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E1, T1, DSL, Cable Modem

Sistemas de Transmissão Digital


Prof. Alexandre Beletti Ferreira

Circuitos T1 e DS Circuitos T1 e DS
• Transmissões elétricas sofrem atenuação. Quanto • Nos sistemas de transmissão digital, a
mais longo o cabo, maior a atenuação. E também, atenuação é resolvida por repetidoras que
quanto maior a freqüência do sinal, maior a regeneram os sinais digitais com exatidão.
atenuação.
Com sinais digitais, o sinal regenerado pode
• Sistemas de transmissão analógica usam
ser comparado com o sinal original e a
amplificadores para resolver este problema (embora
os amplificadores gerarem um outro problema: além propagação de erros pode ser diminuída ou até
de amplificar o sinal, amplificam o ruído existente na eliminada.
linha).

Os sistemas de Transporte " T " (Americano) e


" E " (europeu e Brasileiro): Quadro T1
• Este sistema de transporte usa multiplexação por • Os bits de 1 a 8 são dedicados ao canal 1, de 9 a 16 ao canal 2,
e assim por diante
divisão de tempo para dar suporte a múltiplos
canais sobre um único sinal digital. • Cada canal de voz é digitalizado usando modulação por código
de pulso (PCM = MODULAÇÃO POR CÓDIGO DE PULSO,
• A terminologia T1, foi definida originalmente pela Método de conversão de sinais analógicos em digitais, muito
empresa AT&T e descreve a multiplexação de 24 utilizado em sistemas telefônicos) e tem taxa de 64kbps.
canais separados de voz sobre um sinal digital de
• Quando um canal de voz é multiplexado como sinal digital, é
banda larga único. Um quadro T1 é composto de 193 denominado sinal digital de nível 0 (DS-0).
bits - oito bits por canal mais um bit para o quadro:
• Um circuito T1 transporta um sinal DS-1, que é composto de
24 canais X 8 bits = 192 bits + 1 bit de controle ==> 193 bits do quadro T1
24 canais DS-0 mais um canal de 8 kbps para o controle do
próprio quadro.

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Evolução T1 E1
• O conceito de T1 evoluiu para o que hoje é conhecido • Esta terminologia e tecnologia é adotada também na Austrália,
como Hierarquia Digital Norte-Americana, composta Japão e Canadá.
de linhas T1 multiplexadas. Por exemplo, duas linhas
T1 são combinadas para formar um circuito T1C • Na Europa, América do Sul (Brasil então), África, partes da
Ásia e México, entretanto, T1 não é usado. Alternativamente,
(com o dobro da velocidade da T1). Um circuito T2 é o serviço E-1 (o E é de Europa) é usado nessas localidades.
composto de 4 circuitos T1; uma ligação T3 (DS-3) é
composta de 28 circuitos multiplexados T1 com • Um transporte E-1 fornece suporte a 30 canais livre de 64 kbps
largura de banda agregada de 44.736 Mbps, e assim ("livre" significa que o canal não tem sobrecarga de banda)
por diante (T4 - DS4, chega a taxa de 274.176 Mbps, mais dois canais para controle e sinalização. Gerando então os
com 168 circuitos T1). "famosos" 32 canais do transporte E-1.

E1 Ligações E1 Multiplexadas
• O resultado é uma largura de banda agregada (total do
Número
E-1) de 2.048 Mbps. Taxa
Transporte Transmissão Canais de
Número Número Número Número
de Canais de Canais de Canais de Canais
E (Mbps) 64
E-1 E-2 E-3 E-4
Kbps
• Um transporte E-1 é normalmente fornecido como
um circuito ISDN (Integrated Service Digital -- 0.064 1 -- -- -- --
Network ou Rede Digital de Serviços Integrados: E-1 2.048 30 1 -- -- --
RDSI). E-2 8.448 120 4 -- -- --
E-3 34.368 480 16 4 -- --
• Assim como no serviço T1, as ligações E-1 podem
E-4 139.264 1920 64 16 4 --
ser multiplexadas em linhas de maior capacidade:
E-5 565.148 7680 256 64 16 4

O padrão europeu se baseia em quadros de 256 bits compostos de 32 blocos de 8 bits.

E1 CSU/DSU
• Aluguéis de links • Circuitos T1 requerem equipamentos especiais
• Exploração Industrial de Linha Dedicada denominados CSU/DSU. CSU (channel
service unit) efetua muitas funções. Regenera
• Contratos de interconexões exigidos pela o sinal, monitora a linha em relação a
Embratel anomalias elétricas, cria os quadros e permite
testes de laço para diagnosticar o estado da
linha. DSU (data service unit) fornece a
interface de serviços digitais (a "famosa"
interface serial V.35).

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Tecnologias para Interligação de
CSU/DSU
Redes Remotas
• CSU e DSU são geralmente combinadas em uma • LPCD: Linha Privativa de Comunicação de
unidade (equipamento) comum. Normalmente, este Dados. Serviço destinado à interligação e
equipamento é descrito como o equivalente ao transmissão ponto a ponto, que permite a
modem (ou seja, um modem "digital") para uma linha
T1. Apesar de as funções de um modem e de um
conexão de equipamentos e a troca de dados
CSU/DSU serem similares, descrever uma CSU/DSU em velocidades que podem alcançar 2 Mbps,
como modem não é preciso, pois esta não efetua com uma comunicação integrada e segura.
modulações ou demodulações. CSU/DSU trabalha • SLDD: Serviço por Linha Dedicada para
exclusivamente com sinais digitais: ela promove uma Sinais Digitais. Termo que vem caindo em
interface entre um dispositivo de computação digital e
um meio de transmissão digital.
desuso para se referir a uma LPCD.
• Circuitos E-1 usam NTU (network termination unit),
que é o equivalente aos CSU/DSU.

Tecnologias para Interligação de


DSL
Redes Remotas
• Frame Relay: LPCD da Ponta A até o ponto de presença mais • DSL = Digital Subscriber Line
próximo da operadora. Chegando na operadora, é usado um
meio compartilhado ate' o próximo ponto de presença mais • Meio de conexão a Internet que utiliza o
próximo da ponta B do enlace. Desta ponto de presença até a
ponta B, uma LPCD normal. É necessário utilizar roteador par de fios de cobre (par trançado) da
(além do modem). linha telefônica para poder levar mais do
• DLCI: (Data Link Connection Identifier): em uma rede Frame que uma simples fala (dados).
Relay corresponde à identificação da conexão virtual do
usuário para a rede ou da interface de rede para a rede, em um
canal de suporte. O DLCI possui significado apenas local, ou
seja, a cada nó que a informação é passada na rede, recebe um
DLCI.

Surgimento Tecnologias DSL


• Substituir Linhas Discadas • ADSL
• Baixa velocidade • VDSL
• Utiliza a mesma estrutura telefônica física • SDSL
presente • HDSL
• Alta velocidade • IDSL
• RADSL

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ADSL - Assymetric Digital
Subscriber Line
• É o tipo mais comum, ele se baseia no fato da Internet
ser muito mais utilizada para receber dados do que
enviar, logo, ela divide a freqüência disponível
fazendo com que tenhamos uma maior banda para
download do que para upload (fato que faz com que
seja chamado de assimétrico). Isso faz com que seja o
modelo mais comum em residências, já que essa é a
característica comum dos usuários residenciais.

RADSL - Rate Adaptative DSL HDSL - High bit-rate DSL


• O RADSL é um tipo de ADSL, porém o • Essa tecnologia é uma das mais antigas em termos de
modem pode ajustar a velocidade da conexão DSL e divide a banda igualmente tanto para
de acordo com a qualidade da linha, o que download quanto para upload (motivo pelo qual é
chamada de simétrica). Para que isso seja possível, o
permite que pessoas que moram em locais HDSL necessita de 2 linhas telefônicas.
mais distantes tenham acesso a esse tipo de
• O HDSL foi muito usado no início, porém foi
tecnologia. substituído por outros tipos de DSL que permitem
realizar as mesmas funções utilizando apenas uma
linha telefônica.

SDSL - Symmetric DSL VDSL - Very high bit-rate DSL


• É um tipo de DSL que é muito comumente • É a mais rápida das DSL's, foi desenvolvida para suportar uma
banda passante muito alta, chegando a atingir 52 Mbps para
vista em escritórios pequenos e que download e uma média de 16 Mbps para upload.
disponibiliza a mesma velocidade tanto para • O motivo desse tipo de DSL atingir essa velocidade é o fato
download quanto para upload, só que diferente dela utilizar-se de cabos de fibras óticas, que permitem as
da HDSL ela funciona apenas com uma linha informações seguirem muito mais rápidas do que em par
trançado de linha telefônica.
telefônica. • Assim como os outros tipos de DSL, o VDSL também suporta
• Ela funciona enviando pulsos digitais nas áreas voz e dados em uma mesma linha e seu desempenho é
de alta freqüência da linha telefônica. extremamente dependente da distância em que o usuário se
encontra da central , ele só funciona para curtas distâncias.

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IDSL - ISDN DSL DSL: Funcionamento
• O IDSL é um tipo de DSL que permite sua • Utiliza a capacidade existente na linha
utilização com as linhas ISDN existentes. Suas telefônica para poder levar mais do que
taxas de transferências são semelhantes as do uma conversa (vídeos, jogos onlines,
ISDN além de normalmente carregar apenas programas, vídeo conferências e outros
dados. serviços que utilizam essa largura de
banda muito alta), sem que as falas sejam
OBS: Existem ainda outros tipos de DSL, mas atrapalhadas.
são basicamente variações dos tipos já citados.

DSL: Funcionamento DSL: Funcionamento


• É importante ter em mente que as vantagens do • De acordo com estudos, o limite de um ADSL é de
ADSL vão depender muito da distância que se está da 5.460 metros, porém os usuários que se encontrarem
operadora que fornece o serviço. Quanto mais nessa faixa não terão um recurso satisfatório. Na
distante estiver, menor a qualidade e a velocidade de teoria, essa tecnologia pode nos fornecer velocidades
maiores que 8Mbps para download e maiores que
conexão. 640Kbps para upload, porém na prática o que vemos
• Apresentar uma conexão muito rápida, é possível, é:
graças a utilização de uma faixa de freqüência (alta)
que não é utilizada nas linhas telefônicas para -Download: 1,5 Mbps
carregar voz (baixa, de 0 até 4KHz). -Upload: entre 64 e 640 Kbps

DSL: Funcionamento
• O motivo é o fato da companhia telefônica
instalar um pequeno amplificador na linha,
chamado loading coils, que funciona como um
amplificador para o sinal de voz. O problema é
que esse método é incompatível com as
conexões DSL, visto que ela opera em baixas
freqüências (voz).

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Padrões DSL

CAP - Carrierless Amplitude/Phase CAP - Carrierless Amplitude/Phase


• No CAP, o sinal da linha telefônica é • Baseada numa linha telefônica especial,esta
dividido em três diferentes bandas: tecnologia atinge de 256 Kbps até 9 Mbps no
downstream (provedor -> assinante) e até 1
Mbps no upstream (assinante -> provedor) -
um desempenho muito superior à média atual,
que é de 56 Kbps.
A de voz, que é carregada na banda de 0 - 4 KHz, a para upload, na banda de 25 - 160
KHZ, e para download que é de 240 KHz até o máximo, que vai depender dos fatores
distância, ruído e número de usuários.
OBS: Esse sistema minimiza a possibilidade de interferência entre canais em uma linha
ou entre sinais em linhas diferentes.

DMT - Discrete Multitone DMT - Discrete Multitone


• Esse padrão é o oficial, e assim como o • O DMT funciona de modo que os dados são divididos
CAP, ele também divide o sinal em canais em 247 canais de 4KHz cada, fazendo com que ele
separados, porém não separa as exista como se tivessem sido colocados um modem
para cada canal, logo, é como se o computador tivesse
conexões para download e upload. ligado a 247 modems.
• Durante seu funcionamento, todos esses canais são
monitorados, e caso algum esteja muito danificado, o
sinal é deslocado para outro canal. Esse sistema
permanece fazendo esses deslocamentos para que
possa sempre utilizar os melhores canais.

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DMT - Discrete Multitone DSL x Cable Modem
• Outro fator importante, é que esses canais com • -Velocidade
banda baixa são utilizados como canais -Custo
bidirecionais: informações para download e -Segurança
upload. -Confiabilidade
• Esse monitoramento pelos melhores canais, a -Disponibilidade
utilização dos canais como bidirecionais e a -Qualidade do Serviço
manutenção da alta qualidade, faz com que o
DMT seja mais complexo de se implementar
do que o CAP.

DSL x Cable: Velocidade DSL x Cable: Velocidade


• No que se refere à velocidade, geralmente o • Porém um detalhe deve ser observado, essa
cable modem é mais rápido do que o DSL. Na vantagem de velocidade é muito pequena, já
teoria, o cable pode chegar a atingir que suas performances podem variar a
velocidades de 30 Mbps, fator que apenas o qualquer hora dependendo do
VDSL pode se aproximar, só que conforme congestionamento da Internet, fazendo com
visto anteriormente, é muito restrito em que nenhuma das duas atinjam seus picos.
disponibilidade. Além disso, o cable modem compartilha a
banda entregue entre usuários de uma mesma
vizinhança, enquanto o DSL é dedicado.

DSL x Cable: Segurança DSL x Cable: Segurança


• O DSL é considerado mais seguro que o cable • Dois métodos que as empresas que fornecem o
modem (mais devido à fraqueza desse do que a serviço tem seguido, é a utilização de um firewall,
segurança do DSL), porém algumas entidades impedindo que alguns arquivos sejam vistos e
sugerem a utilização do cable, já que a "pequena" conseqüentemente utilizados para download, e a do
vantagem de segurança do DSL sobre o cable, não DOCSIS (Data Over Cable Service Interface
compensa o custo e facilidades de instalação. Specification) que inclui autenticações e filtro de
• O cable, como já dito, compartilha a linha do pacotes.
provedor com toda a vizinhança (normalmente • Já o DSL, como também já foi dito, se baseia em
pertencem a uma mesma rede), fazendo com que linhas dedicadas, fazendo com que seus usuários não
todos os outros usuários da rede possam ter acesso a sejam nós de redes locais. Esse é o principal fator no
seu computador. argumento de que o DSL é mais seguro.

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DSL: Empresas Bibliografia
• Telefonica / Speedy • http://professores.faccat.br/azambuja/telep
• Telemar / Velox rocessamento.htm
• Brasil Telecom / Turbo ADSL • http://www.gta.ufrj.br/grad/04_2/xdsl/
• GVT / Turbonet • http://www.abusar.org/tutorial_adsl.html

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