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Teoria Psicanalitica - Passei Direto PDF
Teoria Psicanalitica - Passei Direto PDF
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Fortes impressões causadas em Freud - relato de Breuer sobre o tratamento
de Anna O.
Mais tarde (três anos depois) em Paris sob a orientação de Charcot, deu-lhe
conhecimento do caso, contudo Charcot não mostrou nenhum interesse pelo primeiro
esboço do assunto e Freud abandona a ideia.
Os estudos de Freud sob a orientação de Charcot tinham-se concentrado, em
grande parte, na histeria.
Na volta à Viena (1886) Freud se fixa e se estabelece com uma clínica de
doenças nervosas.
A histeria forneceu uma grande proporção de sua clientela.
Inicialmente Freud se utiliza dos métodos de tratamento recomendados:
hidroterapia, eletroterapia, massagens e cura pelo repouso.
O Caso Anna O.
Uma jovem de 21 anos, de altos dotes intelectuais, manifestou no decurso de sua
doença, que durou mais de dois anos, uma série de perturbações físicas e psíquicas
mais ou menos graves.
Sintomas
Tinha uma paralisia espástica de ambas as extremidades do lado direito, com
anestesia, sintoma que se estendia por vezes aos membros do lado oposto;
perturbações dos movimentos oculares e várias alterações da visão;
dificuldade em manter a cabeça erguida;
tosse nervosa intensa;
repugnância pelos alimentos e impossibilidade de beber durante várias
semanas, apesar de uma sede martirizante;
redução da faculdade de expressão verbal, que chegou a impedi-la de falar ou
entender a língua materna; e, estados de `absence‘ (ausência), de confusão, de delírio
e de alteração total da personalidade.
Diagnóstico
Quadro mórbido encontrado em indivíduo jovem do sexo feminino, cujos
órgãos vitais internos (coração, rins etc.) nada revelam de anormal ao exame objetivo,
mas que sofreu, no entanto violentos abalos emocionais, e quando, em certas
minúcias, os sintomas se afastam do comum;
Os médicos, em geral, não consideram o caso tão grave. Afirmam que não se
trata de uma afecção cerebral orgânica, mas desse enigmático estado que desde o
tempo da medicina grega é denominado histeria e que pode o paciente estar
simulando todo um conjunto de graves perturbações.
Impresso por Lamartine, CPF 826.193.874-34 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 27/04/2020 22:00:26
durava perto de seis semanas, falou, certa vez, durante a hipnose, a respeito de sua
“dama de companhia” inglesa, de quem não gostava, e contou então com
demonstrações da maior repugnância que, tendo ido ao quarto dessa senhora, viu,
bebendo num copo, o seu cãozinho, um animal nojento. Nada disse, por polidez.
Depois de exteriorizar energicamente a cólera retida, pediu de beber, bebeu sem
embaraço grande quantidade de água e despertou da hipnose com o copo nos lábios.
A perturbação desapareceu definitivamente.
CONCLUSÃO...
Na maioria dos casos que tinha havido algum pensamento ou impulso que ela tivera
de reprimir enquanto se encontrava à cabeceira de enfermo, e que, em lugar dele,
como substituto do mesmo, surgira depois o sintoma.
A conclusão foi de que os sintomas tinham um significado e eram resíduos ou
reminiscências daquelas situações emocionais.
Os histéricos sofrem de reminiscências. Seus sintomas são resíduos e símbolos
mnêmicos de experiências especiais (traumáticas).
Quando a paciente se recordava de uma situação dessa espécie de forma
alucinatória, sob a hipnose, e levava até sua conclusão, com uma expressão livre de
emoção, o ato mental que ela havia originalmente recalcado, o sintoma era eliminado.
À primeira vista, a principal posição teórica adotada pelos autores parece simples.
Eles sustentam que, no curso normal das coisas, se uma experiência for
acompanhada de uma grande dose de “afeto”, esse afeto é “descarregado” numa
variedade de atos reflexos conscientes, ou então vai-se desgastando gradativamente
pela associação com outros materiais mentais conscientes.
No caso dos pacientes histéricos, por outro lado, nenhuma dessas coisas acontece. O
afeto permanece num estado “estrangulado”, e a lembrança da experiência a que está
ligado é isolada da consciência.
A partir daí, a lembrança afetiva se manifesta em sintomas histéricos, que podem ser
considerados como “símbolos mnêmicos” — vale dizer, como símbolos da lembrança
suprimida.
Pontos fundamentais
Abandono da Hipnose
Conclui que o método de Breuer não poderia ir além, já que “ não consegue afetar as
causas subjacentes da histeria, assim, não consegue impedir que novos sintomas
tomem o lugar daqueles que foram eliminados”
Resistência
Tudo aquilo que nos atos e palavras do analisando se opõe ao acesso deste ao seu
inconsciente.
A supressão das resistências é uma condição central para o andamento do processo
analítico;
A hipnose encobre a resistência.
Repressão
Estas mesmas forças que no momento atual aparecem como resistência dificultam
que o esquecido volte a consciência e...
Devem ser as que antes tinham agido, expulsando da consciência os acidentes
patogênicos correspondentes;
A repressão está diretamente relacionada como o mecanismo patogênico da histeria;
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Como se dá a repressão...
O conflito entre o desejo e sua impossibilidade gera um desfecho repressão do
desejo inconciliável,
A consequência é a expulsão do desejo e as lembranças para fora da consciência,
A aceitação do impulso desejoso incompatível ou o prolongamento do conflito teriam
despertado intenso desprazer;
Repressão evita o desprazer,
Revela-se como um meio de proteção do psiquismo;
Repressão x Recalque
O recalque é um tipo especial de repressão.
Na repressão, encontramos um mecanismo consciente atuando ao nível da “segunda
censura”, que Freud situa entre o consciente e o pré-consciente. Seria um exclusão
para fora do campo de consciência atual e não da passagem de um sistema para
outro;
No recalque, a instância recalcante, a operação e o seu resultado são inconscientes;
Sublimação
“Processo que explica atividades humanas sem qualquer relação aparente com a
sexualidade, mas que encontrariam o seu elemento propulsor na força da pulsão
sexual.
Uma pulsão é sublimada quando na medida em que é derivada para um novo objetivo
não sexual, visando objetos socialmente valorizados”(Laplanche & Pontalis)
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....Evolução
Freud revela que nem sempre, sob a técnica da insitência, a idéia que surgia
na mente parecia ter a ver com o reprimido.
Apareciam pensamentos despropositados que os pacientes repeliam como
inexatos e sem importância.
No entanto, fundamentado no pressuposto do determinismo psíquico,
acreditava que nenhuma idéia concebida pelo paciente era totalmente espontânea e
que tinha relação com a representação mental esquecida
A técnica da pressão não soluciona a verdadeira rememoração;
Deformação da lembrança esquecida quanto > a resistência > a
deformação;
A expressão do pensamento tinha apenas uma alusão ao reprimido;
A partir da recordação podemos desvendar o conteúdo por meio das
associações livres;
Atos falhos...
Falhas comuns e pequenos erros do cotidiano (esquecimentos, enganos, lapsos,
distrações...);
Expressão de impulsos e impressões que devem permanecer ocultos da própria
consciência;
Sua análise conduz ao descobrimento do inconsciente.
Conceitos:
Primeira Tópica
A partir do estudo sobre o funcionamento psíquico dos sonhos, Freud elabora
a primeira tópica do aparelho psíquico.
Consciente: Uma pequena parte da mente; inclui tudo aquilo de que estamos cientes
em um dado momento; situa-se na superfície do aparelho psíquico; recebe
simultaneamente informações do mundo exterior e do mundo interior
Inconsciente: parte mais arcaica do aparelho psíquico; Contém todo conteúdo que
foi excluído da consciência pelos processos psíquicos de censura e repressão, em que
o conteúdo censurado, que não pode ser lembrado. Não se perde, permanece
abrigado no inconsciente; maior parte do aparelho psíquico, onde situam-se os
determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica e as pulsões
(instintos). maior parte do aparelho psíquico, onde situam-se os determinantes da
personalidade, as fontes da energia psíquica e as pulsões (instintos). situam-se as
“representações coisa” ou “traços mnêmicos” (reproduções de antigas percepções,
dispostas e inscritas como se fosse um arquivo sensorial, formando nossos contornos
psíquicos
O ego e o id
A consciência é a superfície do aparelho mental.
Todas as percepções recebidas de fora (sensórias) e de dentro (sensações e
sentimentos) são conscientes desde o princípio.
Processos de pensamento representam deslocamentos de energia mental que
à medida em que esta progride em seu caminho no sentido da ação.
Residuos verbais
Resíduos mnêmicos verbais derivam primariamente de percepções auditivas.
Uma palavra é, em ultima análise, o resíduo mnêmico de uma palavra que foi ouvida
Percepções Internas.
Os melhores exemplos de percepções internas são as que pertencem à série prazer-
desprazer, porque são mais primordiais e elementares do que as que surgem
externamente e porque podem ocorrer ainda que a consciência esteja enevoada..
Prazer – Desprazer
As sensações de prazer, implicam em satisfação que reduz a catexia energética
As sensações de desprazer implicam em elevação da carga energética. Impelem no
sentido da descarga
Freud chama de prazer o que está consciente e de desprazer ‘algo’ quantitativo e
qualitativo no curso dos eventos mentais que se comporta como um impulso reprimido
que, só aparece na consciência como desprazer.
A pesquisa clínica demonstra que este algo pode se tornar consciente se transmitido
ao sistema perceptivo.
Para os sentimentos, o pré-consciente é posto de lado, esses são conscientes ou
inconscientes. São transmitidos diretamente
Processos internos de pensamento são transformados em percepções através da
interposição das representações verbais e
“quando uma hipercatexia (catexia = quantidade de energia acumulada) do processo
de pensamento se efetua, os pensamentos são realmente percebidos – como se
proviessem de fora – e, consequentemente, são considerados verdadeiros”.
O ego e o Id
Groddeck que propôs chamar ego a entidade localizada numa parte da mente
que tem início no perceptivo (Pcpt.) e começa por ser pré-consciente (Pcs.) e,
a outra parte da mente, pela qual essa entidade se estende e que se comporta
como se fosse inconsciente, de id,
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Conclusões de Freud
O ego é a parte do id que foi modificada pela influência do mundo externo, por
intermédio do perceptivo consciente (Pcpt.-Cs.);
O ego procura aplicar a influência do mundo externo ao id e às tendências deste, e
esforça-se por substituir o princípio do prazer, que reina irrestritamente no id, pelo
princípio da realidade;
O ego representa o que pode ser chamado de razão e senso comum;
Superego
Diferenciação dentro do ego ideal do ego ou superego;
O superego desenvolve-se a partir do ego, em um período que Freud designa
como período de latência, situado entre a infância e o início da adolescência.
Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social.
O superego atua como um juiz ou um censor relativamente ao ego.
Consciência moral, auto-observação, formação de ideais, funções do superego.
Constitui-se por interiorização das exigências e das interdições parentais
(representado pela autoridade parental que molda o desenvolvimento infantil,
alternando as provas de amor com as punições, geradoras de angústia)
Num segundo tempo, quando a criança renuncia à satisfação edipiana, as
proibições externas são internalizadas. Esse é o momento em que o superego vem
substituir a instância parental por intermédio de uma identificação da criança com os
pais.
O superego não se constrói segundo o modelo dos pais, mas segundo o que é
constituído pelo superego deles.
O superego estabelece a censura dos impulsos que a sociedade e a cultura
proíbem ao id, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente seus instintos e
desejos.
É o órgão psíquico da repressão, particularmente a repressão sexual.
Superego
Superego: instância responsável pela função da interdição que funda a lei moral
Podemos reconhecer três instâncias:
Superego propriamente dito: instância proibitiva e repressiva.