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Revolução Sideral e Sinódica

Quando a Lua encontra-se entre a Terra e o Sol diz-se que está em conjunção com o Sol.

Quando a Lua encontra-se do lado oposto ao Sol diz-se que está em oposição com o Sol.

A conjunção e oposição dá-se também o nome de sizígias.


Quando os raios que ligam o centro da Terra com os do Sol e a Lua fazem um ângulo recto, diz-
se que a Lua está em quadratura com o Sol.

O intervalo de tempo em que a Lua descreve, no seu movimento de translação, uma volta
completa em torno da Terra corresponde uma Revolução sideral. A sua direcção é de 27d 7h
43m tempo solar médio.

O intervalo de tempo entre duas conjunções consecutivas da Lua, isto é, entre duas passagens
consecutivas da Lua pelo Sol na esfera celeste, corresponde a uma Revolução sinódica. A esta
revolução também se dá o nome de mês lunar ou lunação. A sua duração é de 29d 12h 44m
tempo solar médio.

Fases da Lua

A Lua vista a partir da terra apresenta aspectos diferentes – as fases da lua – devido ao
movimento de translação e ao ser iluminada pelo sol. Pode-se considerar 4 fases principais e 4
fases intermédias:
Posição 1 – Lua Nova

A Lua está em conjunção com o Sol e volta para a terra, o seu hemisfério não iluminado. Nesta
posição, a Lua não se vê a partir da terra. Nasce com o Sol e está acima do horizonte durante o
dia.

Posição 2 - 1ᵅ Falcada

A Lua sai da posição de conjunção vendo-se uma pequena parte iluminada .Pode-se ver ao
anoitecer depois do Sol se ter posto na região do oeste do céu sob a forma de um crescente com a
convexidade voltada para o Oeste.

Posição 3 – Quarto Crescente

A Lua e o Sol estão em quadratura, vendo-se metade da lua iluminada. A Lua está 6 horas em
atraso em relação a passagem do Sol. Levanta-se as 12 horas, e culmina às 18 horas. É visível
durante a primeira parte da noite.

Posição 4 - 1ᵅ Giba

Continuando a afastar-se do Sol, a Lua passa a ter mais de metade da sua face iluminada, com a
convexidade voltada para Leste, de modo que se vê mais de metade da sua face iluminada.

Posição 5 – Lua Cheia

A Lua e o Sol estão em oposição. Todo o hemisfério iluminado da Lua é visível a partir da Terra.
A Lua tem um atraso de 12 horas em relação à passagem do sol. Nasce ao anoitecer, culmina à
meia-noite e deita-se ao amanhecer. Vê-se a Lua durante toda a noite.

Posição 6 - 2ᵅ Giba

A parte iluminada começa a diminuir do lado oeste, apresentando uma gibosidade, Nasce depois
do Sol se ter posto e ainda se vê de manhã a ocidente, no céu depois do Sol já ter nascido.

Posição 7 – Quarto Minguante

A Lua e o Sol estão de novo em quadratura. Vê-se, de novo, metade da Lua iluminada com a
convexidade voltada para leste apresentando a forma de um ̋ D”. A lua tem 18 h de atraso em
relação à passagem do sol e é visível só durante a última metade da noite, pois nasce depois da
meia-noite.

Posição 8 - 2ᵅ Falcada
Aproximando-se do Sol, a Lua apresenta de novo a forma de um crescente com a convexidade
voltada para leste. É visível a oriente no céu antes do sol nascer.

A Terra iluminada pelo sol reflecte também a luz solar para a Lua, que é assim iluminada por
uma claridade terrestre à semelhança do luar. Entre a Lua Nova e os Quartos Crescente e
Minguante pode-se distinguir uma claridade chamada luz cinzenta e que permite ver a parte do
disco lunar não directamente iluminada pelo Sol.

Eclipses da Lua e do Sol

Sombra e Penumbra (leituras) – Imaginemo-nos num quarto completamente escuro. Com uma
lâmpada eléctrica esférica, de vidro fosco, iluminemos o quarto.

Se a meia distância entre a lâmpada e uma das paredes, e à mesma altura daquela, interpusermos
uma esfera opaca, por exemplo a bola de borracha com que costumamos brincar, notaremos,
nessa parede (fig. 1), três zonas:

a) Um circulo escuro com centro na recta que passa pelos centros da lâmpada e da bola.
Esse círculo não recebe raios luminosos da lâmpada: é ocupado pela chamada sombra
projectada.

Fig 1 – Sombra e penumbra

b) Uma coroa circular, em volta da sombra projectada, de iluminação esbatida. Esta já


recebe raios luminosos, mas não de todos os pontos da lâmpada voltados para aquele
lado: é a penumbra.
c) A parte restante da parede recebe luz de toda a superfície da lâmpada para ela voltada:
está em plena luz.
Se olharmos para a bola, verificaremos que a parte voltada para a parede está escura: é a sombra
própria.

O espaço compreendido entre a sombra própria e a sombra projectada também não recebe luz e
chama-se cone de sombra ou cone espacial.

Eclipse da Lua- De tempos a tempos, a lua deixa de ser vista por instantes na fase de lua cheia
em virtude de se atingida pelo cone de sombra da terra (fig.2). É o eclipse da Lua.

Ocorre, quando naquela fase a Lua passa pela “linha dos centros” do Sol e da Terra ou muito
próxima (fig2).

O eclipse mais perfeito dá-se quando os centros dos três as tros chegam a ficar exactamente na
mesma recta.

Quando a Lua mergulha completamente no cone de sombra da terra, produz-se o eclipse total
(fig.2-L 3); se apenas parte daquele astro entra no referido cone, temos o eclipse parcial.

Fig 2- Fases do eclipse da Lua

Eclipse da Sol - Por vezes, na fase de Lua Nova, certas regiões da Terra são atingidas pelo cone
de sombra da Lua e, momentaneamente, o sol deixa de ser visto nessa regiões (fig.3). É o eclipse
do sol.

Como nos eclipses da Lua, o Sol pode ocultar-se completamente. É o eclipse total do
Sol.Observa -se das regiões atingidas pelo cone de sombra da Lua (fig.3).
Nas regiões abrangidas pelo cone de penumbra do mesmo astro, apenas parte do sol deixa de ser
vista. Vê-se então o eclipse parcial do Sol.

Fig 3. Eclipses do Sol

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