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LAUDO TÉCNICO

SOBRE
CONDIÇÕES
AMBIENTAIS
EDMIR JOSÉ DE OLIVEIRA

LAUDO TÉCNICO SOBRE CONDIÇÕES AMBIENTAIS

EMPRESA: SOLOS SERVIÇOS DO BRASIL LTDA.

ENDEREÇO: AV. MASCARENHAS DE MORAES, 4455, CEP 54100-

674, IMBIRIBEIRA – RECIFE - PE

1. Apresentação:

Atendendo, solicitação escrita da Direção da empresa, Solos Serviços


do Brasil, C.G.C. 10.820.066/0001-81, sediada a Av. Mascarenhas de
Moraes, 4455 Imbiribeira, – Recife – PE, estivemos nos dias 9 e 10 de
janeiro de 2001, nas dependências e nos canteiros de trabalho da
empresa acima supra citada, no horário das 09:00 às 12:00 horas,
acompanhado pelo Técnico de Segurança do Trabalho da empresa, Sr
Givaldo da Silva Barbosa, que forneceu as informações
complementares, para elaboração do Laudo Técnico, a fim de
caracterizar, avaliar, qualificar e quantificar as condições ambientais
de riscos existentes nos locais onde existe agentes agressivos a
saúde dos trabalhadores e cujo objetivo principal é atender as
exigências da NR- 15 (Norma Regulamentadora) – anexos n 0 01, 03,
13 e 14.
Obs: Este laudo é referente à Edmir José de Oliveira.

2. Locais Avaliados:

- Oficina Mecânica;

- Diversos Canteiros de Trabalhos da Empresa;

3. Descrição dos Locais:

3.1. Oficina Mecânica: Galpão coberto com telha de amianto e boa


ventilação natural e iluminação natural com algumas ferramentas
inerentes ao desempenho dos trabalhos;
3.2. Canteiros de Trabalhos: Área a céu aberto exposto a radiação
solar e outras condições intempéries e de riscos a saúde do
trabalhador.
4. Funções e Atividade Avaliadas:

4.1. Motorista: conduzir veículos para o local de trabalho;


Motorista de Mulque: Conduzir veículo para o local de trabalho,
acionar o sistema de mulque para carrego e descarrego de peças
e outros serviços quando necessário;

4.2. Expedição: Atendimento de entrada e saída de materiais, e


transporte e movimentação de mercadorias;

4.3. Aux. de Manutenção: Realizar serviços auxiliares de manutenção


em equipamentos elétricos e macânicos.

FUNÇÃO RISCOS
Motorista Calor, umidade, ruído e químico
Expedição Calor, e riscos ergonômicos
Aux. de Manutenção Calor, ruído, poeira, químico e
choque elétrico

5. Carga Horária:

Os profissionais e funções descritas neste laudo, desempenham suas


atividades no horário de 40 (quarenta) horas semanais de forma
habitual e permanente.

6. Avaliação em Relação aos Riscos:

6.1. Em relação ao Ruído:

Atendendo a NR – 15, anexo n0 1, estamos fornecendo os métodos


como ocorreu a avaliação.

6.1.1. Introdução (Quadro de Ruído): portaria n0 3.214 de 08 de junho


de 1978 do Ministério do Trabalho em sua NR – 15, anexo n 0 I,
estabelece limites de tolerância para ruídos contínuos ou
intermitentes, conforme quadro abaixo.
Limite de tolerância para ruídos contínuos ou intermitentes:
Anexo n0 I.

NÍVEL DE RUÍDO MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA


DB (A) PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 min.
90 4 horas
91 3 horas e 30 min.
92 3 horas
93 2 horas e 40 min.
94 2 horas e 15 min.
95 2 horas
96 1 hora e 45 min.
98 1 hora e 15 min.
100 1 hora
102 45 min.
104 35 min.
105 30 min.
106 25 min.
108 20 min.
110 15 min.
112 10 min.
114 8 min.
115 7 min.

O item n0 5 deste anexo diz que não é permitida a exposição a níveis


de ruído acima de 115 db(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos.

6.1.2. Instrumentação Utilizada:


No presente levantamento foi utilizado equipamento da marca
SIMPSON, modelo 886 tipo 2 com resposta lenta (SLOW)
Ou rápida (FAST) de acordo com cada caso.
6.1.3 Resultado das Aferições:

Local Aferido Quantidade de Condições


Aferições em Db
Caminhão do Mulque 98 Acima do Limite
Permissível

6.1.4. Conclusão em Relação a Exposição do Ruído:

De acordo com as aferições do quadro acima, conclui que os níveis de


ruído foram ultrapassados, sendo deste modo prejudicial à saúde do
profissional citado neste relatório onde está exposto de forma habitual
e permanente.

6.2. Em Relação aos níveis de Calor:

6.2.1. Introdução:

Atendendo as exigências da NR – 18, anexo n0 3, da portaria n0 3214


de 08/06/78, informando as condições da avaliação realizada.

6.2.2. Instrumentação Utilizada:

a) Termômetro de Globo – para medição de temperatura do corpo


radiante (Tg). Consiste num termômetro com escala subdividida em
2/100C introduzido parcialmente numa esfera de cobre oca de 150 mm
de diâmetro e paredes de 1 mm de espessura, pintada externamente
de preto fosco;

b)Termômetro de Bulbo Úmido Natural – para medição de temperatura


de Bulbo Úmido Natural (Ton). Consiste num termômetro com escala
subdividida em 1 / 100C, cujo Bulbo é permanentemente umedecido
por um tecido que o envolve e está em contato com água destilada
contida por ERLEM – MAYER cuja capacidade é de 125 ml.
As leituras foram feitas em pontos onde se posicionam os
trabalhadores, nos locais onde forma detectadas a presença de pontos
apreciáveis destes agentes físicos.
Os resultados seguem no quadro, sendo acrescidas atividades
desenvolvidas, expressas por sua taxa metabólica (M) e o tempo
médio gasto (T) dentro do intervalo de 1 hora.
6.2.3. Resultado da Avaliação (Quadro abaixo):

Local Tbm0 C Tg0 C Tbs0 C IBUTG Situação


Aferido
Canteiro 42,5 45,4 58,6 44,67 Acima do
de limite
trabalho permissível
Motorista

6.2.4. Conclusão em Relação ao Nível de Calor:

Comparados os valores encontrados, conforme consta no quadro n 0 2


– anexo n0 3 da NR – 15 – Portaria n0 3214 de 08/06/78, conclui que
os profissionais do setor acima, estão expostos a níveis acima do
permissível, sendo deste modo prejudicial a saúde e integridade física,
estando expostos de forma habitual e permanente. Profissionais
expostos:

- Motorista;

- Expedição;

- Aux. de Manutenção.

6.3. Avaliação em Relação aos agentes Químicos:

Introdução:

A NR – 15 – anexo 13 da Portaria n 3214 do Mtb, trata das atividades


e operações envolvendo Agentes químicos e consideradas insalubres,
em decorrência de inspeções realizadas nos locais de trabalho.
Diversos são os agentes químicos capazes de poluir o local de
trabalho, quando em contato com o organismo dos trabalhadores, o
contato pode apresentar ação localizada nos diferentes órgão ou
tecidos do corpo humano, produzindo conseqüentemente uma ação
generalizada.
As vias de acesso destas substâncias nocivas são através da inalação
e da absorção cutânea. A inalação se constitui a principal via de
ingresso de tóxicos. A via cutânea, também objeto de ingresso de
contato com a pele de onde se originar inclusive contaminação
primária ou secundária.

6.3.1. Resultado da Avaliação:

O profissional como: aux. de manutenção trabalha em condições


insalubre, por manipular com produtos e vapores químicos prejudicial
à saúde, e o profissional de expedição trabalha em ambiente com
poeira conforme anexo n0 13 da portaria de n0 3214 de 08/06/78.
Tipos de Protetores utilizados:
a) Luvas de couro;
b) Capacete;
c) Botas;

7. Medidas de Controle Coletiva e Individual

7.1. Controle para Iluminância

A Legislação Brasileira através da portaria n 3751 de 23 de novembro


de 1990, estabelece na NBR 5.413 (Norma Registrada no INMETRO)
de maio de 1991, os níveis de iluminância em Lux por tipo de
atividade.
No referido levantamento foi utilizado o equipamento Luxímetro marca
ICEL, modelo LD – 500 com capacidade de aferir até 50.000 Lux.

QUADRO DE ILUMINÂNCIA
NÍVEL DE LUX NÍVEL EM LUX
LOCAL AFERIDO CONDIÇÕES
AFERIDO PERMISSÍVEL
ÁREA DE
188 ABAIXO 200
ESTOQUE
ÁREA DE
185 ABAIXO 200
CONFERÊNCIA
ÁREA DE
DEMARCAÇÃO E 410 ABAIXO 500
MATERIAIS
Conclusão:

- De acordo com a inspeção realizada no local de trabalho, constatei


que o profissional Motorista, deve receber adicional de insalubridade
por trabalhar em temperaturas acima do limite de tolerância conforme
quadro em anexo, ruídos intermitentes (bate estacas) acima de 85 Db
e exposição habitual e permanente a poeiras.

- De acordo com a inspeção realizada no local de trabalho constatei


que o profissional de Expedição, está exposto a atividades em
ambiente insalubre.

- De acordo com a inspeção realizada no local de trabalho constatei


que o profissional de Aux. de manutenção deve receber adicional de
insalubridade por manipular com produtos químicos como graxas,
óleos, gasolina e outros derivados do petróleo. Essa atividade não
fornecia os devidos equipamentos de proteção individual.

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