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INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO - IFPE

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
PROFESSOR: ADAUTO COMES
DISCIPLINA: FORMAÇÃO ECONÔMICA E TERRITORIAL DO BRASIL
ESTUDANTE: JAILSON LACERDA DOS SANTOS

HISTÓRIA
A MINERALÇAO E A OCUPAÇÃO DO CENTRO-SUL

A mineração do ouro no Brasil, a partir do século XVIII, ocupará o centro das


atenções da metrópole portuguesa, e a maior parte do cenário econômico da colônia
em detrimento de todas das demais atividades que entrarão em decadência.
Esperando encontrar metais preciosos em solo colonial, tal como aconteceu com a
Espanha, não foram poucos os aventureiros que desde cedo tinham adentrado o
território brasileiro afastando-se do litoral. Estes teriam que enfrentar dois obstáculos:
a natureza agreste e os indígenas. Mesmo que na capitania de S. Vicente, no fim do
século XVI existisse uma pequena mineração, penas nos últimos anos do século XVII
que se realizaram os achados de importância. Devido às expedições das bandeiras
paulistas à procura de indígenas para o cativeiro são feitas as primeiras descobertas
de ouro na área que se tornou o estado de Minas Gerais, multiplicando-se até meados
do século XVIII.
Diferentemente da agricultura e da pecuária, a mineração recebeu um regime
de disciplinamento minucioso e rigoroso da Coroa. Foi criado o Regimento dos
superintendentes, guardas-mores e oficiais deputados para as minas de ouro, em
1702. Ficando estabelecido o seguinte: para dirigir, fiscalizar e cobrar tributo (o quinto)
criava-se a Intendência de Minas, chefiada por um Superintendente, em cada
capitania que descobrisse ouro. Os guardas-mores cuidavam da distribuição dos
mineradores nas parcelas chamadas datas. A Fazenda Real leiloava as datas que
pertenciam a Coroa e cobravam o tributo da quinta parte do ouro extraído. Nas Casas
de Fundição todo o ouro extraído deveria ser ali fundido, deduzido o quinto e as barras
marcadas com selo real (quintar o ouro) em seguida devolvido ao dono.
O ouro era mercadoria muito fácil de ser escondida graças ao seu alto valor
mesmo que em pequenos volumes. Somente barras quintadas poderiam circular
livremente, quaisquer outras formas de circulação eram terminantemente proibidas.
Contudo, verificou-se contrabando então fixou-se certa cota anual mínima que o
produto do quinto deveria atingir. Quando o quinto arrecadado não atingia esta cota
poderia ser decretada a derrama, isto é obrigava-se a população completar a soma.
Todo mundo estava sujeito a perder de uma hora para outra seus bens, sua liberdade
ou vida.
Havia dois tipos de exploração das jazidas: primeiro são as lavras que
dispunham de aparelhamento especializado com a atuação de vários trabalhadores,
basicamente escravizados, trabalhando em conjunto. Os faiscadores são trabalhares
realizam a extração isoladamente com instrumentos rudimentares. Diferentemente das
lavras, os faiscadores são nômades indo catar ouro neste ou naquele lugar.
A decadência da mineração do ouro deriva de várias causas. A principal é o
esgotamento das jazidas. O ouro brasileiro é essencialmente de aluvião de pequena
concentração e que ocasionou o seu esgotamento rápido. A ocorrência de jazidas
matrizes é muito rara em nosso país. Devemos destacar também que a ignorância do
colono português constitui-se num obstáculo ao desenvolvimento das atividades
econômicas, a mineração inclusive. Não se deu um passo para quaisquer
melhoramentos na mineração.
O Brasil foi o primeiro produtor moderno de diamantes, tendo no século XVIII o
monopólio da produção. Mesmo assim, a importância econômica da mineração do
diamante em ralação à do ouro é pequena. No início aplicou-se para o diamante o
mesmo regime que vigorava para o ouro: livre exploração e pagamento do quinto. Mas
era muito difícil calcular o quinto de pedras tão distintas tanto no tamanho quanto na
qualidade. Passou-se então para a cobrança de uma quantia fixa pelo direito de
exploração no chamado Distrito Diamantino. O Distrito era controlado quase que
absolutamente pelo Intendente, onde seus habitantes estavam inteiramente nas mãos
deste funcionário da Coroa. A decadência do diamante ocorrerá em paralelo a do ouro
e por causas semelhantes.
A mineração teve na vida da colônia

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