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1ª aula : Questões

1. Por quê não acontece eclipse em todo lugar no


Brasil na mesma hora?
2. O que é umbra ?
3. O que é penumbra?
4. O que é sombra ?
5. O que é eclipse ?
6. Qual a diferença entre eclipse solar e lunar ?
7. Por quê não acontece eclipse todo o mês?
8. Qual a fase da Lua você acha que ocorre o
eclipse solar?
a)Nova
b)Quarto crescente
c) Quarto minguante
d)Cheia
9. Qual a fase da Lua ocorre o eclipse lunar?
a)Nova
b)Quarto crescente
c) Quarto minguante
d)Cheia
10. Existe relação entre
umbra,penumbra,eclipse e sombra ?
Denominamos eclipse a qualquer obscurecimento total
ou parcial da luz de um astro por outro. Existem vários
tipos de eclipses embora, geralmente, usamos esse
termo, para nos referir aos eclipses do Sol pela Lua ou
da Lua pela Terra. Entretanto, o trânsito de um planeta
interior (passagem do planeta pela frente do disco solar)
constitui-se, também, em um eclipse parcial do Sol,
visto que o planeta oculta parte dele. As ocultações de
estrelas, seja pela Lua, por planetas, anéis planetários
ou asteróides também constituem-se em eclipses. Por
fim, temos os eclipses que ocorrem em alguns sistemas
binários de estrelas, nos quais uma eclipsa a outra,
produzindo, em alguns casos, alterações significativas
no brilho total do sistema.
Eclipses do Solar

Um eclipse solar ocorre quando a Lua se interpõe


entre o Sol e a Terra, impedindo a visibilidade do Sol
para uma pequena região terrestre, o que só pode
ocorrer em uma Lua Nova.
Eclipse lunar

Já os eclipses lunares ocorrem quando a Lua


adentra ao cone de sombra da Terra.
Estando, portanto, oposta ao Sol, os eclipses
lunares só podem se dar por ocasião de uma
Lua Cheia.
Porque não ocorrem eclipses todos os meses?

Sabemos que a Terra descreve uma trajetória elíptica ao redor do


Sol, em um período de 365d 06h 09m 10s. A projeção dessa
trajetória, na esfera celeste, é denominada eclíptica. O eixo de
rotação da Terra é inclinado em 66º 30' em relação ao plano de
sua órbita, o que resulta em uma inclinação da eclíptica em
relação ao equador celeste ( que é coplanar com o equador
terrestre) em 23º 30'.
A Lua por sua vez, gira ao redor da Terra. Diariamente
observamos seu nascer à leste e seu ocaso a oeste. No entanto,
esse movimento é apenas conseqüência do movimento de
rotação da Terra. O movimento orbital da Lua processa-se no
sentido contrário, isto é, de oeste para leste.
O tempo necessário para que ela dê uma volta, em relação às
estrelas, é chamado de mês sideral e corresponde a 27d 07h
43m 11,5s. Ocorre que a Terra durante esse tempo também
caminha pela sua órbita..
Assim, as posições relativas entre o Sol, a Terra e a Lua
alteram-se constantemente. Como as fases da Lua estão
relacionadas à essas posições relativas, elas irão se repetir
em 29d 12h 44m 2,8s, chamado de mês sinódico. Uma vez
que os eclipses estão intimamente ligados às fases da Lua, é
importante distinguirmos os dois períodos.
A órbita lunar não é coplanar com a órbita terrestre. Os dois
planos formam entre si, um ângulo variável, cujo valor médio
é de 5º 9'. Nas épocas de ocorrência dos eclipses essa
inclinação é máxima, atingindo o valor de 5º 18'. Os pontos de
cruzamento entre a eclíptica e a órbita da Lua são
denominados nodos: a Lua passa pelo nodo ascendente
quando se dirige para o norte da eclíptica e, pelo nodo
descendente quando se dirige para o sul da eclíptica. A linha
que une os dois nodos é chamada de linha dos nodos.
A inclinação da órbita lunar é a responsável pela não ocorrência de
eclipses em todas as luas novas ou cheias, como ilustrado na figura
anterior. Para que ocorra um eclipse é necessário que a linha dos
nodos esteja apontando para o Sol e que o Sol, a Terra e a Lua
estejam alinhados, o que só acontece quando a Lua, em fase de
nova ou de cheia, encontra-se nas proximidades da eclíptica.
Existem vários tipos de eclipses
Os eclipses solares podem ser:

1. Totais: quando o disco lunar encobre completamente o disco do Sol.


Embora a Lua seja um astro muito menor que o Sol, face a enorme
distância deste, por uma ocorrência feliz, seus diâmetros aparentes são
praticamente iguais (cerca de meio grau );
2. Parciais: quando apenas parte do disco solar é encoberto pela Lua;
3. Anulares: quando apenas um anel do disco solar fica descoberto;

Os eclipses lunares por sua vez, também dividem-se em: 1. Totais:


quando a Lua mergulha completamente na sombra da Terra;
2. Parciais: quando apenas parte da Lua adentra à sombra da Terra;
3. Penumbrais: quando a Lua penetra apenas no cone de penumbra da
Terra. Estes eclipses não são perceptíveis sem o auxílio de
equipamentos, pois a atenuação do brilho da Lua é muito pequena.
Produção, autores e contatos
Irineu Gomes Varella
Astrônomo. Diretor do Planetário e
Escola
Municipal de Astrofísica de São
Paulo,
no período de 1980 a 2002.

* Priscila D. C. F. de Oliveira
Coordenadora do Centro de
Documentação Técnica e Científica
em Astronomia do Planetário e
Escola Municipal de Astrofísica de S
Paulo.

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