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Webinário de Ho’oponopono

O seguinte texto é a transcrição de uma conferência de John Curtin (um Mestre


de Reiki cujo site é Sanación y Salud), sobre a técnica de Ho’oponopono, que
ditou depois de assistir a uma oficina ditada pelo Dr. Ihaleakalá Hew Len em
Cork, Irlanda.

Tradução de Ana Lúcia de Melo


Estrutura da mente
Como atua a mente consciente
Como flui a energia da Fonte
Boa noite e obrigado por virem ao webinário sobre Ho’oponopono. Explico para
os que nunca participaram de um webinário, que é um seminário pela rede. Ou
seja, que a parte dos que estão aqui na sala também se está transmitindo em
tempo real pela internet e o que está atrás de mim é a tela do chat das pessoas
que estão conectadas.

Comecei a usar a técnica tal como a descrevem na página web. Primeiro usei
com um assunto meu familiar. Ao longo de dois ou três meses comecei a
aplicar a técnica a este assunto familiar e fiquei surpreso em como se resolveu
um tema pessoal para mim que eu arrastava fazia cinco anos. Em dois ou três
meses usando o Ho’oponopono, algo que eu levava ali estancado fazia cinco
anos, que não se movia, pois, se resolveu.

Logo depois comecei a utilizá-la com meus pacientes nas minhas consultas, eu
faço terapias de Reiki e meus pacientes começaram a melhorar, talvez na
metade do tempo que o faziam antes. Então, se um paciente necessitava de
três meses ou quatro meses já estavam demorando dois meses ou um mês e
meio com a técnica. E isso ao longo deste um ano e pouco me convenci de que
é uma técnica que funciona, quer você a aceite ou não a aceite, quer você a
entenda ou não a entenda, dá no mesmo: funciona.

E essa é a razão pela qual estou dando o seminário porque os convido a usar a
técnica. Mais adiante lhes explicarei como se faz, porque a partir do meu ponto
de vista tem uns resultados impressionantes.

As origens do Ho’oponopono são havaianas, e é uma técnica milenária


empregada pelos Kahunas havaianos, os sacerdotes ou os xamãs havaianos,
e que originalmente se usava para resolver conflitos nas aldeias. Ou seja: seu
vizinho roubava o seu porco e o cunhado, então, se chateava, e isso significava
que o seu sogro se colocava do seu lado, e toda a aldeia acabava brigando por
este porco. E aí entravam os Kahunas, sentavam os membros da aldeia juntos
e usavam a técnica para resolver conflitos familiares. Esta foi a origem e
continuam fazendo-a literalmente há milhares de anos. O Dr. Len pegou e
adaptou o conceito aos tempos atuais mediante um processo meditativo e de
também de investigação e aqui temos o Ho’oponopono atual. O que eles
chamam de o Ho’oponopono atualizado, é o que eu vou ensinar no webinário.

Primeiro há alguns conceitos que temos que entender. O primeiro conceito que
devemos entender é que nós criamos nossa realidade: tudo o que o rodeia
neste preciso momento você o criou, se você não o cria, não existe. A cadeira

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debaixo do seu traseiro você a criou, você a manifestou porque necessitava de
um lugar para “encostar” seu traseiro durante o webinário, você criou ou
manifestou a cadeira que está atrás de você. As paredes desta sala também
são criação sua; tudo o que o rodeia é sua criação e não existe se você não a
traz para a sua realidade. Mas existe uma exceção e são os outros seres
conscientes que estão na sua realidade, porque um ser consciente, um ser
humano, tem o livre arbítrio. Você não pode inventar um ser humano, você
pode convidar um ser humano para que entre na sua realidade. Então, no caso
seus, vocês necessitavam de alguém que lhes explicasse sobre
Ho’oponopono, motivo pelo qual vocês disseram a mim, em outro plano,
evidentemente, “John, por favor, você se importaria em se sentar diante de nós
e nos explicar o que é Ho’oponopono?” Eu, então, como desejava compartilhar
a técnica, necessitava de um monte de gente diante de mim interessado em
Ho’oponopono razão pela qual convidei vocês a se sentarem aí e escutarem o
que lhes tenho a dizer, e vocês disseram, “Está bem! Sim, nós vamos nos
sentar.” E aqui estamos… Oi!

Então, nós nos convidamos mutuamente a compartilhar este momento, a


compartilhar nossa realidade. Mas o que acontece, vai um pouco mais além
disso porque não somente você pede para pessoas que compartilhem sua
realidade, você também lhes pede que se comportem segundo as suas
expectativas, ou seja, você me convidou para estar aqui e falar sobre o
Ho’oponopono, e você me disse: “John, por favor, comporte-se como alguém
que sabe sobre Ho’oponopono e explique-me sobre isso”. Está bem? Você não
me disse “Escute, John, por favor, sente-se aqui e comece a contar piadas”,
porque você não veio para isso (pelo menos espero). Minhas piadas são ruins
por isso espero que não.

Então, eu disse “Está bem! Eu me comporto segundo a maneira que você


espera que eu me comporte”. De acordo? E o mesmo com vocês. Eu preciso
de gente atenta, interessada, calada que se sente ali e que escute o que eu
tenho a dizer, e vocês disseram “Está bem! Claro. Concordamos, nós vamos
nos sentar ali e vamos pelo menos fazer como se estivéssemos lhe escutando
para que você possa soltar seu lero-lero sobre Ho’oponopono.”

Então, vocês estão se comportando da maneira que eu lhes pedi para que se
comportem e eu estou me comportando da maneira que vocês me pediram
para que eu me comporte. Até aí está bem?

Mas nosso comportamento engloba absolutamente tudo. Não somente como


você se comporta em algum dado momento, mas sim como você é diante de
outra pessoa. Então, no caso, por exemplo, da relação terapeuta-paciente,
diante de mim se senta uma pessoa com câncer, que veio para que eu a ajude
no seu processo de cura, e eu, como terapeuta, em outro plano, disse para
essa pessoa, “Eu sou um terapeuta, e preciso ganhar a vida, e tenho afã de
salvar o mundo, por isso, você se importaria se sentar diante de mim e ter
câncer, para que eu possa ajudá-lo a se curar?” E esse paciente disse, “Está
bem! Faço isso”. E aí está.

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Eu como terapeuta criei a doença do meu paciente, porque se esse paciente
não tivesse câncer, eu não poderia ser terapeuta. É assim, simples.

Com Ho’oponopono você libera os pensamentos de dentro de você que


criaram a doença da outra pessoa. Quando você libera os pensamentos de
dentro de você que criaram a doença da outra pessoa, a pessoa se cura.

Sim, eu o repito. Alguém me pediu para que o repetisse, não sei por quê, já
que é super fácil de entender, mas, bom (risos).

Eu como terapeuta, o que é que preciso para ganhar a vida? De pacientes


doentes, então, como eu peço para as pessoas que entrem na minha realidade
e se comportem da maneira que eu quero que se comportem, eu quero que se
comportem como doentes, porque se não se comportam como doentes, como
vou lhes cobrar? Não vou cobrar alguém são, necessito de uma pessoa diante
de mim que esteja doente, então peço para uma pessoa que tenha uma
doença para que eu possa curá-la ou para que eu possa, no caso do Reiki,
ajudá-la no seu processo de cura. E a pessoa diz que sim. Por isso, a pessoa
que está sentada diante de você é fruto do seu desejo, é fruto do seu desejo de
manifestar sua realidade, e todas as pessoas ao seu redor se comportam
segundo a maneira que você lhes pede que se comportem.

Então, se o seu chefe grita com você, ele grita com você porque você tem um
conceito de chefes que gritam. Dentro de você há uma crença que diz: “os
chefes gritam” motivo pelo qual você está pedindo ao seu chefe que se
comporte como uma pessoa que grita para se encaixar dentro da sua
realidade. Porque o seu conceito da realidade não é um chefe que vai por aí
dando abraços e beijos, seu conceito da realidade é um homem que tem “mau
caráter”, porque para “isso” estão os chefes. Razão pela qual você pede ao seu
chefe para que se comporte segundo seu conceito de chefes. E ele diz que
sim. Então no momento que você deixa de considerar que os chefes têm mau
humor e vão por aí dando gritos, seu chefe deixa de fazê-lo, já não necessita
se comportar como você acredita que se deve comportar, e no momento que
seu paciente com câncer, no momento que você deixa de ver o seu paciente
como uma pessoa doente, essa pessoa deixa de estar doente, porque já não
precisa se comportar segundo o seu conceito de como se deve comportar, e
assim funciona o Ho’oponopono, é muito simples. Ou, não é?

Basicamente essa é a maneira que funciona Ho’oponopono, e como se faz?


Faz-se mediante três processos que vamos olhar agora com mais detalhe que
agora entendo depois da minha visita à Irlanda para fazer o seminário em Cork.

Basicamente o que você faz é:

Primeiro você se conecta com a Fonte, a Divindade, Deus, Buda, Alá, dê o


nome que lhe convenha segundo as suas crenças. Você se conecta com a
Fonte e peça à Fonte que lhe ajude a liberar os pensamentos errôneos que
você tem a respeito da pessoa que tem adiante, por exemplo. A Fonte acode a
sua petição e assim acontece a cura.

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Mas é importante salientar que a cura é sua, você é a pessoa que cura, você é
a que libera os pensamentos errôneos.

Pergunta do chat: Então tudo depende de nossas crenças inconscientes e


conscientes?

Respostas de JC: Claro, porque isso é o único que há, o único que há na nossa
vida são nossas crenças. Se você assiste ao filme “Quem Somos Nós”, que é
um filme que recomendo, eles dizem que sem as suas crenças e sem seus
pensamentos, você agora mesmo estaria boiando em um universo de nada,
rodeado de uma série de probabilidades infinitas. No momento que você deixa
de pensar, ou deixa de acreditar, a realidade, como você a conhece,
simplesmente deixa de existir. A cadeira debaixo de você existe porque você
acredita na cadeira. As paredes que lhe rodeiam existem porque você crê que
existem, e a pessoa com câncer sentada diante de você quando você faz Reiki
tem câncer porque você acredita que essa pessoa tem câncer. Então, tudo
depende, efetivamente, como coloca na pergunta, de nossas crenças
conscientes e inconscientes.

O que são as crenças? É importante salientar isso. Crenças são pensamentos


repetitivos. Se você pensa na mesma coisa uma, e outra e outra vez, esse
pensamento se plasma ou se solidifica numa crença. De acordo?

?: Mas se eu influo em outra pessoa, onde fica o seu livre arbítrio?

JC: A pessoa tem o livre arbítrio para entrar na sua realidade ou não. Mas se a
pessoa entra na sua realidade, essa pessoa também concorda em se
comportar como você quer se ela se comporte, porque alguém pode me dizer,
“Escuta, John, entre na minha realidade com um câncer terminal, por favor”. E
eu posso lhe dizer, “Não, não quero”, motivo pelo qual nem entro na sua
realidade nem tenho um câncer terminal. Mas essa pessoa me diz, “John, para
entrar na minha realidade você tem que ter um câncer terminal, senão não
entra”. E aí, pois se quero entrar na sua realidade digo que sim.

Vamos falar um pouco da minha experiência na Oficina de Cork, porque faz


duas semanas quando fui a Cork, porque eu tinha um monte de dúvidas,
porque eu, ainda que algo funcione, a pesar de que funcione continuo tendo
esta necessidade chata de entender o que é que está acontecendo.

Nessa Oficina de Cork estava o Doutor Len, o desenvolvedor do


Ho’oponopono, este famoso psicólogo que esvaziou o andar de doentes
mentais. Fui com muitas perguntas e eu estava esperando, pois, um homem
brilhante, inspirado e iluminado que pudesse responder todas as minhas
perguntas. E é um senhor baixinho, gordinho, havaiano, com um boné de
beisebol que nunca tira, e a primeira coisa que fez foi se colocar diante da sala
e dizer, “Eu não sei nada, e não tenho nem ideia do que está acontecendo”.
Imediatamente começo a pensar, “Caramba, 266 euros, vim aqui para um
senhor que não sabe nada…bem, bem…”

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(risos) Um comentário por aqui diz “Agora você entende nós os terapeutas que
estamos fazendo o curso!” Pois sim, é verdade.

E ao princípio pensava que ele estava sendo esperto, dizendo isso ou pensava
que estava evitando ter que dar respostas, mas, à medida que foi
desenvolvendo o seminário percebi, entendi exatamente o que ele estava
dizendo.

Basicamente o que ele estava dizendo foi uma coisa impressionante e foi que o
processo de cura não se pode fazer mediante um ato consciente, ou mediante
um ato mental. Eu o repito porque é tremendamente importante, o processo de
cura não se pode fazer mediante um ato consciente ou um ato mental e por
isso ele dizia “Eu não entendo o que está acontecendo, não tenho nem ideia do
que está acontecendo”.

Logo depois seu outro comentário, que foi muito curioso foi, “Eu não estou aqui
para ensinar, estou aqui para curar”. E efetivamente nos explicou que várias
semanas antes do começo da Oficina ele pegou a lista de nomes da Oficina e
começou a fazer Ho’oponopono conosco para curar em si o que havia a
respeito a nós.

E logo disse: “Eu sou consultor no Havaí, cobro 500 dólares a hora, por isso
não tenho a necessidade de fazer oficinas. Eu só faço oficinas para me curar. E
vocês são as pessoas que eu convidei para a minha realidade para poder curar
o que há em mim”. Isso foi bastante interessante como conceito.

O que é que acontece? Você pode empregar todas as pessoas que entram na
sua realidade para concluírem sua cura e isso é o que realmente impacta do
Ho’oponopono. Absolutamente cada pessoa que você tem na sua realidade é
uma oportunidade para a sua cura e pior esteja essa pessoa, melhor, porque
significa que mais sujeira sua você pode limpar. E quanto pior você se dê com
uma pessoa, melhor, porque mais sujeira ainda você pode limpar.

Então, o que é que você faz? Você transforma todas as pessoas que entrem na
sua realidade como uma fonte de sua própria cura e isso é realmente o
poderoso de Ho’oponopono. Tudo bem?

?: Se o paciente visita vários médicos, todos lhe originaram a doença?

Claro, porque todos esses médicos e todos esses terapeutas, de que


precisavam para ganhar a vida? Pois de um doente com essa realidade, então
é uma realidade compartilhada entre todos. Aí no lugar de um terapeuta
dizendo, “Por favor, tenha câncer para que eu ganhe a vida”, há 3 terapeutas
dizendo, “Escute, tenha câncer para que eu ganhe a vida”. E de fato é uma
pergunta muito importante que já mencionarei mais adiante quando falarmos
do que se chama 100% de responsabilidade.

?: E se na minha realidade desaparece o câncer, também desaparece na sua


realidade?

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JC: Evidentemente que sim, porque é sua realidade a que está criando seu
câncer. Só está tendo esse câncer para comprazer a você mesmo, porque
você necessita alguém com câncer.

Diagrama do ser humano: A Fonte, que é a parte superior, está acima de nós e
nós estamos conectados diretamente a essa Fonte. A parte de nós conectada
é a que se chama Supraconsciência. A Supraconsciência é, pois, de acordo
com nossas crenças, depende da nossa cultura, você poderia chamá-la de seu
Eu Interior, poderia chamá-la de sua alma, poderia chamá-la de seu Ser
Espiritual. Há múltiplos nomes, mas basicamente estamos falando dessa parte
da qual você está mais próximo da Fonte. Essa parte de você que está mais
próxima da Fonte não atua, não cria, não reage, simplesmente É. O Dr. Len a
chamava de “estado 0”. O estado zero é pois, quando você não atua, não
reage, não tem emoções, simplesmente você é. Em Zen se chama de um
estado de Iluminação.

Nossa Mente Intelectual, que é a segunda parte de nós, por baixo, é o que nós
sentimos e vemos diariamente. Ou seja, você pensa com a sua mente
intelectual, você atua com a sua mente intelectual, você reage com a sua
mente intelectual, essa é digamos, a que conduz o volante do carro.

E por baixo disso está o Subconsciente. O Subconsciente é onde nós


guardamos todos os padrões de pensamento repetitivos acumulados ao longo
de milênios e milênios de evolução. Também há diferentes termos segundo a
nossa cultura e o que estamos fazendo. Em Todo Amor, por exemplo,
chamam-se padrões herdados; em psicologia podem se chamar padrões de
comportamento, etc., etc…., mas basicamente são pensamentos que se
cristalizaram em crenças.

Então, vocês podem ver que entre a mente intelectual e o subconsciente há


uma espécie de gancho. Esse gancho é como funciona a mente intelectual. A
mente intelectual pega informação do nosso subconsciente e a usa para o seu
dia a dia. E é importante entender que a mente intelectual só pode operar
baseando-se no que tira do subconsciente. Basicamente nossa mente
intelectual não tem nem um só pensamento original. Está tudo baseado no que
tira do subconsciente. Todos os seus padrões de comportamento se baseiam
nisso. Os seus padrões de comportamento se baseiam no que você tira do
subconsciente.

É importante esse conceito porque há que entender que realmente tudo o que
nós fazemos está condicionado por essa mente subconsciente, por isso
padrões herdados, por isso padrões de comportamento, por isso pensamentos
repetitivos que os convertemos em crenças.

Se você tira da mente intelectual o subconsciente, ela não sabe operar, assim
simples. Sua mente intelectual não tem nada sobre o que se basear. De fato,
na oficina, nos deu o caso de um paciente que, devido a uma lesão cerebral
por uma queda, não tinha memórias. Só tinha o presente e era incapaz, por
exemplo, de abrir uma porta, porque nunca tinha visto uma porta. Então, você
lhe explicava como abrir e a abria. Saia do quarto e era incapaz de entrar outra

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vez, porque nunca tinha visto uma porta. Explicava-lhe como funcionava uma
porta, abria-a, mas depois não podia sair. Por quê? Porque nunca tinha visto
uma porta. Sem essa memória sua mente intelectual não pode operar, porque
nossa mente intelectual se baseia em todos os pensamentos que temos
armazenados no subconsciente.

À esquerda da tela temos o estado ideal do ser humano que é o estado de


iluminação, onde a Fonte flui por meio das três partes: a Supraconsciência, a
Mente Intelectual e o Subconsciente. Ao contrário, à direita, temos nosso
estado habitual, que é uma enorme “coisa”, porque não me vem outra palavra
educada, de subconsciente e nossa mente intelectual entrando dentro do
subconsciente e tirando coisas para trabalhar. Tudo bem?

Não somente isso, porque esse subconsciente está unido a todos os


subconscientes do mundo. Aí entra o conceito de Consciência Coletiva de Carl
Jung, na qual todos estamos conectados com nossos subconscientes. Todos
compartilhamos a mesma subconsciência. Então, estamos quase atuando em
piloto automático. Estamos atuando no nosso dia a dia quase como
sonâmbulos, funcionando à base exclusivamente do nosso subconsciente. E
vamos ver agora, baixando o seguinte diagrama como é que atua o
subconsciente. Então no diagrama 2 vemos como atua a mente intelectual. A
mente consciente é capaz de processar só um dado por vez (e não somente o
homem, atenção!).

Então a mente consciente só é capaz de processar um só dado por vez. Na


mente subconsciente há onze milhões de dados, com os quais, voltando ao
diagrama anterior podemos ver que a mente consciente está tirando com esse
gancho do subconsciente um dado por vez e por baixo há 11.000.000, e essa é
a razão pela qual o Dr. Len dizia que usar a mente consciente para curar, é
uma perda de tempo, porque a mente consciente só pode processar esse
1/11.000.000 que temos no subconsciente, motivo pelo qual morreremos de
velhos antes de poder processar nem uma infinitésima parte do que temos que
processar, se estamos falando de cura, se usamos o intelecto, a mente
intelectual para curar. A cura tem que ser um processo subconsciente e isso
me esclareceu muitíssimas dúvidas, entendi muitíssimas coisas, sobre tudo a
respeito de como aplicamos Ho’oponopono e a maneira que Ho’oponopono se
enlaça com outras atividades, com outras práticas que nós fazemos.

?: E se a doença se origina no passado, antes de visitar o terapeuta?

JC: É que o passado e o futuro são, de novo, coisas que nós acrescentamos à
nossa realidade, para viver a realidade de maneira que nós a concebemos. O
passado e o futuro não existem. Aqueles que fizeram Reiki II, espero que
tenham isso claro. Essa doença gerou-se fora do tempo e do espaço.

?: Se não houvesse nenhum médico, nenhum terapeuta, estaríamos todos


sãos?

JC: Efetivamente, seria assim.

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?: Eu acredito que essa realidade não só é compartilhada por médicos. Há
gente para quem se pode chorar uma doença e se queixar. Eles também
compartilham essa realidade. Não é necessário ser médico.

JC: Claro. À lista de médicos e terapeutas se pode acrescentar familiares que


também veem essa pessoa como uma pessoa doente, e os amigos que
também veem essa pessoa como uma pessoa doente, e você, que agora
mesmo está sentado ali com a crença de que há gente doente neste mundo. E
como você acredita que há gente enferma neste mundo, há gente doente neste
mundo. Você agora tem a crença de que há negrinhos morrendo de fome na
África, e como você tem a crença de que há negrinhos morrendo de fome na
África, que coincidência! Você abre o jornal amanhã e vai ler que: Ui! Há
negrinhos morrendo de fome na África! E você acredita que estão ali porque se
você não acreditasse nisso não morriam e isso é voltando ao que comentei
antes da Consciência Coletiva de Carl Jung.

Vendo no diagrama o “n”, que eu achava engraçado, porque o Dr. Len o


chamava de “PU!” já que em inglês significa merda, e ele dizia que tudo o que
temos aí é pu, é lixo, e esse lixo é coletivo. Esse subconsciente é coletivo,
então, há pessoas morrendo de fome neste mundo. E lhes dizemos a essas
pessoas, “escute, como eu tenho a firme convicção de que há gente morrendo
de fome neste mundo, você pode me fazer o favor de morrer de fome, porque
preciso de alguém que se comporte dessa maneira para se encaixar na minha
realidade?” Mais adiante, como digo, falarei do 100% de responsabilidade.

?: E a doença genética?

JC: A única coisa que é uma doença genética é que é o fruto de gerações e
gerações de pensamentos errôneos, plasmados num corpo doente mediante a
estrutura do seu DNA. Aqueles que fizeram Todo Amor, sabem que nós
trabalhamos ativamente para curar o nosso DNA e o DNA pode se modificar.
Pode se modificar de uma geração para outra, por exemplo. Isso não é algo
descabido porque há um estudo científico, onde um rato estressado transmitiu
o gene do estresse a seus filhos numa só geração. Aí vemos o comportamento
de um rato, ainda não de um ser humano. O comportamento de um rato que foi
transmitido de uma geração para outra, modificando sua genética. Então, as
doenças genéticas são o fruto de gerações e gerações de pensamentos
errôneos. Da mesma forma que esses pensamentos errôneos são criados,
esses pensamentos errôneos podem se liberar. Então, dá no mesmo, a doença
genética que você tiver, você pode curar-se dela uma vez que você se libere
dos pensamentos errôneos coletivos que criaram essa crença. Não se esqueça
de que um filamento de DNA continua sendo fruto de sua criação tal como a
cadeira debaixo do seu traseiro. Porque um filamento de DNA continua sendo
algo que você criou. É muito importante destacar esse fato que não existe nada
no universo se você não o criou com o seu pensamento. Não existe nada no
universo se você não o criar com o seu pensamento. E isso se refere à cadeira
debaixo do seu traseiro, a um filamento de DNA, a um tumor, o que seja. Se
você não acredita nisso, simplesmente não existe.

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?: Então os vírus e as bactérias não têm nada a ver, e as vacinas, remédios,
etc., parecem que funcionam…

JC: Homem, mas claro que sim! Quando você leva uma situação a um plano
físico, então você pode atuar nessa situação de maneira física. Quando há
pensamentos errôneos que geram uma doença por causa de um vírus ou de
uma bactéria, pois você, evidentemente, tem que aplicar uma solução física
para essa manifestação física, mas não se esqueça de que dentro do seu
corpo estão suficientes vírus e bactérias para matá-lo em 24 horas. O seu
corpo, o corpo de qualquer pessoa, tem suficientes vírus e bactérias para que
morra em 24 horas. Por que não acontece? Pois porque temos um sistema
imunológico que evita que isso aconteça. Então aí temos uma situação física
que está acontecendo e que está se desenvolvendo numa forma perfeitamente
natural. Mas continua sendo o efeito de algo e não a causa, e de um fato o Dr.
Len falou muito disso na oficina, o conceito de causa e efeito.

Nós no nosso mundo atual nos centramos quase exclusivamente nos efeitos e
não nas causas. Um tumor é um efeito, uma doença é um efeito, uma
depressão é um efeito, seu chefe que lhe grita é um efeito. Nós nos centramos
nos efeitos e não olhamos as causas. Qual é a causa? PU! Como dizia o Dr.
Len, o lixo, seu lixo. Esse lixo que você tem, e voltando ao diagrama que é o
“n”, esse lixo que você tem no subconsciente. Isso é a causa, pela qual, o que
você tem que fazer é ir à causa, para curar a causa. Quando cura a causa, o
efeito, o tumor, sua depressão, o chefe que lhe grita, seu porteiro mal-educado,
desaparecem porque são só efeitos. Elimino a causa, desaparece o efeito.

?: Não será que nós terapeutas criamos as doenças para obter atenção?

JC: Sim, evidentemente, mas continua sendo a razão específica, realmente


não é o importante. O importante é que é um pensamento errôneo, porque criar
uma doença para obter atenção, sofrer para obter um resultado, sofrer para
obter um efeito, é um pensamento errôneo, então, estamos falando de liberar
esses pensamentos errôneos que criam o comportamento, seja qual for o
comportamento.

?: As doenças, segundo Louise Hay, são geradas pelas emoções. Isso vem a
ser a mesma coisa?

JC: Efetivamente, é uma das questões que me impactou do que escutei na


Oficina de Cork, é que enlaçava praticamente tudo o que eu estudei em outros
tipos de enfoque: Louise Hay, Todo Amor, a Meditação, Reiki. O que dizia o Dr.
Len, pois, é praticamente o que estavam dizendo em outras terapias e outros
enfoques de diferentes culturas; a cultura japonesa, a hindu, a cultura tibetana
e estamos falando de uns havaianos de um lugar remoto, numa ilha do Pacífico
que estão há 3.000 anos dizendo a mesma coisa que os hindus. Pois, é uma
das coisas que me impressionou.

?: No subconsciente não só está o que é mal, mas também graças a ele


podemos abrir uma porta e outras coisas… não é?

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JC: Não, porque sabemos abrir uma porta, mas sabemos abrir uma porta
passando mal. A alternativa do diagrama que você tem na página web com o
ganho entrando no subconsciente, é o diagrama da esquerda, o estado de
iluminação. Porque você quando permite que a Divindade flua através de você,
quando você permite que a Fonte flua através de você…é que as portas se
abrem sozinhas, e você não precisa desse tremendo esforço de levantar o
braço, pegar a maçaneta, girar, abrir… Ufa! Eu me canso só de pensar nisso!
Quando a Divindade flui através de você, você não precisa desse esforço físico
e essa é uma das coisas que o Dr. Len comentou e que me impactou, porque
era exatamente o mesmo que eu tinha lido no avião a caminho de Cork, num
livro de Esther e Jerry Hicks, “Peça e será atendido”. Eles diziam exatamente a
mesma coisa que dizia o Dr. Len, que quando você permite que a Divindade
flua através de você, quando você permite que a Fonte flua através de você
TUDO o que você faz, o faz SEM ESFORÇO. Você faz a mesma coisa e ainda
mais.

Também se vocês leem Deepak Chopra e Wayne Dyer sobre os diferentes


graus de manifestação… vocês conhecem os diferentes graus de
manifestação, como conseguir um sorvete de morango? Não? Pois, vamos ver:

Como conseguir um sorvete de morango segundo o seu grau de capacidade de


manifestar?

Grau de manifestação Nível I: (O mais básico) Você está sentado no seu sofá
de casa e diz: “Gostaria de um sorvete de morango”. Você se levanta pois,
entra no carro, vai ao supermercado e o compra. Você o manifestou, claro que
sim, você o criou e manifestou o sorvete.

Grau de manifestação Nível II: (para seres “um pouco mais avançados”) Você
gostaria de um sorvete de morango e suborna o seu filho para que ele na sua
bicicleta vá ao supermercado e lhe compre um sorvete de morango. Aí você
conseguiu que o esforço de outro manifeste o seu desejo. Neste ponto estão,
pois, muitas personagens poderosas e ricas deste mundo que são capazes de
fazer que pessoas trabalhem nas suas fábricas, trabalhem nas suas empresas
para manifestar seus desejos.

Grau de manifestação Nível III: Você está sentado no seu sofá, e tem vontade
de tomar um sorvete de morango e de repente…. Ui! Toca a campainha e está
o seu vizinho que lhe diz: “Escute, olhe que acabo de voltar do supermercado e
me enganei e comprei um sorvete de morango, mas é que eu não gosto de
morango. Tome, fique para você”…

Grau de manifestação Nível IV: Você está sentado no seu sofá, e tem vontade
de um sorvete de morango, você abre a mão e aparece o sorvete com colher e
tudo! Esse nível, talvez, está reservado para gente chamada Jesus Cristo, Sai
Baba, Buda, etc., etc., e essa é a máxima expressão da manifestação. Aí é
quando a Divindade flui através de você em toda a sua totalidade. Aí é quando
você está do lado esquerdo do diagrama, num estado de iluminação, quando o
seu desejo se faz realidade sem esforço físico da sua parte.

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?: Falando de causa e efeito, muitas vezes nos é difícil identificar nosso lixo,
então, como fazemos para curar essa causa que nos provoca um efeito?

JC: É uma pergunta fantástica porque não é que “muitas vezes”, é NUNCA.
Segundo o Dr. Len, como ele disse: “Eu não sei o que está acontecendo e não
tenho ideia do que acontece”. Segundo ele você nunca saberá a causa desse
efeito. O único que você sabe é que é PU! O único que você sabe é que é lixo.
O que você faz é o processo de cura desse lixo.

?: Digo, que o se relacionar, então, com os demais é uma sacanagem, porque


se todos os que estamos nos relacionando, estamos nos criando doenças,
estamos criando sentimentos negativos e coisas ruins…melhor ir embora
sozinho para um bosque!

JC: E assim está o ser humano, porque não percebe que é tudo o contrário,
que o se relacionar com a humanidade é maravilhoso porque é uma incrível
oportunidade de cura pessoal.

?: Mas se você não cria pessoas que morrem de fome e assim não morreria
ninguém de fome mas o resto da humanidade sim, não estaríamos nos
enganando? Podemos estar cegos diante dessa situação e não a ver? Você
gera uma realidade que você quer, mas no âmbito coletivo é outra?

JC: Estou respondendo uma pergunta de uma pessoa que está muito
enrolada… com todo carinho, sinto muito, amo você…. No entanto, é uma
pergunta muito boa e volta ao conceito de 100% de responsabilidade, e vou
colocar essa pergunta em stand by porque quando mais adiante eu falar disso,
ficará claro o conceito.

?: Então você pode criar a sua própria imortalidade?

JC: Homem, sim! Claro que você pode criar a sua própria imortalidade. Houve
estudos que demostram como o processo de envelhecimento pode retroceder.
Por exemplo, um estudo que se fez nos Estados Unidos com um grupo de
aposentados que foram colocados numa cidade fictícia dos anos ’50, e viveram
durante um mês numa cidade que recriava na perfeição os anos ’50. Fizeram
provas biológicas sobre a estrutura celular dos anciãos e a estrutura celular
tinha rejuvenescido. Ou seja, não é que se sentiam mais jovens, não é que de
repente começaram a dançar salsa, é que a sua estrutura celular havia
rejuvenescido como resultado de retroceder no tempo 30 anos. Então, se
desejamos, podemos criar nossa própria imortalidade e eu pessoalmente, pois,
iria me horrorizar com a ideia, porque nos meus quarenta e poucos anos estou
um pouco entediado e acredito que quando tenha oitenta anos estarei
totalmente entediado, motivo pelo qual não me interessa ficar aqui mais tempo
que isso. Mas bem, cada um que crie aqui a sua própria realidade.

?: Eu, com respeito a essa pergunta que nos faziam no chat, estou
convencidíssima de que uma pessoa a qual lhe diagnosticam uma morte
iminente e que está convencidíssima de que não vai morrer nesse momento,

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ainda que muita gente que esteja ao seu redor esteja pensando o contrário, ela
não morre.

JC: Efetivamente. Se essa pessoa decide não assumir a realidade das pessoas
que a rodeiam, pois, como você diz, não morre. De fato, Deepak Chopra, numa
de suas apresentações na Universidade de Harvard, disse que muitas vezes os
médicos ditam sentenças de morte. Quando um médico diz a um paciente,
“você tem 6 meses de vida”, não estão dando simplesmente um diagnóstico ou
um prognóstico. Estão dando uma sentença de morte, porque o paciente
acredita nisso, para fazer feliz o médico, pois, morre em 6 meses.

?: É que precisamente nisso é o que eu acredito que é o livre arbítrio, ou seja,


se você acredita numa coisa ou não acredita, e assim cria a sua realidade.

JC: Efetivamente, o que acontece é que a maioria de nós cremos porque ali é
onde entra a consciência coletiva, então se eu peço a alguma pessoa que tem
câncer que tenha câncer, para se encaixar na minha realidade, essa pessoa
normalmente vai dizer. “Está bem!” Por causa dessa crença coletiva que
temos, por causa desse lixo coletivo, esse PU!

?: Quando se cria um remédio, se criou a crença da cura?

JC: Por certo que sim, e eu me lembro dos anos ’80, por exemplo, a epidemia
de herpes. Houve uma epidemia mundial justamente antes da aids. Diziam que
a herpes era uma praga, que era uma coisa tremenda, que era uma pandemia,
algo muito sério, que não tinha cura, que era fatal, tal, tal, tal e, agora quem se
ocupa com a herpes? Bem pouca gente, porque mudou a crença da doença,
então diminuiu a importância. Com ou sem a criação de um fármaco para
respaldar a crença.

?: Emoções ou pensamentos são a mesma coisa?

JC: Não, as emoções são a resposta corporal aos pensamentos. Você cria um
pensamento e esse pensamento você o leva ao seu corpo e o seu corpo vibra
com esse pensamento. Porque, pense um pouco em que são as emoções: as
emoções são as vibrações da energia dentro do seu corpo. Vocês podem
pesquisar um pouco sobre isso com o trabalho de Candace B. Pert. Ela é uma
pesquisadora conjuntamente com o Instituto Nacional da Saúde norte-
americano que nos anos ’80 descobriu os receptores celulares dos
neuropeptídios. Basicamente o que ela diz é que quando você sente uma
emoção, que logicamente a sente em todo o seu corpo, o único que você está
sentindo são bilhões e bilhões de receptores celulares vibrando para atrair os
neuropeptídios adequados. Então, o que é que gera essas emoções? Pois, o
pensamento, agora claro, o que tem mais força, um impulso elétrico gerado
pelo seu cérebro ou todo o seu corpo vibrando com uma emoção? A emoção,
evidentemente. Todo o seu corpo vibrando com bilhões de receptores, porque
não se esqueça de que seu fígado tem receptores, seu pé direito tem
receptores para esses neuropeptídios… então, quando você tem uma emoção
todo o seu corpo vibra com essa emoção, enquanto que o seu pensamento é
uma corrente elétrica que dura um milésimo de segundo que cria uma rede

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neuronal, e evidentemente que a emoção tem muitíssimo mais poder que os
pensamentos.

Se olhamos o diagrama III do site da web, assim é como curamos usando o


Ho’oponopono. A primeira coisa que você faz é que o Intelecto contata com a
Criança. Está e a única parte intelectual que serve para algo e é quando o
Intelecto, ou seja, você, seu ser consciente, a pessoa racional que é, se coloca
em contato com a Criança. Isso tem que ser um ato volitivo, um ato querendo,
e você diz à Criança: “Por favor, Criança, conecte-se com a Fonte e peça
nossa cura”. E o segundo passo é que a Criança o faz. A Criança pede à
Fonte, vai para a parte de cima e diz: “Por favor, Fonte, ajude-nos a curar”. A
Fonte, logicamente, responde, e a Fonte envia um jorro de cura através do Eu
Superior, o Subconsciente e a Criança, e a energia flui através de todo o Ser.

?: E aqui me surge a pergunta, quem é a Criança, onde está, é você


quando criança, seu interior? O que é?

Não, segundo os havaianos, tem uma localização energética e é dois dedos


debaixo do umbigo, que casualmente corresponde ao segundo chacra, ainda
que eles não utilizam os chacras. Então, energeticamente a Criança está
localizada nesse lugar e nessa parte do seu corpo. Mas a Criança realmente é
o acúmulo de todos os pensamentos repetitivos de todas as crenças da
humanidade desde o momento da sua criação. Desde o primeiro humano que
apareceu na Terra, pois a Criança é essa crença coletiva, como a chamou Carl
Jung, por exemplo.

Então, a energia flui através de todo o ser e conclui a cura. Qual é o processo
de cura? Soltar os pensamentos errôneos que você tem a respeito do seu
redor e sobre tudo a respeito das pessoas ao seu redor. E isso é o processo de
cura. O interessante é, – e isso é um ponto muito importante – que enquanto
você está se curando, o que está acontecendo? A energia da Fonte está
fluindo através de você. E isso é o que é realmente importante, a energia da
Fonte está fluindo através de você. Durante o processo de cura, a Divindade
preenche você, e isso é um dos estímulos mais potentes para curar porque
enquanto você está curando, a energia da Fonte está fluindo através de você.

Outro aspecto importante deste diagrama é que só o subconsciente pode curar.


A criança é a que conclui o processo de cura, você não pode se curar, você
não pode se curar porque você é a mente intelectual, a mente racional, a
mente consciente. Tentar se curar é como tentar tomar a sopa com um garfo.
Só a Criança pode curar. Você pode iniciar o processo, você pode entrar em
contato com a Criança e lhe dizer: “Escute, por favor, cure esta crença, cure
estes pensamentos errôneos”. E é a Criança que se conecta com a Fonte, e é
a Criança a que pede esse fluxo de energia divina. Mas você pessoalmente
não pode curar.

?: Como você pode soltar traumas grandes que aconteceram quando você era
criança? Ou seja, temos que nos localizar no passado, no momento que
aconteceu o trauma para curá-lo?

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JC: Ho’oponopono não funciona assim. Ho’oponopono não funciona olhando
seus traumas e seus problemas. Ho’oponopono funciona olhando a maneira
que você vê as pessoas ao seu redor e a maneira que você vê as pessoas ao
seu redor é a que está causando traumas e seus problemas, então, se você
olha ao seu redor e você vê pessoas mediante pensamentos errôneos, se você
vê uma pessoa feia, se você vê uma pessoa agressiva, se você vê uma pessoa
triste, se você vê uma pessoa deprimida, a maneira que você vê essas
pessoas se baseia nos seus pensamentos errôneos, que seguramente terão
que ver com algum trauma, então, você usa as pessoas ao seu redor para
concluir sua própria cura. Como você o faz? É muito simples: você olha ao seu
redor e vê todas as pessoas das quais você não gosta, você vê todas as
pessoas que lhe caem mal, vê todas as pessoas que você acredita que são
feias, que são antipáticas, porque toda essa gente está se comportando assim
por causa do lixo que você tem dentro e assim é como você se cura. Você
deixa de vê-las assim e se cura.

?: Então, se se supõe que sempre trabalhamos no presente, e se supõe que


somos terapeutas, devemos falar à Criança do paciente e fazê-la entender que
deve se conectar à Fonte?

JC: Não, você fala com a SUA CRIANÇA.

?: Mas como eu ajudo o paciente com essa técnica se só falo com a minha
Criança?

JC: Porque é a SUA Criança a que está criando a doença do paciente. É a


SUA Criança. Você, deixe a Criança do paciente tranquila, que já tem muito a
pobre. É a sua criança a que provoca o problema, então, deixe a Criança do
paciente tranquila. Você centre-se na SUA Criança e libere os pensamentos
errôneos que estão criando a doença do paciente. No momento que você libera
os pensamentos errôneos, você deixa de tê-los.

?: Mas, segundo o que disseram, fico pensando: eu, como terapeuta, quero
curar essa pessoa que está diante de mim , que eu não a conheço nada,
através da minha Criança também? Então, o que faço, levo essa pessoa perto
da minha Criança?

JC: Não, já lhe expliquei a princípio como faz o Dr. Len, por exemplo. O Dr.
Len, duas semanas antes da oficina, pois, com a sua capacidade como xamã,
como kahuna havaiano conectou com a lista de participantes que iam assistir à
oficina e conectou com o que ele havia criado com seus pensamentos
errôneos, e foi bastante alucinante porque diante de 25 pessoas, pegou a lista
e começou a dizer: “Pois, aqui vejo abusos sexuais de crianças, aqui vejo um
pai que maltratava, aqui vejo uma tristeza pela morte de sua mãe”, etc., etc., e
foi olhando a lista sem dizer nomes, por questões de privacidade, e depois
continuou com coisas mais leves, dizendo, “Quem gostaria de identificar isso?”
Um luto de uma avó que morreu quando a pessoa tinha 9 anos?”, e alguém
levantou a mão. “Um tombo muito grande de bicicleta que deixou uma pessoa
hospitalizada quando tinha 8 anos”, e alguém levantou a mão, e assim
participante por participante e quando levantavam a mão, ele dizia: “I’m sorry, I

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love you”, (sinto muito, eu amo você) e liberado todo o seu lixo que havia criado
esse tombo de bicicleta; seu lixo que havia criado o luto pela morte de um ser
querido; esse lixo que haviam criado os abusos sexuais desse participante. E
isso um pouco voltando à pergunta sobre o passado, algo que aconteceu no
passado, é a mesma coisa. O lixo está aí, seja passado ou futuro. E isso é
como você o faz.

?: E quando as coisas aconteceram antes de você nascer, você sabe, de


pessoas que são mais velhas que você, que lhe aconteceram essas coisas?

JC: É a mesma coisa. Essas pessoas não deixaram de existir, simplesmente já


não estão num corpo físico, então, dá no mesmo.

?: Não, eu me refiro a essas pessoas que ainda estão vivas, entende? E têm
algum trauma, o efeito de uma causa que aconteceu antes que você nascesse,
que é 40 anos mais velha que eu, ou algo assim. Como pode ser causante de
algo quando você não existia?

JC: Porque essa pessoa agora está na sua realidade…

?: Mas isso aconteceu antes de você nascer…

JC: Mas se essa pessoa agora está na sua realidade…nomeie, por exemplo,
uma pessoa que venha na sua cabeça…

?: Minha mãe.

JC: Você é consciente de uma pessoa que você identifica como sua mãe, pois
essa pessoa existe na sua realidade. Pois já está, porque essa pessoa está na
sua realidade e qualquer pessoa que esteja na SUA realidade, forma parte da
mesma, motivo pelo qual qualquer pessoa que está na sua realidade se
comporta segundo suas expectativas sobre essa pessoa. Que esse
comportamento tenha acontecido há 40 anos ou que vai acontecer dentro de
40 anos, é irrelevante, porque o tempo não existe.

?: Como podem influir as afirmações que nós nos damos dia a dia?

JC: As afirmações que você lhe dá dia a dia são muito úteis para criar uma
realidade livre de PU!

?: Tudo é energia, de modo que, onde fica ali o subconsciente? Imagino que
também é energia. Somos energia evoluindo.

JC: Claro que sim! O subconsciente é energia, nós somos energia, tudo é
energia. O que varia na energia? Seu nível vibracional. Então, é essa energia
justamente que está num constante processo de transformação e aí é onde nós
assumimos o papel, onde nós podemos dirigir essa transformação da energia.
Você a pode transformar em algo que volte à Fonte ou a pode transformar ou
modificar em algo não harmonioso mediante a forma de um pensamento ou
crença errônea. De fato, é um bom comentário porque uma das coisas que me

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chocou muitíssimo até que entendi o que o Dr. Len queria falar quando dizia,
“Nós, o único livre arbítrio que temos é o de eleger se queremos que a
Divindade flua através de nós ou não. Todo o resto é PU! Isso me encantou!

?: O subconsciente pode pedir à Fonte que não se cure, por você não querer
se curar inconscientemente?

JC: Não, o subconsciente é uma criança. A criança quer ser feliz. Uma criança
não é feliz pelo peso da sujeira que você lhe derrama encima. Uma criança não
se conecta sozinha à Fonte porque não sabe como, mas uma criança quer ser
feliz. Vocês conheceram alguma criança que não deseje ser feliz, se a separa
das crenças dos seus pais? Claro que não. Toda criança quer ser feliz. Vocês
conheceram um bebê que deliberadamente procure a infelicidade? Obviamente
que não, é ao contrário. Quando está incômodo faz você saber bem,
vocalmente, que deseja a felicidade mediante uma fralda limpa ou a
barriguinha cheia, então, toda criança quer ser feliz. E o subconsciente nunca
evitará se conectar com a Fonte. O subconsciente é uma criança. Essa é a
razão que os havaianos colocam esse conceito pelo qual sempre que você
pense no seu subconsciente você pensa numa criança. Uma criança não se
enrola, uma criança não tem complicações, uma criança não dá voltas na
cabeça sobre as coisas, uma criança quer ser feliz e ponto. E o único que você
tem que fazer é ensinar à criança como se conectar com a Divindade para que
o faça, porque não o sabe e aí é onde entra o processo consciente. Peça a ela,
“Criança, por favor, conecte-se com a Divindade”, e agora veremos como.

?: Como vimos no curso de terapeutas, como terapeutas não curamos, mas


sim ajudamos à pessoa no seu processo de auto cura. Estamos ajudando a se
conectar com a sua criança, e assim se conectar com a Fonte?

JC: Não, você deixe tranquilo o paciente. Não lhe toque no nariz. Cure SUA
Criança. Não estamos ajudando ninguém a se conectar com a sua Criança e
se conectar com a fonte. É um ato de ego. Em todo caso, algum dia o paciente
se conectará com a sua Criança e lhe pedirá que a Divindade cure seus
pensamentos errôneos sobre a droga de terapeuta de Reiki que tem, tudo
bem? A você lhe interessa o seu. Deixe a Criança do paciente sozinha. Isto é
um processo de auto cura, porque quando você se cura, a outra pessoa se
cura. Tudo bem?

?: Mas, então, para que existem os pacientes e terapeutas? Que cada um tente
se curar e ponto.

JC: Efetivamente, isso é o bonito, cada um se cura. Você continua fazendo o


que sabe, porque logicamente você é um terapeuta de Reiki e o faz colocando
suas mãozinhas sobre as pessoas, canalizando uma energia. Eu continuo
fazendo isso. Não é que quando me vem um paciente na consulta, eu me sento
numa esquina. Que não é uma má ideia, mas não. Eu continuo colocando as
mãos, eu continuo canalizando uma energia, eu continuo vendo um efeito
sobre o paciente quando canalizo uma energia. Coloco as mãos sobre o plexo
solar e tem uma liberação energética ou emocional. Coloco as mãos no
pescoço e se libera a tensão nas cervicais, quer dizer, eu continuo fazendo o

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que fazia antes, mas aos mesmo tempo, aplico Ho’oponopono. É o que vamos
ver como se aplica num momento.

?: Tudo se pode curar e inclusive regenerar mudando a sua realidade?

JC: Pois, efetivamente, isto já sai do Ho’oponopono, ou seja, não é só o


Ho’oponopono que o diz. Isso o dizem Esther e Jerry Hicks, isso o diz Sai
Baba, isso o diz Osho, ou seja, todas as culturas o dizem: você cria a sua
realidade e tudo pode se curar e inclusive regenerar.

?: Li que quando fazem Ho’oponopono não há que visualizar o resultado.

JC: Efetivamente, não há que visualizar o resultado, porque de novo, visualizar


o resultado é uma perda de tempo, porque você não sabe o que está
acontecendo, não sabe o que está passando. Você não sabe o que está
curando. Você libera os pensamentos errôneos relacionados à pessoa que tem
câncer. Não sabe o que está curando. Não sabe se está liberando os
pensamentos errôneos sobre a sua mãe, sobre o vizinho do 5º andar. É que
você não tem ideia, não sabe o que está acontecendo.

?: Se vejo uma pessoa feia pela rua, e quero limpar, então, o que faço? Vejo
algo bonito nela, para mudar a minha opinião?

JC: Não. Você usa Ho’oponopono, porque quando você usa Ho’oponopono
libera seus pensamentos sobre essa pessoa.

?: Mas, o subconsciente é uma criança, ou um montão de lixo? Ou uma criança


vivendo na sujeira?

JC: É uma pergunta fundamental porque entender essa pergunta significa que
você entende como funciona Ho’oponopono. Nós somos todos Seres Perfeitos
de Luz. Você é um Ser Perfeito de Luz e o processo de curar com
Ho’oponopono reconhece isso. Tudo o que você é, é Perfeito – Seu Eu
Superior é Perfeito. Seu Eu Intelectual é Perfeito, e a sua Criança é Perfeita.
Sua Criança é parte de você, motivo pelo qual sua criança é um Ser Perfeito de
Luz, igual a você que é um Ser Perfeito de Luz. Mas, o que acontece? Ao longo
dos milênios, ao longo das gerações, a Criança foi acumulando o lixo que nós
jogamos, então, seria um pouco sim, uma criança vivendo no lixo. Debaixo
desse enorme montão de lixo, debaixo desse lixeiro municipal inteiro de lixo há
um Perfeito e Precioso Ser de Luz, que é você, que é essa Criança, que é o
Ser Consciente, que é o Ser Superior e o que nós queremos fazer é nos
liberarmos desse lixo para chegar ao diagrama onde a Divindade flui através do
nosso ser. E quando a Divindade flui através de nosso Ser, tudo o que nós
fazemos nasce dessa Fonte. Tudo bem?

?: Você diz que não há que visualizar o resultado, então, na Lei da Atração o
cérebro não distingue entre o real e o imaginário?

JC: São dois conceitos diferentes, porque a Lei da Atração é o que você
visualiza ou o que você cria para você mesmo. Você quer um carro novo, pois

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visualiza um. Todos o fizemos, por isso todos temos um BMW estacionado lá
fora (risos) Ho’oponopono não se trata disso. Ho’oponopono se trata de liberar
o lixo acumulado que você tem dentro. No entanto, outra coisa que me
impressionou muitíssimo, que o Dr. Len comentou no seminário, é que tem a
ver com a Lei da Atração. Porque, o que é que acontece? Uma das coisas que
dizem Esther e Jerry Hicks é que o conceito da Lei da Atração tem três passos:
O primeiro passo: Você pede. O segundo passo: O Universo responde.
Terceiro passo: Você permite que entre na sua realidade o que você pediu. No
primeiro passo você atua. No segundo passo o Universo atua. No terceiro
passo você permite… tan, tan, tan, taaaaan!

E aí está a chave, porque se você tem muito lixo, se você tem muito PU!, você
não permite que o Universo lhe devolva o que você manifestou, e daí vêm as
resistências a aceitar o que você mesmo pediu. E o Universo lhe disse: “Seu
desejo é a minha vontade”, mas você está impedindo que isso entre na sua
realidade por todo esse lixo que diz: “Ai! Eu não mereço isso”, “Ai! Isso é muito
bom para mim”, “Ai! Eu não posso ter isso!” Então, o que é que acontece?
Você o bloqueia por esse lixo, razão pela qual, você limpa o lixo e a Lei de
Atração funciona… Bingo!

?: Por que nós desejaríamos nos jogar lixo?

JC: Essa, curiosamente, é a pergunta que eu lhe fiz ao Dr. Len, e a sua
resposta foi tremendamente profunda: “I don’t know”, que em cristão significa:
“Eu não sei”, e me ignorou por completo, razão pela qual eu vou fazer a mesma
coisa… “I don’t know”, haha. Há muitas teorias sobre isso, mas ele foi
totalmente honesto, disse: “Só sei o que fazemos”. O que eu ensino nos cursos
de Reiki é que nós estamos usando comportamentos primordiais que nos
ajudavam quando vivíamos nas cavernas, que eram lutar ou fugir, que agora
são totalmente obsoletos, porque quando o seu chefe grita com você, não é um
comportamento apropriado atravessá-lo com sua lança, por muito que você
quiser. Porque já não vivem numa caverna e já não estão lhe ameaçando de
morte, mas seu corpo continua reagindo dessa maneira. Você não libera essa
energia, então essa energia fica acumulada em forma de lixo. Você repete
essas situações milhões e milhões de vezes, ao longo de gerações e milênios
e milênios e aí você tem seu PU! Mas como eu falo, é só uma teoria. Então já
vimos um pouco como curamos, sim?

Nosso Eu Intelectual, essa parte de você que está presente nesta sala, – pelo
menos isso espero -, se conecta com a Criança (o subconsciente) e a Criança
lhe diz à Divindade: “Por favor, cure-nos”, e a Divindade envia um jato através
de nós. Agora vemos essa famosa frase que repeti ao longo desta noite que é
o “100% de responsabilidade”. O que é que acontece? Voltemos ao caso do
paciente com câncer. Você é terapeuta de Reiki, você é um médico, o que seja,
e diante de você há um paciente com câncer. Esse paciente, pois, você criou a
sua doença. – Logicamente, para ser terapeuta, para poder ser médico, o que
seja -. Minha pergunta ao Dr. Len foi: “Sim, mas esse paciente tem uma mãe, e
se a mãe o vê com câncer? Porque a mãe também criou seu câncer, e esse
paciente, pois, tem um marido e o marido tem um conceito de que sua esposa
tem que adoecer de câncer, senão não se adoentaria. E esse paciente por sua

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vez tem um irmão e tem amigos, ou seja, que há um conjunto de pessoas ao
seu redor que tem um conceito de que essa pessoa tem câncer, correto?”
Então eu disse: “Como eu, como terapeuta, posso curar essa pessoa com
câncer simplesmente liberando pensamentos errôneos? Porque ficam os
pensamentos errôneos da mãe, ficam os pensamentos errôneos do marido,
ficam os pensamentos errôneos do irmão. Isso é o que não entendo, e
atenção! Funciona porque eu o vi e o usei, mas não o entendo”. E ele disse:
“Porque você está disposto a assumir o 100% de responsabilidade sobre esses
pensamentos e essa é a razão que você só pode fazer que essa pessoa cure”.

E começou a dar exemplos. Um dos exemplos que deu foi o de Gandhi. Gandhi
era apenas um homem, e além do mais, baixinho, carequinha e feio, sem
influências políticas, sem poder econômico, sem muitas amizades, sem
nenhum tipo de afiliação a partidos políticos, mas conseguiu ele só derrubar um
império dominante, que havia estado na Índia por 200 anos, e que considerava
a Índia “a joia da coroa”. Se você vai à Torre de Londres, pois no centro da
coroa da rainha há um diamante que se chama “a Estrela da Índia”, e é
simbólico, representava que a Índia era a colônia mais importante do império
britânico. Pois, Gandhi, ele sozinho conseguiu derrubar o império britânico da
Índia. Por quê? Porque assumiu o 100% de responsabilidade sobre o fato de
que a Grã-Bretanha estava dominando à Índia. Ele assumiu o 100% de
responsabilidade sobre a possibilidade de que se podia jogar nos ingleses, e o
fez e o conseguiu. Então se você consegue assumir o 100% de
responsabilidade sobre os pensamentos errôneos sobre uma pessoa, ainda
que essa pessoa tenha uma mãe, um irmão, você só pode fazer com que essa
pessoa se cure ao assumir o 100% de responsabilidade. E o que é o bom de
fazer isso? É que se você assume o 100% de responsabilidade, o que você
cura? O 100% de lixo, porque quanto mais lixo você admite que é seu, mais
você pode curar, porque não se esqueça de que é o seu lixo. E o Dr. Len
nomeou muitas outras pessoas. Ele citou, por exemplo, Jesus Cristo, quando
disse “Eu vim a este mundo para limpar os pecados do homem”. Substitui:
estava assumindo o 100% de responsabilidade. Ele sozinho assumia o 100%
do lixo de toda a humanidade, e, olha o que fez! Não está mal para uma só
pessoa! Gandhi: não está mal para uma pessoa apenas. Nelson Mandela, a
mesma coisa.

Nelson Mandela, da cadeia, onde esteve 23 anos, de uma cela solitária,


também tirou a raça branca do poder depois de 300 anos de dominação, sem
amigos, sem poderio econômico, sem interesses sociais potentes, sozinho, de
uma cela, por quê? Porque assumiu o 100% de responsabilidade. E assim
funciona Ho’oponopono, e essa é a razão de que um terapeuta Reiki, por
exemplo, usando Ho’oponopono pode liberar seus pensamentos errôneos
sobre uma pessoa com câncer até o ponto que essa pessoa se cura, porque se
esse terapeuta de Reiki, por exemplo, ou esse médico, está disposto a assumir
o 100% de responsabilidade, a pessoa se cura.

?: O assumir é um ato consciente ou não?

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JC: Não, nada do que nós fazemos para curar pode ser um ato consciente. Só
pode acontecer mediante a Criança. É a Criança a que tem que assumir o
100% de sua responsabilidade.

?: No outro dia no Fórum, não sei se você se lembra, de que Angel falava
precisamente do ato consciente, então, que uma pessoa assuma o 100% de
responsabilidade não é um ato consciente… pois Gandhi foi absolutamente
consciente, Jesus foi absolutamente consciente, e Mandela também, e o fato
de que você se coloque diante de uma pessoa que tem um câncer para tentar
salvá-la curando você, é um ato consciente, de responsabilidade, porque além
do mais você tem uma profissão ou elegeu um caminho porque você é
responsável ou é consciente de que você quer fazer isso.

JC: Eu não acredito que Gandhi, Nelson Mandela e todos esses grandes que
mudaram o mundo, eu não acredito que eles atuaram mediante um ato
consciente, eu acredito que eles atuavam da maneira que atuamos quando
estamos como no diagrama da esquerda, na página web, num estado de
iluminação. É uma questão de lógica. Você não pode criar e concluir umas
mudanças tão impressionantes se não tem a força da Divindade fluindo através
de você. Quando você tem a força da Divindade fluindo através de você o que
você faz não é um estado consciente, é um ato impulsionado pela Fonte
criadora. Os atos conscientes se baseiam em… PU! O gancho, vocês viram o
diagrama? Os atos conscientes se baseiam em PU!

Você entra dentro da merda, tira algo e trabalha com ele. Todos nossos atos
conscientes se baseiam em lixo, porque é o único que o intelecto sabe fazer.

Voltemos ao diagrama que vocês têm no site da internet. No diagrama número


1 o intelecto só funciona tirando lixo do inconsciente. Vocês se lembram do
exemplo que coloquei de uma pessoa com uma lesão cerebral, que não sabia
abrir uma porta, porque nunca tinha visto uma? Pois é assim, é a única
maneira que funciona o intelecto. Tirando coisas do subconsciente, razão pela
qual toda coisa que você fizer mediante um ato consciente está baseado no
seu lixo. E a única maneira que você tem de atuar é mediante o consciente,
trabalhando com o seu lixo, ou mediante a energia da Fonte, fluindo através de
você. Então, se você pinta um quadro maravilhoso que move pessoas, não é
você quem pintou o quadro, é a força da Divindade fluindo através de você que
o pinta; se você escreve um livro que muda o mundo, não é você quem
escreve o livro, é a força da Divindade fluindo através de você. Se você
derruba um império dominante de um país de 250 milhões de pessoas você
sozinho, você não o fez, o faz a força da Divindade fluindo através de você,
porque o seu Eu consciente só pode trabalhar com… PU!

?: São padrões herdados? É difícil ser responsável se a maioria não os


identificamos, então, como você sabe disso?

JC: Bom, porque seu comportamento todo está baseado sobre esses padrões,
razão pela qual você é 100% responsável. Quem os tiver criado dá na mesma,
o importante é que você vive sua vida baseado neles. É um pouco como pegar
uma pistola, dar um tiro em alguém e dizer: – Ei! Eu não fiz nada, foi (a pessoa

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que inventou a pistola)! – Pois não, foi você e não os criadores da pistola. E
assim funciona.

Então, quando você está diante de alguém, o que faz? Pois há múltiplas
maneiras de enfocá-lo, múltiplas maneiras de fazê-lo, mas a mais simples, para
mim, é a melhor. Você vê alguém que não lhe cai bem, como disse você, você
vê alguém na rua e diz: – Ah, que feia! E imediatamente você percebe que
essa feiura é fruto da sua criação. Você pediu para essa pessoa, “Por favor,
pode ser feia, para se encaixar com meu conceito de que há gente feia neste
mundo?” É assim, você ri, mas é assim. Essa pessoa que você vê na rua, que
você diz “Ah, que feia”, “Ah, que cabelos feios”, “Ah esse vestido, que cores”,
tudo isso, essa pessoa está na sua realidade para satisfazer seu conceito de
que neste mundo há gente feia.

O mais simples é dizer “SINTO MUITO, AMO VOCÊ”. Tudo bem? Então, o
mais fácil é isso: “SINTO MUITO, AMO VOCÊ”. Vamos olhar o que é que vocês
estão dizendo atrás desse “SINTO MUITO, AMO VOCÊ”: você está dizendo
“EU LHE PEÇO PERDÃO, PORQUE MEUS PENSAMENTOS ERRÔNEOS
ESTÃO FAZENDO QUE EU O VEJA COMO ALGO QUE NÃO É UM SER DE
LUZ PERFEITO”, tudo bem? Porque você está vendo essa pessoa como uma
pessoa feia, então essa pessoa é feia, porque você a está vendo assim, mas
atrás dessa feiura que você criou há um Ser de Luz perfeito. Então você diz:
“EU LHE PEÇO PERDÃO PELOS MEUS PENSAMENTOS ERRÔNEOS QUE
FAZEM QUE EU O VEJA COMO QUALQUER COISA QUE NÃO É UM SER
PERFEITO DE LUZ E EU AMO VOCÊ”. Sim? “SINTO MUITO, AMO VOCÊ”.
Você pode alternar entre essas duas coisas, então você lhe pede perdão pelos
seus pensamentos errôneos que fazem que você a veja como qualquer coisa
que não é um Ser Perfeito de Luz. Não diga como uma pessoa com câncer,
porque talvez o problema não seja um câncer, talvez o problema seja a raiva
contida, como sabemos desde o curso de terapeuta que o câncer é raiva
contida, então, não complique a sua vida. Simplesmente porque você a vê
como algo que não é um Ser Perfeito de Luz, e lhe pede perdão. Também você
pode dizer que você assume o 100% de responsabilidade pelos pensamentos
que fazem com que você a veja como algo que não é um ser perfeito de Luz.
Essa é outra coisa que você pode fazer: VOCÊ ASSUME O 100% DE
RESPONSABILIDADE.

Antes de tudo isso, você tem que fazer algo muito importante: CONECTAR-SE
COM A SUA CRIANÇA, porque não esqueçamos que a Criança realmente é a
que conclui o processo de cura. Tudo o que você diz na realidade o está
dizendo em representação da Criança. Pois o que eu faço quando estou dando
Reiki, por exemplo, ou quando eu vejo alguém feio na rua é, USO ESSE
OLHAR INTERNO PARA ENTRAR DENTRO DE UM ESPAÇO DEBAIXO DO
UMBIGO, ONDE ESTÁ MINHA CRIANÇA E DIGO “ESCUTE, POR FAVOR,
VOCÊ SE IMPORTA EM SE CONECTAR COM A FONTE PARA QUE
POSSAMOS CURAR”? (E logicamente eu sei que a minha Criança diz
“Siiiiiiim!” Está encantada, um pouquinho menos de lixo!) E LHE DIZ À
CRIANÇA: “POR FAVOR, CRIANÇA, PEÇA À FONTE QUE CURE NOSSOS
PENSAMENTOS ERRÔNEOS QUE FAZEM QUE VEJAMOS ESSA PESSOA
COMO QUALQUER COISA QUE NÃO UM SER PERFEITO DE LUZ, SINTO

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MUITO, AMO VOCÊ”. Você se dirige à pessoa, mentalmente e diz “SINTO
MUITO, AMO VOCÊ”.

?: Você pode se curar de uma doença sua usando Ho’oponopono?

JC: Sim, alguém perguntou isso no curso de Ho’oponopono na Irlanda e o Dr.


Len disse – “Sim, a primeira coisa que você tem que fazer é AMAR SUA
DOENÇA PORQUE SUA DOENÇA LHE ESTÁ DIZENDO QUE HÁ ALGO QUE
VOCÊ TEM QUE CURAR. Da mesma forma que você diz a uma pessoa “Sinto
muito, amo você”, você diz para sua doença AMO VOCÊ. E você diz:
“OBRIGADA DOENÇA POR ME INDICAR O LIXO QUE EU TENHO QUE
CURAR”, porque, o que é uma doença? O efeito de PU! Uma doença é o efeito
de lixo, seja o seu ou o dos outros, é o efeito de lixo a razão pela qual a sua
doença é maravilhosa porque lhe está dizendo que você tem algo que curar.
Imagine, se essa doença não estivesse ali você não teria nem ideia de que
você tem que curar algo e você seria simplesmente um pobre infeliz sem saber
por quê. Então essa doença lhe está dando essa maravilhosa oportunidade de
curar algo, motivo pelo qual você ama a sua doença. E isso para mim foi muito
impactante porque eu escutei isso de “amar a sua doença” muitas vezes, mas
sempre me pareceu uma bobagem, porque eu vejo meus pacientes, e, pois,
um paciente que tem uma terrível depressão que está medicado até o último fio
de cabelo e está como um zumbi, dizer a essa pessoa “ame a sua doença”,
pois que se não lhe dá um murro na cara é porque é boa pessoa. “Ame a sua
depressão”, sim, sim… e a sua família, como vai? …, mas agora a entendo,
porque efetivamente sua doença está lhe indicando que há algo que há que
curar, então, você agradece a sua doença porque está lhe indicando que há
algo que há que curar. E como com Ho’oponopono você não precisa saber o
que é, de fato é impossível saber o quê, vocês se lembram do 1 sobre
11.000.000? Você não pode saber o que é que está curando, não pode saber
qual é o problema. Então, não complique a sua vida!

Simplesmente, conecte-se com a sua Criança e diga a sua Criança: “CRIANÇA, POR FAVOR,
CONECTE-SE COM A FONTE E PEÇA À DIVINDADE QUE FLUA ATRAVÉS DE NÓS PARA CURAR A
CAUSA DESSA DOENÇA. OBRIGADA, DOENÇA, AMO VOCÊ”. E o que isso soa para vocês? Reiki,
Nível II, curar a causa. Você precisa saber a causa em Reiki quando cura? Não! Você o cura e
ponto. E essa é a outra coisa que me impactou, porque o Dr. Len não viu meus cursos de Reiki
Nível II, haha.

Então, basicamente é assim como funciona, é tremendamente simples. Ou


seja, o que lhes contei é o que há.

?: Quando você vê essa pessoa pela rua, e você começa a pensar, pois, olhe,
tenho que curar isso porque vejo uma pessoa feia…

JC: Sim, você vê uma pessoa feia pela rua, e você diz “eu tenho que curar isso
dentro de mim que faz com que eu a veja feia…”

?: Mas eu tenho que curar que seja feia…

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JC: Você tem que curar a causa do efeito de ver essa pessoa como feia, o
efeito, claro que você o sabe, porque diante de você, vê uma pessoa feia, mas
podem ser mil causas.

?: E se o seu chefe berra, você reconhece que está na sua realidade, mas a
causa…

JC: Seu chefe berra com você, esse é o efeito… e a causa? Nem ideia, você
nem necessita sabê-la, nem pode. Poderiam ser 11.000.000 de causas e você
não sabe qual. Só tem que assumir o 100% da responsabilidade.

?: Se se alcança a iluminação não há lixo?

JC: Claro, se se alcança a iluminação não há lixo, você liberou todo o seu lixo
em relação ao mundo…

?: Pode se fazer isso? É possível ou você tem só momentos de iluminação


pontuais?

JC: É o que disse antes, quando você está curando a Divindade flui através de
você, se você procura atrás do que você está curando, está num estado de
iluminação porque a Divindade está fluindo através de você e nesse momento
você se liberou desse lixo, não está em contato com o lixo, pois, então, sim que
se pode.

?: Para fazer o que fez Gandhi, é necessária a Fonte fluindo através de você,
mas para fazer curar os pacientes, é necessário que o terapeuta esteja tão
iluminado ou só é necessário para pacientes com doenças muito graves?

JC: Pois justamente isso, esse é o tema, sua eficácia como terapeuta depende
da porcentagem de responsabilidade que esteja disposto a assumir. Volto a
repetir: A SUA EFICÁCIA COMO TERAPEUTA DEPENDE DA % DE
RESPONSABILIDADE QUE VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A ASSUMIR. Se você é
capaz de assumir o 100% de responsabilidade, um paciente com um câncer
terminal quando chega à sua consulta se senta, e você diz – “Muito obrigada,
seguinte…”, é assim simples e é assim como o fazia Jesus Cristo. Jesus
assumia o 100% de responsabilidade dos pecados do homem e, atenção! Se
vocês leem no Evangelho, Ele não distinguia entre doença e pecado que é uma
coisa muito, muito, muito importante. Ele não dizia “eu o curei”. Ele dizia “eu o
liberei dos seus pecados”. Quando os leprosos se curavam, ele não dizia, “eu o
curei da lepra”, Ele dizia “eu o limpei dos seus pecados”. E isso é muito
importante. Então, com Jesus Cristo, você só tinha que tocar na sua túnica
para se curar, porque Ele assumia o 100% de responsabilidade, então, sua
capacidade de assumir a responsabilidade é sua eficácia como terapeuta,
quando você usa Ho’oponopono.

Muito bem, para terminar, porque já estou ficando cansado, vamos ver como o
combinamos, vamos repassar como você o combina com as demais coisas que
nós fazemos, começando com o Reiki: com Reiki eu estou com o meu
paciente, estou canalizando Reiki, e costumo usar os primeiros momentos da

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sessão quando estou com a cabeça, e estou conectado com a Fonte, porque
estou canalizando Reiki, motivo pelo qual o primeiro passo já está: estou
conectado com a Fonte e estou canalizando, e como estou conectado com a
Fonte, pois aproveito e lhe digo a minha Criança: – “Escute, Criança, por favor,
você se importa em se conectar com essa Fonte que flui através de nós e pedir
que cure as crenças errôneas que nós temos a respeito desse paciente que faz
que o vejamos como qualquer coisa que não é um ser perfeito de luz?” E
converso com a Criança, falo um pouquinho com ela, assim de forma amigável,
carinhosa, porque normalmente a ignoramos um pouco, coitada, tudo bem? E
logo depois lhe digo ao paciente mentalmente: “Eu lhe peço perdão pelos meus
pensamentos errôneos que fazem com que eu o veja como qualquer coisa que
não é um ser perfeito de Luz e amo você”. E alterno um pouco entre esses dois
modos, entre falar com a minha Criança Interior pedindo que ela se conecte
com a Fonte para pedir cura e lhe pedir desculpas ao paciente pela doença que
eu criei, levando em conta sempre que meu propósito quando aplico Reiki é de
me curar a mim mesmo, tudo bem? Repito: MEU PROPRÓSITO QUANDO
APLICO REIKI EM UM PACIENTE É ME CURAR A MIM MESMO. Essa é a
minha meta. Porque se eu me curo, meu paciente se cura e como dizem os
norte-americanos: “I’m OK, you’re OK”. “Você está bem e eu estou bem”.

?: É necessário o consentimento da outra pessoa?

JC: O fato de que esse paciente esteja deitado na maca é mais ou menos o
equivalente à pergunta que Jesus fazia – “você acredita que eu posso lhe
curar?”, o fato de que alguém veio a sua casa ou pagou a consulta, e se deitou
na maca dedicando certo tempo, é o equivalente à pergunta de Jesus, o ato
consciente de desejar o processo de cura.

Continuamos agora com Todo Amor. Todo Amor é para mim a maneira na qual
Ho’oponopono funciona melhor, e a oficina que fizemos na qual usamos
Ho’oponopono, não somente com a cura do DNA, mas sim dentro de umas
novas técnicas que introduzi foi realmente espetacular, porque em Todo Amor,
acontecem duas coisas que são basicamente Ho’oponopono, mas sem o nome
raro, você se conecta com a Fonte, por uma parte e por outra você se deixa
levar para poder curar. Os que fizeram Todo Amor sabem que curar a partir de
um processo consciente é uma perda de tempo. Se você entra numa
meditação de Todo Amor dizendo pois – “quero curar tal coisa”, como se
tivesse dito “meio quilo de batatas”, é inútil. Numa meditação com Todo Amor,
você cura o que você necessita curar no nível subconsciente e não tem nem
ideia do que vai acontecer, você se deixa levar e seu subconsciente cura o que
precisa curar mediante uma conexão com a Fonte.

E isso é o impressionante. Não só isso, e é que comprovamos nas oficinas de


Todo Amor que as pessoas que participam numa Oficina de Todo Amor têm
muito a ver diretamente entre elas. O que vocês leram nas grandes mensagens
dos participantes depois de uma oficina, que na sexta-feira são totais
desconhecidos, que não se conhecem em nada e na segunda-feira parecem
que têm uma relação íntima de várias gerações, pois isso demonstra que
quando você faz uma oficina de Todo Amor, os outros participantes em tal

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oficina são essenciais no seu processo de cura. Exatamente com
Ho’oponopono.

Você sozinho não pode curar. Você pode curar com Ho’oponopono se
baseando no lixo que você sente com relação aos outros e é exatamente com
Todo Amor. E o vimos várias vezes, de gente que, pois, sentiu agressões,
sentiu algum problema com outros participantes da oficina de Todo Amor e que
esses problemas com os participantes de Todo Amor resultaram numa
dinâmica de grupo, uma dinâmica de casal que, liberou ou soltou o problema
emocional que tinham. Eu mesmo, como professor o vi. Em muitos
comportamentos dos participantes com relação a mim, eram um processo de
cura da mesma pessoa e, logicamente, a minha, quem sabe, algum dia conto
para vocês sobre o meu. Então Ho’oponopono se encaixa em Todo Amor
perfeitamente e de fato as técnicas que eu introduzi como experimentais nesta
última oficina já vão ser fixas, porque os participantes me comentaram que era
praticamente um dos exercícios mais potentes que tinham vivido no fim de
semana.

O exercício consistia em: Vocês imaginam uma sala com duas filas de
cadeiras, e as pessoas em dupla olhando-se, então as pessoas se faziam
Ho’oponopono entre elas e foi… a bomba!

?: O fato de que uma pessoa cruze sua realidade com muitas realidades como
a sua, a de outros, de fato também, como terapeutas, quer dizer que nós temos
muito mais que limpar? E ao se fazer responsável vamos mais rápido?

JC: Eu acredito que você quer dizer que você tem mais vontade de limpar,
porque se você vai ao morro, se se coloca dentro de uma caverna, e passa o
resto da sua existência contemplando o umbigo, pouca vontade você tem, de
nada de fato, não somente de limpar! Entende? Por isso eu acredito que as
pessoas que estão em contato com muitas pessoas e que assumem muita
responsabilidade, por exemplo, têm muita vontade de limpar, de ter contato
com quem elas são, de se entender, dizem que todos os psicólogos são
psicólogos para curar-se a si mesmos, por exemplo.

?: Quando você faz um tratamento de Reiki à distância, também se pode usar o


Ho’oponopono?

JC: Claro, um tratamento de Reiki à distância é o mesmo que um tratamento


presencial, portanto, sim.

Voltando a Todo Amor, o processo da meditação é exatamente o que eu vi no


processo de Ho’oponopono, porque eu coloquei no diagrama do ser humano os
nomes em espanhol. Os nomes em havaiano são diferentes. Para eles a
Divindade é o Pai, o Intelecto é a Mãe e a Criança é a Terra. Não soa familiar
aos que fizeram uma meditação Todo Amor? Vocês sabem que é assim, o Pai,
o Universo, a Mãe, e nós no meio. Ou seja, que é exatamente isso! A uma
iniciação ou a uma meditação de Todo Amor. Assim que é outra coisa que me
impactou.

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Ho’oponopono com a meditação: Eu o estou fazendo cada vez que medito
agora, eu estou incluindo o conceito de Ho’oponopono cada vez que medito.
Eu pessoalmente, no começo da meditação, quando me fixo na minha
respiração, quando relaxo meu corpo, quando entro nesse estado de quietude
sempre me conecto com a minha Criança com meus olhos internos, e até às
vezes me dá umas alfinetadas bem fortes na zona debaixo do meu umbigo, fica
me dando chutes! Então, no começo da meditação como uma disciplina
conecto a minha Criança e lhe digo: “Por favor, durante esta meditação, lhe
peço que se conecte com a Divindade para curar em nós o que precisamos
curar e ponto.” Então, como ato meditativo o faço como norma.

No site www.medita.es, na página de calendário de meditações, vocês podem


baixar a meditação da Criança, que eu fiz assim que voltei de Cork. A Criança
grudou em mim em todas as partes. Fiz uma meditação pela paz mundial, com
a Criança jogando com a bola do mundo no seu coração, ou seja, a Criança,
debaixo do seu umbigo mandando luz para a bola do mundo no seu coração.

Exercícios: Fale com a sua Criança, comparta a sua vida com a sua Criança,
qualquer coisa que você veja, comente com ela, uma coisa divertida, um balão
voando pelo céu, conecte-se com a sua Criança e mostre o seu balão para a
sua Criança. Um sorvete delicioso que você vê alguém comer na rua, diga-lhe,
“Olha, Criança, olha que sorvete tão gostoso”, converse com a sua Criança,
mantenha contato com a sua Criança, sua Criança está há muitooooooos anos
ignorada, muitos anos vivendo nesse lixeiro municipal que você criou debaixo
do seu umbigo, saia para passear um pouquinho com a sua Criança, e lhe
mostre as flores, não somente o lixo. Então, crie um diálogo com a sua
Criança.

Eu, como tenho meu altar de Reiki, pois nele tenho uma flor que representa a
minha Criança, e quando me ajoelho diante do altar para carregar minha
mandala, pois dedico uns momentos para reconhecer a Criança dentro de mim.
Converta o diálogo com a sua Criança numa coisa diária, porque além de ser
muito útil é divertido.

E esta mágica frase, “Sinto muito, amo você”, é incrivelmente potente em


conflitos, é que você não pode imaginar como é potente essa frase.
Mentalmente, não precisa dizê-la em voz alta. Quando alguém o agride,
quando você está numa situação de conflito, você simplesmente se dedica a
escutar e dizer: “sinto muito, amo você, sinto muito, amo você, sinto muito, amo
você”, e mova a frase para o seu coração para que as palavras ressoem no
seu peito, e os que fazem meditação sabem como fazê-lo. “Sinto muito, amo
você”. É incrível como a situação violenta, agressiva, simplesmente faz pluft! É
como tirar o ar de um balão, e toda a situação praticamente já não existe.

A porcentagem de responsabilidade que estou assumindo hoje em dia é a


máxima que posso, é assim simples. Meu desejo é de assumir o 100% de
responsabilidade de tudo o que me rodeia e de todas as pessoas que me
rodeiam, porque se posso fazê-lo será um tremendo processo de cura para
mim, então, minha meta é isso, o assumir o 100% de responsabilidade.

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?: Enquanto você está fazendo um tratamento de Reiki, por quanto tempo tem
que dizer o mantra?

JC: Até que você se sinta cômodo fazendo-o. Eu costumo dedicar os primeiros
quinze minutos para fazê-lo, mas é até que você se sinta cômodo fazendo isso.

?: O que significa a palavra Ho’oponopono?

JC: Ho’oponopono significa endireitar o torto, em havaiano.

Muito bem, muitíssimo obrigado, boa noite…

Tradução de Ana Lúcia de Melo

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