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Filosofia

Meus apontamentos

A experiência estética está relacionada com a vivência do artista, por exemplo, se um artista
sofre um acidente que o deixou paraplégico, e vamos supor que ele consegue começar a andar outra
vez, nas suas obras ele irá retratar esperança (porque ele nunca desistiu de ultrapassar este entrave
na sua vida), poderá retratar o acidente (porque é algo que ficará sempre na sua memória) e pode
retratar também algo relacionado com obstáculos ultrapassados (porque apesar de ter sofrido
aquele acidente, ele teve forças para conseguir ultrapassar), ou seja, se um artista passa por um
acontecimento bastante marcante, o artista irá retratar tudo aquilo que teve de passar, não terá que
fazer um quadro ou uma música somente relacionada com o tal acidente, mas dentro da música ou
do quadro terá pequenos elementos que retratem isso; com a apreciação estética sobre algo, por
exemplo, uma pessoa vai a um museu e observa um quadro, com o devido tempo e com a devida
reflexão sobre o quadro, essa pessoa chega a uma apreciação, pode dizer: “Que quadro belo.”, mas
também pode dizer: “Este quadro não é dos mais belos.”, ou ainda: “Falta algo a este quadro para
alcançar a perfeição”; tem a ver também com o agrado ou desagrado sobre algo, ou seja, ao olhar ou
ouvir alguma obra, o sujeito irá sentir alguma sensação, que pode ser positiva (agrado) ou pode ser
negativa (desagrado), essa pessoa pode dizer que gosta ou não gosta de algo, tudo depende das
sensações que essa pessoa possa sentir.
Podemos olhar para uma escultura e, instantaneamente dizer que é lindíssima, mas isso não
é experiência estética porque foi a primeira coisa que nos veio à cabeça, e para podermos ter uma
experiência estética, temos de fazer um pouco de esforço, precisamos de tempo e reflexão.
Todos nós podemos ter uma experiência estética quer seja a contemplar a natureza, seja a
criação ou a contemplação de uma obra de arte.

Características:
> Desinteressada
Atitude estética
> Subjectiva

Desinteressada: Porque quando alguém observa uma obra de arte não tem nenhum objectivo de
utilidade nem observamos tal peça porque queremos fazer uma pesquisa para recolher informações
para mais tarde utilizarmos. De uma maneira geral, não é as coisas nem o material que as compõe
que observamos, apenas observamos o belo das coisas.

Subjectiva: É subjectiva porque as pessoas não têm o mesmo gosto, por isso, o que para uma pessoa
pode ser bonito para outra pode ser feio, ou seja, o sentimento de agrado ou desagrado varia de
pessoa para pessoa. Isto acontece porque não existem características objectivas concretas que
digam que isto ou aquilo é bonito ou não.

“Quando temos uma experiência estética temos uma atitude estética.” Porque quando um artista
retrata algo que o marcou, numa obra de arte (vivências do artista) e uma pessoa observa e reflecte
sobre essa mesma obra de arte ficando com uma opinião sobre ela (apreciação estética) essa pessoa
pode gostar ou não da obra, tudo depende das sensações que a peça que lhe causa (agrado ou
desagrado), porém, enquanto a pessoa observa esta peça, não lhe interessa se mais tarde os
conhecimentos que ela possa adquirir serão úteis ou não; também, esta pessoa pode ter uma
opinião completamente diferente do resto das pessoas, pode achar o quadro muito bonito, e um
quadro que lhe causou imensas sensações positivas (enquanto nas outras pessoas, o quadro não
lhes causava qualquer sensação positiva), o que é perfeitamente normal, porque na arte, não
existem regras específicas para um quadro, uma música, uma escultura (entre outras coisas) serem
considerados bonitos ou feios.
Os objectos estéticos e a experiência estética estão interligados, ou seja, se não existir um
objecto estético (seja um elemento da natureza, um quadro, um objecto, uma música) nunca poderá
existir uma experiência estética porque não haveria nada para nós “avaliarmos” (dizermos se é
bonito ou não) e se não há nada que nos cause sensações de agrado ou desagrado, não pode haver
uma experiência estética; todos os objectos estéticos nos causam sensações e por isso todos nós
temos uma experiência estética.

A sensibilidade estética é basicamente os nossos 5 sentidos, porém, nem todas as pessoas


têm os seus sentidos tão desenvolvidos em relação a outras, contudo, os sentidos podem ser mais
desenvolvidos, porque a sensibilidade estética pode ser ensinada e aprendida (lendo livros, ir a
espectáculos musicais, bailados, concertos, museus, ou seja, se nos forem proporcionadas
experiências estéticas); aos estarmos atentos também podemos desenvolver os nossos sentidos,
porque muitas das vezes olhamos para as coisas sem as ver realmente; podemos aprender sobre as
coisas, ou seja, ouvimos uma música que não gostamos, mas se formos pesquisar sobre a banda e o
significado das letras dessa mesma banda, é possível que comecemos a gostar, ou talvez não, mas se
assim for, podemos dizer que não gostamos mas que nos fomos informar, pois é muito frequente
não gostarmos de uma coisa por falta de pesquisa. Todos nós nascemos com a sensibilidade estética,
porque nascemos todos com os 5 sentidos, mas não a temos desenvolvida, nessa altura é quase
nula, só começamos a desenvolver a nossa sensibilidade estética quando os nossos sentidos se
desenvolvem e começam a ver, sentir, ouvir as coisas ao seu redor.
De uma maneira bastante geral, a sensibilidade estética é a possibilidade de sermos
afectados ou a possibilidade de sentirmos emoções ao observar algo.

O subjectivismo estético defende que nenhum objecto contem beleza, essa beleza apenas é
ganha através das emoções que sentimos ao contemplar a obra de arte e por isso, a beleza nasce das
nossas emoções, porém, não podemos dizer que é verdade ou não o facto de um objecto estético
ser bonito ou não.

O objectivismo estético defende que um objecto estético é bonito se seguir as regras que
fazem parte da corrente artística da altura, caso contrário, é feio, e por isso, a beleza está no objecto,
contudo, nesta corrente filosófica podemos afirmar que uma obra de arte é bonita ou feia, porque se
uma peça seguir a corrente artística é bonita, se não seguir, é feia.

Apontamentos da Prof.

A experiência estética é um estado afectivo de agrado e de prazer suscitado pela apreciação


subjectiva, quer seja pela contemplação da natureza, quer seja pela criação ou contemplação de uma obra
de arte. É caracterizada pela subjectividade e pelo desinteresse.
Chamamos atitude estética a essa atitude desinteressada, fixada apenas no sentido de prazer
proporcionado pela contemplação do objecto.
Aos objectos capazes de desencadear a experiência estética, chamamos objectos estéticos. Os
objectos estéticos são todas as obras de arte ou elementos da natureza capazes de provocar uma
experiência estética.
O contacto com os objectos faz-se através dos sentidos. A sensibilidade estética é precisamente a
capacidade de observar os objectos em termos de um sentimento de agrado ou desagrado.
Podemos aprender a ver e a sentir, descobrindo novas maneiras de olhar, e aceder a aspectos que
não são imediatamente visíveis. A educação da sensibilidade estética em relação à arte, pode fazer-se a
partir: do contacto frequente com obras de arte; da aquisição de conhecimentos sobre o autor e a obra.

Subjectivismo

 A contemplação de um objecto é acompanhada de um sentimento de prazer;


 Esse sentimento de prazer não depende de nenhum interesse no objecto;
 A beleza diz respeito ao sentimento de prazer que a contemplação da obra provoca no sujeito.

Belo: Quando observamos um objecto estético e sentimos um sentimento de agrado, tranquilidade,


positivo, sereno.

Sublime: Quando observamos um objecto estético e sentimos um misto de prazer e desprazer nascido da
capacidade, da imaginação para compreender aquilo que ultrapassa em poder e grandeza, como por
exemplo, um vulcão a explodir, faz-nos entender o quão pequenos somos em relação à força da natureza.

O objectivismo estético faz depender os juízos estéticos de critérios objectivos, por isso, quando
se trata de apreciar arte, o que deve ser determinado são as características formais do objecto.
O problema que se coloca é de saber quais são estas características nas diferentes formas de arte.
Se consultarmos a história da arte podemos ser ver que até ao século XVIII os artistas se integravam em
movimentos estéticos e subordinavam as suas criações a regras definidas para cada forma de arte. No
entanto, actualmente encontramos uma grande variedade de correntes estéticas e de estilos, os artistas não
se submetem às regras estabelecidas.
Os critérios estabelecidos actualmente são tão vastos que contemplam todas as formas de arte.
São eles: a intensidade, a unidade e a complexidade.

Teoria do expressionismo
- O que é a obra de arte ?
Quando expressa e comunica intencionalmente um sentimento vivido pelo artista.

Esta teoria defende que:


 Só é arte se expressar uma emoção sentida pelo artista;
 Não é arte se o público não sente qualquer emoção ou quando as emoções do artista e do público
não são idênticos.

Critério de apreciação da obra de arte: o valor da obra depende da capacidade de comunicsr e de suscitar a
mesma impressão na audiência.

Limitações: Esta teoria exclui do mundo da arte:


 A arquitectura, música aleatória e inúmeras manifestações da arte contemporânea;
 Obras de arte produzidas sem intenção de comunicar;
 Obras que não expressão sentimentos vividos pelo artista;
 Obras que, sendo expresso os sentimentos do artista não suscitam o mesmo sentimento no
público.

Teoria da Imitação
- O que é a obra de arte ?
São imitações da natureza ou das acções.

As diferentes formas de arte distinguem-se porque:


 Usam meios diferentes;
 Imitam coisas diferentes;

Critério de apreciação da obra de arte: o valor da obra depende do quão imitada ela está.

Limitações: há muitas obras que de arte que não imitam nada, como as obras da pintura abstracta, da
arquitectura, das obras musicais, etc.

Arte com forma significante


- O que é a obra de arte ?
É um objecto dotado de forma significante que provoca emoções estéticas.

Limitações:
 Usam um raciocínio incorrecto porque define a forma significante a partir da emoção estética e a
emoção estética a partir da forma significante, cometendo um erro no raciocínio;
 Faz depender a definição de arte da intuição e da sensibilidade do crítico de arte;
 Não explica porque razão as obras de arte não provocam emoções estéticas em todas as pessoas.

Artesão: Segue as regras fielmente; domina muito a técnica.


Artista menor: Domina as regras; cria obras de arte segundo as regras.
Artista autêntico: Cria as regras; cria novas formas de arte; faz aparecer novos estilos de arte.

Um dos problemas importantes no mundo da arte é o problema da autenticidade de uma obra de


arte, ou seja, o de distinguir o original das imitações.
Podemos distinguir dois tipos de imitações: a cópia de uma obra ou a imitação de um estilo.
Ora, as imitações, quer sejam cópias perfeitas de uma obra original, quer seja a imitação do estilo
de um artista, poderão ser consideradas obras de arte? E se atingiram um grau de perfeição capaz de
enganar os especialistas, fará sentido que o imitador seja considerado, de facto um artista?
A resposta é NÃO. Na verdade valorizamos mais as obras originais; há várias razões para isso:
 Razões económicas, sociais e psicológicas:
 O quadro original tem um valor muito mais elevado do que a cópia;
 Os coleccionadores gostam de ter peças únicas;
 Há uma espécie de veneração do original.
 Razões estéticas:
 Se o autor que copiou a obra modificar os seus “erros” a peça pode perder o seu
verdadeiro significado e a intenção do artista que a criou;
 Quem faz uma cópia perfeita das obras não tem mérito porque não é o criador nem
do quadro nem do estilo da obra. As réplicas demonstram a habilidade técnica do
imitador mas continuam a ser indícios do génio que criou a obra.

Arte e mercado

A aquisição de obras de arte pode ter duas motivações principais:


 O lucro: ao vender e comprar obras de arte é ganho muito dinheiro
 A promoção social: é associado normalmente que quando uma pessoa possui obras
de arte tem um estatuto social mais alto.

Estamos praticamente condicionados a reflectir sobre a arte que, por exemplo, passa na
publicidade, estamos de certa forma condicionados à arte comercial; o outro problema, é o facto de nós
não observarmos a arte da maneira certa, ou seja, para nós basta um simples olhar sobre a o objecto
estético para acharmos que sabemos tudo sobre ela, no entanto, para podermos ter uma experiência
estética, é necessário tempo e concentração.

Arte e consumo

Com o consumo massificado da arte, verifica-se um esquecimento do que é a verdadeira arte e


também à sua banalização, porque aquilo que vemos habitualmente acaba por não ser notado nem
apreciado.

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