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Trabalho Homem Cultura e Sociedade
Trabalho Homem Cultura e Sociedade
Em primeiro lugar, sabemos que existem no Brasil problemas relativos a desigualdade social. Há
diferenças muito grandes entre classes de populações que muitas vezes dividem quase o mesmo
espaço físico em uma cidade. Podemos usar como ilustração aquela famosa imagem que circula
pelas redes sociais onde favela e condomínio de luxo estão lado a lado dividios por um muro.
Entretanto sabemos todos cidadãos tem necessidades que não são atendidas de forma igualitária a
todos. O problema da desigualdade social se torna mais evidente em um modelo capitalista de
sociedade que visa o lucro, e para vender seu produtos introduz o desejo de compra tanto no pobre
quanto no rico. Porém, não tendo o poder de compra suficiente para atender aos seu anseios, o pobre
recorre a soluções como entrar para uma vida criminosa ou desonesta. Não é sem motivo que o
sistema prsional abriga em grande maioria pessoas de classe social baixa.
Desigualdade não para por aí. Ela está presente no sistema de saúde onde o pobre não é atendido
com a mesma qualidade que o rico. Hospitais lotados, fila de espera, atendimento realizado em local
imprópio como corredores, que são desprovidos de estrutura adequada.
É evidente a desigualdade social. Termos a consciência da sua existência já é o primeiro passo para
enfrentarmos esse mal da sociedade. Devemos discutir questões relativas a esse problema porque
soluções de problemas não surgem do acaso, elas não acontecem sem que ocorra a problematização.
Discutir é apresentar os pontos de vista de cada pessoa. Analisar as soluções que se encaixam às
necessidades.
B. Quais são os tipos de desigualdades que o texto 1 aponta?
Existem pelo menos quatro tipos diferentes de desigualdades. Podemos citar a econômica, a racial, a
regional e a de gênero (BASTOS).
Desigualdade econômica: Diz respeito mais às diferenças entre a distribuição de renda, quando uma
pequena parcela da população detém a maior parte do poder de compra e as maiores riquezas,
enquanto a outra parcela, que é a mais expressiva, possui o menor acúmulo de capital e menor poder
compra.
Desigualdade racial: Está relacionada a cor de pele, origens e a divisão da população em raças
diferentes: negro, branco, amarelo e pardo.
A origem deste tipo de desigualdade pode estar no racismo, que por sua vez pressupõe que certas
raças são superiores a outras e acaba legitimando as diferenças sociais através de diferenças
biológicas (ZAMORA, 2012).
Tomamos como exemplo os dados relativos à população negra que é minoria no acesso à educação,
sendo que os jovens dessa classe permanecem menos tempo na escola e muitas vezes são obrigados
a trabalhar ao inves de estudar. A maioria das mortes violentas ocorre na população negra, que por
sua vez também tem a expectativa de vida e qualidade de vida reduzida em comparação à branca.
Os salários e a concentração de renda são menores para os negros. A pobreza e a miséria são
predominantemente negras (ZAMORA, 2012).
Desigualdade regional: desigualdade entre regiões, cidades e estados;
As desigualdades regionais ficam evidentes quando percebe-se nas regiões menos industrializadas e
menos ricas, ou seja, subdesenvolvidas, índices menores de desenvolvimento humano, maior
participação dos pobres na população de cada região, pequena porcentagem dos domicílios com
abastecimento de água e esgotamento sanitário, produto interno por habitante reduzido e baixos
níveis de produtividade.
Um ponto que deve ficar claro no exame da questão das desigualdades regionais é que,
em geral, por trás das diferenças entre regiões e sub-regiões estão, sobretudo,
diferenças, também marcantes, de relações de trabalho e de condições de vida da
população. (NETO, 1997, p. 46)
Desigualdade de gênero: desigualdade entre os sexos (homens e mulheres). É comum vermos
tratamento diferenciado entre mulheres e homens. Ela ocorre nas relações de trabalho, na diferença
salarial, na agreção física e moral dentro das famílias e no trabalho doméstico:
a dedicação das mulheres aos afazeres domésticos correspondeu a mais do que o dobro
do tempo masculino durante todo o período de 1996 a 2008. (BONETTI E ABREU,
2011, p. 33)
Referências
ABREU, Maria Aperecida; BONETTI, Alinne. Faces da desigualdade de gênero e raça no
Brasil. Braília: Ipea, 2011. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_facesdadesigualdade
.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2015.
ZAMORA, Maria Helena Rdrigues Navas. Desigualdade racial, racismo e seus efeitos..
Fractal: Revista de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 24, n. 3, set./dez. 2012. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922012000300009>.
Acesso em: 25 jun. 2015.