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W W W. R E A L C E S . C O M
De entre todas as missões que a vida nos dá,
nenhuma é tão poderosa como a de inspirar.
TESTEMUNHOS
”
É fácil imaginar que num momento em 2005, numa noite gelada e intenso nevoeiro,
na varanda de uma casa desconfortável em Vouzela, se iniciou uma amizade entre pessoas
muito diferentes, mas muito iguais.
Modesto Viegas
Leal, honesto e frontal. Como a natureza que o apaixonava e que nos aproximou.
Não se pode pedir muito mais a um amigo. Mas o Francisco era isso e mais.
Muitos momentos partilhados, que sempre sabiam a pouco. Agora mais ainda.
E é disso que me quero lembrar: da galhofa até às lágrimas, dos almoços e jantares,
dos planos de viagem e das imagens partilhadas.
Frederico Fernandes
As palavras não chegariam para as histórias que ainda tínhamos para viver. Estão agora
mudas numa tentativa vã de resgatar o silêncio. Mas também não explicam a intensidade
da franqueza, das memórias, do convívio e da partilha. Muito menos conseguiriam ex-
plicar o espirito obsessivo que nos juntou numa verdadeira comunhão de interesses numa
incondicionalidade inquestionável. Obrigado, Calado!
Rúben Neves
O Parque Natural do Douro Internacional, era das regiões que mais gostavas, foram de-
zenas de viagens em conjunto, grandes momentos, imagens que marcaram, momentos úni-
cos. Foram partilhas de muitos assuntos, projectos, trabalho, vida pessoal mas, acima de
tudo, uma grande amizade, pura, era isso que eu gostava em ti e isso não se encontra com
facilidade. Continuamos juntos como nesta imagem, lado a lado, fazes-me falta amigo
Francisco Calado.
João Cosme
Seis fotógrafos de natureza partem Six portuguese nature photogra-
à descoberta de um país através de phers set out to discover the coun-
dez missões que procuram retratar a try through ten missions that seek
verdadeira beleza natural das terras to portray the true natural beauty
lusas. Cada canto e recanto escon- of Portuguese lands. Each corner
dem segredos e maravilhas do mun- and nook hides secrets and won-
do selvagem que serão desvendados ders from the wild world that will be
através de seis perspectivas orienta- unveiled through six perspectives
das para uma sensibilidade artística oriented towards an artistic sensiti-
inerente a uma força de expressão - vity inherent in a force of expression
a Fotografia. - photography.
Realces procura dar relevo às sensa- The Realces project seeks to highli-
ções numa viagem partilhada entre a ght the sensations in a journey sha-
arte e a natureza. red between art and nature.
W W W. R E A L C E S . C O M
FRANCISCO
CALADO
w w w. h u g o d e s o u s a . c o m
w w w. j a c i n t o p o l i c a r p o . c o m
w w w. c i n c l u s n a t u r a . b l o g s p o t . c o m
w w w. n u n o c a b r i t a . c o m
w w w. r i c a r d o l o u r e n c o p h o t o g r a p h y. c o m
Hugo de Sousa
VOLUME I
Alvorada
Nuno Cabrita
2 Pés
A vida nos primeiros 60cm a contar do
solo é simplesmente deslumbrante, diver-
sa e, à sua escala, misteriosa, dominada
por seres únicos e paisagens singulares.
”
...estar só e ouvir o que vou vendo, andar por
entre a floresta sempre foi uma experiência
intrusiva para mim, mas também pode ser
um outro qualquer habitat onde me consigo,
sei lá porque razão, afastar das questões do
dia a dia.
”
O 2pés nunca se afirmou como algo direto ou documental, teve e
terá sempre uma matriz abstrata na sua natureza.
”
...na planificação do “2 pés”, sempre esteve
presente uma certa dose do abstrato, de algo
simples e complexo ao mesmo tempo, de des-
critivo mas também de formas alheias a uma
qualquer representação figurativa.
2 Pés Nuno Cabrita ©
Francisco Calado
Água
A água é fundamental para a sobre-
vivência de muitas espécies. Rios com as
suas magníficas cascatas onde proliferam
surpreendentes paisagens ribeirinhas e
uma fauna e flora muito características.
Esta será a missão fotográfica que explo-
rarei nos mais diversos rios de Portugal.
”
...uma vez feita a descida do trilho serra
abaixo, para o rio e com a ideia de passar
por ali o dia, foi focar-me no que tinha à mi-
nha volta, uma grande beleza ...
”
Fazendo voltar a esperança, que a seca
severa deixe de o ser, com toda a chuva que
tem caído, enchendo rios e solos de água, es-
sencial à vida.
Água Francisco Calado ©
VOLUME II
Neblina
Jacinto Policarpo & Nuno Cabrita
Arrábida
A 30 minutos do maior centro urbano do
País, fica o Parque Natural da Arrábida.
Aqui, onde a serra encontra o mar, habi-
tam seres singulares por entre uma paisa-
gem marcada por vales, com encostas por
vezes abruptas e uma vegetação rica e por
vez única.
Nuno Cabrita
”
Por entre estas pequenas serras, os vales, que por vezes são bem encaixados,
Nuno Cabrita
anunciam a presença de neblinas matinais, o que aliado ao tipo de vegetação
nos transporta em algumas zonas para um local de fantasia.
”
(...)perante um nascer do sol simplesmente
fabuloso, em que o sol aparecia e desapare-
cia no meio da neblina que descia das zonas
mais altas, deparo-me com um verdadeiro
espetáculo primaveril.
Nuno Cabrita
Nuno Cabrita
Nuno Cabrita Nuno Cabrita
Nuno Cabrita
Arrábida
Jacinto Policapor & Nuno Cabrita ©
João Cosme
Cabra-montês
Depois da extinção no Parque Nacional
da Peneda-Gerês, esta espécie regressa
a esta área protegida, graças ao plano de
reintrodução do Parque do Xúres, na vi-
zinha Espanha.
Uma espécie emblemática, do único par-
que nacional de Portugal e, de uma im-
portância relevante para a conservação
da natureza. Nesta missão, o objetivo é re-
tratar este ungulado ao longo das várias
estações do ano.
”
A caminhada é longa, mas o esforço vale a pena, porque irei ao encontro de
um cenário fabuloso, com paisagens agrestes e salpicadas de grandes formas de
fragas graníticas, onde reina a protagonista da minha primeira missão, a Ca-
bra-montês.
Cabra-montês João Cosme ©
João Cosme & Hugo de Sousa
Chasco-preto
De tons maioritariamente escuros, mas de
uma beleza singular... Tanto de bela como
de escassa, esta selectiva ave, tem sofrido
um declínio na extensão da sua distribui-
ção, actualmente confinado a alguns vales
de rios no interior do país.
João Cosme
Hugo de Sousa
”
(...) passámos o dia em reconhecimento de
terreno e de locais onde sabíamos ter ocorri-
do a espécie em anos anteriores, com o intuito
de observar mais do que fotografar, de forma
a percebermos os melhores locais, os indiví-
duos mais cooperantes, os melhores poisos, a
melhor luz - pôr o preto no branco.
João Cosme
”
Muitos se poderiam perguntar como uma
ave que apresenta só preto e branco como
tons pode ser tão bela... A verdade é que o
Chasco-preto tem tanto de belo como de sin-
gular.
Hugo de Sousa
João Cosme
Hugo de Sousa
”
Douro...por vales encantados
João Cosme
Chasco-preto João Cosme ©
João Cosme
VOLUME III
Sol
Jacinto Policarpo & Nuno Cabrita
Jacinto Policarpo
Jacinto Policarpo
Nuno Cabrita
”
Hoje vejo-o com outros olhos, mas a vontade
que tinha enquanto criança de o visitar e explo-
rar continua...
Jacinto Policarpo
Jacinto Policarpo
Nuno Cabrita Nuno Cabrita
Jacinto Policarpo
”
Por muito que pensemos conhecer um local ou espaço, por muito tempo que pas-
semos a tentar pesquisar e descobrir.... há sempre algo novo que nos escapa.
Jacinto Policarpo
Nuno Cabrita
Ricardo Lourenço
o Grifo, o Abutre-do-egipto e o Abutre-
-preto.
”
...uma das aves aproxima-se mais do
que o previsto e o som do seu bater de
asas mete-me em sentido. Com uma en-
vergadura de asas que pode chegar
aos 2,70 m, a sua imponência espanta
qualquer observador e prende o olhar
em pormenores só perceptíveis a esta
distância. A minha máquina não de-
mora a garantir o foco e o meu dedo
“dispara” as primeiras imagens. Ini-
cia-se a missão….
Ricardo Lourenço
Ricardo Lourenço
Ricardo Lourenço
Francisco Calado
Francisco Calado
Ricardo Lourenço Ricardo Lourenço
”
Quando estão verdadeiramente
perto, é audível o som do ar a passar
pelas rémiges das asas e torna-se im-
pressionante quando batem as mesmas
para ganhar propulsão.
Ricardo Lourenço
Ricardo Lourenço
Gigantes dos Céus Francisco Calado & Ricardo Lourenço ©
Jacinto Policarpo
Luscinia svecica
Ocaso
Ricardo Lourenço
O mundo alado
das Garças
A beleza das aves pode ser identificada
nas suas cores, na sua elegância e na ma-
gia do seu comportamento. As garças fa-
zem justiça a estas três características e
revelam-nos um mundo de encanto. Esta
missão leva-nos à intimidade de várias
espécies de garças que habitam as lagoas
do nosso país.
”
A neblina é densa. Avanço lentamen-
te num manto branco tomando a mar-
gem como guia. 20 a 30 metros à frente,
a primeira silhueta ganha forma. Ain-
da que ténue, as linhas são inconfundí-
veis. O pescoço bem definido em forma
de “S” revela uma Garça-real.
O Mundo Alado das Garças Ricardo Lourenço ©
Hugo de Sousa
Visto do Céu
Assim são as paisagens naturais do nos-
so país. Deambulando de Norte a Sul, de
Este a Oeste, maravilhamo-nos com ser-
ras e vales imponentes, corpulentas pla-
nícies, visões fortemente mediterrâneas
enquanto outras atlânticas, cenários cin-
zelados pela mesma água salgada que os
banha, ou esculpidos por enormes blocos
de água doce. De lugares e paisagens des-
proporcionais, do território continental
às ilhas…
Hugo de Sousa
Assim retrataremos a diversidade do nos-
so país, sempre… pelo ar!
Ricardo Lourenço
Jacinto Policarpo
Jacinto Policarpo
Hugo de Sousa
Ricardo Lourenço
REALCES
João Cosme
realces.com