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Design na Periferia - Tópico 5

- Essa parte do livro começa falando sobre o cenário econômico


global do século 20 até hoje, e como os países são rotulados de
um jeito ou outro, considerando os termos “central” e
“periférico” os mais apropriados por serem mais flexíveis em
seus contextos. Também fala sobre a situação do Brasil e seus
designers nesse período, e que apesar do crescimento das
opções de consumo, o número de consumidores não aumentou
proporcionalmente. “Para o designer brasileiro, (...) como fazer
design na periferia do sistema?” *
- Após isso, é introduzido um contexto sobre a discussão entre as
várias áreas do design e o início história do design formal no
Brasil, e como ele era mal reconhecido nacionalmente naquele
tempo, sendo visto apenas como um “instrumento para
aumentar a competitividade da produção nacional”*. A
discussão dessa época era entre usar o design para dar uma
identidade marcante para o Brasil no comércio internacional ou
não usá-lo ao todo porque o Brasil deveria se manter como
exportador agrícola e de matérias-primas, mas esse último
argumento acaba se invertendo e apoiando a industrialização.
- Nessa época também surge uma teoria que o Brasil era
industrialmente atrasado de propósito para manter sua
dependência tecnológica, irritando a comunidade do design, já
que havia uma forte presença de multinacionais no país e que
elas supostamente se sobrepunham sobre o design nacional. É
citado Gui Bonsiepe, um dos fundadores dessa teoria, onde ele
afirma que a teoria não explica o fato que os designers
brasileiros não aproveitarem mais suas possibilidades dentro do
país.
- Contudo, pode-se dizer que o design brasileiro estava dividido
entre projetos modernos voltados para o exterior e projetos
mais vanguardistas voltados para o Brasil. No começo, a maioria
ficou do lado moderno e tentou usar os princípios de outros
países, que não funcionaram com o povo brasileiro. Quando os
profissionais começaram a pensar em seus projetos voltados
para os brasileiros, a área toda começo a ganhar reconhecimento
nacionalmente.
- Depois disso, as autores Victor Papanek e E.F. Schumacher são
destacados com seus livros “Design for the Real World” e “Small
is Beautiful”, respectivamente, onde condenam o consumismo
desenfreado, a destruição da natureza e o elitismo profissional.
“Entre outras coisas, ele propunha que os designers voltassem a
sua atenção prioritariamente para a solução de problemas
sociais e que abrissem mão do seu narcisismo autoral em prol do
bem comum (...)”*. O livro de Schumacher propõe desacelerar o
desenvolvimento tecnológico a fim de democratizá-lo, assim
mais pessoas poderiam aproveitar a tecnologia já existente.
- Após isso, é discutido a relação dos designers com o Estado.
Apesar de serem menos reconhecidos do que arquitetos e
engenheiros, o poder público usava e ainda usa serviços de
designers (agindo mais como um cliente importante), além de
sempre estarem presentes em universidades, e mais tarde terem
suas próprias associações (como por exemplo a APDINS e ADG).
- Depois disso, é discutida a reputação do design no Brasil
atualmente, ainda sendo uma área menosprezada ou
desconhecida pelo povo, e isso é preocupante. ”(...) Percebe-se
um desconcerto frequente entre as preocupações da profissão e
aquelas da própria sociedade”* . São dados mais exemplos dessa
desarmonia.
- O encerramento se dá com a esperança que as novas gerações
de designers, sem os preceitos de seus antepassados, construam
uma reputação melhor para sua área nacionalmente e
internacionalmente.

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