Você está na página 1de 101

REALCES

W W W. R E A L C E S . C O M
De entre todas as missões que a vida nos dá,
nenhuma é tão poderosa como a de inspirar.

A partida tão prematura do Francisco le-


va-nos um amigo. Dos grandes. Tão grande
como a sua bondade, o seu carisma e, acima
de tudo, tão grande como a paixão que colo-
cava em tudo o que fazia. Partilhámos mui-
tas dessas“paixões” mas nenhuma tão forte
como a fotografia e o amor pela natureza.

Onde quer que estejas, continuas e continua-


rás com a missão de sempre: inspirar-nos!

Em memória de Francisco Calado


Francisco Calado
“Um homem está bem quando
está com as suas raízes”.
Miguel Torga
FRANCISCO
CALADO
1963-2020

TESTEMUNHOS


É fácil imaginar que num momento em 2005, numa noite gelada e intenso nevoeiro,
na varanda de uma casa desconfortável em Vouzela, se iniciou uma amizade entre pessoas
muito diferentes, mas muito iguais.

Modesto Viegas
Leal, honesto e frontal. Como a natureza que o apaixonava e que nos aproximou.
Não se pode pedir muito mais a um amigo. Mas o Francisco era isso e mais.
Muitos momentos partilhados, que sempre sabiam a pouco. Agora mais ainda.
E é disso que me quero lembrar: da galhofa até às lágrimas, dos almoços e jantares,
dos planos de viagem e das imagens partilhadas.

Frederico Fernandes

As palavras não chegariam para as histórias que ainda tínhamos para viver. Estão agora
mudas numa tentativa vã de resgatar o silêncio. Mas também não explicam a intensidade
da franqueza, das memórias, do convívio e da partilha. Muito menos conseguiriam ex-
plicar o espirito obsessivo que nos juntou numa verdadeira comunhão de interesses numa
incondicionalidade inquestionável. Obrigado, Calado!

Rúben Neves
O Parque Natural do Douro Internacional, era das regiões que mais gostavas, foram de-
zenas de viagens em conjunto, grandes momentos, imagens que marcaram, momentos úni-
cos. Foram partilhas de muitos assuntos, projectos, trabalho, vida pessoal mas, acima de
tudo, uma grande amizade, pura, era isso que eu gostava em ti e isso não se encontra com
facilidade. Continuamos juntos como nesta imagem, lado a lado, fazes-me falta amigo
Francisco Calado.

João Cosme
Seis fotógrafos de natureza partem Six portuguese nature photogra-
à descoberta de um país através de phers set out to discover the coun-
dez missões que procuram retratar a try through ten missions that seek
verdadeira beleza natural das terras to portray the true natural beauty
lusas. Cada canto e recanto escon- of Portuguese lands. Each corner
dem segredos e maravilhas do mun- and nook hides secrets and won-
do selvagem que serão desvendados ders from the wild world that will be
através de seis perspectivas orienta- unveiled through six perspectives
das para uma sensibilidade artística oriented towards an artistic sensiti-
inerente a uma força de expressão - vity inherent in a force of expression
a Fotografia. - photography.

Mais do que documentar espécies More than documenting species and


e habitats, cada missão serve o pro- habitats, each mission serves the
pósito de criar ligações emocionais purpose of creating emotional con-
entre as pessoas e o seu património nections between people and their
natural. Cada instante fotográfico heritage. Each photographic instant
vive da sua interpretação imediata e lives from its immediate interpreta-
da capacidade em criar empatia com tion and the ability to create empa-
que o que se observa. thy with which it is observed.

Realces procura dar relevo às sensa- The Realces project seeks to highli-
ções numa viagem partilhada entre a ght the sensations in a journey sha-
arte e a natureza. red between art and nature.

FOTO CAPA: Jacinto Policarpo


Hugo de Sousa

W W W. R E A L C E S . C O M
FRANCISCO
CALADO

Francisco Calado nasceu em Odivelas


em 1963. Fruto das suas raízes familiares com
o Alentejo, desde muito novo o seu contacto
com o mundo Rural e natural despertou-lhe
uma intensa paixão.
Desde o ano de 1985, fotografar a natu-
reza e vida selvagem foi a motivação da sua
vida. Esta atividade esteve sempre presente
de uma forma intensa, convertendo-se mais
tarde num estilo de vida.
As suas fotografias reflectiam a sua pre-
ferência, dando maior relevo à componente
artística do que à documental.
Como um dia disse Torga “Um homem
está bem quando está com as suas raízes”.
HUGO
de sOUSA

w w w. h u g o d e s o u s a . c o m

H ugo de Sousa licenciado em Biolo-


gia e Mestre em Ecologia, pela Faculdade de
Ciências e Tecnologia de Coimbra, a paixão
pela natureza emerge desde pequeno. O gos-
to pela fotografia surge nos seus anos acadé-
micos e o combinar destes interesses em algo
comum surge naturalmente.
Desde então, tem procurado fazer imagens
que retratem os seres vivos, (n)os habitats em
que se inserem, como também toda a ampli-
tude de algumas paisagens.
A fotografia tem-lhe proporcionado um
contacto com espécies e zonas geográficas que
não conheceria se não fotografasse e também
a oportunidade de dar a conhecer espécies
de flora e fauna e paisagens. Desta forma a
frase “conservaremos apenas o que amamos,
amaremos apenas o que entendemos e enten-
deremos apenas o que nos ensinaram” surge
como sua inspiração enquanto fotógrafo.
JACINTO
POLICARPO

w w w. j a c i n t o p o l i c a r p o . c o m

J acinto Policarpo, ascido e criado num


ambiente rural, a natureza sempre fez parte
da sua vida.

Na infância, a maior parte do tempo foi


passado no campo, entre jogos e correrias, o
cantar das aves, as árvores ao vento, são sons
que sempre ficaram bem enraizados na sua
memória e no seu coração.

Ao longo dos anos, o interesse pela natu-


reza foi-se desenvolvendo em frente à televi-
são vendo documentários da BBC e National
Geographic com o seu pai.

O gosto pela arte sempre esteve presente


na sua vida. Como autodidata, realizou alguns
esboços a óleo e pastel sempre com motivos
naturais, principalmente paisagens. A passa-
gem para a fotografia ocorreu por volta de
2008 tentando captar aquilo que de mais belo
a natureza tem para dar.
JOÃO
CO S M E

w w w. c i n c l u s n a t u r a . b l o g s p o t . c o m

J oão Cosme é fotógrafo de natureza. As


suas imagens têm sido publicadas em revistas
nacionais e internacionais como, BBC Wildli-
fe,GDT, National Geographic Magazine-Por-
tugal, Visão, Noticias Magazine, entre muitas
outras. É autor e co-autor de diversos livros e
guias,onde se destacam “Rios de Vida”, “ Na-
tureza Íntima” e “ No Trilho do Lobo”.
O seu trabalho tem sido reconhecido in-
ternacionalmente, em diversos concursos
de Fotografia de Natureza e Vida Selvagem,
onde tem sido premiado nomeadamente no
ASFERICO- International Nature Photo-
graphy Competion-Italia, e GLANZLICH-
TER- Internationaler Naturfoto-Wettbewerb
– Alemanha. Atualmente faz parte da equipa
do projeto internacional Naturephotoblog. É
o representante em Portugal na fotografia de
natureza e vida selvagem no âmbito do pro-
grama embaixador da SIGMA
nuno
C a b r i ta

w w w. n u n o c a b r i t a . c o m

Nuno Cabrita, nasceu em 1974 na cida-


de do Barreiro, Portugal. Apesar de viver toda
a sua vida em ambiente urbano, teve a sor-
te e privilégio de poder privar, desde muito
pequeno, com o meio natural fator que lhe
moldou a forma como sente e observa o que
o rodeia.
Guiado pelo fascínio que nutre pelo meio
natural, seus seres e atmosferas, mas também
pelo gosto por fotografia, decide começar a
registar imagens de vida selvagem e paisagem
natural que normalmente passam desperce-
bidas. O registo fotográfico que pratica não
segue um único estilo, variando entre o des-
critivo e o abstrato, pois para ele uma foto-
grafia é o resultado criativo do que sentimos,
mas também do que queremos.
ricardo
lourenço

w w w. r i c a r d o l o u r e n c o p h o t o g r a p h y. c o m

R icardo Lourenço nasceu a 21 de De-


zembro de 1982, na cidade de Portalegre,
Portugal. Viveu toda a sua vida em contacto
permanente com o meio natural e foi através
dessa simbiose que foi construindo a sua per-
ceção do mundo. Em 2007, pelo fascínio de
querer conhecer “in loco” a vida selvagem que
o rodeava e a crescente paixão pela fotografia,
aliou estas duas áreas e começou por captar
momentos usuais de vida selvagem. Fotogra-
fia após fotografia, começou a dar mais im-
portância aos processos, metodologias e pro-
dutos resultantes do seu trabalho. O mundo
das aves, principalmente, aguçou-lhe o apetite
por imagens singulares de vida selvagem em
Portugal. Através de publicações regulares
na web e revistas de especialidade pretende
conectar as pessoas ao mundo natural cha-
mando a sua atenção para a beleza que a sin-
gularidade de uma imagem pode transmitir.
em
Missão

Hugo de Sousa
VOLUME I

Alvorada
Nuno Cabrita

2 Pés
A vida nos primeiros 60cm a contar do
solo é simplesmente deslumbrante, diver-
sa e, à sua escala, misteriosa, dominada
por seres únicos e paisagens singulares.

...estar só e ouvir o que vou vendo, andar por
entre a floresta sempre foi uma experiência
intrusiva para mim, mas também pode ser
um outro qualquer habitat onde me consigo,
sei lá porque razão, afastar das questões do
dia a dia.

O 2pés nunca se afirmou como algo direto ou documental, teve e
terá sempre uma matriz abstrata na sua natureza.

...na planificação do “2 pés”, sempre esteve
presente uma certa dose do abstrato, de algo
simples e complexo ao mesmo tempo, de des-
critivo mas também de formas alheias a uma
qualquer representação figurativa.
2 Pés Nuno Cabrita ©
Francisco Calado

Água
A água é fundamental para a sobre-
vivência de muitas espécies. Rios com as
suas magníficas cascatas onde proliferam
surpreendentes paisagens ribeirinhas e
uma fauna e flora muito características.
Esta será a missão fotográfica que explo-
rarei nos mais diversos rios de Portugal.

...uma vez feita a descida do trilho serra
abaixo, para o rio e com a ideia de passar
por ali o dia, foi focar-me no que tinha à mi-
nha volta, uma grande beleza ...

Fazendo voltar a esperança, que a seca
severa deixe de o ser, com toda a chuva que
tem caído, enchendo rios e solos de água, es-
sencial à vida.
Água Francisco Calado ©
VOLUME II

Neblina
Jacinto Policarpo & Nuno Cabrita

Arrábida
A 30 minutos do maior centro urbano do
País, fica o Parque Natural da Arrábida.
Aqui, onde a serra encontra o mar, habi-
tam seres singulares por entre uma paisa-
gem marcada por vales, com encostas por
vezes abruptas e uma vegetação rica e por
vez única.

Nuno Cabrita

Por entre estas pequenas serras, os vales, que por vezes são bem encaixados,

Nuno Cabrita
anunciam a presença de neblinas matinais, o que aliado ao tipo de vegetação
nos transporta em algumas zonas para um local de fantasia.

(...)perante um nascer do sol simplesmente
fabuloso, em que o sol aparecia e desapare-
cia no meio da neblina que descia das zonas
mais altas, deparo-me com um verdadeiro
espetáculo primaveril.

Nuno Cabrita
Nuno Cabrita
Nuno Cabrita Nuno Cabrita
Nuno Cabrita
Arrábida
Jacinto Policapor & Nuno Cabrita ©
João Cosme

Cabra-montês
Depois da extinção no Parque Nacional
da Peneda-Gerês, esta espécie regressa
a esta área protegida, graças ao plano de
reintrodução do Parque do Xúres, na vi-
zinha Espanha.
Uma espécie emblemática, do único par-
que nacional de Portugal e, de uma im-
portância relevante para a conservação
da natureza. Nesta missão, o objetivo é re-
tratar este ungulado ao longo das várias
estações do ano.

A caminhada é longa, mas o esforço vale a pena, porque irei ao encontro de
um cenário fabuloso, com paisagens agrestes e salpicadas de grandes formas de
fragas graníticas, onde reina a protagonista da minha primeira missão, a Ca-
bra-montês.
Cabra-montês João Cosme ©
João Cosme & Hugo de Sousa

Chasco-preto
De tons maioritariamente escuros, mas de
uma beleza singular... Tanto de bela como
de escassa, esta selectiva ave, tem sofrido
um declínio na extensão da sua distribui-
ção, actualmente confinado a alguns vales
de rios no interior do país.

Esta missão centrar-se-á a dar um pouco


mais de cor à história desta ave.

João Cosme
Hugo de Sousa

(...) passámos o dia em reconhecimento de
terreno e de locais onde sabíamos ter ocorri-
do a espécie em anos anteriores, com o intuito
de observar mais do que fotografar, de forma
a percebermos os melhores locais, os indiví-
duos mais cooperantes, os melhores poisos, a
melhor luz - pôr o preto no branco.
João Cosme

Muitos se poderiam perguntar como uma
ave que apresenta só preto e branco como
tons pode ser tão bela... A verdade é que o
Chasco-preto tem tanto de belo como de sin-
gular.

Hugo de Sousa
João Cosme
Hugo de Sousa

Douro...por vales encantados
João Cosme
Chasco-preto João Cosme ©

João Cosme
VOLUME III

Sol
Jacinto Policarpo & Nuno Cabrita

Costa das Cegonhas

Entre falésias e areais a perder de vista,


a Costa Vicentina representa na perfei-
ção a união entre a terra e o mar, num
espectáculo da natureza que se revela na
magnificência da sua paisagem, na impo-
nência das ondas que rompem aos seus
rochedos e dos pormenores mágicos que
delineiam o seu encanto.

Jacinto Policarpo
Jacinto Policarpo
Nuno Cabrita

Hoje vejo-o com outros olhos, mas a vontade
que tinha enquanto criança de o visitar e explo-
rar continua...

Jacinto Policarpo
Jacinto Policarpo
Nuno Cabrita Nuno Cabrita
Jacinto Policarpo


Por muito que pensemos conhecer um local ou espaço, por muito tempo que pas-
semos a tentar pesquisar e descobrir.... há sempre algo novo que nos escapa.
Jacinto Policarpo
Nuno Cabrita

Costa das Cegonhas Jacinto Policarpo & Nuno Cabrita ©


Francisco Calado & Ricardo Lourenço

Gigantes dos Céus


Patrulham os nossos céus rodopiando em
espiral à procura de carcaças de animais
mortos. Por essa razão, são muitas vezes
conotados à morte. Contudo, o seu papel
na natureza é muito importante, uma vez
que através da sua actividade impedem a
propagação de doenças entre espécies e a
contaminação de solos e linhas de água.
Nesta missão retrataremos a beleza das
três espécies de abutre da nossa fauna :

Ricardo Lourenço
o Grifo, o Abutre-do-egipto e o Abutre-
-preto.

...uma das aves aproxima-se mais do
que o previsto e o som do seu bater de
asas mete-me em sentido. Com uma en-
vergadura de asas que pode chegar
aos 2,70 m, a sua imponência espanta
qualquer observador e prende o olhar
em pormenores só perceptíveis a esta
distância. A minha máquina não de-
mora a garantir o foco e o meu dedo
“dispara” as primeiras imagens. Ini-
cia-se a missão….
Ricardo Lourenço

Ricardo Lourenço
Ricardo Lourenço

Francisco Calado
Francisco Calado
Ricardo Lourenço Ricardo Lourenço

Quando estão verdadeiramente
perto, é audível o som do ar a passar
pelas rémiges das asas e torna-se im-
pressionante quando batem as mesmas
para ganhar propulsão.

Ricardo Lourenço
Ricardo Lourenço
Gigantes dos Céus Francisco Calado & Ricardo Lourenço ©
Jacinto Policarpo

Luscinia svecica

Habitante de estuários e sapais esta


pequena ave caracteriza-se pela mancha
azul e centro branco que ostenta no peito.

O inverno não traz só o tempo escuro
e sombrio, o frio e a chuva, traz consigo
muitas coisas que alegram os olhos dos
observadores mais atentos, neste caso
as cores vibrantes do peito dos Piscos
de Peito Azul, Luscinia svecica.

Numa manhã de nevoeiro por entre braços do Estuário do Tejo, percorro por caminhos lamacentos em
busca de um vislumbre do Pisco de Peito Azul.
Luscina Svecica Jacinto Policarpo ©

Os sapais e estuários brotam
vida em todos os recantos (...)
VOLUME IV

Ocaso
Ricardo Lourenço

O mundo alado
das Garças
A beleza das aves pode ser identificada
nas suas cores, na sua elegância e na ma-
gia do seu comportamento. As garças fa-
zem justiça a estas três características e
revelam-nos um mundo de encanto. Esta
missão leva-nos à intimidade de várias
espécies de garças que habitam as lagoas
do nosso país.

A neblina é densa. Avanço lentamen-
te num manto branco tomando a mar-
gem como guia. 20 a 30 metros à frente,
a primeira silhueta ganha forma. Ain-
da que ténue, as linhas são inconfundí-
veis. O pescoço bem definido em forma
de “S” revela uma Garça-real.
O Mundo Alado das Garças Ricardo Lourenço ©
Hugo de Sousa

Vida a Dois Tempos

Os anfíbios, animais que conjugam as


suas vidas a dois tempos, numa primei-
ra fase exclusivamente aquática e como
adultos entre aquática e terrestre.
Muitas vezes menosprezados e subesti-
mados, são dotados de características, pa-
drões, cores e formas únicas. Seres mui-
tas vezes mal-interpretados mas com uma
importância vital nos nossos ecossiste-
mas.

Não são de facto dos mais amados,
sendo no entanto animais fantásticos.
Desde a complexidade da metamorfo-
se por que passam, à dualidade da sua
existência entre meio terrestre e aquá-
tico, aos tons vibrantes e padrões hip-
notizantes, são seres que merecem mais
e melhor atenção.

Serenamente...

Ainda assim, passeiam-se serena-
mente sobre as areias e sob as plantas,
como que indiferentes a toda a agita-
ção do seu ciclo de vida.
Vida a dois tempos Hugo de Sousa ©
REALCES

Visto do Céu
Assim são as paisagens naturais do nos-
so país. Deambulando de Norte a Sul, de
Este a Oeste, maravilhamo-nos com ser-
ras e vales imponentes, corpulentas pla-
nícies, visões fortemente mediterrâneas
enquanto outras atlânticas, cenários cin-
zelados pela mesma água salgada que os
banha, ou esculpidos por enormes blocos
de água doce. De lugares e paisagens des-
proporcionais, do território continental
às ilhas…

Hugo de Sousa
Assim retrataremos a diversidade do nos-
so país, sempre… pelo ar!
Ricardo Lourenço
Jacinto Policarpo
Jacinto Policarpo
Hugo de Sousa
Ricardo Lourenço
REALCES

João Cosme
realces.com

Você também pode gostar