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FA 520 – História e Desenvolvimento da Agricultura Brasileira

FORMAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA


ciclos econômicos

Profa. Dra. Andréa Leda Ramos de Oliveira


Histórico - Ciclos

• Agricultura se tornou um setor econômico diferenciado somente a partir:


• da independência política do país,
• da formação de uma economia de mercado.

• O “sentido da colonização” evidencia este fato: extrair o máximo no


menor tempo necessário.

• As lavouras tinham caráter: nômade e extrativista.

• Componentes da organização social do Brasil-Colônia: latifúndio,


monocultura de exportação, trabalho escravo.

• A “grande lavoura” tomou impulso a partir: esgotamento das


jazidas auríferas; ampliação da demanda de açúcar, café e algodão
(Revolução Industrial na Inglaterra).
Histórico - Ciclos

Final do séc. XVIII

Ciclo do algodão:
- Baseado na grande propriedade e
no trabalho escravo
- Funçãoexportadora

Durante esse período o desenvolvimento da


agricultura no Brasil pode ser considerado mais
quantitativo do que qualitativo.
Histórico - Ciclos

Final do séc. XVIII

No terreno do aperfeiçoamento técnico, o progresso da


agricultura brasileira é praticamente nulo. Continuava em
princípios do século XIX com os mesmos processo que
datavam do início da colonização

Durante esse período o desenvolvimento da


agricultura no Brasil pode ser considerado mais
quantitativo do que qualitativo.
Histórico - Ciclos

Pau-brasil
• Não gerou muitos efeitos-difusão (encadeamentos), pois salários, lucros, aluguéis
e juros eram pagos ao exterior, não se criou mercado interno.
Histórico - Ciclos

Ciclo do açúcar no século XVII


• Gira em torno do grande latifundiário e de seu engenho. Nordeste.
• Muitos recursos iam para as metrópoles. Concentração de renda.
Histórico - Ciclos
Ouro
• Início em 1660, em Minas Gerais. Trouxe o início de aglomerações e
migrações.

Café
• Novo empresariado, participando das ações governamentais, buscam
obter lucro e acumulação. Infraestrutura. Salários. Imigração.
A cafeicultura e os Primórdios da
Industrialização no Brasil

• Os ciclos do pau-brasil, cana-de-açúcar, do ouro e da pecuária


eram estabelecidos por políticas econômicas estabelecidas fora
do país com intuito de enriquecer a coroa portuguesa.

• O ciclo do café foi afetado por políticas econômicas


nacionais e se fez voltadas ao enriquecimento doméstico e
foi fundamental na formação econômica do país.
Pau-brasil
• Não gerou muitos efeitos-difusão (encadeamentos), pois salários,
lucros, aluguéis e juros eram pagos ao exterior, não se criou mercado
interno.

Ciclo do açúcar no século XVII


• Gira em torno do grande latifundiário e de seu engenho. Nordeste.
Muitos recursos iam para as metrópoles. Concentração de renda.

Ouro
• Início em 1660, em Minas Gerais. Trouxe o início de aglomerações,
comércio e migrações.
Fases da cafeicultura no Brasil até 1929

1º. Fase:Período de 1727 a 1810: Fase de adaptação do cafeeiro ao país.


O cafeeiro foi introduzido no Brasil em 1727, percorrendo a costa marítima
de Belém do Pará até o Rio de Janeiro (43 anos depois). Não se destacou
a nível mundial.

2º. Fase:Período de 1811 a 1870: Fase de expansão da cafeicultura no


Vale do Paraíba.
Assumiu grande importância internacional como exportador do produto.
Expandiu-se a plantação da Zona da Mata de Minas Gerais e do Vale do
Paraíba de São Paulo.
Expansão do Café

2ª Fase

1811 a 1870

❏ Demanda mundial

❏ Colapso da mineiração em MG ECONOMIA


CAFEEIRA
❏ Mão de obra abundante

❏ Clima e Solo

❏ Transferência da corte para RJ


3º.Fase:Período de 1871 a 1896:

A expansão da cafeicultura de SP:

transferência de capitais
cana-de-açúcar para a lavoura de café.

maior rentabilidade da cafeicultura em


relação à cultura de cana-de-açúcar.

ampliação da malha ferroviária


simbiose café x ferrovia.

Introdução de mão-de-obra assalariada


4º. Fase:Período de 1897 a 1929:
expansão acelerada e desordenada
da cafeicultura

• Crises de superprodução e adoção de


medidas públicas visando defender a
cafeicultura. Nos anos de 1924, 1925 e
1926, o café foi
responsável por 76%, 72% e 74% do total
das exportações.

• Deparou-se com grandes estoques e com


a queda do preço no mercado internacional
inicia a crise cafeeira da década de 30.

•Compra de café a baixo preço e a sua


incineração.
Agricultura no Brasil

1850 1890 1930 1960


Até1850

❏ Economia Agroexportadora

❏ Escravagista

❏ Complexo rural – Fechado

❏ Produto de exportação

❏ Quase ausência de Mercado Interno


Agricultura no Brasil

1850 1890 1930 1960

 Abolição da escravatura

 Implementação de trabalho livre

 Imigrantes europeus

 Complexo cafeeiro
Impactos do Café na
Economia
Café

❏ Produção de Café e Alimentos

❏ Atividade Industrial
Encadeamentos
❏ Sistema Ferroviário
Econômicos
❏ Sistema Bancário

❏ Comércio de Importação e Exportação

❏ Criação de Infraestrutura

❏ Gasto Público
Impactos do Café na
Economia
Café
1811 - 1930

❏ Transferência de capital
INDUSTRIALIZAÇÃO
❏ Formação de mercado consumidor DO
❏ Geração de divisas BRASIL
❏ Fornecimento de mão de obra
Agricultura no Brasil
1850 1890 1930 1960

 Auge do Complexo Cafeeiro  Surgimento Indústria

 Início diversificação econômica


 Produção de máquinas e
 Substituição das importações equipamentos para a lavoura
do café
 Inicio processo de urbanização
Impactos do Café
Café na Economia

❏ ATÉ 1920 = Modelo primário-exportador três grupos de empresários industriais:

❏ Crise de 1929 = urb e industrialização •os fazendeiros que criam empresas


manufatureiras
❏ Diversificação da pauta agrícola
• os importadores/exportadores
Aumento do consumo doméstico por produtos agrícolas e
industriais elaborados no país, pois a Guerra impunha restrições
físicas às importações. • os imigrantes dotados de capital
Agricultura no Brasil

1850 1890 1930 1960

 Crise do Complexo Cafeeiro Evolução População Urbano e Rural

 Industrialização pesada

 Intensa urbanização

 Crise de Alimentos

Fonte: IBGE
Outras expansões agropecuárias
O Governo estadual e federal incentivou outras atividades de 1811 à 1929.
Foram importantes a cultura:
- da cana-de-açúcar: (Engenho Central – divisão parte agrícola e industrial) ,
- do algodão: boom 1860 (demanda Europeia por fibras e queda EUA em função da guerra civil,
queda com o fim da guerra civil e retomada EUA)
- da borracha: Amazônia-final séc. XIX para pneus, imigrantes do NE, queda com entrada do
mercado asiático
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cafeicultura e os Primórdios da Industrialização no


Brasil

 Os ciclos do pau-brasil, cana-de-açúcar, do ouro e da


pecuária eram estabelecidos por políticas econômicas
estabelecidas fora do país com intuito de enriquecer a coroa
portuguesa.

 O ciclo do café foi afetado por políticas econômicas


nacionais e se fez voltadas ao enriquecimento doméstico e
foi fundamental na formação econômica do país.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES DA AGROPECUÁRIA NO PROCESSO DE


DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

 Ao longo das fases apresentou tendência de perda de importância na


composição do PIB

 Alterou seu desempenho no cumprimento das funções a ela atribuídas

 Agropecuária e agroindústrias foram importantes geradoras de divisas

 Preços domésticos dos produtos são cada vez mais determinados pelos
preços internacionais

 Em todos os períodos analisados a agropecuária forneceu matéria-prima


para o processo de desenvolvimento industrial
CONSIDERAÇÕES FINAIS

EVOLUÇÃO DAS INTERAÇÕES ENTRE A AGROPECUÁRIA E A INDÚSTRIA

 Expansão baseada na MO escrava gerava pouco mercado


para produtos não agrícolas

 Uso crescente de MO assalariada a partir da década de 1870


alterou este cenário, expandindo a demanda interna por bens
industriais de consumo não duráveis, como alimentos e tecidos

 De 1870 a 1945 um crescimento de agroindústrias

 A partir de 1965, modernização- criação de mercado


consumidor para bens de capitais e o crescimento do
consumo de produtos alimentares industrializados
CONSIDERAÇÕES FINAIS

PERSPECTIVAS PARA A EVOLUÇÃO DO SETOR AGROPECUÁRIO

 Grande integração da agropecuária com o setor industrial

 Expansão mais acelerada da agropecuária nas regiões Centro-


Oeste e Norte

 Urbanização de parcela expressiva da PEA agrícola e o


crescimento de atividades não agropecuárias no meio rural

 Garantir sua expansão dentro de um processo de desenvolvimento


sustentável
Bibliografia Básica

 BACHA, C. J. C. Economia e política agrícola no Brasil.


São Paulo: Atlas, 2004. CAPÍTULO 06, 07 e 08
 FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil, 34ª.
ed. São Paulo: Cia. Das Letras, 2007.

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