Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
WALTER C . PEREIRA
3 0
E m 1933 H e s s observou no gato, c o m electródios implantados crônicamente,
que a estimulação elétrica da massa intermédia do tálamo (nucleus reuniens e
a d j a c ê n c i a s ) , c o m pulsos d e l o n g a d u r a ç ã o e b a i x a f r e q ü ê n c i a , p r o d u z i a s o n o ou
soñolencia. Estes d a d o s e x p e r i m e n t a i s r e v i g o r a v a m a h i p ó t e s e d e v o n E c ó n o m o ,
s e g u n d o a q u a l o sono d e p e n d e r i a d e m e c a n i s m o a t i v o .
5 1
E m 1946 N a u t a chegou e x p e r i m e n t a l m e n t e a conclusões similares às
de v o n E c o n o m o quanto à l o c a l i z a ç ã o das r e g i õ e s encefálicas relacionadas
a o sono e vigília. Este pesquisador, trabalhando c o m o rato, observou que
lesões da área pré-óptica e do h i p o t á l a m o anterior ( " c e n t r o do s o n o " ) pro-
v o c a v a m estado de v i g í l i a p e r m a n e n t e ; os animais c o m estas lesões m o r r i a m
depois de v á r i o s dias de insônia e m completa exaustão. I n v e r s a m e n t e , a
destruição do h i p o t á l a m o posterior e de porções adjacentes do t e g m e n t o me¬
sencefálico ( " c e n t r o da v i g í l i a " ) d e t e r m i n a v a sono profundo e permanente.
Segundo N a u t a , o sono fisiológico seria produzido a t i v a m e n t e por uma a ç ã o
inibidora do c e n t r o do sono sobre o da vigília, sendo p r o v á v e l que o fascí-
culo prosencefálico m e d i a l estivesse i m p l i c a d o na transmissão dos impulsos
que r e g u l a m o r i t m o sono-vigília.
O c o n c e i t o d e B r e m e r de q u e a v i g í l i a e o s o n o d e p e n d e r i a m , e m ú l t i m a a n á -
lise, da c h e g a d a o u n ã o d e i m p u l s o s a l e r t a n t e s a o c ó r t e x c e r e b r a l a t r a v é s das
5 0
v i a s sensoriais e s p e c í f i c a s p r e v a l e c e u a t é 1949, q u a n d o M o r u z z i e M a g o u n demons-
t r a r a m q u e a e s t i m u l a c ã o e l é t r i c a da f o r m a ç ã o r e t i c u l a r m e s e n c e f á l i c a p r o v o c a v a
a t i v a ç ã o d o E C o G d o g a t o sob a n e s t e s i a s u p e r f i c i a l p e l a c l o r a l o s e . E s t e s fisio¬
l o g i s t a s i n t e r p r e t a r a m seus r e s u l t a d o s c o m o s i g n i f i c a t i v o s d e que, na p o r ç ã o c e n t r a l
do mesencéfalo, existiam estruturas capazes de p r o v o c a r alerta ou v i g í l i a . Tal
c o n c l u s ã o se baseou n a h i p ó t e s e de q u e a a t i v i d a d e d e s s i n c r o n i z a d a d o E C o G ( a t i -
v a ç ã o ) r e p r e s e n t a r i a s e m p r e a c o n f i g u r a ç ã o dos e s t a d o s d e a l e r t a o u v i g í l i a . Para
p r o v a r q u e os e f e i t o s da e s t i m u l a c ã o do t e g m e n t o m e s e n c e f á l i c o n ã o e r a m m e d i a d o s
4 0
pelas vias sensitivas especificas, Lindsley, B o w d e n e M a g o u n praticaram lesões
s e l e t i v a s , e m p r e p a r a ç õ e s a g u d a s no g a t o , das p o r ç õ e s l a t e r a i s d o m e s e n c é f a l o , des-
truindo t o t a l m e n t e tais v i a s . O b s e r v a r a m que ainda assim a estimulação da for-
m a ç ã o r e t i c u l a r , s i t u a d a c a u d a l m e n t e a o n í v e l da l e s ã o , c a u s a v a a t i v a ç ã o d o E C o G .
D a m e s m a f o r m a a e l e c t r o c o a g u l a ç ã o da s u b s t â n c i a c i n z e n t a c e n t r a l n ã o i m p e d i a
a a t i v a ç ã o do ECoG, o que somente era verificado quando a f o r m a ç ã o reticular
estava lesada e m níveis rostrais a o ponto e s t i m u l a d o . E m preparações crônicas
4 1
Lindsley, Schreiner e M a g o u n demonstraram que a destruição seletiva da f o r m a -
ção reticular mesencefálica, t a m b é m no gato, determinava estado comatoso ou sono
p r o f u n d o q u e se p r o l o n g a v a d u r a n t e m u i t o s d i a s . A o contrário, a lesão das por-
ções laterais do mesencéfalo, e n v o l v e n d o apenas as v i a s sensitivas específicas, era
perfeitamente compatível com ritmos normais de sono e v i g i l i a . C o m estas obser-
v a ç õ e s f i c o u d e m o n s t r a d o q u e a f o r m a ç ã o r e t i c u l a r d o m e s e n c é f a l o n ã o só a t i v a o
E C o G , m e d i a n t e v i a s ascendentes, c o m o t a m b é m , a t r a v é s d e c o n t i n g e n t e s d e s c e n -
dentes, a t u a s o b r e c e n t r o s m o t o r e s d o t r o n c o c e r e b r a l e da m e d u l a e s p i n a l , d e t e r -
2 2
m i n a n d o os c o m p o r t a m e n t o s d e v i g í l i a e de a l e r t a . F r e n c h e M a g o u n , e m 1952,
o b s e r v a r a m fatos semelhantes e m macacos c o m lesão seletiva de diferentes estru-
turas mesencef álicas.
5 0 4 0 , 4 1
A p ó s os trabalhos de M o r u z z i e M a g o u n e de L i n d s l e y e col. tor-
nou-se c l a r o que, c o n t r a r i a m e n t e ao que supunha B r e m e r , a c o n f i g u r a ç ã o
sincronizada do E C o G da p r e p a r a ç ã o c é r e b r o isolado não era causada pela
secção das vias sensoriais específicas, m a s sim pela i n t e r r u p ç ã o do sistema
6 1
r e t i c u l a r a t i v a d o r ascendente. Starzl, T a y l o r e M a g o u n s u g e r i r a m que a
a t i v i d a d e da f o r m a ç ã o reticular era mantida p o r colaterais das v i a s senso-
riais específicas e, m e d i a n t e o sistema r e t i c u l a r ascendente, os impulsos se-
r i a m levados a t é os níveis rostrais do tronco, a t i v a n d o o c ó r t e x cerebral
p r i n c i p a l m e n t e a t r a v é s do sistema t a l â m i c o de p r o j e ç ã o difusa. O u t r a s v i a s
acessórias para a a t i v a ç ã o do c ó r t e x cerebral passam pelo subtálamo e hipo¬
t á l a m o . Os trabalhos de M a g o u n e de sua escola demonstraram, portanto,
que a dessincronização d o E C o G é determinada por u m f l u x o tônico de i m -
pulsos reticulares, havendo um nível c r í t i c o acima do qual o animal se m a n -
t é m e m v i g í l i a e a b a i x o do qual adormece, sendo a a t i v i d a d e dessincronizada
substituída p o r sincronização. O sono, de a c o r d o c o m este conceito, seria
d e v i d o a o mecanismo m e r a m e n t e passivo da ausência de influxos reticulares
ativadores sobre o c ó r t e x c e r e b r a l .
A p a r t i r do trabalho de M o r u z z i e M a g o u n firmou-se o conceito de que
a a t i v i d a d e dessincronizada do E C o G correspondia necessariamente aos esta-
dos de alerta e / o u v i g í l i a e a atividade sincronizada, a o sono fisiológico, p a t o ¬
6 3 5 7 , 5 8
l ó g i c o ou f a r m a c o l ó g i c o . N o entanto, Wikler e Rinaldi e Himwich
mostraram a possibilidade de h a v e r dissociação e n t r e as referidas configura-
ções d o E C o G e os estados comportamentais de v i g í l i a e de sono. Wikler,
t r a b a l h a n d o c o m o cão, observou que a atropina e a n-alilnormorfina, e m -
bora provocassem sincronização d o E C o G s e m e l h a n t e à encontrada no sono,
não a b o l i a m o c o m p o r t a m e n t o de v i g í l i a dos animais, que f i c a v a m a t é exci-
tados, m o r m e n t e c o m a atropina. Rinaldi e Himwich d e s c r e v e r a m os m e s -
mos achados na cobaia atropinizada. T a i s drogas, portanto, pareciam blo-
quear apenas as vias ascendentes da f o r m a ç ã o reticular, impedindo a ativa-
ção cortical, n ã o a t u a n d o sobre o c o n t i n g e n t e descendente, o qual manteria
5 6
o comportamento de alerta. Em 1955 Rimbaud, Passouant e Cadilhac
o b s e r v a r a m , n o g a t o c o m electródios c r ô n i c a m e n t e implantados, surtos p a r o ¬
xísticos de a t i v i d a d e e l é t r i c a neocortical dessincronizada, ocorrendo durante
o sono. Tais surtos se acompanhavam de sincronização da atividade do
hipocampo, eram estáveis, p r o l o n g a v a m - s e p o r v á r i o s minutos e não eram
influenciados por estímulos elétricos d e fraca intensidade aplicados à for-
1 7
mação reticular mesencefálica. Em 1957 Dement e Kleitman também
notaram episódios de a t i v a ç ã o do E C o G durante o sono humano, os quais
coincidiam c o m a ocorrência de m o v i m e n t o s oculares rápidos e de sonhos.
Estes autores consideraram tais episódios c o m o estados i n t e r m e d i á r i o s entre
a v i g í l i a e o sono, classificando-os no e s t á g i o 1. Episódios idênticos foram
1 6
descritos p o r D e m e n t n o g a t o c o m electródios implantados crônicamente;
este pesquisador, e m b o r a tivesse n o t a d o que durante as fases d e sono a t i v a -
do e r a m necessários estímulos conoros m a i s intensos p a r a despertar o animal,
n ã o se decidiu quanto à v e r d a d e i r a profundidade q u e as mesmas represen-
tariam e n t r e os estágios do sono. Estudos ulteriores, feitos principalmente
3 4 5 9
por J o u v e t e p o r Rossi, F a v a l e , H a r á , Giussani e Sacco , demonstraram
que os períodos d e dessincronização do E C o G acompanhados de m o v i m e n t o s
oculares rápidos correspondiam à fase mais profunda d o sono, durante a
qual os animais apresentam abolição total d o t o n o m u s c u l a r e os l i m i a r e s
mais elevados p a r a estímulos a l e r t a n t e s periféricos ou aplicados à f o r m a ç ã o
reticular. O sono dessincronizado, estudado p o r v á r i o s autores, recebeu dife-
rentes d e s i g n a ç õ e s : ativado, rápido, paradoxal, profundo, r o m b e n c e f á l i c o .
3 4 , 3 8
Jouvet , u m dos n e u r o f i s i o l o g i s t a s q u e m a i s se t e m d e d i c a d o a o e s t u d o d o
sono, d i s t i n g u e b a s i c a m e n t e dois e s t á g i o s d e sono, d e s i g n a n d o - o s c o m o l e n t o e r á -
p i d o : o p r i m e i r o , telencefálico, s e r i a o r i g i n a d o n o c ó r t e x c e r e b r a l , c o m i n i b i ç ã o se-
c u n d á r i a da f o r m a ç ã o r e t i c u l a r m e s e n c e f á l i c a ; o sono r á p i d o é c h a m a d o de rom-
bencefálico, sendo a t r i b u í d o à a ç ã o d e u m c e n t r o s i t u a d o na f o r m a ç ã o r e t i c u l a r
da p o n t e ( n ú c l e o r e t i c u l a r c a u d a l da p o n t e ) . A f i m d e e s t u d a r as v i a s a s c e n -
d e n t e s a t r a v é s das q u a i s o c e n t r o p o n t i n o a t i v a r i a o c ó r t e x c e r e b r a l d u r a n t e a
f a s e p a r a d o x a l , J o u v e t p r a t i c o u l e s õ e s p a r c i a i s d e n u m e r o s a s e s t r u t u r a s da p o n t e ,
m e s e n c é f a l o , s u b t á l a m o , h i p o t á l a m o e á r e a s e p t a l , c h e g a n d o à c o n c l u s ã o de q u e a
integridade d o sistema reticular a t i v a d o r ascendente não é necessária para a
o c o r r ê n c i a da f a s e p a r a d o x a l ; n o s a n i m a i s c o m lesões da p o r ç ã o d o r s o l a t e r a l da
formação reticular do mesencéfalo não havia a t i v a ç ã o neocortical durante o alerta,
m a s s i m na f a s e p a r a d o x a l d o s o n o . P e l o c o n t r á r i o , a d e s t r u i ç ã o das e s t r u t u r a s
5 2
constituintes do circuito límbico mesencefálico-prosencefálico ( N a u t a ) , desde a
p o n t e a t é o s e p t u m , p r o v o c a v a a b o l i ç ã o ou r e d u ç ã o a c e n t u a d a da a t i v i d a d e dessin-
c r o n i z a d a n e o c o r t i c a l da f a s e p a r a d o x a l , m a s n ã o a do a l e r t a . A s s i m , J o u v e t c o n -
cluiu q u e as v i a s n e r v o s a s r e s p o n s á v e i s p e l a a t i v a ç ã o d o E C o G d u r a n t e o s o n o
r o m b e n c e f á l i c o p e r t e n c e m , t o t a l ou p a r c i a l m e n t e , a o c o n t i n g e n t e a s c e n d e n t e do
c i r c u i t o l í m b i c o m e s e n c e f á l i c o - p r o s e n c e f á l i c o . E m seus a r t i g o s m a i s r e c e n t e s , J o u ¬
8 7 , 3 8
vet d e s c r e v e c o m p o r m e n o r e s os m e c a n i s m o s h u m o r a i s que, s e g u n d o ele, desen-
c a d e i a m e m a n t ê m as d i s t i n t a s fases d o s o n o : o s i n c r o n i z a d o d e p e n d e da l i b e r a ç ã o
d e s e r o t o n i n a a o n í v e l dos n ú c l e o s da r a f e e o d e s s i n c r o n i z a d o o c o r r e a p ó s a d e g r a -
d a ç ã o da s e r o t o n i n a e p e l a a ç ã o c o n j u n t a d a n o r a d r e n a l i n a e a c e t i l c o l i n a a o n í v e l
do locus ceruleus. E m s u m a , J o u v e t d e f e n d e a tese d e q u e as fases s i n c r o n i z a d a e
d e s s i n c r o n i z a d a d o sono s e j a m d e t e r m i n a d a s p o r dois m e c a n i s m o s a t i v o s i n d e p e n -
dentes, desencadeados e mantidos p o r fatores humorais distintos.
2
Batini, Magni, Palestini, Rossi e Z a n c h e t t i e Batini, Moruzzi, Palestini, Rossi e
3
Zanchetti o b s e r v a r a m n a p r e p a r a ç ã o m e d i o p o n t i n a p r é - t r i g e m i n a l , no g a t o , u m
e s t a d o q u a s e p e r m a n e n t e de a t i v a ç ã o d o E C o G , a c o m p a n h a d o d e c o m p o r t a m e n t o d e
alerta. P e l o c o n t r á r i o , na p r e p a r a ç ã o r o s t r o p o n t i n a o E C o G se t o r n a v a s i n c r o n i -
z a d o e o a n i m a l e x i b i a c o m p o r t a m e n t o d e sono p r o f u n d o . B a s e a d o s nessas v e r i f i -
c a ç õ e s os r e f e r i d o s p e s q u i s a d o r e s c o n c l u í r a m q u e a f o r m a ç ã o r e t i c u l a r da p o r ç ã o
r o s t r a l da p o n t e e r a essencial p a r a a a t i v a ç ã o d o E C o G e p a r a o c o m p o r t a m e n t o
d e alerta. P o r o u t r o l a d o , t a m b é m n o t a r a m q u e na p r e p a r a ç ã o e n c é f a l o i s o l a d o
( s e c ç ã o a o n í v e l de C ) c o m g a s s e r e c t o m i a b i l a t e r a l o E C o G se m a n t i n h a p r e d o m i -
1
A e s t i m u l a ç ã o c o l i n é r g i c a d e g r a n d e n ú m e r o de p o n t o s l o c a l i z a d o s na r e f e r i d a
área permitiu o reconhecimento de uma v i a a n a t ô m i c a b e m circunscrita, a qual
se e s t e n d e d e s d e a p o r ç ã o b a s o l a t e r a l d o p r o s e n c é f a l o , c o m p r e e n d e n d o a r e g i ã o d o
tubérculo olfatório e área pré-óptica superomedial; pelo fascículo prosencefálico
m e d i a l p r o s s e g u e a t r a v é s das r e g i õ e s l a t e r a l e p o s t e r o m e d i a l d o h i p o t á l a m o , p r o ¬
logando-se pela porção v e n t r o m e d i a l do mesencéfalo ( á r e a límbica m e s e n c e f á l i c a )
a t é a t i n g i r o s n ú c l e o s d e B e c h t e r e w e d e G u d d e n na r e g i ã o m e d i a l d o t e g m e n t o
2 8 , 2 9
pontomesencefálico. Hernández-Peón e col. d e m o n s t r a r a m q u e esta v i a é m u l t i s ¬
s i n á p t i c a e de c o n d u ç ã o d e s c e n d e n t e , pois a l a t ê n c i a p a r a a i n d u ç ã o do sono e r a
t a n t o m e n o r q u a n t o m a i s c a u d a l fosse o p o n t o e s t i m u l a d o , v a r i a n d o a q u e l a e n t r e
8 2
os l i m i t e s d e 20 s e 4 m i n . A l é m disso, V e l l u t i e H e r n á n d e z - P e ó n p r o v a r a m que,
a t r o p i n i z a n d o p o n t o s dessa v i a s i t u a d o s c a u d a l m e n t e a o l o c a l e s t i m u l a d o , não
ocorria o sono. A p a r t i r dessas o b s e r v a ç õ e s H e r n á n d e z - P e ó n e seu g r u p o c o n c l u í r a m
que existia um sistema hipnógeno multissináptico originado no prosencéfalo e esten-
d i d o c a u d a l m e n t e a t é a p o r ç ã o i n f e r i o r d o t r o n c o c e r e b r a l , o n d e p o s s i v e l m e n t e se
j u n t a r i a a o c e n t r o s i n c r o n i z a d o r d e s c r i t o p o r M o r u z z i e sua e s c o l a . A l é m dos
p o n t o s h i p n ó g e n o s e n c o n t r a d o s nas á r e a s m e n c i o n a d a s , H e r n á n d e z - P e ó n l o c a l i z o u
o u t r o s n a m e d u l a o b l i n g a , n a s u p e r f í c i e o r b i t á r i a do l o b o f r o n t a l , na l í n g u l a d o
c e r e b e l o , na p a r t e a n t e r i o r d o g i r o c í n g u l o , na r e g i ã o p a r a m e d i a l d o t á l a m o e na
s u b s t â n c i a c i n z e n t a da m e d u l a e s p i n a l . O a c h a d o d e z o n a s h i p n ó g e n a s no b u l b o
e n a m e d u l a espinal a u t o r i z a r a m - n o a p o s t u l a r a e x i s t ê n c i a d e u m c o m p o n e n t e
a s c e n d e n t e no s i s t e m a c o l i n é r g i c o d o s o n o o r i g i n a d o e m n í v e i s m e d u l a r e s , q u e se
u n i r i a a o d e s c e n d e n t e na r e g i ã o d o r s a l da p o n t e .
R E F E R Ê N C I A S
2. B A T I N I , C . ; M A G N I , F . ; P A L E S T I N I , M . ; ROSSI, G . F . & Z A N C H E T T I , A .
— N e u r a l mechanisms underlying the enduring E E G and b e h a v i o r a l a c t i v a t i o n
in t h e m i d p o n t i n e p r e t r i g e m i n a l c a t . A r c h . i t a l . B i o l . 97:13-25, 1959.
3. B A T I N I , C.; M O R U Z Z I , G . ; P A L E S T I N I , M . ; R O S S I , G . F . & Z A N C H E T T I , A .
— E f f e c t s o f c o m p l e t e p o n t i n e t r a n s e c t i o n s in t h e s l e e p - w a k e f u l n e s s r h y t h m :
the midpontine pretrigeminal preparation. A r c h . i t a l . B i o l . 97:1-12, 1959.
5. B E R L U C C H I , G . ; M A F F E I , L . ; M O R U Z Z I , G . & S T R A T A , P . — Mecanismes
h y p n o g è n e s d u t r o n c d e l ' e n c é p h a l e a n t a g o n i s t e s du s y s t è m e r é t i c u l a i r e a c t i ¬
vateur. In M . J o u v e t : N e u r o p h y s i o l o g i e des É t a t s d e S o m m e i l . C e n t r e N a -
t i o n a l d e l a R e c h e r c h e S c i e n t i f i q u e , P a r i s , 1965, pp. 89-105.
13. C O R D E A U , J. P . — F u n c t i o n a l o r g a n i z a t i o n o f t h e b r a i n s t e m r e t i c u l a r f o r
m a t i o n in r e l a t i o n t o sleep a n d w a k e f u l n e s s . R e v . c a n a d . B i o l . 21:113-125,
1962.
20. ECONOMO, C. von — Die pathologie des Schlafes. Handb. norm. path.
P h y s i o l . 17:591-610, 1926.
28. H E R N A N D E Z - P E Ó N , R . ; C H Á V E S - I B A R R A , G . ; M O R G A N E , P . J. & T I M O
- I A R I A , C . — C h o l i n e r g i c p a t h w a y s f o r sleep, a l e r t n e s s a n d r a g e in t h e l i m b i c
midbrain circuit. A c t a n e u r o l . l a t - a m e r . 8:93-96, 1962.
31. H E S S , W . R . — S l e e p as a p h e n o m e n o n o f t h e i n t e g r a l o r g a n i s m . In K.
A k e r t , C . B a l l y & J. P . S c h a d é : Sleep Mechanisms. Elsevier, Amsterdam,
1965, p p . 3-8.
32. I N G V A R , D . H . — E l e c t r i c a l a c t i v i t y o f i s o l a t e d c o r t e x in t h e unanesthetized
cat w i t h intact brain stem. A c t a p h y s i o l . scand. 33:151-168, 1955.
33. J A S P E R , H . H . — D i f f u s e p r o j e c t i o n s y s t e m s : t h e i n t e g r a t i v e a c t i o n o f the
thalamic reticular system. E l e c t r o e n c e p h . c l i n . N e u r o p h y s i o l . 1:405-420, 1949.
38. J O U V E T , M . — B i o g e n i c a m i n e s and t h e s t a t e s o f s l e e p : p h a r m a c o l o g i c a l
a n d n e u r o p h y s i o l o g i c a l studies s u g g e s t a r e l a t i o n s h i p b e t w e e n b r a i n s e r o t o n i n
and sleep. S c i e n c e 163:32-41, 1969.
40. L I N D S L E Y , D . B . ; B O W D E N , J. W . & M A G O U N , H . W . — E f f e c t u p o n t h e
EEG of acute injury to the brain stem a c t i v a t i n g system. Electroenceph. clin.
Neurophysiol. 1:475-486, 1949.
41. LINDSLEY, D. B . ; SCHREINER, L . H . ; KNOWLES, W . B. & MAGOUN, H .
W . — B e h a v i o r a l a n d E E G c h a n g e s f o l l o w i n g c h r o n i c b r a i n s t e m lesions in
the cat. E l e c t r o e n c e p h . c l i n . N e u r o p h y s i o l . 2:483-498, 1950.
54. P A O L A , M . ; R O S S I , G . F . & Z A T T O N I , J. — I n d u c t i o n o f E E G d e s y n c h r o n i z e d
sleep b y e l e c t r i c a l s t i m u l a t i o n o f t h e n e o c o r t e x . A r c h . i t a l . B i o l . 103:818-831,
1965.