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ESTUDOS REGIONAIS
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RESUMO 1 ) FISIOGRAFIA - VEGETAÇÃO
o presente trabalho, embora feito com fi- A chamada região costeira ou Iitorãnea, no
nalidade especifica - verificação da hidrogeo- SUl do Estado é, tóda ela, constituída de terre-
logia na região denominada «Banhados do Ta- nos planos, arenosos, cobertos de vegetação ras-
im» - vem confirmar os conceitos emitidos em teira, às vêzes em faixas estreitas, de direção
trabalho nosso anterior (7), quando foi f,eito um geral NE-SW, encontra-se vegetação mais de-
reconhecimento ao longo das praias n a costa senvolvida, segundo linhas mais ou menos para-
Sul, de Cassino ao Chuí. A região situa-se par- lelas e distanciadas entre si, de 2 a 3 km.
te no município do Rio Grande (ao N orte) e São Os antigos comoros ou dunas consolida-
outra parte, até a lagôa Mangueira, no municí- das, de cotas entre 5 e 10 metros, onde a vege-
pio de Sta. Vitória do Palmar (ao Sul). t ação encontra uma reserva m aior de água doce
Acompanhando o químico Dl'. W. Mohr, que permite o seu desenvolvimento. Os Hmites
srs. Klein Schmidt e Otávio Gomes Costa F .· , gerais da faixa de igual form ação vão desde
examinamos a região percorrida, desde a Esta- Pelotas e Rio Grande, ao Norte, até S. Vitória do
ção de Quinta (V. Ferrea) até á vila de TAIM Palmar; a leste pelas dunas da costa atlãntica
estendendo-se o recconhecimento até á lagôa e lagoa Mangueira e a oeste pela orla da lagoa
Mangueira. Mirim (ver planta da região). Geográfica e
geolõgicamente são denominandas formações das
Com a determinação do material conchilí-
«Restingas, » tendo sido bem estudadas por A .
fero descoberto pelo serviço de dragagem do
Ribeiro Lamego (4) . Ésse a utor admite que «a
D.N.O.S . , nos v á rios quilômetros de ca n ais
formação de restingas na costa fluminense não
abertos nos banhados, foi possível definir os
exige o levantamento da costa, sendo a restinga
terrenos da região como de origem marinha re-
o resultado principalmente de uma sedimentação
cente, -até os 4,00 m. de profundidade; o nivel
contínua». E acrescenta - «Quer-nos mesmo pa-
atual dos «banhados» é de 2,50 m. acima do ru-
rccer que as planíci·es arenosas que vão aos pou-
vel do mar. cos se ala~gando, acrescidas de novas faixas,
Baseando-se nos dados obtidos, é p ossível requerem para a sua origem uma certa estabili-
formular hipótese razoável sôbre o modo de for- dade do bordo do continente». - Ao contrário
mação desses terrenos de restinga. A planta to- da opinião de outros geólogos, que opinam por
pográfica e dos ' canais de drenagem nos foram um movimento de afundamento da costa. (Whi-
glentilmentne cedidas respectivamente, pelo Dr. te e L einz).
Duprat da Silva, Dir etor das Obras do Pôrto e <Vimos que a formação de uma r estinga en-
Barra e pelo Dr. C. Maia, chefe dos serviços do volve os seguintes fatores essenciais: - existên-
D.N.O.S. , na região. cia de uma corrente costeira secundária;- costa
I
Ao Dr. Maia temos de agradecer as infor- r asa; pontos de amarração no friso litorãneo e
mações sôbre a r egião percorrida, b em como sedimentos arenosos suficientes».
as facilidades ' para transportes, cedendo la nchas «A origem das planícies de restingas é,
do seu serviço e o pessoal necessário. Devemos portanto, exclusivamente maritlma».
ao Dr. Emmanoel A. Martins, do Museu Nacio- O mesmo autor (3) estuda, com base nas
nal, a classificação das conchas. deduções acima, a formação das lagunas no li-
toral fluminense.
O estudo anterior Se aplica à costa do Rio
'(') Trabalho executado em 1951. Grande do Sul, em particular, à costa Sul, resul-
Estudos RegiQnai»
tando de processo semelhante a formação das Além disso, quando soluções salinas encon-
lagoas Mirim, Mangueira e outras menores. tram sa is sólidos, pode h aver trooa ; assim, em
presença de CaC03, uma solução de Zn se pre-
2) GEOLOGIA cipitará , em quanto uma parte do CaC03 entra-
rá em solução. •
Aos fatores considerados essenciais por A . Desse modo é explicada a precipitação do
R. Lamego (4), devemos acrescentar outro , que CaC03 na água do m a r, que ainda está longe
a observação nos induz - é a presença de um de ser uma solução saturada.
ou mais cursos de água doce importantei que T a mbém a presença do carbonato de amó-
des3Jguam na enseada entre Os pontos de apôio nio, devido á decomposição das matérias orgâ-
do litoral, p. ex. rios J aguarão, Camaquan, Guaí- nicas, abai"'a notàvelmente a solubilidade do
ba, etc., no R. G. do Sul. calcário. Finalmente, substâncias dissolvidas, em
Assjm, podemos ver que os desvios das cor4 particular o CaC03 e também Si02 coloidai, po-
rentes do litoral, com perda de velocidade, de dem ser extraídas da água, em grande quanti,
um lado, e o volume de materiais química e dade, gmças á atividade vital de plantas e ani!
mecânicamente arrastados de terra, determinam mais. Esses organismos precipit a m sôbre si o
um grande volume de sedimentação na bacia calcário. P ara separação da Si02, deve-se notar
costeira. que as soluções coloidais de ácido silicico são
H avefá naturalmente, uma faixa "onde a ve- coagula das em presença de matérias orgâniDas."
locidade é menor, ou mesmo nula, dando ori- A sedimentação das particulas sólidas trans-
gem à formação dos primeiros depósitos que se portadas pelas águas se efetua quando a fôrça
tornarão na futura restinga. Por outro lado as de arrastamento diminUi ou se anula.
soluções coloidais das águas doces do interior N a lagoa Mangueira, de águas ligeiramente
são imediatamente precipitadas pelo NaCI da s alina s (+ 0,5 gr NaCI) tivemos oportunidade
água do mar. de observar que, n a s proximidades das margens,
S egundo Lemoine, (5) quando um rio de- onde o movimento das ondas não ch ega, por cau-
semboca em um lago ou ' em um estu ário, a sa do cinturão de veget ação aquática que se-
fôrça da corrente diminui imediatamente, ca- para a zona raza (até 2,50 m.) da parte mais
indo ao fundo em primeiro lugar os m a teriais profunda, a água é perfeitamente límpida; as
mais pesados ou mais volumosos; a areia é ar- poeiras e restos orgânicos estão depositados . no
rastada a maior distância, tendo maior distri- fundo dessa parte raza, que se constitui de mais
buição. As partículas finas são levadas mais lon- de 0, 50 m. de V1asa. Ao contrário no centro da
ge ainda e se espalham sôbre superfície mais lagoa, a água agitada p elos ventos, é bastante
ampla. turva.
As vagas, marés e correntes fazem tam- A sedimentação se está processando, não só
bém uma dis tribuição análoga dos sedimentos pela r elativa imobilidade das águas, mas, facili-
ao longo das praias. tada a inda pela presença dos sais da água.
Bancos de cascalho perto da costa, a areia A formação da lagôa Mirim teve assim, se-
mais longe e os s edimentos mIais leves e mais us pontos de apôio na ponta «la Caronilla,» no
finos Se distribuem em maior superfície sôbre Urugua i (gra nitos) e nos cerras graníticos, pró-
o fundo do mar. ximo de Pelotas.
Em grandes profundidades a a reia é s ubs- E m virtude da direção das correntes ma-
tituída por lama sôbre grandes superfícies; dês- rinhas na costa de SW p a ra NE, a barreira
se modo chega-se a uma zona onde há muito arenosa se iniciou na Parte sul; o canal de
pouco ou nenhum sedimento terrígeno arrasta- São Gonçalo e a barra de Rio Grande dão es-
do," coamento ás águas dos numerosos rios e arro-
Segundo Rinne (6) a precipitação e o de- ios que desaguam n a 13Jgoa; mas , caso não hou-
pósito das substâncias dissolvidas nas águas po- vessem as dragagens desses escoadouros natu-
dem ocorrer de vários modos, sendo frequente rais, certamente todo o litoral ao sul de Rio
a evaporação do líquido dissolvente, donde a Grande e mesmo a lagoa dos Patos já se teriam
formação de uma camada de sal. transformado em verdadeiros deltas.
T ôdas as pequenas lagoas da planíc}e cos-
Outras vezes há. um enfraquecimento do po-
te ira sã'o antigas depressões onde o mar pene-
der dissolvente da água (l>aixa de temperatura).
trava e que foram se f echando p elas dunas ou
Muito importante, sob esse ponto de vista,
restingas (sedimentos eólecos ou aquáticos).
é o encontro de soluções, o que pode diminuir
consideràvelmente o poder dissolvente para de- E videntemente as águas dessas lagoas e
terminada substância e a precipitar, pelo me- banhados eram salgadas na época do f ech a men-
nos parcialmente. to; com as sucessivas inundações pelas água de
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(
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EstudOs Regionais
chuV'as e escoamento para o mar, a salinidade que os seixos roIados encontrados na ilha estão
diminui até ás condições atuais, de águas pouco em nível 23 metros mais baixo que o nível do
salobra 'ou doces nas pequenas lagoas. Há ainda mar atual.
a considerar a natureza arenosa do solo e sub-
Em Pelotas as sondagens acusam sedimen-
solo da região que permite a circulação' e dilui-
tos recentes e areias entre 25 e 90 metros, en-
ção das águas, á medida que sobe a coluna de contrando-se o fundamento granítico; em Ja-
água proveniente das precipitações atmosféri- guarão, uma sondagem com 70 metros, próx.imo
cas, isto, é claro, ~e modo muito lento. á xarqueada, cerca de 7 km. ao sul da cidade
não encontrou o granito ou rochas mais 8J1tigas;
3) DEPRESSAO COSTEffiA a altitude é de 5 metros. Nas excavações de a-
bertura dos canais do Taim, pelo D. N . O. S., a
Entre as nossas verificações figurava coli-
12 km. do farol Sarita, no Atlântico, encontrou-
gir mais provas sôbre a existência de uma an-
se m .: tterial conchilifero marinho, a apenas 3
tiga depressão oú afund~mento da costa, no
metros de profundidade e além das conchas en-
cretácio ou terciário. contramos seixos de calcáreo-silicoso marinho
idêntico ao já classificado quando do nosso tra-
No corrente ano, os resultados de sonda-
balho na costa Sul (7). Parece port8J1to que,
.gens para água, em te'rrenos recentes em Pôr-
após uma tl'8J1sgressão postriássica ou mesmo
to Alegre, Pelotas e Jaguarão, parecem confir-
cl'etácia que permaneceu até o recente, o mar
mar a hipótese expendida.
está novamente em regressão lenta como mos-
tram sedimentos, conchas marinhas, areias de
Assim, em sondagens na ilha da Pintada,
antigas praias encontrad·as a gr8J1des distâncias
no Guaiba, em frenfe a Pôrto Alegre, encontra-
do mar atual. Nos terrenos de Ponta Alegre
mos pequenos seixos rolados de quartzo, grani-
(margem da lagoa Mirim), no munícípio de Ar-
to, diabásio, de mais ou menos 0,05 m . de diâ_
roio Grande, foram feitas 4 sondagens, por par-
metro, a 28 metros de profundidade, marcando
ticulares, encontrando também material conchi-
uma época antiga de regime torrencial no leito
lifero de rylCente até terciário.
do rio; 'sendo a cota atual (altitude) do cais da
cidade, 5 metros acima do nivel do mar, vemos Os trabalhos do C.N.P., (1) na superfície
e por sondagens diversas, em 1949, permitiram
ao geólogo, Ben E. Barnes e seus colaboradores
estabelecerem a estratigrafia do reconcavo da Ba-
F
!'., ' . 1' '.
j.J, conforme o quadro abaixo:
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GEOLOGIA DO RECONCAVO DA BA1A
C. N. P. Relatório de 1949
DlSCORDANCIA
São SebaStião até cerca de
915 mts.
•
Mesozóico Jurássico BA1A SANTO Al\IARO de cerca de
superior 830 m. a 1.120 Dl.
DlSCORDANCIA
Proterozóico Pre_ Complexo fundamental cristalino
Arqueozólco Cambrlano
I
4) BANHADOS DO TAIl\I de drenagem, é de mais ou menos 8 km., que
são percorridos, parte pelas praias da lagõa Mi-
A faixa assim denominada compreende ter- rim, o restante sôbre terrenos de dunas e cam-
ritórios alagados ao sul de Rio Grande e norte pos arenosos.
de S. Vitória e a leste da }agóa Mirim. A via Nas plantas, de situação e de detalhes, te-
de acesso normal para o local é a estrada de ro- mos a posição relativa da área examinada e a
dagem que vai da Estação de Quinta. na Via- morfologia da costa Sul. Segundo nos foi in-
ção Férrea, a S. Vitória, até a vila de Tairn formado nos escritórios do D.N .O.S. a área a
passando por Curral Alto. Sendo a natureza ser recuperada com a abertura do sistema de
do terreno arenoso e parte inundável durante a canais principais, já em serviço e projetado,
estação chuvosa, é de se prevê r uni estado pre- atinge a mals de 22.000 hectares.
cário para essas rodovias; aliás foi o que en-
contl'amos durante a nossa viagem, no mês de
Abril. Do mesmo modo, em más condições es-
tavam as rodovias POrto Alegre-Pelotas e Pe-
lotas-Rio Grande, com leitos de terra natural e
tráfego intenso.
De Pelotas a Rio Grande (50 km) gastou-
se duas horas de viage~, em dia chuvoso; a es-
trada para Taim, sendo ainda uma via secun-
dária, vê:se que não apresenta garantia de trân-
sito.
A estrada federal projetada, que deve atra-
vessar a região, apenas tem 30 km. construidos,
ainda não consolidados.
A distância da vila de Taim até o local dos
Inicio de abertura de canal, Talm
banhados, onde estão sendo abertos os canais ,<Dragline» do D.N.O.s.
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Estudos Regionais
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Estudos Itcgionais
Baseando -se na origem elos terrenos, do ponto Ill"lla ferru~inc ,,) que separ a o ferro dissolvido
de vista geológico e con s id erando formações s i- n a água e o deposita en1 tÔl'no de s i, na form a
milares de out ras r egiões cio g lobo, podemos es - de hidrato de ferro .
perar a ocorrência de j azidas diversas de ma-
teriais úteis, por ex.:
c ) As "re ias pu ras que podem ser usadas n as
inclústrias ele porcelanas e vidros. As areias mo-
a) marga s dos pantnnos (2) que, às vêzes está
na zíticas, conhecidas no litora l brasileiro, do Rio
à flor da terra e é m aterial muito empr egado
d e J anei 1'0 ,a té a Baia, que, s i não ocorrenl atu -
co mo corretivo ag rícola elesde qu e a porcen t a -
a lmente n as praias do sul, poderão estar em ca-
gem de CaC03 não baixe de 10 '10 .
rnadas ue outras eras geológicas, en1 profundi-
da de.
A identificação das margas se faz pela pre-
sença de nu merosas conch as ele moluscos CJue eS -
d) i\ il1<lú ,t rht <lo sal, (3) em lagoas amplas
tão presentes no sedimento, sen do mais impor-
q ue s e li g :l m ao oceano. T ambém os depósitos
tantes as espécies: IIclix pulch ella, Cionclla lu- el e sa is de potássio e magn ésio podem ser pe s-
ul'i r,a., LilnnaCl1 S Truncatulus, rlanorbis llitidns, q uisa d os n as formações de r estingas, pois os cli-
rI. Inarginatus etc. mas de eras passadas podem te r contribuído pa-
ra concentração de sais minerais. Nas praias do
S u l. próx imo ao ChL;í e em outros pontos aflo -
b ) Miné rios <le f e .... o dos panta nos (5) devi -
ra m depósitos turfosos ele pequ en a espessu ra. o
LIas à ação do " cido h umico proveniente mente lh
que demonstra a possibilidade da existência de
decomposição das ln a térias orgâ ni cas, que ata -
outros mais importantes.
CalTI os minerais fer rug inosos das ro ch as , dan do
origem a soluções f e rruginosas, que se oxirl a nl
quando expostas a o ar e o h idrato ele ferro se e) Fina lmente, considerando a l argura da fai-
precipita pela ação de uma diatomácea (Gallio- xa de restingas e d a plataforma continenta l s ub-
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Estudos R egionais
marina (7) de 80 a 150 km, é de se admitir diu ali espessura até 700 m. Tal seja o r esul-
espessura considerável dos sedimentos aí deposi- tado de espessuras e tectonismo encontrado, jus -
tados, com idade provável até o Cretácio, a exem- tifica-se uma pesquisa para petróleo na faixa
plo do verificado n a cos t a da B a ía . Entret anto costeira.
só o reconhecimento geofísico poderá escla rece r
êsse ponto, determinando a profundidade do em- Aos res ultados acima fomos conduzidos pelos
basamento cristalino ; o eng.- N ero Passos, do dados colhidos e estu do do conj unto de fatôres
D. N . P. M., nos informou pessoalme nte, que me - existentes na zona p ercorrida.
BffiLIOGR.AFlA
PELECIPODOS
GASTEROPODOS
o material é atual
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I - S'alInldade das águas dos canais
Data '
I Local g NaCl por LItro
l
I
22.4.51 Poço abssinio velho . existente no antigo acam-
I pamento no Cana l das Flores, marca O de cêrca
de 4 m. de profundidade. 0,924
24
/
24.4.51 Perto do local anterior. Água tirada por ocasião '
' da abertura do perfil n. Q 3 de solos, a 1. 9 m . de
, profundidade. 0,055
I
Data Local I g NaCl por Litro
I
26.4.51 Da margem, água rasa 0,415
26.4.51 la 300 m. da praia, dentro do junco, profundi-
dade 1,20 m . 0,450
26.4.51 1 km. da praia, na água aberta, superfície , 0,468
26.4.51 Idem, de 3 m. de profundidade 0,468
1 ' . 'I /I I
. I I 11 I
JPrecipl- Evapo- Prec. I Preclpi- I Evapo~1 Prec. preciPilEvapo-1
I
I Prec.
MESES 11 tação 11 ração II~~:~ tação [raçãO 1~01~1 tação ração I Normal
-1942 I - 1942 1
I , ,I I I 11 I I
I. 50 I 11,0 ~
87,3 ~ 95 11 5,8 \[ I
106,0' Ii
92 11 8,4 I 96,7
I I
i 93,5
, H.50 'I 113,452,6 122 I' 72,5 63,9 1 105 93,0 58,3 113,5
IH.50 I 105,6'
61,6' 104' 93,4' 58,3 I 12Q 11 99,5' 60,0' 112,0
IV.50 , 66,5 51,1' 106 11 109,1 I 52,71 122 'I 87,8' 51,9' 114,0
V.50 115 11 I 109 i 159,7 / 112,0 _
I
175,1 ' 36,3' 147,8/ 40,6 38,5 /
VI.50
VII. 50 ,
VIII. 50
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IX . 50 100,7 44,9 115 , 37,8 I 151,9 I 93 11 69,3' 98,4' 104,0
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