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Santa Sara, padroeira do povo cigano, das mulheres que querem engravidar, do bom

parto, dos exilados e dos desesperados.


Uma santa que conviveu com Jesus
Uma tradição cristã bastante antiga identifica Santa Sara como a servente de uma das
três Marias que acompanharam Jesus Cristo na via dolorosa e permaneceram firmes ao
lado dele até o momento de sua crucificação e morte.

Um barco solto no mar


A tradição diz que, por causa da perseguição contra os primeiros cristãos em Israel,
Santa Sara, Maria Salomé (mãe dos apóstolos Tiago e João), Maria Jacobina (irmã de
Nossa Senhora), Maria Madalena, os irmãos Marta, Maria e Lazaro, e um cristão
chamado Maximino, foram colocados num barco e este foi solto à deriva no mar
mediterrâneo, sem remos e sem velas. Era por volta do ano 48 d. C.

Promessa de Santa Sara


Santa Sara e todos os que estavam no barco permaneceram o tempo todo em oração,
pedindo a Deus o milagre de chegarem sãos e salvos numa terra segura para se viver e
anunciar o Evangelho. Santa Sara era uma das que mais pediam e rezavam. E ela
prometeu que, se chegassem a salvo, dedicaria (como já o fazia) toda a sua vida à causa
do Evangelho, onde quer que fosse preciso.

O barco chega à França


O barco à deriva chegou à França com todos milagrosamente sãos e salvos. A pequena
embarcação chegou à cidade francesa que hoje se chama Sante Maries de La Mer
(Santas Marias do Mar) em homenagem às santas mulheres que ali chegaram
conduzidas pela providência divina.

O lenço de Santa Sara


Ainda dentro do barco à deriva, Santa Sara prometeu também que, se chegassem a
salvo, usaria um lenço sobre seus cabelos para o resto de sua vida. Para as mulheres da
Palestina, o lenço cobrindo os cabelos era sinal de pureza. Assim, Santa Sara cumpriu
sua promessa, vivendo uma vida de pureza dedicada a Jesus Cristo. Os pés da imagem
de Santa Sara na pequena cidade francesa estão sempre cheios de lenços. Isso acontece
porque as mulheres que pedem a ela alguma graça e alcançam, prometem colocar um
lenço aos seus pés, por causa do lenço que a própria Santa Sara usou.
Uma santa de pele negra
O apelido ou sobrenome atribuído a Santa Sara é Kali. A palavra kali quer dizer "negra"
em hebraico. Por isso, nas imagens, Santa Sara é representada como uma mulher de pele
negra ou mulata, trazendo sobre a cabeça o seu famoso lenço, símbolo de sua pureza e
consagração a Deus.

A Santa Parteira
Santa Sara é vista também como a mulher que ajudou Maria Santíssima na hora do
nascimento de Jesus Cristo. Por isso as mulheres ciganas tem tanta devoção para com
ela. As ciganas que não conseguiam ter filhos começaram a rezar para Santa Sara, com
a promessa de voltar à cidade de Sante Maries de La Mer, para agradecerem.

A festa de Santa Sara


Santa Sara foi canonizada em 1712. A grande festa da Santa é celebrada em dois dias,
24 e 25 de maio. Um grande numero de ciganos e devotos de Santa Sara que vão para a
pequena cidade da França. Lá, realizam uma grande procissão da igreja até o mar, onde
o barco à deriva chegou, com muitas orações e cantos alegres, como é próprio do povo
cigano. Quando chegam ao mar fazem um grande silêncio e colocam um pouco da
imagem da Santa dentro da água, simbolizando a sua vinda da Palestina para a França.
Depois voltam em festa para a igreja de Santa Sara.

A imagem de Santa Sara


A imagem de Santa Sara está depositada na cripta, ou seja, na parte subterrânea
da igreja de Saint Michel. Lá também estão depositados os ossos da Santa, guardados
como relíquias sagradas.

Devoção
Por causa de tudo que esta grande mulher viveu em sua vida, desde ajudar no parto de
Nossa Senhora até acompanhar a morte de Jesus Cristo na cruz, Santa Sara é invocada
também como a santa dos desesperados, dos exilados, dos ofendidos, dos
desamparados, além de padroeira do povo cigano, das mulheres que querem engravidar
e do bom parto.

Oração a Santa Sara


"Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial. Afaste as
negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Santa Sara, protetora dos
ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo, proteja-nos e ilumine nossas
caminhadas. Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja
sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da Lua
cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos. Santa Sara, ilumine
nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão
brilhantes, como são os brilhos dos cristais. Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz
para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento
para os culpados e paz para os intranquilos. Santa Sara, que o seu raio de paz, de
saúde e de amor possa entrar em cada lar, neste momento. Santa Sara, dê esperança de
dias melhores para essa humanidade tão sofrida. Santa Sara milagrosa, protetora do
povo cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus. Santa Sara, rogai
por nós. Amém."
A VERDADEIRA HISTÓRIA DE SANTA SARA KALI -
Segredo de Maria Madalena

SARA KALI seria uma herdeira benjamita destinado a manter uma linhagem
sagrada?
Se minha teoria estiver correta, a criança realmente nasceu no Egito. O Egito foi o
lugar tradicional de asilo para os judeus cuja segurança estava ameaçada em
Israel, Alexandria foi facilmente alcançado a partir de Judéia e continha bem-
estabelecidas comunidades judaicas da época de Jesus. Com toda a probabilidade,
o refúgio de emergência de Maria Madalena e José de Arimatéia foi o Egito. E, mais
tarde - anos mais tarde - eles deixaram Alexandria e procurou um refúgio ainda
mais seguro na costa da França.
Estudiosos de arqueologia e lingüística descobriram que nomes de lugares e lendas
de uma área contêm "fósseis" do passado remoto que área. A verdade pode ser
embelezado por mudanças, e as histórias podem sofrer resumo com os anos de
dizer, mas os traços da verdade permanecem em forma fóssil, enterrado nos
nomes de pessoas e lugares.
Na cidade de Les Saintes-Maries-de-la-Mer, na França, há um festival a cada 23-25
maio em um santuário em honra de Santa Sara, a egípcia, também chamada de
Sara Kali, a "Rainha Negra". Exame minucioso revela que este festival, que teve
origem na Idade Média, é em homenagem a uma criança "egípcia" que
acompanhava Maria Madalena, Marta e Lázaro, de chegar com eles em um pequeno
barco que desembarcou neste local em cerca de 42 dC As pessoas parecem ter
assumido que a criança, sendo "egípcio", foi de pele escura e, por interpolação
ainda, que ela deve ter sido o servo da família de Betânia, uma vez que nenhuma
outra explicação razoável poderia ser encontrado por sua presença.
O nome de Sarah significa "rainha" ou "princesa" em hebraico. Esta Sarah é ainda
caracterizada nas lendas locais como "jovens", não mais do que uma criança.
Portanto, temos, em uma pequena cidade litorânea na França, um festival anual em
honra de uma jovem menina, de pele escura, chamada Sarah. O fóssil nesta lenda
é que a criança é chamada de "princesa" em hebraico.
Uma filha de Jesus, nascida depois da fuga de Maria a Alexandria, teria sido de
cerca de 12 anos de idade na época da viagem para a Gália registrado na legenda.
Ela, assim como os príncipes da linhagem de Davi, é simbolicamente negra, "não
reconhecido nas ruas" (Lamentações 4:08). A Madalena foi-se o "Sangraal", no
sentido de que ela era a "cálice", ou navio, que, uma vez realizada a linhagem real
no útero. Sang=Sangue – Raal= Real
A escuridão simbólica da Noiva no Cânticos e os príncipes davídicos de
Lamentações se estende a essa Maria escondida e seu filho. Parece que o festival
da Princesa Preta, Sara Kali, é em homenagem a esta mesma criança
simbolicamente negra. É provável que aqueles que em séculos posteriores que
conhecia essa lenda e a identidade de Madalena como esposa de Jesus igualou-a
com a noiva preta de Cânticos. Ela era a Irmã Noiva e do Amado. Sua "negritude"
teria sido simbólica de seu estado oculto, ela era a rainha desconhecida – “não
reconhecida, repudiado”, e difamada pela Igreja através dos séculos, em uma
tentativa de negar a linhagem legítima e manter suas próprias doutrinas da
divindade e celibato de Jesus.
Sua escuridão também é uma referência direta aos príncipes depostos davídicos,
SARA KALI a de Jerusalém: "Mais brilhante do que neve eram seus príncipes, mais
brancos do que o leite... agora sua aparência é mais negra do que a fuligem, eles
não são reconhecidos nas ruas" (Lamentações 4:08 ).
Fósseis de verdade permanecem enterrados em nossos símbolos, nossos nomes
próprios de pessoas e lugares, nossos rituais e contos populares. Isto entendido é
plausível que a fuga para o Egito foi tomada pelo “outro José”, o José de Arimatéia,
e "outra Maria", Maria Madalena, para proteger o feto de Jesus dos romanos e os
filhos de Herodes depois a crucificação. As discrepâncias na história e o conflito de
gerações óbvio pode facilmente ser entendidos à luz do perigo para a linhagem -
que exigia o máximo sigilo quanto ao seu paradeiro - e à luz do que o tempo
decorrido antes que a história se comprometeu a escrever. Este parece ser mais
um caso de um mito que está sendo formado, porque a verdade era muito perigosa
para ser contada.
Em resumo, os dois refugiados reais de Israel, mãe e filha, logicamente pode ser
representado na arte européia início como uma mãe de pele escura e da criança, as
ocultas. As Madonas Negras dos santuários início na Europa (séculos V e XII)
poderia, então, ter sido venerada como um símbolo desta outra Maria e seu filho, o
Sangraal, que José de Arimatéia trouxe em segurança até a costa da França. O
símbolo para um homem da casa real de Davi seria um florescimento pessoal ou
brotamento, mas o símbolo de uma mulher seria o cálice - um copo ou recipiente
contianing o sangue real de Jesus. E é exatamente isso que o Santo Graal é dito ter
sido!
A imagem de Jesus que surge em nossa história é a de um líder carismático que
encarna o papel de profeta, curandeiro e Rei-Messias, um líder que foi executado
pelo Exército romano de Ocupação e cuja esposa e linhagem foram secretamente
levados de Israel por seus amigos leais e transplantadas na Europa Ocidental para
aguardar a plenitude do tempo ea culminação da profecia. Os amigos de Jesus, que
acreditavam tão fervorosamente que ele era o Messias, o Ungido de Deus, teria
percebido a preservação de sua família como um dever sagrado. O navio, o cálice
que encarna as promessas do Milênio, o "Sangraal" da lenda medieval, era, eu
passei a acreditar, Maria Madalena.
Sob as condições da ocupação romana de Israel, a Sagrada Família teria sido
mantida em segredo e protegida a todo custo pela facção monarquista na Palestina.
Parece óbvio que após a crucificação de Jesus, Maria Madalena não estava mais em
Jerusalém. Não há menção de Maria, Marta, Lázaro ou no Livro de Atos ou nas
cartas de Paulo. Em qualquer caso, é pouco provável que Maria nunca foram
identificados como a viúva de Jesus. O perigo seria muito grande. Parece mais
provável que estes amigos especiais de Jesus não faziam mais parte da
comunidade em Jerusalém no tempo cartas de Paulo foram escritas (CE 51-63 d.C),
mas a sua partida é inexplicável. Se eles tivessem sido parte dessa comunidade
após a ascensão de Jesus, seus nomes podem ter sido mencionados nas obras
posteriores do Novo Testamento que foram declarados canônicos.
Em vez disso, pós-Ascensão referências a Maria Madalena ocorrer somente nos
Evangelhos Gnósticos (dos quais antigos pergaminhos coptas foram encontrados
em Nag Hammadi, em 1945 e em outros locais no Egito), textos que confirmam
que Maria Madalena era um companheiro íntimo de Jesus. O Evangelho de Filipe
diz: "Havia três que andou com o Senhor em todos os tempos:. Maria, sua mãe,
sua irmã e Madalena, o que é chamado de seu companheiro" Maria Madalena é
descrita no evangelho gnóstico encontrado em Nag Hammadi como tendo
despertado o ciúme dos Apóstolos, porque ela era a companheira perto ou
"consorte" do Senhor, que muitas vezes beijou-a na boca.
Ele tem sido o consenso dos cristãos por quase dois mil anos que [Jesus] foi mágico
não simples. Ele era um vaso de barro cheio do Espírito de Deus. E foi esse carisma
poderoso que isso conduziu inevitavelmente a sua crucificação como um incendiário
político e à fuga desesperada de sua família imediata de Jerusalém.
O que dizer sobre a lenda da família de refugiados Santo? Escritura, naturalmente,
no Evangelho de Mateus, relata que a "Sagrada Família" fugiram para o Egito para
evitar ter seu filho assassinado pelo rei Herodes, que estava preocupado com a sua
pretensão ao trono de Israel. Joseph ", o marido de Maria," foi dito em um sonho
de receber Maria e Jesus e foge para o Egito (Mt 2:13). A crença generalizada de
muitos estudiosos bíblicos modernos é que este é "mitologia", usado pelo autor do
Evangelho de Mateus para cumprir a palavra do profeta: "Do Egito chamei meu
filho" (Oséias ll).
O "fóssil de verdade" nesta história é a forte tradição de perigo para a linhagem
real de Judá. Um evangelho apócrifo é a fonte da tradição que a equipe de São José
brotou como um sinal de Deus de que ele foi escolhido para ser o esposo de Maria e
pai terreno de seu filho. Mas a "equipe de floração", que é mostrada na mão de São
José, em católicos igrejas em todo o mundo, também serve para nos lembrar que
José era o guardião da "atirar", entende-se o próprio Jesus baseado na profecia de
Isaías: "Um tiro deve brotar do tronco de Jessé, e das suas raízes um broto
florescerá "(Isaías ll: 1).
Mas a tradição derivada de uma antiga lenda francesa da costa do Mediterrâneo nos
diz que um outro José, José de Arimatéia, foi o guardião da "Sangraal" e que a
criança estava no barco egípcio, que significa literalmente "nascido no Egito".
Parece provável que após a crucificação de Jesus, Maria Madalena da acharam
necessário fugir para o bem de seu futuro filho para o próximo refúgio. O amigo
influente de Jesus, José de Arimatéia, poderia muito bem ter sido o seu protetor.

Zezinho França(Antropólogo, Teólogo e Jornalista)

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