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domingo, 03 outubro 2010 | 01:37


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Entrevista à RTP
por António Louçã, RTP actualizado às 14:22 - 02 Outubro '10

Sócrates evasivo sobre quem vai sofrer corte de 10%


publicado 21:20 01 Outubro '10

À pergunta muito precisa de Judite de Sousa sobre o montante a partir do qual seria aplicado aos salários um corte de 10%, e
não dos 5% mais comummente referidos na imprensa, o primeiro-ministro respondeu que neste momento não poderia dizê-lo
RTP

Entrevistado na noite de sexta-feira por Judite de Sousa, o primeiro-ministro


referiu-se várias vezes aos efeitos da crise irlandesa sobre o agravamento
dos juros da dívida portuguesa, esquivou elegantemente a pergunta da
entrevistadora sobre o montante a partir do qual os salários seriam cortados
em 10% e foi claro em opor-se ao projectado aumento do salário mínimo
para 500 euros.

Sócrates voltou por mais de uma vez aos efeitos da crise irlandesa sobre a dívida portuguesa, falando mesmo de um efeito de
arrastamento. Referiu-se também por uma vez ao lastro que o compromisso de compra dos submarinos tinha representado para
o passivo orçamental português.

À pergunta muito precisa de Judite de Sousa sobre o montante a partir do qual seria aplicado aos salários um corte de 10%, e
não dos 5% mais comummente referidos na imprensa, o primeiro-ministro respondeu que neste momento não poderia dizê-lo.

Em relação ao cancelamento do contrato para o troço do TGV entre Lisboa e o Poceirão, Sócrates afirmou que o Governo
apenas aguarda o restabelecimento de condições financeiras favoráveis para poder abrir um novo concurso para o mesmo
troço. Em caso algum, sublinhou, se poderá pôr em causa o TGV, porque isso seria “contrário aos interesses nacionais”.

À pergunta de Judite de Sousa sobre o aumento do salário mínimo para 500 euros, previsto para 2011 e reafirmado há poucos
dias pela ministra do Trabalho, o primeiro-ministro replicou que seria preciso adaptar esse compromisso às novas condições e
que confiava em que essa adaptação seria viável pela via da negociação e do consenso.

As associações patronais tinham posto em causa a oportunidade de aplicação do acordo negociado com elas próprias e com os
sindicatos. A ministra Helena André chamara-as à ordem, lembrando que o acordado era para cumprir. Agora, foi a vez de
Sócrates chamar à ordem a sua ministra com o argumento de oportunidade antes esgrimido pelos patrões.

Em vários momentos da entrevista, Sócrates reiterou que apenas decidira avançar para o pacote de medidas anunciado, ao
convencer-se de que não havia qualquer alternativa. A entrevistadora questionou essa inexistência de alternativas, e Sócrates

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replicou que durante mais de um mês e meio trabalhara em conjunto com o ministro das Finanças, a estudar todas as
possibilidades e que a conclusão fôra categórica.

Afirmou, contudo, que nunca ponderara realmente o corte do 14º mês, porque essa seria "uma medida que afectava a vida das
pessoas”.

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