âmbito da
em conjunto com os processos de contas administração direta e indireta do Estado e dos
dos administradores dos respectivos Municípios, excetuadas as nomeações para
órgãos, e a matéria será considerada cargos em comissão, deverão ser mantidos
quando da emissão do Parecer Prévio ou do à disposição do Tribunal de Contas, para
julgamento das contas. que, mediante verificação no local, sejam
examinados os elementos pertinentes e
colhidas as informações necessárias para
encaminhamento a registro.
CAPÍTULO V Parágrafo único. As entidades referidas neste
DO REGISTRO DE ATOS artigo deverão, ainda, informar ao Tribunal de
Contas sobre os concursos públicos realizados e
Art. 117. Os expedientes relativos a
as admissões havidas, enviando os documentos
aposentadorias, a reformas, a transferências
previstos em Resolução, nos prazos ali
para a reserva e a pensões, bem como a revisões,
estabelecidos.
quando for alterado o fundamento legal do ato
concessor, no âmbito da Administração Direta Art. 121. A denegação de registro importará
do Estado, suas autarquias e fundações de na ineficácia do ato, intimando-se a autoridade
direito público, serão encaminhados ao Tribunal competente, após o trânsito em julgado da
de Contas, para fins de registro, no prazo de decisão e na forma do disposto no caput do
trinta dias, contados da publicação do ato no art. 144 deste Regimento, para a adoção das
meio de publicação oficial. providências cabíveis, a serem comprovadas
perante o Tribunal no prazo de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. Os atos relativos aos
expedientes de que trata o caput, já Art. 122. Quando a irregularidade determinante
registrados por esta Corte, quando da negativa de registro importar em dano ao
posteriormente modificados pela erário, sujeitar-se-á o responsável à fixação do
administração, em razão da constatação de débito e à imposição de penalidade.
ilegalidade prejudicial ao erário, devem ser
encaminhados ao Tribunal de Contas, no Art. 123. O administrador ou responsável ficará
prazo mencionado no artigo, com vista ao sujeito às medidas previstas no artigo anterior
controle de legalidade, para fins de registro. quando do exame das contas do respectivo
exercício.
Art. 118. No âmbito da administração municipal,
os atos relativos a inativações e pensões, bem Art. 124. Na apreciação dos atos de que tratam
como revisões deverão ser encaminhados ao os arts. 117 e 118, que constarem de processos
Tribunal de Contas no prazo de 30 (trinta) dias agrupados em rol segundo o órgão de origem e
da sua assinatura. para os quais houver sugestão de registro por
parte do titular da Supervisão de Admissões,
Parágrafo único. Aos atos mencionados Pensões e Inativações e do representante
neste artigo aplica-se, à exceção do prazo ministerial, o Relator, funcionando como Juízo

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Singular, proferirá decisão que será formalizada § 1º Ao procederem à cientificação, os


nos termos da Resolução que disciplinar a responsáveis deverão manifestar-se
matéria. sobre os fatos verificados e anexar toda
a documentação de que dispuserem,
objetivando corroborar suas alegações.
CAPÍTULO VI § 2º A omissão na adoção do procedimento
DA APRECIAÇÃO DE CONTRATOS E referido neste artigo implicará
NOTIFICAÇÕES responsabilidade solidária do agente.
Art. 128. O Tribunal, nos processos de que trata
Seção I esta Seção, poderá decidir:
DOS CONTRATOS I – pela instauração de tomada de contas
especial, nos termos do disposto na alínea b
Art. 125. Os contratos de que trata o § 1º
do art. 104, deste Regimento Interno;
do art. 71 da Constituição do Estado serão
enviados ao Tribunal de Contas, em 15 (quinze) II – pela apuração efetiva dos fatos, mediante
dias, contados de sua celebração, para fins de procedimento de inspeção extraordinária,
apreciação, a qual compreenderá, além dos determinando, imediatamente, a adoção
aspectos formais, o exame do seu objeto face das providências contidas na alínea a, art.
à legislação aplicável e ao interesse público, 104, do presente Regimento, na hipótese da
verificando-se, também, a conformidade dos constatação da situação ali prevista;
valores praticados aos vigentes no mercado.
III – pelo ressarcimento ao erário, apurado
Parágrafo único. Se o contrato não nos termos do art. 106 deste Regimento;
estiver em ordem, serão determinadas as
providências necessárias à regularização IV – pela inclusão ou apreciação dos fatos
das falhas; se estas não forem sanáveis, quando do julgamento ou emissão de
será sustado o contrato pelo modo previsto Parecer Prévio sobre as contas anuais do
na Constituição, sem prejuízo das demais administrador, desde que não tenha havido
medidas cabíveis. prejuízo ao erário.

Art. 126. Os demais contratos celebrados Parágrafo único. A apuração dos fatos
pela administração pública direta, indireta e consignada no inciso II deste artigo, desde
fundacional serão apreciados nos autos dos que não resulte em retardamento, poderá
procedimentos de inspeção, aplicando-se-lhes dar-se por intermédio de procedimento de
as disposições do artigo anterior. inspeção ordinária.

Seção II
DAS NOTIFICAÇÕES CAPÍTULO VII
DOS PEDIDOS DE VISTA E
Art. 127. A notificação é o procedimento por INFORMAÇÕES
meio do qual os responsáveis pelo sistema
de controle interno darão ciência ao Tribunal Art. 129. No curso de prazo assinado para
de Contas de qualquer irregularidade ou esclarecimentos, defesa ou recurso, ou após
ilegalidade constatada, consoante dispõe a decisão definitiva, o interessado ou seu
Constituição Federal. procurador poderá ter vista do processo,
durante o horário de expediente, no recinto do
Tribunal.

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Parágrafo único. O acesso aos autos poderá CAPÍTULO IX
se dar também, a qualquer tempo, por meio DAS DENÚNCIAS
de consulta ao Portal do Tribunal de Contas
na Internet, nos termos das regulações Art. 135. A denúncia, versando sobre matéria
contidas em normativas próprias. de competência do Tribunal, deverá referir-se
a administrador ou responsável sujeito à sua
Art. 130. O Tribunal de Contas, no exercício
jurisdição e conter o nome do denunciante, com
do controle externo, realizará inspeções e
sua qualificação, bem como estar acompanhada
informará sobre o resultado das já realizadas, a
de indícios dos atos denunciados e, quando
pedido da Mesa da Assembleia Legislativa ou de
possível, de provas que indiquem a existência
suas comissões.
de irregularidades ou ilegalidades praticadas.
Parágrafo único. As informações sobre
Parágrafo único. Tanto o denunciado,
inspeções ainda não apreciadas pelo
que será chamado para prestar os
Tribunal serão prestadas em caráter
esclarecimentos que julgar de seu direito,
reservado, a pedido da Mesa da Assembleia
quanto o denunciante, poderão pedir
Legislativa ou de suas comissões.
certidões do processo, desde que este
Art. 131. Não se sujeitará ao pagamento de tenha sido concluído ou arquivado.
taxas a expedição de certidões.
Art. 136. No resguardo dos direitos e garantias
Parágrafo único. Quando requeridas cópias, individuais, o Tribunal dará tratamento sigiloso e
deverá ser indenizado o respectivo custo. urgente às denúncias formuladas, até a decisão
final sobre a matéria.
Parágrafo único. Caberá ao Tribunal, ao
CAPÍTULO VIII decidir, manter ou não o sigilo quanto ao
DAS MULTAS objeto e à autoria da denúncia.
Art. 132. Em caso de ilegalidade de despesa, Art. 137. Após o processamento da denúncia,
irregularidade de contas ou descumprimento adotar-se-á o disposto nos arts. 46 a 52.
de disposição legal ou regulamentar, o
responsável ficará sujeito à multa prevista em
lei, independentemente de outras sanções de CAPÍTULO X
natureza disciplinar, civil ou penal. DAS CONSULTAS
Art. 133. A multa, proporcional ao dano causado
Art. 138. Consulta é o procedimento através
ao Erário, em razão de cada irregularidade
do qual são suscitadas dúvidas na aplicação
constatada, levará também em consideração a
de dispositivos legais e regulamentares,
natureza e as demais consequências da infração
concernentes à matéria de competência do
tipificada na decisão.
Tribunal de Contas.
Art. 134. Aplicada a multa pelo Tribunal, incumbe
§ 1º As consultas devem conter a indicação
à autoridade administrativa competente a sua
precisa de seu objeto, ser formuladas
imediata execução e comprovação no prazo que
articuladamente e instruídas, sempre
for fixado.
que possível, com parecer do Órgão
de Assistência Técnica ou Jurídica da
autoridade consulente.
§ 2º A resposta à consulta não constitui
prejulgamento de fato ou caso concreto.

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§ 3º O Presidente, de plano, não conhecerá à apreciação do Tribunal Pleno Pedido de


da consulta formulada que não atender aos Orientação Técnica.
requisitos enunciados por este artigo ou pelo
art. 139 ou, ainda, que versar sobre matéria § 1º Autuado o Pedido, serão colhidas
que constitua objeto de procedimento de manifestações da Consultoria Técnica e
auditoria/inspeção, relativo ao mesmo dos Auditores Substitutos de Conselheiro,
órgão ou entidade auditada, comunicando, mediante parecer individual ou coletivo.
em qualquer hipótese, o seu arquivamento. § 2º Devidamente instruído, o Presidente
§ 4º O Presidente, considerando a enviará o processo à Vice-Presidência para
relevância da matéria, poderá enviá-la ao relato da matéria.
Plenário para apreciação.
§ 5º O Presidente, na hipótese em que
o tema consultado for coincidente com CAPÍTULO XII
matéria já respondida ou decidida, poderá DOS ATOS DO TRIBUNAL
enviar, ao consulente, cópia do texto
aprovado. Art. 141. Os atos do Tribunal de Contas terão a
forma de :
Art. 139. Poderão formular consultas as
seguintes autoridades: I – Resolução, para criar ou emendar
o Regimento Interno, regular matéria
I – Chefes de Poderes do Estado; administrativa e assuntos de economia
interna;
II – Secretário de Estado ou Autoridade de
nível hierárquico equivalente; II – Parecer Prévio, para tratar das contas
anuais do Governador ou de Prefeito
III – Procurador-Geral do Estado;
Municipal;
IV – Procurador-Geral de Justiça;
III – Decisão Normativa, para fixar critérios
V – Defensor Público-Geral do Estado; para o exame de casos concretos;
VI – Prefeitos e Presidentes de Câmaras de IV – Decisão, devidamente ementada, para
Vereadores; os demais casos.
VII – Diretores-Presidentes de Autarquia, Art. 142. As decisões exaradas e os pareceres
Sociedades de Economia Mista, Empresas prévios emitidos pelo Tribunal de Contas
Públicas e Fundações instituídas ou serão sempre motivados, com a descrição dos
mantidas pelo Estado ou Município; fatos envolvidos e a indicação dos respectivos
fundamentos jurídicos.
VIII – Responsáveis por Fundos e/
ou Conselhos, nas questões afetas às Art. 143. Os atos relativos à administração do
respectivas áreas de atuação. Tribunal de Contas e à matéria de seu pessoal
serão publicados no seu Diário Eletrônico.
Art. 144. A publicação de decisão no Diário
CAPÍTULO XI Eletrônico do Tribunal de Contas terá o efeito
DO PEDIDO DE ORIENTAÇÃO TÉCNICA de intimar os responsáveis para todos os efeitos
legais.
Art. 140. O Presidente, por solicitação do § 1º O administrador, o responsável e o
Superintendente-Geral, poderá submeter terceiro prejudicado, por si ou por seus

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advogados, poderão dar-se por intimados no prazo de trinta dias, sobre a origem, a
nos próprios autos ou em sessão de comprovação da legitimidade e a natureza
julgamento, formalizando esta opção no de seus bens, nos termos do art. 3º, inciso
serviço de suporte respectivo, fluindo a III, da Lei Estadual nº 12.980, de 5 de
partir daí os prazos para cumprimento de junho de 2008, será pessoal, em nome do
decisão ou interposição de recurso. agente público, por meio de comunicação
postal, casos em que a fluência dos prazos
§ 2º Os responsáveis poderão tomar para cumprimento da intimação contar-
conhecimento do inteiro teor das peças se-á da juntada ao processo, devidamente
processuais digitalizadas mediante acesso certificada, do aviso de recebimento postal
ao Portal do Tribunal de Contas na Internet. ou documento equivalente.
§ 3º A intimação para a apresentação § 8º As intimações e demais comunicações
de esclarecimentos dar-se-á, também, referentes a medidas cautelares atenderão
mediante comunicação postal, expedida ao que dispõe o presente artigo, podendo,
com aviso de recebimento, para o endereço alternativamente, ser ainda encaminhadas
cadastrado nos sistemas do Tribunal de por outro meio, postal ou eletrônico.
Contas, cumprindo aos administradores e
responsáveis a sua devida atualização.
§ 4º No caso de retorno negativo do aviso
de recebimento, a intimação será renovada
CAPÍTULO XIII
por intermédio de edital publicado no Diário DA UNIFORMIZAÇÃO DA
Eletrônico do Tribunal de Contas, contando- JURISPRUDÊNCIA E DAS SÚMULAS
se os prazos na forma do § 5º deste artigo.
Art. 145. Compete ao Conselheiro, ao dar o voto
§ 5º Para todos os efeitos legais, os na Câmara, solicitar o pronunciamento prévio
prazos para cumprimento de decisão e do Tribunal acerca da interpretação do direito
de interposição de recurso contar-se-ão quando:
a partir do primeiro dia útil após a data
de publicação no Diário Eletrônico do I – verificar que, a seu respeito, ocorre
Tribunal de Contas e, para a apresentação divergência;
de esclarecimentos, da data da juntada ao II – na matéria discutida, a interpretação for
processo, devidamente certificada, do aviso diversa da que lhe haja dado outra Câmara
de recebimento postal ou de documento ou o Tribunal Pleno.
equivalente.
Art. 146. Também compete suscitar incidente
§ 6º Para fins de verificação da de uniformização de jurisprudência, perante
tempestividade na apresentação de qualquer das Câmaras, a Auditor Substituto de
esclarecimentos, no cumprimento de Conselheiro, ao Representante do Ministério
decisão, na interposição de recurso e Público junto do Tribunal de Contas ou a
na proposição de pedido de revisão, quem detiver legítimo interesse, ao verificar a
será considerada a data do protocolo do existência de decisões divergentes do Tribunal,
documento junto à Sede ou aos Serviços quer em sua composição plenária, quer entre as
Regionais de Auditoria do Tribunal ou, Câmaras.
ainda, da sua postagem na agência dos
Correios. Art. 147. Reconhecida a divergência, suspende-
se o processo, cabendo ao Presidente
§ 7º Nos processos de análise da evolução encaminhar os autos, sucessivamente, aos
patrimonial do agente público, a intimação Auditores Substitutos de Conselheiro, para
para apresentação de esclarecimentos,

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Parecer Coletivo, e ao Ministério Público junto Art. 152. Os recursos poderão ser interpostos
ao Tribunal de Contas. pela parte interessada, por terceiro prejudicado,
pelo representante do Estado ou pelo Ministério
Parágrafo único. Devidamente instruído, o Público junto ao Tribunal de Contas.
Presidente enviará o processo ao Relator
sorteado para julgamento de mérito pelo § 1º Computar-se-á em dobro o prazo
Pleno. para recorrer quando o recorrente for o
Ministério Público.
Art. 148. O Tribunal dará a interpretação a ser
observada, cabendo a cada Conselheiro emitir o § 2º O prazo para recorrer do terceiro
seu voto em exposição fundamentada. prejudicado é o mesmo da parte
interessada.
Art. 149. A decisão, tomada pela maioria
absoluta dos membros do Tribunal de Contas, § 3º Possui a qualidade de terceiro
será objeto de sumulação e de publicação prejudicado, dentre outros, o beneficiário
no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas, de ato submetido a exame de legalidade
retornando o processo à Câmara para o para fins de registro.
julgamento do feito.
Art. 153. O juízo de mérito de cada recurso será
Parágrafo único. A proposta de precedido do exame de sua admissibilidade.
revisão, inclusão, cancelamento ou
restabelecimento de enunciado na Súmula Parágrafo único. Autuados e distribuídos
da Jurisprudência Predominante do os recursos, caberá ao Relator proceder
Tribunal de Contas obedecerá ao previsto ao exame de sua admissibilidade e, na
neste Capítulo. hipótese de ausência de um de seus
pressupostos, não conhecer do recurso,
Art. 150. Mediante proposição de Conselheiro, mediante decisão fundamentada,
as decisões unânimes adotadas pelo Tribunal determinando a cientificação do recorrente
Pleno também poderão constituir enunciado a e o arquivamento da documentação.
ser incluído na Súmula de sua Jurisprudência,
observado o quórum do art. 149. Art. 154. O recorrente poderá ser representado
por advogado, devidamente habilitado para o
exercício profissional.

CAPÍTULO XIV
Seção II
Seção I DO AGRAVO REGIMENTAL
DOS RECURSOS Art. 155. Ressalvadas as exceções previstas
neste Regimento, caberá agravo regimental
Art. 151. São cabíveis, observados os
de decisão do Presidente do Tribunal, de
pressupostos estabelecidos na Lei Orgânica
Presidente de Câmara ou do Relator, que causar
do Tribunal de Contas e neste Regimento, os
prejuízo ao direito dos interessados.
seguintes recursos:
§ 1º A petição conterá, sob pena de rejeição
I – agravo regimental;
liminar, as razões do pedido de reforma da
II – embargos declaratórios; decisão agravada.

III – embargos; § 2º O agravo regimental será protocolado


e, sem qualquer outra formalidade,
IV – reconsideração. submetido ao prolator do despacho, que
poderá reconsiderar seu ato ou submeter

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o agravo ao julgamento do Plenário ou Parágrafo único. O recurso será interposto
da Câmara a quem caiba a competência, no prazo de trinta dias e terá efeito
computando-se também o seu voto. suspensivo, salvo na hipótese de se reportar
à decisão definitiva que tenha confirmado a
§ 3º O agravo regimental será interposto medida acautelatória de que trata o inciso
no prazo de cinco dias e não terá efeito XIII do art. 48.
suspensivo.
§ 4º Provido o agravo, o Plenário ou a
Câmara determinará o que for de direito.
Seção V
DA RECONSIDERAÇÃO
§ 5º O recurso de que trata esta seção será
também cabível da decisão do Relator que Art. 158. Dos pareceres e decisões originários do
determine providência do inciso XIII do Tribunal Pleno poderá ser interposto, uma única
art. 48, referendada ou não pelo Órgão vez, recurso de reconsideração, devidamente
Colegiado competente. fundamentado.
§ 1º O recurso será interposto no prazo de
SEÇÃO III trinta dias e terá efeito suspensivo, salvo
DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS na hipótese de confirmação, pela decisão
recorrida, da medida de que trata o inciso
Art. 156. Cabem embargos de declaração XIII do art. 48.
quando houver na decisão obscuridade, § 2º Não caberá recurso de reconsideração
contradição ou omissão que devam ser sanadas. das decisões proferidas em embargos e em
§ 1º Os embargos declaratórios serão consultas.
interpostos no prazo de cinco dias e
interrompem o prazo para a interposição de
outro recurso.
CAPÍTULO XV
DA REVISÃO
§ 2º Se os embargos forem recebidos, a nova
decisão se limitará a corrigir a inexatidão Art. 159. A decisão do Tribunal transitada em
ou a sanar a obscuridade, omissão ou julgado poderá ser objeto de proposição de
contradição, salvo se algum outro aspecto pedido de revisão, apresentado uma só vez por
atinente ao processo tiver de ser apreciado idêntico fundamento pela parte interessada,
como consequência necessária. por seus sucessores, por terceiro prejudicado,
pelo representante do Estado ou pelo Ministério
§ 3º A petição será dirigida ao Relator Público junto ao Tribunal de Contas, nos
da decisão que, sem qualquer outra seguintes casos:
formalidade, a submeterá a julgamento na
primeira sessão da Câmara ou do Plenário, I – violação de expressa disposição de lei;
conforme o caso.
II – erro de cálculo;
III – falsidade de documento em que se
SEÇÃO IV tenha baseado a decisão;
DOS EMBARGOS
IV – ciência de documento novo cuja
Art. 157. Da decisão proferida em Juízo Singular existência o autor ignorava ou de que não
ou por Câmara poderá ser interposto, uma única pôde fazer uso, suscetível por si só de
vez, recurso de embargos perante o Tribunal alterar a decisão anterior.
Pleno, devidamente fundamentado.
§ 1º O Parecer Prévio não poderá ser objeto
de proposição de pedido de revisão.

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§ 2º No pedido de revisão proposto Art. 163. Nos casos omissos neste Regimento,
caberá ao Relator proceder ao exame em matéria processual, aplicar-se-ão as
dos pressupostos de constituição e de disposições do Código de Processo Civil.
desenvolvimento válido e regular do
processo e, caso um deles ausente, indeferir Art. 164. O Tribunal editará, mediante resolução,
o pedido, mediante decisão fundamentada, normas relativas aos procedimentos a serem
determinando a intimação do requerente e seguidos em casos de denúncias e de inquéritos
o arquivamento da documentação. administrativo-disciplinares para a averiguação
de atos ou fatos que envolvam seus membros e
Art. 160. O direito de propor pedido de revisão Auditores Substitutos de Conselheiro.
preclui no prazo de 2 (dois) anos, contados do
trânsito em julgado da decisão. Art. 165. O Tribunal de Contas aplicará à
atualização dos débitos os índices utilizados
Art. 161. A proposição do pedido de revisão não pela Secretaria da Fazenda do Estado do Rio
suspende a execução da decisão revisanda. Grande do Sul.
§ 1º O pedido de revisão será instruído Art. 166. REVOGADO.
pelo seu autor com cópias extraídas do
processo original quando este estiver nas Art. 166-A. Ficam mantidas as normas de
dependências deste Tribunal ou, no caso o processamento dos expedientes instaurados
processo já estar digitalizado, com cópias como “Processo de Contas” relativos aos
extraídas do Sistema de Gerenciamento exercícios anteriores ao de 2012, não
Eletrônico de Documentos. produzindo sobre os mesmos os efeitos das
alterações introduzidas no Regimento Interno
§ 2º A extração e a cientificação das com a edição das Resoluções nºs 943/2012 e
cópias referidas no § 1º será realizada por 960/2012.
servidores do Tribunal de Contas, que nelas
registrarão se tratar de cópia autêntica do Art. 167. A documentação a que se referem
documento constante do processo relativo os arts. 113 e 115 da Resolução nº 544/2000,
à decisão revisanda. bem como a referente à Gestão Fiscal de
que trata a Resolução nº 553/2000, sofrerá
triagem prévia e somente será recebida quando
atender integralmente o disposto nas referidas
CAPÍTULO XVI Resoluções.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 168. Revogam-se as disposições em
contrário, especialmente a Resolução nº
Art. 162. Os projetos de emenda ao Regimento
518/1998, de 26 de agosto de 1998.
Interno, de iniciativa de Conselheiro, serão
encaminhados ao Presidente, que designará
Relator para apresentá-los em Plenário.
Parágrafo único. Para a aprovação de
emenda ao Regimento Interno serão
necessários os votos da maioria absoluta
dos membros do Tribunal, computado o
voto do Presidente.

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Questões de Concursos Públicos

1. De acordo com a Lei Orgânica do TCE-RS é e) o Tribunal de Contas terá amplo poder
correto afirmar que: de investigação, cabendo-lhe requisitar
e examinar, diretamente ou pelo seu
a) estão sujeitos à tomada de contas corpo técnico, a qualquer tempo,
de exercício ou gestão e só por ato todos os elementos necessários ao
do Tribunal de Contas podem ser exercício de suas atribuições, não
liberadas de sua responsabilidade lhe podendo ser sonegado qualquer
os responsáveis pela aplicação de processo, documento ou informação,
quaisquer recursos repassados sob qualquer pretexto.
pelo Estado a Município, mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros 2. De acordo com a Lei Orgânica e o Regimento
instrumentos congêneres. Interno do TCE/RS, aponte a alternativa
b) o Ministério Público Especial junto correta.
ao Tribunal de Contas rege-se pelas
disposições contidas na Lei Orgânica do a) Embora a LO-TCE/RS não possua
Tribunal. disposição quanto à possibilidade de
c) a auditoria contábil, orçamentária, contratação de empresa ou pessoa
operacional e patrimonial tem por fim física para auxiliar na realização da
a fiscalização das pessoas sujeitas à auditorias ou fiscalizações a cargo do
jurisdição do Tribunal de Contas e será Tribunal, o TCE-RS a admite com base
exercida nas unidades administrativas nas disposições do seu regimento
dos Poderes do Estado e dos interno.
Municípios, incluídas as fundações e as b) Nos casos omissos do regimento
sociedades instituídas e/ou mantidas interno do TCE-RS, serão utilizados os
pelos poderes públicos estadual e Códigos de Processo Civil e Penal.
municipal, e as contas daqueles que c) São recursos cabíveis de acordo com
derem causa a perda, extravio ou outra o RI-TCE/RS, o recurso de revisão,
irregularidade de que resulte prejuízo o agravo regimental, os embargos
ao erário, não podendo incluir-se no declaratórios, os embargos e o recurso
ato de apreciação entes de direito de reconsideração.
privado, que não possuam nenhuma d) No resguardo dos direitos e das
participação no poder público garantias individuais, o Tribunal dará
municipal ou estadual. tratamento sigiloso e urgente às
d) os atos que importarem em dano denúncias formuladas, até a decisão
ao erário, ocasionados por ação final sobre a matéria.
ou omissão dos administradores e) Encontram-se entre as autoridades que
ou por agentes subordinados a podem formular consultas ao TCE-RS
estes, serão objeto de impugnação os desembargadores do Tribunal de
para constituírem procedimento Justiça.
denominado tomada de contas.

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3. De acordo com o regimento interno do TCE- c) Compete ao Tribunal Pleno conceder
RS, assinale a alternativa correta. licença e férias aos Conselheiros e
Auditores Substitutos de Conselheiro.
a) É pessoal a responsabilidade do d) O Ministério Público no Tribunal
administrador relativamente aos atos e encontra-se vinculado ao Ministério
fatos de sua gestão. Público estadual.
b) As contas submetidas ao julgamento e) O cargo de Auditor Substituto de
do Tribunal serão julgadas pela Conselheiro ocupa, na hierarquia
regularidade, irregularidade, com do Tribunal de Contas, posição
ressalvas ou com parecer adverso. imediatamente inferior à do
c) O julgamento pela irregularidade das Conselheiro.
contas implica, entre outras medidas
e a juízo do conselheiro relator, a 5. Acerca do que dispõe o Regimento Interno
comunicação à Procuradoria-Geral de do TCE-RS, assinale a alternativa correta.
Justiça.
d) A decisão pelo julgamento das a) O relatório e o parecer prévio relativo
contas pela regularidade poderá às contas do governador conterão,
compreender, além da fixação do no mínimo, entre outros elementos
débito, a determinação de corrigir a análise da gestão financeira,
as irregularidades que ainda sejam orçamentária, patrimonial, operacional
sanáveis, sem prejuízo das demais e ambiental da administração direta e
medidas previstas em lei e no indireta do Governo do Estado.
Regimento do TCE-RS. b) O parecer prévio sobre as contas do
e) O tribunal não pode julgar as contas dos Governador do Estado condicionará
administradores sob a sua jurisdição o julgamento das contas dos demais
regulares com ressalvas e ao mesmo administradores do setor público
tempo fixar-lhes débito em razão desse estadual.
mesmo julgamento. c) O prazo de emissão do parecer prévio
por parte do TCE-RS relativo às contas
4. Acerca do que dispõe o Regimento Interno do Governador é de 90 dias a contar
do TCE-RS, assinale a alternativa correta. data do recebimento das respectivas
contas.
a) O Tribunal Pleno é constituído d) Caberá ao Plenário do Tribunal designar
pela totalidade dos Conselheiros, conselheiro efetivo que analisará e
procuradores do Ministério Público relatará o parecer prévio sobre as
no Tribunal e Auditores substitutos de contas do Governador do Estado.
conselheiros. e) As contas do Governador deverão ser
b) É competência da presidência do apresentadas diretamente ao TCE-RS
Tribunal decidir sobre a organização do para fins de julgamento.
Corpo Técnico e dos Serviços Auxiliares.

Gabarito: 1. E 2.D 3.A 4.E 5.D.

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